domingo, 11 de maio de 2025

Vini Jr. renova com o Real Madrid e valor impressiona


      Vinícius Jr. estende contrato com o Real Madrid até 2030. Foto: Divulgação

O atacante brasileiro Vinícius Júnior, de 24 anos, acertou a renovação de contrato com o Real Madrid até 2030, tornando-se o jogador mais bem pago do elenco merengue, segundo informações do jornal espanhol ‘AS’.

O novo vínculo garante ao atleta um salário anual de €20 milhões líquidos (cerca de R$ 127 milhões), totalizando €100 milhões (R$ 636 milhões) ao longo de cinco anos. O contrato atual de Vinícius, válido até 2027, será prorrogado por mais três temporadas, com início da nova vigência a partir de julho de 2025.

O acordo inclui bônus por conquistas como títulos coletivos, gols marcados e prêmios individuais, como a Bola de Ouro e o ‘The Best’ da FIFA — este último conquistado pelo atacante em 2024, o que lhe garantiu uma bonificação de €2 milhões.

Com a renovação, Vinícius ultrapassa os vencimentos de estrelas como Kylian Mbappé e Jude Bellingham, consolidando-se como peça central no projeto esportivo do Real Madrid. Na atual temporada, o camisa 7 tem se destacado com 20 gols e 14 assistências em 49 partidas.

Fonte: DCM com informação do jornal espanho 'AS'

Marrone despenca do palco, leva pontos na testa e interrompe show


O cantor Marrone, da dupla com Bruno, caiu do palco durante um show em Goiânia na noite de sábado, 10, e foi levado ao hospital. Foto: Reprodução

Durante o show da turnê Inevitável – A Festa no Centro Cultural Oscar Niemeyer, em Goiânia, o cantor Marrone, 60, se distraiu com a apresentação, não percebeu o limite do palco e acabou caindo, assustando o parceiro Bruno e o público.

Imediatamente, Bruno interrompeu a apresentação e correu para o socorro, perguntando: “Machucou? Ele está bem?”. Minutos depois, já fora do palco, ele tranquilizou os fãs: “Ele bateu a cabeça, mas ele está bem. Está consciente, não está mal. Gente, fiquem com Deus, obrigado por tudo. Que Deus abençoe todos nós. O Marrone vai ficar bem.”

Nas primeiras horas da madrugada, Bruno retornou às redes sociais para atualizar o estado de saúde do amigo: “Está tudo certo com o Marrone, graças a Deus. O Marrone caiu do palco e quase me matou do coração, meu Deus do céu. Mas não aconteceu nada com ele, só deu uns pontinhos na testa. Conversou comigo já, está tudo bem.”

Segundo comunicado da assessoria, Marrone foi levado ao Hospital Albert Einstein em Goiânia, onde teve um corte próximo ao supercílio e na mão esquerda. Submetido a vários exames, Marrone passa bem e deverá ficar por 48 horas no hospital em observação. Agradecemos o carinho e preocupação dos fãs e amigos.

Fonte: DCM

Brasil brilha em Portugal e leva ouro na Copa do Mundo de Ginástica


Brasil ganha medalha de ouro na prova das cinco fitas na Copa do Mundo de Ginástica. Foto: Divulgação

A Seleção Brasileira de Ginástica Rítmica de Conjunto conquistou neste domingo (11), em Portugal, a medalha de ouro na prova de cinco fitas na etapa de Portimão da Copa do Mundo de Ginástica Rítmica. Com uma nota de 26.700, a equipe garantiu o topo do pódio e confirmou a excelente fase da modalidade no cenário internacional.

Formada por Duda Arakaki, Nicole Pircio, Maria Paula Caminha, Mariana Gonçalves e Ana Luiza Franceschi, a seleção brilhou com uma apresentação precisa e emocionante, conquistando a melhor pontuação da final.

A conquista veio um dia após a equipe também vencer a prova geral, somando 51.350 pontos nas apresentações com cinco fitas e três bolas e dois arcos — o que rendeu ao Brasil mais um ouro inédito na competição.

A vitória consolida o Brasil como uma potência emergente na ginástica rítmica e aquece os ânimos para um dos principais compromissos da temporada: o Campeonato Mundial de Ginástica Rítmica, que será disputado pela primeira vez no Brasil, entre 20 e 24 de agosto, no Rio de Janeiro.

Fonte: DCM

Temer aposta em candidatura única da direita em 2026

Temer diz ainda acreditar que Lula pode desistir da reeleição por conta da queda da popularidade e falta de diálogo com o Congresso

     Michel Temer (Foto: Reuters)

Michel Temer (MDB), que articulou o golpe contra a então presidenta Dilma Rousseff, analisou a condições para a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e da direita. Segundo ele, Lula pode repensar uma candidatura à reeleição em 2026, diante da queda em sua popularidade e do que considera uma falha na articulação com o Congresso Nacional.

“Eu acho que o presidente Lula não tem feito uma coisa que ele fazia muito nos dois primeiros mandatos: ele dialogava muito com o Congresso. Segundo ponto, caiu a popularidade dele, sem dúvida alguma. O que penso fará com que ele medite duas ou três ou dez vezes para ser candidato à Presidência pela quarta vez”, declarou Temer durante entrevista ao programa Canal Livre, da Band, que vai ao ar neste domingo (11).

Ele também comentou a possibilidade de a direita se unir em torno de uma candidatura única para as eleições presidenciais de 2026. Segundo Temer, esse é um movimento que vem sendo discutido nos bastidores por governadores e lideranças políticas. “Se saírem cinco candidatos de um lado e apenas um do outro, é claro que esse único candidato terá uma vantagem extraordinária”, afirmou, se referindo a Lula.

Fonte: Brasil 247

Roberto Jefferson deixa hospital e vai para prisão domiciliar com tornozeleira

Decisão de Alexandre de Moraes tem caráter humanitário e impõe restrições ao ex-deputado, que segue proibido de usar redes sociais e conceder entrevistas

      Roberto Jefferson 28/07/2018 (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

O ex-deputado federal Roberto Jefferson deixou na tarde deste domingo (11) o Hospital Samaritano, em Botafogo, no Rio de Janeiro, onde estava internado desde junho de 2023. A saída ocorre após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou a transferência de Jefferson para prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica, por motivos de saúde.

Jefferson cumprirá a pena em sua residência, o mesmo local onde, em outubro de 2022, reagiu com tiros à chegada da Polícia Federal que cumpria um mandado de prisão expedido pelo STF. Na ocasião, o ex-parlamentar lançou granadas e disparou com arma de fogo contra os agentes, episódio que repercutiu nacionalmente e agravou sua situação judicial.

A decisão de Moraes tem caráter humanitário e foi fundamentada em laudo médico que atestou a fragilidade da saúde de Roberto Jefferson, especialmente após uma queda sofrida dentro da cela onde estava preso. “No atual momento processual, portanto, a compatibilização entre a Dignidade da Pessoa Humana, o Direito à Saúde e a efetividade da Justiça Penal indica a possibilidade de concessão da prisão domiciliar humanitária a Roberto Jefferson Monteiro Francisco, considerada a sua particular e sensível condição de saúde, amplamente comprovada nos autos”, escreveu o ministro.

Além da tornozeleira eletrônica, Jefferson terá que cumprir uma série de restrições: está proibido de deixar o país, teve o passaporte suspenso, está impedido de obter novo documento de viagem, de usar redes sociais e de conceder entrevistas a qualquer veículo de comunicação.

A decisão reacende o debate sobre os limites da Justiça Penal em casos que envolvem saúde e segurança pública, especialmente quando se trata de figuras públicas envolvidas em episódios de violência contra instituições democráticas.

Fonte: Brasil 247

Governo avalia usar agências dos Correios para atender vítimas de fraudes no INSS

Parceria em estudo pretende oferecer atendimento presencial para aposentados e pensionistas prejudicados por descontos indevidos nos benefícios

     (Foto: Marcello Casal Jr/ABr - 22.07.2008)

O governo federal está avaliando uma medida emergencial para ampliar o atendimento aos beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que foram vítimas de fraudes e sofreram descontos indevidos em seus pagamentos. Segundo reportagem da CNN Brasil, publicada neste sábado (11), uma das propostas em análise prevê a utilização da estrutura física das agências dos Correios como ponto de apoio presencial para acolher esses segurados.

A iniciativa surge diante da necessidade urgente de oferecer canais de atendimento mais acessíveis, especialmente para aposentados e pensionistas com dificuldade de acessar meios digitais ou que vivem em regiões com pouca estrutura tecnológica. A ideia é que os Correios possam funcionar como uma extensão do INSS, garantindo que os segurados consigam solicitar o ressarcimento dos valores subtraídos de forma indevida.

A proposta será debatida ao longo da semana em reuniões que envolvem representantes do INSS, dos Correios, do Palácio do Planalto e do Ministério da Previdência Social. O objetivo é definir um modelo operacional que possa ser implantado rapidamente, atendendo à demanda crescente de beneficiários afetados.

Atualmente, o INSS já mantém parcerias com os Correios para outros serviços. Desde 2024, é possível, por exemplo, solicitar o benefício por incapacidade temporária em cerca de 2,6 mil agências próprias da estatal. A infraestrutura já existente pode ser essencial para descentralizar o atendimento e alcançar populações em áreas remotas ou em situação de vulnerabilidade.

Além da proposta de expandir o atendimento presencial, o governo federal tem orientado os segurados a usar o aplicativo Meu INSS ou a Central 135 para verificar possíveis descontos irregulares. Na próxima terça-feira (13), os beneficiários poderão consultar seus extratos para identificar cobranças suspeitas. Já na quarta-feira (14), estará disponível a solicitação de reembolso via aplicativo.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Márcio França critica falta de entregas de Tarcísio e afirma: “Comigo, ele não vai ter moleza”

Com apoio de petistas e presença de Lula no palanque, ministro quer disputar o governo com discurso mais agressivo

      Márcio França (Foto: Agência Brasil )

Em entrevista ao jornal O Globo, o ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, Márcio França (PSB), confirmou que pretende disputar o governo de São Paulo nas eleições de 2026. “Tenho vontade de ser governador de São Paulo”, afirmou. Segundo ele, a candidatura ainda não está definida, mas já conta com o apoio de setores importantes do governo federal e da base aliada. “A maioria esmagadora da bancada federal do PT é favorável a uma candidatura única do governo e simpática ao meu nome”, disse.

França destacou que comunicou sua intenção ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que garantiu não ter interesse em uma nova disputa estadual. “A primeira pessoa com quem falei sobre minha disposição de concorrer foi o ministro Fernando Haddad. E ele me disse que não seria candidato em nível estadual no ano que vem.” Para o ministro, a lição da última eleição municipal — quando o PT apostou em uma candidatura mais à esquerda com Guilherme Boulos (PSOL) e saiu derrotado — indica que o caminho agora deve ser uma frente mais ampla. “A hora é de ir na direção contrária.”

O ministro também não poupou críticas ao governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), seu possível adversário em 2026. França questionou a falta de projetos concretos no atual governo paulista. “Que novo programa ele lançou? Tem um Bolsa Família estadual? Tem algo novo? Eu não vi. Ele é um cara que joga muito com esse negócio de que já está feita a licitação, vai ter entrega para 2027, para 2042, para 2065. Passa a impressão de que o trem já está pronto. Cadê?”, ironizou.

Ao comentar sobre uma eventual disputa direta com Tarcísio, França prometeu uma campanha mais combativa. “Sem dúvida. Comigo, ele não vai encontrar moleza. Terá um adversário que irá confrontá-lo com coisas fortes. Como é que ele vai reagir ao estresse?”, provocou, numa crítica indireta ao estilo mais contido dos adversários anteriores, como Haddad e Rodrigo Garcia. “Todo mundo meio doce. E ele se arrastou, se arrastou, se arrastou e chegou.”

Sobre o cenário nacional, França acredita que a decisão de Lula em concorrer à reeleição ou não será o ponto de partida para todas as definições políticas do próximo ano. “A primeira grande decisão para a eleição do ano que vem é a do presidente Lula. A segunda vai ser a do Tarcísio. Renunciar ou não renunciar”, analisou. Ele vê o atual governador como o nome mais forte da direita para o Planalto, caso Jair Bolsonaro fique fora da disputa. “Tenho a impressão de que as decisões do Supremo empurrarão Bolsonaro para a obviedade de ele lançar um candidato com possibilidade de ganhar a Presidência e tentar sua anistia.”

Sobre privatizações, França adota uma postura pragmática, mas se opõe à proposta do governo Tarcísio de privatizar a gestão de escolas públicas. “Pode-se privatizar, desde que as concessões sejam bem feitas. Eu privatizei a Companhia Energética de São Paulo (Cesp). Agora, privatizar escolas públicas é um ato meio criminoso”, afirmou. “Olhar só os números, sem olhar as pessoas, aumenta muito a chance do erro.”

O ministro também comentou a declaração do presidente do PSB, Carlos Siqueira, de que “São Paulo está perdido em termos de sucessão” para a esquerda. Segundo França, Siqueira deixará o comando da legenda em breve. “A boa ambição é aquela que busca desafios. Então, espero poder demonstrar que a análise do Carlos está errada. Ao contrário do que pensam, acho o Tarcísio vulnerável em São Paulo.”

Questionado sobre o apoio do presidente Lula, França foi categórico: “Estará 100%, 120%”. Ele também sinalizou que gostaria de ter um vice do PT na chapa. “Seria muito importante que fosse, mas não chegamos a esse ponto da conversa. Até porque pode ser que o Lula, que é genial, invente algo genial”, disse. E concluiu: “Estou me colocando à disposição, mas se inventarem uma coisa bem bacana, também topo. Mas é preciso inventar algo com viabilidade eleitoral.”

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Presidente do INSS anuncia revisão geral nos benefícios e defende fim do consignado

Para Gilberto Waller Júnior, a medida busca combater fraudes, recuperar R$ 5,9 bilhões e tirar o INSS da intermediação entre aposentados e bancos

          Gilberto Waller Júnior, presidente do INSS (Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados)

O presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Gilberto Waller Júnior, afirmou em entrevista à Folha de S.Paulo que sua gestão está empenhada em promover um amplo saneamento na autarquia, com foco na revisão dos processos de concessão de todos os benefícios e na substituição de cargos estratégicos por técnicos de carreira. "A gente precisa olhar começo, meio e fim", declarou. A meta é restaurar a credibilidade da instituição, abalada por denúncias de fraudes, escândalos envolvendo empréstimos consignados e suspeitas de uso político de cargos.

De acordo com Waller, as nomeações para cargos de coordenação serão feitas com base em critérios técnicos, como determinou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Estamos comprando briga com Deus e o mundo. Quando você bloqueia consignado, bloqueia pagamento, a gente não está comprando briga pequena”, afirmou. Ele destacou que esta é a hora certa para promover mudanças profundas: “Se tiver alguém com algum problema, alguma suspeita, alguém por indicação política, é o momento adequado para fazer esse saneamento.”

Waller também defendeu um debate sobre o futuro do empréstimo consignado. Ele admitiu que, diante dos baixos ganhos para o INSS e do desgaste institucional causado pelas fraudes, a extinção do modelo pode ser o melhor caminho. “Para receber R$ 117 milhões por ano e ter toda hora dizendo que a fraude do consignado é do INSS? É melhor acabar. O INSS não faz parte dessa cadeia de empréstimo.”

O clima interno no instituto, segundo ele, é de forte tensão. “Creio que o clima seja péssimo mesmo. O INSS tem que ser o lugar em que o segurado se sinta em casa e não nas páginas policiais, com operação da PF, escândalo, propina, mala de dinheiro, dirigentes com milhões de reais na conta. Estamos no olho do furacão. Ao mesmo tempo em que há uma mudança de gestão, precisamos dar uma resposta rápida para a sociedade”, afirmou o presidente.

Sobre a estrutura administrativa, Waller criticou a centralização de decisões e exaltou a recente delegação de autonomia para nomeações de coordenadores-gerais, concedida pelo ministro da Previdência, Wolney Queiroz. Para ele, a escolha de quadros técnicos próximos da realidade local é essencial para garantir a eficiência da autarquia: “Cada vez que você sobe mais o nível para a escolha daquele cargo, mais difícil é para o ministro saber se aquela pessoa é adequada ou não para ser chefe de agência.”

Ao comentar o escândalo das associações que fraudaram descontos associativos, o presidente revelou que o governo pedirá à Justiça autorização para a venda antecipada de bens bloqueados das entidades envolvidas. Segundo ele, R$ 2,5 bilhões já estão sob análise judicial. A ideia é ressarcir aposentados e pensionistas lesados o quanto antes, com base na possibilidade aberta pelo pacote anticrime.

Waller também destacou que a fragilidade do sistema de controle digital durante a pandemia facilitou o crescimento das fraudes. “Menos controle presencial e mais dependência eletrônica. Encontraram ali uma brecha para uma grande fraude. Alguns dos atores que estavam na fraude na pandemia se encontram na fraude agora”, alertou.

Questionado sobre a polêmica envolvendo entidades ligadas a nomes próximos ao governo, como a Contag e a Conafer, o presidente foi enfático: “Essa situação foi decidida tecnicamente. Eu não tenho como enquadrar na lei anticorrupção outras condutas. Não tenho, neste momento, elementos suficientes.”

A expectativa da gestão é criar uma frente ampla para discutir o futuro do consignado e da intermediação de descontos associativos pelo INSS, que, segundo ele, precisa ser reavaliada: “Tem horas que eu falo: nosso segurado precisa de uma proteção maior. Por outro lado, o INSS está manchando a sua imagem, sendo manchete numa relação desnecessária.”

Waller conclui afirmando que os ressarcimentos serão feitos com recursos públicos apenas se todas as possibilidades de responsabilização judicial forem esgotadas. “A gente precisa saber o tamanho, o quanto, quantas pessoas foram lesadas, qual o valor real do prejuízo. Eu tenho um teto de R$ 5,9 bilhões”, explicou, referindo-se aos nove milhões de segurados que tiveram descontos desde 2020.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Demanda por cuidadores cresce, mas informalidade e baixa renda ainda predominam

Entre os cuidadores que trabalham em tempo integral (mensalistas), 79% não possuem carteira assinada

         (Foto: Agência Brasil)

Levantamento inédito do IBGE mostra que o perfil dos trabalhadores domésticos no Brasil tem mudado na última década, com o crescimento da ocupação de cuidadores pessoais. Em 2014, esses profissionais representavam 5,8% do total da categoria. Em 2024, essa participação subiu para 11,1%. As informações foram publicadas pelo jornal O Globo neste domingo (11).

Apesar disso, o número total de trabalhadores domésticos no país permanece estável: cerca de 5,9 milhões de pessoas. O segmento continua sendo majoritariamente informal. Entre os cuidadores que trabalham em tempo integral (mensalistas), 79% não possuem carteira assinada. No caso das babás, a informalidade atinge 77,7%.

Além da expansão da categoria de cuidadores, houve uma queda na proporção de empregados de serviços gerais, que passaram de 82,7% do total em 2014 para 73,6% em 2024. Atualmente, cuidadores e babás já somam 21% dos trabalhadores domésticos.

O recorte de gênero e raça também segue marcante na categoria. Segundo os dados, 94% dos cuidadores são mulheres e 64% se declaram pretos ou pardos. A renda média também reflete a precarização: cuidadores mensalistas recebem R$ 1.482 por mês, enquanto babás ganham R$ 1.069. Em relação à jornada, cuidadores mensalistas trabalham, em média, 41,6 horas semanais. Já os diaristas dessa mesma função cumprem 31,4 horas semanais, e as babás, 37,4 horas.

Para especialistas, os dados revelam a necessidade de políticas públicas específicas. Embora o governo federal tenha lançado a Política Nacional de Cuidados em outubro de 2023, o plano ainda não foi regulamentado. O objetivo da política é garantir uma rede de proteção e suporte para trabalhadores e famílias que necessitam de cuidados, como idosos e crianças.

A economista do Ipea, Cristina Vieceli, destaca que o país enfrenta uma “crise do cuidado”, em um contexto de envelhecimento populacional e redução das famílias com múltiplas gerações. Ela defende que o poder público precisa atuar com mais força para organizar e valorizar esse tipo de trabalho, especialmente diante do aumento da demanda.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Alexandre de Moraes concede prisão domiciliar humanitária a Roberto Jefferson

Decisão considera idade avançada e estado clínico do ex-deputado, condenado a mais de 9 anos de prisão

Ex-deputado Roberto Jefferson participa de evento pró-armas em Brasília em 2020 09/07/2020 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu neste sábado (10) o benefício da prisão domiciliar humanitária ao ex-deputado federal Roberto Jefferson, preso desde 2021 e atualmente internado no Hospital Samaritano, no Rio de Janeiro. A medida atende a um pedido da defesa, com aval da Procuradoria-Geral da República (PGR) e da própria equipe médica do hospital.

Na decisão, Moraes justificou a medida com base na “grave situação de saúde” do ex-parlamentar, sua idade (71 anos) e a necessidade de tratamento específico. Apesar de ter sido condenado a 9 anos, 1 mês e 5 dias de prisão em regime fechado por crimes como incitação ao crime, calúnia e homofobia, Jefferson ainda responde com recursos pendentes no STF, o que mantém sua prisão em caráter preventivo.

A concessão do benefício, no entanto, está condicionada a uma série de restrições: uso de tornozeleira eletrônica, entrega do passaporte, proibição de sair do país, de acessar redes sociais e de dar entrevistas — salvo autorização prévia do STF. Também está proibido de receber visitas que não sejam de familiares ou advogados.

Jefferson foi denunciado pela PGR por declarações em que incitava violência contra instituições como o Senado Federal e o TSE. Em 2022, ele atacou policiais federais com tiros ao resistir a uma ordem de prisão. Por esse episódio, já havia sido condenado pela Justiça Federal do Rio de Janeiro, com ordem para cumprimento da pena em casa. Contudo, permaneceu detido por conta do mandado de prisão preventiva do STF — agora substituído pela nova decisão.

Fonte: Brasil 247

Derrocada do PSDB se intensifica com migração de Eduardo Leite e possível saída de último governador tucano

Governador do Mato Grosso do Sul é cortejado por PSD e PL, enquanto grupo de Leite articula migração em massa no RS e fusão com Podemos perde força

         Eduardo Riedel (Foto: Saul Schramm Jr./GOV MS)

A crise no PSDB se agrava com a saída de lideranças expressivas e o enfraquecimento das articulações nacionais do partido. Segundo reportagem do jornal O Globo deste domingo (11), a filiação de Eduardo Leite ao PSD, confirmada na última sexta-feira (10), somada à adesão da governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, à mesma legenda em março, sinaliza uma debandada que pode culminar com a saída de seu único governador restante: Eduardo Riedel, do Mato Grosso do Sul.

Discreto, Riedel vem sendo cortejado tanto pelo PSD quanto pelo PL. O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, já o convidou, nos bastidores, a ingressar no partido. Do outro lado, dirigentes do Partido Liberal marcaram uma reunião com o governador para o próximo dia 21. A expectativa é de que o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, participe do encontro. Por ora, no entanto, Riedel mantém cautela e não sinaliza decisão imediata.

Aliados avaliam que uma filiação ao PL implicaria um alinhamento direto com o bolsonarismo, o que poderia comprometer sua ampla base de apoio, que hoje vai do PT ao próprio PL. Com uma imagem de moderação e diálogo, o governador sul-mato-grossense teria pouco a ganhar com um movimento brusco. Ele deve viajar nos próximos dias para os Estados Unidos, onde terá agendas com investidores, e só deve se posicionar após seu retorno ao Brasil.

A permanência no PSDB, contudo, parece cada vez mais insustentável. Assim como Leite, Riedel aguardava a fusão entre PSDB e Podemos como uma possível estratégia de reconstrução partidária, com a ambição de formar uma federação com siglas de maior alcance, como Republicanos ou MDB. No entanto, o presidente do Republicanos, Marcos Pereira, já descartou essa aliança, e as negociações com o MDB de Baleia Rossi também arrefeceram.

No Rio Grande do Sul, a filiação de Eduardo Leite ao PSD pode provocar o esvaziamento completo do PSDB local. O grupo político que o acompanha — que inclui cerca de 30 prefeitos — já foi encorajado pelo ex-tucano a seguir o mesmo caminho. Em entrevista concedida à Rádio Cultura, o vice-prefeito de Erechim, Flávio Tirello (PSDB), afirmou:

— É importante salientar que é um movimento coletivo, de todo o PSDB gaúcho e de todas as nossas lideranças. A única brincadeira é que nosso presidente municipal, Wallace Soares, diz que vai ficar só para apagar a luz e fechar a porta. Na hora que fizermos um movimento de saída, faremos todos juntos.

Diante desse cenário, o PSDB vê ruir as últimas estruturas que sustentavam seu protagonismo político nacional. A sigla, que já presidiu o país por oito anos e governou estados estratégicos como São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, agora enfrenta o risco de desaparecer do mapa dos executivos estaduais — e, com ele, da centralidade no debate político brasileiro.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Na China, Lula busca investimentos para obras do Novo PAC e tenta avançar com venda de aviões da Embraer

Presidente se reúne com Xi Jinping na China para discutir integração de projetos de infraestrutura e ampliar parcerias com empresas estratégicas

           Xi Jinping e Lula durante reunião em Brasília - 20/11/2024 (Foto: REUTERS)

Na segunda visita oficial à China em seu terceiro mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer sair de Pequim com resultados concretos: novos investimentos em infraestrutura ligados ao Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e avanços em acordos comerciais, como a possível venda de até 20 aeronaves da Embraer para o mercado regional chinês. A informação é do O Estado de S. Paulo, que acompanha a missão presidencial.

Um dos principais focos da viagem é alinhar projetos do Novo PAC com a Iniciativa Cinturão e Rota — conhecida como Nova Rota da Seda — lançada por Xi Jinping em 2013. Embora o Brasil não tenha aderido formalmente à iniciativa chinesa, o governo Lula quer explorar sinergias entre os dois programas, como a participação da China na conclusão de corredores bioceânicos que facilitem o transporte de mercadorias entre América do Sul e Ásia.

“Teremos anúncios novos de investimentos e parcerias entre empresas brasileiras e chinesas para produzir no Brasil, desenvolver tecnologia e fazer obras de infraestrutura”, afirmou o ministro da Casa Civil, Rui Costa, que visitou a China previamente para apresentar a empresários locais oportunidades como os 14 leilões de rodovias previstos no país neste ano. O governo brasileiro estima atrair até US$ 50 bilhões em investimentos rodoviários até 2026.

Lula e Xi devem anunciar cerca de 16 protocolos já negociados e discutir outros 32 acordos em fase de negociação, abrangendo setores como saúde, energia, indústria naval, óleo e gás, além de conectividade digital. Empresas como Vale, Raízen, BYD, Weg, BRF, Eurofarma, GWM e COFCO participam do seminário empresarial que integra a missão.

A venda de aviões da Embraer à China é uma das prioridades comerciais da viagem. O tema, que ficou pendente na visita de 2023, pode ganhar tração neste encontro, assim como o envio de um casal de pandas ao Brasil — gesto diplomático tradicional da China que ainda enfrenta impasse interno sobre os custos e o destino dos animais.

A visita também marca a terceira reunião bilateral de alto nível entre Lula e Xi desde 2023, em um contexto de distanciamento diplomático entre Brasil e Estados Unidos, sobretudo pela relação fria com o ex-presidente Donald Trump. Lula e Xi devem fazer uma defesa conjunta do multilateralismo, tema sensível diante da guerra tarifária entre EUA e China, que impacta exportações brasileiras.

Apesar da aproximação com Pequim, Lula tem insistido que o Brasil não se tornará dependente de nenhuma potência. “Não queremos ser quintal de ninguém”, disse durante visita recente à Rússia. O Itamaraty reforça que a estratégia brasileira não é de antagonismo com os EUA, mas de diversificação das parcerias internacionais.

Na terça-feira, 13, Lula participa como convidado especial do Fórum ministerial China-Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos), onde se reunirá com chanceleres de pelo menos 17 países da região e líderes como Xiomara Castro (Honduras), Gustavo Petro (Colômbia), Yamandú Orsi (Uruguai) e Mia Mottley (Barbados). O encontro marca os dez anos do mecanismo criado por Pequim para aprofundar a presença chinesa na América Latina.

Além do presidente brasileiro, também discursarão no fórum os governadores petistas Rafael Fonteles (Piauí) e Jerônimo Rodrigues (Bahia), além do presidente do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). Participam ainda os ministros Simone Tebet (Planejamento), Carlos Fávaro (Agricultura), Alexandre Silveira (Minas e Energia), Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos) e os presidentes do Banco Central, Gabriel Galípolo, e do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros.

A China vê a América Latina como espaço estratégico para ampliar sua influência econômica e diplomática, especialmente com investimentos em infraestrutura logística e energética. A disputa com Taiwan também está no radar, já que sete dos 12 países que ainda mantêm relações diplomáticas com Taipei estão na região. Desde 2017, cinco países romperam com Taiwan e se alinharam oficialmente a Pequim.

No plano geopolítico, Lula e Xi devem trocar impressões sobre suas respectivas conversas com Vladimir Putin em Moscou, onde participaram das comemorações dos 80 anos do fim da Segunda Guerra Mundial. Ambos mantêm interlocução ativa com o Kremlin e são vistos no Ocidente como possíveis interlocutores em debates sobre segurança global e multipolaridade.

Fonte: Brasil 247

Deputados eleitos prefeitos destinam mais de R$ 79 milhões em emendas para suas cidades antes de deixar a Câmara

Prefeitos eleitos aproveitam emendas federais antes de assumir cargos

Alberto Mourão (MDB), eleito prefeito de Praia Grande. Antes de deixar o cargo de deputado federal, destinou 97% de suas emendas individuais ao município paulista. (Foto: Agência Câmara )

Em meio ao impasse entre o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a destinação de emendas parlamentares, deputados federais recém-eleitos prefeitos aproveitaram os últimos dias de mandato para direcionar recursos federais às cidades que iriam administrar. Um levantamento realizado pelo Metrópoles revela que, em breve, as prefeituras de Praia Grande (SP), Cuiabá (MT) e Sena Madureira (AC) receberão mais de R$ 79 milhões em repasses, que foram indicados pelos parlamentares durante o período de transição.

Alberto Mourão (MDB), eleito prefeito de Praia Grande, se destaca nesse cenário. Antes de deixar o cargo de deputado federal, ele destinou 97% de suas emendas individuais ao município paulista, que recebeu mais de R$ 36 milhões. Desse total, R$ 18 milhões foram direcionados à saúde e outros R$ 18 milhões foram alocados em transferências especiais, as chamadas “emendas Pix”. O repasse foi feito logo após Mourão vencer as eleições municipais, em outubro de 2024. A janela para a indicação de emendas ocorreu entre o final de novembro e o início de dezembro do mesmo ano, ou seja, após a definição do novo prefeito.

O governo federal ainda não liberou as emendas previstas para 2025, uma vez que o impasse entre os Poderes atrasou a aprovação do Orçamento da União. A peça orçamentária foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apenas em abril de 2025, após meses de negociações e embates entre o Congresso e o STF. De acordo com o levantamento, o valor autorizado de emendas para as prefeituras mencionadas foi retirado da plataforma Siga Brasil, que reúne informações sobre os repasses federais.

Em Cuiabá (MT), o ex-deputado e atual prefeito Abílio Brunini (PL) também destinou uma parcela significativa de recursos para sua cidade, com R$ 26 milhões indicados, o que representa 71% do total das emendas que ele poderia alocar. A maior parte dessa verba será destinada à área da saúde e a um projeto desportivo. Já Gerlen Diniz (PP), ex-deputado do Acre e agora prefeito de Sena Madureira, indicou R$ 16 milhões (43% do total de suas emendas) para o município acreano. O repasse será feito por meio das “emendas Pix”, uma modalidade com menos burocracia, que permite o depósito direto no caixa da prefeitura.

O Orçamento de 2025, aprovado em março, destinou R$ 50,4 bilhões em emendas parlamentares, sendo R$ 39 bilhões em emendas impositivas, que englobam emendas individuais e de bancada. No entanto, o processo de aprovação foi tumultuado, em parte devido a uma série de decisões do ministro Flávio Dino, do STF, que buscavam garantir maior transparência e rastreabilidade na execução dos recursos públicos. Essas decisões geraram um conflito entre o Congresso e o Judiciário, que se arrastou por meses, afetando diretamente a tramitação do orçamento.

Em fevereiro deste ano, Dino homologou um plano de trabalho para a execução das emendas, o que permitiu o fim do impasse. No entanto, o ministro destacou que a decisão não permite a liberação de emendas que apresentem impedimentos técnicos ou que estejam sob auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU). Além disso, ficaram de fora as “emendas Pix” sem plano de trabalho, bem como as emendas de comissão e de bancada que não foram formalmente aprovadas ou convalidadas.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Oposição enfrenta desafios para criar CPI mista sobre fraudes no INSS

Presidente do Senado, Davi Alcolumbre, tem poder crucial sobre o andamento da comissão, enquanto PL busca apoio para avançar com a proposta

          Davi Alcolumbre (Foto: Agência Câmara )

A tentativa de criar uma CPI mista para investigar fraudes no INSS, liderada por membros do PL, tem enfrentado desafios políticos dentro do Congresso Nacional. Segundo a coluna de Igor Gadelha, no Metrópoles, um dos principais obstáculos para a instalação da comissão é o papel do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), que detém a responsabilidade de agendar as sessões do Congresso. Para que a CPI seja criada, é necessário reunir pelo menos 171 assinaturas de deputados e 27 de senadores. No entanto, esses números podem ser alterados até que o pedido da comissão seja lido em uma sessão do Congresso.

A dificuldade surge justamente nesta fase, pois o presidente do Senado tem o poder de definir quando será realizada a sessão para a leitura do pedido. Até o momento, Alcolumbre ainda não marcou uma sessão deliberativa para isso. Embora isso seja parte de sua função regimental, o atraso nesse processo tem gerado incertezas entre os parlamentares do PL.

Para evitar que o governo pressione pela retirada das assinaturas, como ocorreu em outros momentos, o PL optou por manter em sigilo os nomes dos deputados e senadores que já assinaram o pedido de criação da CPI. O partido também enfrenta desafios com a crescente proximidade de Alcolumbre com o governo, refletida, por exemplo, na viagem do senador ao funeral do papa Francisco, acompanhando o presidente Lula, e na viagem recente para a Rússia e China.

Diante desse cenário, os bolsonaristas concentraram seus esforços na possibilidade de criar uma CPI exclusiva na Câmara dos Deputados, mas, dentro da própria bancada do PL, o líder Sóstenes Cavalcante (RJ) também enfrenta dificuldades para consolidar o apoio necessário. Assim, a criação da comissão segue incerta, com articulações ainda em andamento no Congresso.

Fonte: Brasil 247