domingo, 14 de dezembro de 2025

Avenida Paulista é tomada por manifestantes contra anistia e pautas anti-povo do Congresso

Outros atos também ocorrem nas principais cidades do país

      Ato na Paulista (Foto: Florestan Fernandes JR)

Manifestantes ocupam a Avenida Paulista, na região central de São Paulo, na tarde deste domingo (14), em protesto contra a aprovação, na Câmara dos Deputados, do PL da Dosimetria — projeto que reduz as penas dos condenados por tentativa de golpe de Estado. Outros atos também ocorrem nas principais cidades do país.

Os manifestantes também pautam medidas do Congresso como o uso do orçamento secreto e da imediata aprovação de projetos que de fato beneficiem a população, como o fim da escala 6x1.
Veja imagens do ato:

 


 

 

 


Fonte: Brasil 247

Zambelli renuncia ao mandato após decisão do STF e Motta convoca suplente


O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta. Foto: Divulgação

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, informou neste domingo (14), que a deputada federal Carla Zambelli renunciou ao mandato. A decisão foi comunicada após determinação do Supremo Tribunal Federal para que o suplente assumisse o cargo no prazo de 48 horas.

Em nota oficial, a Câmara informou que a parlamentar comunicou formalmente a renúncia à Secretaria-Geral da Mesa. “Em decorrência disso, o presidente da Câmara dos Deputados determinou a convocação do suplente, deputado Adilson Barroso, para tomar posse”, afirmou a Casa.

O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), disse que a decisão fez parte de uma estratégia articulada pela defesa para impedir a cassação da deputada.

Zambelli está presa desde julho na Itália, país para onde fugiu após ser condenada pelo STF. A deputada havia se licenciado do mandato entre maio e outubro, mas, desde o retorno formal, passou a acumular ausências nas sessões plenárias.

A Constituição prevê a perda do mandato parlamentar quando há ausência em mais de um terço das sessões legislativas ao longo do ano. A situação dela passou a ser analisada pela Câmara após sucessivas faltas registradas desde o fim da licença.

A deputada foi condenada a 10 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal por envolvimento na invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça. A Justiça italiana deve analisar na próxima quinta-feira (18), o pedido de extradição apresentado pelas autoridades brasileiras.

Carla Zambelli presta depoimento na CCJ da Câmara. Foto: Divulgação

Em junho, a Primeira Turma do STF já havia decidido pela perda do mandato de Zambelli e comunicou oficialmente a Câmara. Na ocasião, Hugo Motta optou por encaminhar o caso à Comissão de Constituição e Justiça, atendendo a pressões da oposição.

Após meses de análise, a CCJ deu aval à cassação do mandato, mas a votação no plenário não atingiu o número de votos necessários para confirmar a perda do cargo. Diante disso, o ministro Alexandre de Moraes considerou o ato da Câmara nulo.

Em resposta, Moraes determinou a perda imediata do mandato e fixou o prazo de 48 horas para a posse do suplente. A decisão foi confirmada por unanimidade na Primeira Turma do STF, e a Câmara foi oficialmente notificada na sexta-feira (12).

Com a renúncia, a vaga passa a ser ocupada por Adilson Barroso (PL-SP), primeiro suplente do partido no estado. Desde as eleições, ele já assumiu o mandato em outras três ocasiões, sempre na condição de suplente.

Fonte: DCM

VÍDEOS – Brasileiros saem às ruas para protestar contra o PL da Dosimetria

 

Duas imagens de manifestações em Natal e Florianópolis
Imagens de manifestações em Natal e Florianópolis – Reprodução/X
As manifestações contra o projeto de lei da dosimetria começaram neste domingo (14) em diferentes regiões do país, reunindo movimentos sociais, organizações populares, militantes de esquerda e artistas em atos convocados sob o mote “Congresso inimigo do povo”.

As mobilizações foram organizadas ao longo da última semana, após a Câmara dos Deputados aprovar, na madrugada de quarta-feira (10), o projeto que reduz penas aplicadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a outros envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

Os protestos estão previstos em mais de 40 cidades e ocorrem em locais simbólicos, como a avenida Paulista, em São Paulo, e a orla de Copacabana, no Rio de Janeiro. A proposta aprovada pela Câmara é o principal alvo das manifestações, que têm como objetivo pressionar o Senado a barrar o avanço do texto. Organizadores avaliam que a mobilização popular pode influenciar a tramitação da matéria, repetindo o que ocorreu em setembro, quando protestos levaram ao arquivamento da chamada PEC da Blindagem.

O cenário das manifestações deste domingo retoma o formato adotado nos atos realizados em 21 de setembro, convocados após a Câmara aprovar uma proposta que condicionava investigações contra parlamentares à autorização do próprio Legislativo. Naquela ocasião, os protestos foram articulados em curto prazo e reuniram dezenas de milhares de pessoas, segundo levantamentos independentes, com presença significativa de artistas e lideranças culturais.

Em São Paulo, a avenida Paulista volta a ser palco de atos políticos e apresentações musicais, enquanto no Rio de Janeiro artistas também participam das atividades previstas para a tarde. As mobilizações são organizadas pelas frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular, que reúnem entidades como o MST, o MTST e a CUT, e têm usado as redes sociais para convocar participação e divulgar a programação ao longo do dia.

As imagens que seguem registram o início das manifestações, a ocupação dos espaços públicos, as faixas e cartazes levados pelos participantes em locais como Brasília, Belo Horizonte, Natal, Florianópolis e Manaus:

 

Fonte: DCM

Lula e Janja visitam Roseana Sarney durante tratamento contra câncer de mama


          Roseana Sarney entre Luiz Inácio Lula da Silva e Janja – Reprodução/Instagram

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a primeira-dama Rosângela Lula da Silva, Janja, visitaram neste sábado (13) a deputada federal Roseana Sarney (MDB-MA), que está em tratamento contra um câncer de mama. A visita foi divulgada nas redes sociais da parlamentar e do partido, com a publicação de uma foto do encontro.

Na postagem, o MDB informou que a visita foi marcada por manifestações de apoio e solidariedade. Roseana Sarney tem utilizado as redes sociais para atualizar o público sobre seu estado de saúde e compartilhar etapas do tratamento, iniciado após o diagnóstico anunciado em agosto.

A ex-governadora do Maranhão informou que enfrenta um câncer de mama triplo negativo. Em vídeos publicados entre outubro e novembro, ela apareceu com a cabeça raspada em razão da quimioterapia e agradeceu mensagens de apoio. Em um dos registros, destacou a importância do diagnóstico precoce durante a campanha do Outubro Rosa.

O câncer de mama triplo negativo representa cerca de 15% dos casos da doença no mundo. Segundo o Instituto Oncoguia, trata-se de um tipo que não apresenta receptores hormonais nem a proteína HER2, o que limita opções de tratamento e torna a quimioterapia uma abordagem frequente.

De acordo com o médico Gilberto Amorim, da Oncologia D’Or, esse grupo de tumores exige acompanhamento específico por não responder a terapias hormonais ou anti-HER2.

Fonte: DCM

VÍDEO: Organizadores falam em 100 mil contra o PL da Dosimetria em BH


        Ato contra o PL da Dosimetria neste domingo, em Belo Horizonte. Foto: Divulgação

Manifestantes realizaram neste domingo (14), um ato em Belo Horizonte contra a aprovação do Projeto de Lei da Dosimetria. A mobilização começou por volta das 9h, na Praça Raul Soares, na região central da capital mineira, sob sol forte, e foi organizada por movimentos sociais, centrais sindicais e partidos de esquerda. Os organizadores falam em 100 mil nas ruas da capital mineira.

O protesto reuniu famílias, idosos e muitas mulheres, além de representantes de torcidas organizadas de clubes mineiros. Três trios elétricos conduziram os participantes pelas ruas do Centro, em um trajeto que seguiu em direção à Praça Sete.

Entre os presentes estava a artista Luciene Lemos, que defendeu a ocupação das ruas como forma de pressão popular. “O povo tem que vir para a rua, o povo tem que lutar, porque o Congresso passou de todos os limites. E está achando que a população vai aceitar tudo calada. Então, chama as pessoas para esse, venha, e outros que tiverem também. Vamos ocupar a rua”.

A professora Fabiane Barros participou do ato acompanhada dos dois filhos pequenos. Para ela, levar as crianças é uma forma de ensinar desde cedo o valor da democracia. “É ensinar o que é a verdadeira democracia, né? A gente está do lado certo e lutar por ele, independente de quem esteja por trás de qualquer negociação, né? Saber que é a vida da gente que está em jogo. Hoje sou eu, amanhã eles continuam esse legado, e a gente saber que a vida é uma luta mesmo, né?”.

Além de Belo Horizonte, manifestações contra o PL da Dosimetria ocorreram em outras 11 cidades de Minas Gerais, como Juiz de Fora, Uberlândia e Montes Claros. Os atos fizeram parte de uma mobilização nacional convocada por movimentos sociais e partidos ligados à esquerda.


Na capital mineira, os participantes exibiram cartazes com frases como “sem anistia” e “não à impunidade”. O protesto também incorporou outras pautas, como críticas à privatização da Companhia de Saneamento de Minas Gerais, a Copasa, e manifestações de apoio ao deputado federal Glauber Braga, que teve o mandato suspenso por seis meses.

O Projeto de Lei da Dosimetria foi aprovado pela Câmara dos Deputados na madrugada da última quarta-feira, 10. O texto permite a redução de penas de condenados por atos golpistas ao impedir a soma das punições para os crimes de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito quando praticados no mesmo contexto.

Atualmente, o Supremo Tribunal Federal entende que esses crimes podem ocorrer simultaneamente, o que autoriza a soma das penas. Esse foi o critério adotado nas condenações relacionadas aos atos de 8 de janeiro de 2023 e também no julgamento da trama golpista.

O projeto, apresentado pelo deputado Paulinho da Força, altera esse entendimento. Entre os beneficiados estaria o ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado a 27 anos e três meses de prisão por cinco crimes. Pela dosimetria atual, ele recebeu oito anos e dois meses por golpe de Estado e seis anos e seis meses por abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

Segundo cálculos divulgados pela equipe do relator, caso o projeto seja sancionado, Bolsonaro permaneceria em regime fechado por mais dois anos e quatro meses, o que motivou os protestos realizados neste domingo em Belo Horizonte e em outras cidades do país.

Fonte: DCM

Sertanejos Matheus & Kauan anunciam fim da dupla: “Não existe próximo capítulo”


      A dupla sertaneja Matheus & Kauan – Divulgação

A dupla sertaneja Matheus & Kauan publicou no sábado (13) um vídeo nas redes sociais em que comenta o momento atual da parceria. Na gravação, os artistas afirmam que não há continuidade prevista para a trajetória conjunta. “A gente não sabe explicar um ponto final, mas a verdade é que não existe um próximo capítulo pra essa temporada”, disseram.

No vídeo, a dupla afirma que decidiu se manifestar após especulações recentes. Segundo o relato, a conversa foi feita sem roteiro, com referência aos anos de convivência profissional, turnês e apresentações. Os cantores mencionam que, ao longo do tempo, situações foram adiadas ou ignoradas, o que acabou gerando desgaste interno.

“Às vezes em forma de silêncio e às vezes em forma de tempestade mesmo quando a vida insistia em nos empurrar para lados diferentes, mas também existe aquilo que nunca muda, aquilo que sempre será parte da nossa história: a parceria, o respeito o riso antes do show o olhar no palco que dispensa palavra aquela certeza de que, custe o que custar a gente marcou a vida um do outro e a de vocês também. No meio disso tudo A gente também entendeu que errou, errou tentando acertar, errou calado, errou falando demais, mas se Deus é quem perdoa, quem somos nós pra julgar, só temos que aceitar”, refletiram os amigos.

Fonte: DCM

Após derrota no caso Zambelli, Câmara decide mandatos de Eduardo e Ramagem


       Carla Zambelli e Eduardo Bolsonardo. Igo Estrela/Metrópoles @igoestrela

A Câmara dos Deputados entra numa semana decisiva após a derrubada, pelo STF, da decisão que havia mantido o mandato de Carla Zambelli. Agora, os deputados Eduardo Bolsonaro e Alexandre Ramagem, ambos nos Estados Unidos, precisam apresentar suas manifestações nos processos que podem levar à cassação. As notificações já foram enviadas, e os prazos para resposta se encerram nos próximos dias. As informações são do Metrópoles.

Eduardo Bolsonaro corre risco de perder o mandato por excesso de faltas. Autoexilado desde março, ele já ultrapassou o limite de ausências permitido pela Constituição. O processo administrativo foi aberto na última terça-feira. Se o deputado não responder dentro do prazo, caberá à Mesa Diretora decidir pela perda automática do mandato.

Eduardo Bolsonaro em evento nos EUA. Foto: Mandel Ngam/AFP
No caso de Alexandre Ramagem, condenado pelo STF no processo sobre tentativa de golpe de Estado, o processo foi instaurado porque ele está foragido e a condenação transitou em julgado. A Câmara informou que o plenário votará seu caso na quarta-feira (17/12), sem passar pela CCJ, em rito abreviado. Ramagem tem até cinco sessões para apresentar defesa após ser notificado.

Nos EUA, Ramagem ataca Moraes, cobra bancadas do Congresso e defende anistia
A tensão entre Congresso e Supremo voltou a crescer depois que a Câmara decidiu preservar o mandato de Zambelli, contrariando a determinação anterior do STF. Alexandre de Moraes anulou a votação e ordenou que o suplente fosse empossado em 48 horas. O episódio reacendeu o debate sobre limites e atribuições entre os Poderes.

Aliados de Hugo Motta avaliam que o presidente da Câmara terá de cumprir integralmente a ordem do STF para evitar novos confrontos institucionais. Com esse cenário, cresce a expectativa de que Motta cancele a votação sobre Ramagem, seguindo a linha de obediência imediata ao Supremo.

O caso de Zambelli permanece como pano de fundo da crise. Condenada a 10 anos de prisão pela invasão dos sistemas do CNJ, ela fugiu do país antes do julgamento e está presa na Itália, aguardando decisão sobre extradição. O desfecho do processo dela pressionou diretamente a agenda da Câmara e abriu caminho para a semana decisiva envolvendo Eduardo e Ramagem.

Fonte: DCM com informações do Metrópoles

Nova pesquisa Quaest avalia Lula após lançamento da candidatura de Flávio


    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva – Divulgação/PR

A pesquisa Genial/Quaest com cenários eleitorais para a eleição presidencial de 2026 será divulgada na quinta-feira (18), com uma mudança em relação às rodadas anteriores. Com informações da coluna de Lauro Jardim no jornal O Globo.

Pela primeira vez em 2025, o levantamento não inclui o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), nem os nomes de Michelle Bolsonaro (PL) e Eduardo Bolsonaro (PL). O único integrante da família testado é o senador Flávio Bolsonaro (PL).

Na véspera, quarta-feira (17), a Quaest divulga os dados sobre a avaliação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A coleta foi iniciada na quinta-feira passada e se encerra nesta segunda-feira (15). Ao todo, são entrevistados presencialmente 2.004 eleitores com 16 anos ou mais, em todas as regiões do país.

senador Flávio Bolsonaro (PL) falando e gesticulando
O senador Flávio Bolsonaro (PL) – Reprodução

No levantamento divulgado em novembro, Lula liderou todos os cenários testados para o primeiro turno da eleição presidencial de 2026. Naquela rodada, porém, o nome de Flávio Bolsonaro não fazia parte das simulações eleitorais apresentadas aos entrevistados.

Sobre a avaliação do governo, a pesquisa anterior indicou uma interrupção na trajetória de aumento da aprovação do presidente registrada desde maio. Os dados foram divulgados após a realização de uma operação policial no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, ocorrida no período analisado pelo levantamento.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Roberto Carlos sofre acidente durante gravação de especial da Globo


     Roberto Carlos em especial de Natal de 2025 — Foto: Reprodução/TV Globo

Roberto Carlos sofreu um acidente durante as gravações de um especial de fim de ano da Globo em Gramado, na Serra Gaúcha. O episódio ocorreu quando o carro dirigido pelo cantor apresentou falha no freio durante uma tomada. A emissora informou que Roberto e três integrantes de sua equipe precisaram ser levados ao hospital.

Segundo a nota divulgada pela Globo, todos passaram por exames e foram liberados ainda na madrugada deste domingo. O incidente aconteceu enquanto o artista conduzia um Cadillac 1960 em uma ladeira usada na gravação.

O veículo começou a descer de ré após a pane mecânica e acabou colidindo com outros três carros da produção. A descida terminou quando o Cadillac atingiu uma árvore, o que provocou danos, mas não deixou feridos graves.

As filmagens fazem parte do tradicional especial anual do cantor, que costuma reunir plateia e convidados. A produção estava instalada em diferentes pontos de Gramado e seguia cronograma previsto para o fim de semana.



Fontes da equipe afirmam que, apesar do susto, Roberto Carlos está bem e manteve o compromisso com a gravação após receber alta. O artista teria conversado com integrantes da produção para entender o que ocorreu com o carro antigo.

A Globo informou que a investigação sobre a falha mecânica será conduzida pela própria equipe técnica. A emissora reforçou que o especial seguirá sendo produzido normalmente.

Fonte: DCM

Rui Falcão: “Nem anistia nem meia-pena aos golpistas, nunca mais”

Deputado afirma que projeto articulado no Congresso busca reduzir punições e interfere no Judiciário

       Rui Falcão (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

A entrevista concedida pelo deputado Rui Falcão ao Boa Noite, da TV 247, trouxe um alerta sobre a articulação em curso na Câmara dos Deputados para alterar o tratamento jurídico dado aos responsáveis pelos ataques golpistas de 8 de janeiro. Falcão concentrou sua análise na proposta apelidada de “dosimetria”, patrocinada por Paulinho da Força e avalizada por lideranças do centrão, que pretende reavaliar punições já fixadas pelo Supremo Tribunal Federal. Segundo ele, trata-se de uma tentativa de reabrir julgamentos concluídos e beneficiar aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro. “Eles estão puxando o golpe de 2016, puxando o Bolsonaro para 2026”, afirmou o deputado ao situar o movimento em uma lógica de continuidade política.

☉ Pressões e negociações de bastidores

O parlamentar relacionou o avanço da proposta a negociações recentes envolvendo figuras centrais da direita. “Ontem à noite houve uma reunião entre o Rueda, o Ciro Nogueira, o Flávio Bolsonaro, o 01, e o Valdemar”, disse. Para ele, essa articulação resultou na decisão do presidente da Câmara, Hugo Motta, de pautar o projeto sem debate amplo: “Uma reunião na calada da noite colocou o Hugo Motta para pautar esse projeto.” Falcão atribuiu a mudança de posição de setores do PL à pressão da família Bolsonaro. Ele relembrou a frase usada pelo senador Flávio Bolsonaro: “Ao contrário do Martin Luther King, que disse que tinha um sonho, ele falou: ‘Eu tenho um preço’.” Segundo o deputado, esse “preço” diz respeito à redução das penas impostas pelo STF ao pai e a militares condenados.

☉ Interferência no Judiciário e riscos constitucionais

O deputado classificou o projeto como uma afronta direta ao Supremo Tribunal Federal. Para ele, a Câmara não pode legislar para modificar sentenças já fixadas. “Eles estão interferindo, fazendo recursos em processos que não se concluíram ainda”, declarou. Ele citou o caso do general acusado de planejar atentados contra autoridades, ainda em julgamento, como exemplo de interferência indevida: “O julgamento ainda não terminou.”Também criticou a inclusão de dispositivos que alteram regras de execução penal, como permitir remição de pena para quem cumpre prisão domiciliar. “Como o Bolsonaro se espera que vá para prisão domiciliar, eles estão mudando isso também”, afirmou.Falcão apontou ainda a tentativa de unificar crimes distintos para reduzir penas: “Eles querem juntar o golpe de Estado com a tentativa de atentado ao Estado democrático de direito. São dois crimes diferentes, com penas diferentes.” Ele lembrou que essa tese já foi rejeitada pelo STF.

☉ Impacto sobre militares condenados

O deputado advertiu que, caso o projeto avance, grande parte dos condenados poderá obter redução expressiva de pena, inclusive militares envolvidos nos atos de 8 de janeiro. “Muitos militares [...] vão ter suas penas reduzidas em dois terços”, afirmou ao comentar o dispositivo que beneficia acusados sem papel de liderança direta.Ele alertou ainda para o risco de impunidade no Superior Tribunal Militar, responsável por julgar a perda de patente após condenações definitivas. “Qual será o resultado desse julgamento no STM? Será que vão perder as patentes?”, questionou.

☉ Consequências políticas e necessidade de mobilização

Falcão avaliou que a aprovação da proposta reabre a porta histórica da impunidade no país. “Quando terminou a ditadura militar, os torturadores não foram punidos. [...] Na nossa história, há sempre uma porta aberta para que os golpes se sucedam.” Para ele, permitir nova flexibilização estimula reincidências futuras.O parlamentar também destacou que a discussão está diretamente ligada às negociações eleitorais. Segundo seus cálculos, a eventual aprovação garantiria ao ex-presidente uma redução drástica de pena: “O Bolsonaro cumpriria em regime fechado, pelos cálculos que nós fizemos aqui, de dois a três anos.” Ao final, Falcão defendeu ação coordenada da sociedade e do Parlamento para impedir o retrocesso. “Nós temos que apelar numa campanha grande de esclarecimento para que a população também se manifeste”, afirmou, ressaltando que pesquisas recentes indicaram rejeição popular ao perdão dos golpistas.O deputado encerrou reafirmando sua posição e a necessidade de barrar qualquer tentativa de anistia ou redução de pena: “Anistia para golpista ou meia anistia para golpista nunca mais.” Assista:

 

Fonte: Brasil 247

CNH acessível e cesta básica mais barata foram destaques da semana

Semana teve lançamento da CNH Brasil, redução da inflação, mutirão histórico no SUS, novos investimentos públicos e ações sociais em várias regiões do país

CNH acessível e cesta básica mais barata foram destaques da semana (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

A semana foi marcada por anúncios e ações do governo federal voltados à ampliação de direitos e à redução do custo de vida da população. Entre os principais destaques estiveram o lançamento da CNH Brasil, que torna mais barato e simples o acesso à carteira de motorista, e a divulgação de dados que apontam queda no preço da cesta básica e inflação dentro da meta. As informações constam de balanço divulgado pelo governo federal ao longo da semana.

O novo programa de habilitação promete reduzir em até 80% o custo para obtenção da Carteira Nacional de Habilitação, mantendo critérios de segurança no trânsito. Ao apresentar a iniciativa, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou: “Nós estamos anunciando não apenas o barateamento da CNH, nós estamos oferecendo às pessoas mais humildes o direito de serem cidadãos de primeira categoria, respeitados na sua plenitude, nos direitos que eles têm que ter”.

Desde o lançamento, o aplicativo CNH do Brasil já soma 7,4 milhões de usuários, com acessos registrados em todos os estados e no Distrito Federal. São Paulo lidera o número de cadastros, seguido por Minas Gerais, Rio de Janeiro e Bahia. Mais de 270 mil pessoas já iniciaram o curso teórico gratuito oferecido pela plataforma do Ministério dos Transportes.

Outra ação de destaque ocorreu no Distrito Federal, na região do Sol Nascente, que tem mais de 300 mil habitantes. No sábado (13/11), o local recebeu a primeira edição do programa Governo do Brasil na Rua, com uma grande estrutura montada em frente à Feira do Produtor para oferta de serviços e programas federais, sob coordenação da Secretaria-Geral da Presidência da República.

Na área da saúde, o governo mobilizou os ministérios da Saúde e da Educação para o maior mutirão de cirurgias da história do SUS. A ação, vinculada ao programa Agora Tem Especialistas, reúne 188 hospitais, entre Santas Casas, unidades universitárias da Rede Ebserh e hospitais federais, com a meta de realizar 61,6 mil procedimentos — entre exames, consultas especializadas e cirurgias — em todos os estados e no Distrito Federal.

Os dados econômicos também foram positivos. Pesquisa divulgada pela Conab e pelo Dieese mostrou que o preço da cesta básica caiu em quase todo o país em novembro. No mesmo mês, a inflação ficou em 0,18%, o menor índice para novembro em sete anos. Com a redução no preço dos alimentos, a inflação acumulada em 12 meses permaneceu dentro da meta estabelecida.

A semana ainda foi marcada pela sanção de uma nova lei que amplia a proteção às vítimas de crimes contra a dignidade sexual, com medidas protetivas e novos mecanismos de acolhimento, especialmente para pessoas em situação de vulnerabilidade. O texto cria instrumentos para fortalecer o combate a esse tipo de violência.

No campo dos investimentos, o governo anunciou a liberação de mais de R$ 39 bilhões em recursos federais e financiamentos com juros reduzidos para estados, municípios e prestadores públicos, filantrópicos e privados. O montante será destinado a obras e equipamentos nas áreas de educação, saúde, água e esgoto. O anúncio foi feito na quarta-feira (10/12) pelo presidente Lula e pelos ministros Rui Costa, Jader Filho, Alexandre Padilha e Camilo Santana.

Ainda na saúde, foi ampliada a oferta de tratamento contra o câncer pelo SUS com a inauguração de cinco novos centros de radioterapia em diferentes regiões do país. Com isso, todos os estados e o Distrito Federal passaram a contar com unidades de tratamento oncológico na rede pública.

O presidente Lula também participou da 12ª edição da Caravana Federativa, iniciativa que aproxima programas e projetos federais dos gestores estaduais e municipais, com foco em soluções para as cidades. Encerrando a agenda da semana, Brasília sediou a 13ª Conferência Nacional dos Direitos Humanos, realizada após um intervalo de dez anos, que debateu propostas para a criação de um Sistema Nacional de Direitos Humanos.

Fonte: Brasil 247