Presidente diz que mercado vai reclamar, mas afirma que investir na juventude é mais importante do que agradar ao sistema financeiro
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a defender a universalização do programa Pé-de-Meia para todos os estudantes do ensino médio da rede pública a partir de 2026. A fala ocorreu neste sábado (18), durante encontro com alunos e professores da Rede Nacional de Cursinhos Populares (Cpop) em São Bernardo do Campo (SP).
Diante do público, Lula reconheceu críticas do mercado financeiro e ironizou a resistência de setores da elite econômica. “É difícil, a Faria Lima vai reclamar, o mercado vai reclamar. Mas nós não estamos gastando, estamos investindo na sobrevivência da nossa juventude”, afirmou. Segundo estimativas do Ministério da Educação (MEC), a ampliação do programa exigirá cerca de R$ 5 bilhões adicionais do orçamento público.
☆ Educação como política de estado
Lula explicou que o Pé-de-Meia foi criado após o governo constatar que cerca de 480 mil jovens abandonavam o ensino médio para ajudar no sustento das famílias. “Nós aprovamos o Pé-de-Meia porque descobrimos que 480 mil jovens estavam desistindo do ensino médio para ajudar no orçamento familiar. E um governo que deixa isso acontecer não é um governo”, disse.
O presidente afirmou ainda que tem “obsessão pela educação”, lembrando que não teve acesso adequado aos estudos. Para Lula, investir na formação da juventude é condição para transformar o país. “Eu não quero que o Brasil seja só exportador de soja, milho e minério de ferro. Quero exportar conhecimento”, declarou.
☆ Apoio a cursinhos populares e novas metas
No evento, Lula, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o ministro da Educação, Camilo Santana, assinaram um termo de compromisso para abrir, até dezembro, um novo edital para apoiar até 500 cursinhos populares em 2026. Estão previstos R$ 108 milhões para o projeto. Em 2025, já foram destinados R$ 74 milhões para 384 cursinhos.
O governo quer expandir o Pé-de-Meia para todos os alunos do ensino médio da rede pública a partir de 2026. O programa concede apoio financeiro a estudantes de baixa renda para estimular a permanência na escola e reduzir a evasão.
Fonte: Brasil 247
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