quarta-feira, 17 de dezembro de 2025

Lula acena aos evangélicos e diz que vai transformar música gospel em patrimônio brasileiro

Pesquisa Quaest revelou que segmento evangélico ainda é aquele em que o presidente apresenta maior dificuldade eleitoral

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante a 13ª Conferência Nacional dos Direitos Humanos. Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB) – Brasília (DF) (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

Em reunião ministerial realizada nesta quarta-feira (17), a última de 2025, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sinalizou uma aproximação com o segmento evangélico ao anunciar a intenção do governo de transformar a música gospel em patrimônio cultural brasileiro. A declaração foi feita no contexto de um balanço político e econômico do ano, em meio à preparação do governo para o cenário eleitoral de 2026.

No discurso, Lula fez uma avaliação positiva do momento vivido pelo país, destacando avanços econômicos, institucionais e legislativos alcançados ao longo do ano.

Segundo o presidente, o governo conseguiu aprovar pautas consideradas estratégicas mesmo sem uma base parlamentar ampla. “Tudo aquilo que os analistas políticos achavam impossível acontecer num governo que tinha menos de 120 deputados numa Câmara de 513 e 14 ou 15 senadores num Senado de 81, aconteceu”, afirmou. Para Lula, os resultados foram fruto da articulação política e do diálogo constante com o Congresso Nacional.

O presidente também ressaltou a aprovação de medidas que classificou como sagradas”, entre elas a política tributária e mudanças no Imposto de Renda. “Aconteceu pela persistência de cada um de vocês, pela capacidade de conversa, de argumentação”, disse aos ministros, ao enfatizar a importância do diálogo como método de governo.

Ao mencionar conversas com líderes internacionais, Lula citou um diálogo com Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, para reforçar a defesa da diplomacia. “Eu falei para o Trump: fica mais barato conversar e menos sofrido do que guerra. Se a gente acreditar no poder do argumento, no poder da palavra, a gente evita muita confusão na vida dos países”, declarou.

Apesar do cenário que classificou como amplamente favorável, Lula reconheceu dificuldades na percepção pública dos avanços do governo. Segundo ele, a polarização política tem impacto direto nas pesquisas de opinião. “Existe uma polarização no país. É como se fosse Corinthians e Palmeiras, Ceará e Fortaleza, Grêmio e Internacional, Atlético Mineiro e Cruzeiro, Flamengo e Vasco”, comparou, ao afirmar que mudanças de posição tendem a ocorrer apenas em momentos decisivos, como as eleições.

O presidente afirmou que 2026 será decisivo para o debate político nacional. “O ano eleitoral vai ser o ano da verdade. Nós temos que criar a ideia da ‘hora da verdade’, para mostrar quem é quem nesse país”, disse, defendendo que o governo precisa comunicar melhor as transformações ocorridas em áreas como economia, educação, saúde e políticas de inclusão social.

Lula também reforçou o papel dos ministros e dos partidos aliados no processo eleitoral. “Cada ministro e cada partido vai ter que estar no processo eleitoral e vai ter que definir de que lado está. Será inexorável as pessoas definirem o discurso que vão fazer”, afirmou.

Ao final do discurso, o presidente destacou o que chamou de superação da invisibilidade social no país. “Nós acabamos com a invisibilidade do povo pobre desse país”, declarou. Em seguida, anunciou a iniciativa voltada ao segmento evangélico: “A última novidade, na semana que vem, é que nós vamos transformar a música gospel em patrimônio brasileiro. Vamos fazer um reconhecimento”.

Em tom descontraído, Lula ainda se dirigiu ao advogado-geral da União, Jorge Messias, ao comentar a futura medida. “Você pode estar preparado porque além de ser ministro da Suprema Corte, você vai poder cantar música gospel dentro do Palácio do Planalto”, disse, encerrando a fala com referência direta ao anúncio que dialoga com um dos grupos sociais apontados por pesquisas como o de maior resistência eleitoral ao presidente.

Fonte: Brasil 247

A manipulação da Quaest para garantir liderança de Flávio Bolsonaro contra Lula


      Flávio Bolsonaro

Ao longo de todo o dia de ontem, a mídia reproduziu com entusiasmo a manchete conveniente. Flávio Bolsonaro apareceria como o segundo colocado, atrás apenas de Lula, em todos os seis cenários testados na Quaest. A afirmação, repetida como dado objetivo, não resiste a uma leitura minimamente atenta da própria pesquisa.

Não é possível estabelecer quem ocupa a segunda posição real sem comparar desempenhos equivalentes. Isso pressupõe cenários em que cada nome da extrema-direita dispute isoladamente contra Lula, sem a presença constante de um concorrente favorecido. A Quaest escolhe não fazê-lo.

Na lâmina 64, o procedimento fica exposto. Flávio permanece fixo em todos os cenários, enquanto os demais candidatos da extrema-direita, Tarcísio, Zema, Ratinho, Caiado, Ciro e Aldo, são alternados como presenças episódicas. O resultado não mede força eleitoral. Preserva uma hierarquia previamente definida. A narrativa do “segundo colocado” se desfaz, substituída por algo mais funcional e menos rigoroso. Uma distorção deliberada, de aparência técnica e conteúdo ralo.

Há ainda um elemento central na pesquisa, a cuidadosa construção narrativa do suposto segundo lugar de Flávio. Antes de apresentar sua súbita e quase milagrosa consolidação nessa posição, a Quaest dedica as lâminas 48 a 59, doze páginas inteiras, ao campo da extrema-direita, numa espécie de aquecimento para o desfecho anunciado. Poderia ser uma análise densa, atravessada por tensões reais, divergências programáticas e disputas de base. Não é.

O recorte é estreito e reiterativo. Avalia-se se Bolsonaro acertou ao lançar Flávio e como os entrevistados percebem os demais postulantes, sempre enquadrados como alternativas menores, quase acessórios de um projeto já escolhido. Não há exame consistente de programas, alianças, limites políticos ou conflitos internos. Tudo converge para uma pergunta que já contém a resposta.

O mesmo cuidado narrativo reaparece nas lâminas 61 e 62. Ali, a pesquisa reúne um contingente desmedido de indecisos, atribuindo ao Brasil atual a existência improvável de 65% de eleitores sem qualquer inclinação definida. Isso não corresponde a um detalhe técnico inocente, mas à criação de um estoque estratégico. Indecisos em excesso oferecem margem ampla para leituras posteriores, ajustes de discurso e rearranjos oportunos. Em um país politicamente tensionado há quase uma década, esse número não se sustenta. Não é falha estatística. É construção consciente.

Resta, então, a pergunta que a própria pesquisa evita formular, mas que se impõe ao leitor atento com absoluta naturalidade. Por que a Faria Lima está tão empenhada em emplacar a candidatura de Flávio Bolsonaro? A resposta não se encontra nas lâminas, nem nos percentuais, nem nos gráficos de barras cuidadosamente alinhados. Ela habita o silêncio organizado da pesquisa, aquilo que se opta por não testar, não comparar, não expor. Em política, como em estatística, as ausências também dizem muito. E, neste caso, dizem o suficiente para dispensar legenda.

Fonte: DCM

Moro é “um dos piores homens públicos que esse país já teve”, diz Arnóbio Rocha

A PF encontrou provas de que o ex-juiz grampeou ilegalmente autoridades com foro privilegiado

      Sergio Moro (Foto: Roque de Sá / Agência Senado )

O advogado Arnóbio Rocha afirmou nesta quarta-feira (17) que as recentes revelações sobre a atuação de Sergio Moro confirmam práticas ilegais recorrentes do ex-juiz federal e ajudam a explicar danos profundos causados à democracia brasileira. Em publicação feita em seu perfil no Instagram, Arnóbio comentou reportagem que trata de escutas clandestinas realizadas ainda em 2005, quando Moro era titular da 13ª Vara Federal de Curitiba.

O advogado faz referência direta à apuração assinada pela jornalista Daniela Lima, do UOL, que revelou a apreensão, pela Polícia Federal, de documentos e mídias indicando a realização de grampos contra autoridades com foro privilegiado, sem autorização de tribunais superiores. A investigação aponta que essas práticas atingiram desembargadores, membros de tribunais e políticos, em desacordo com a legislação vigente à época.

Arnóbio sustenta que os fatos agora revelados reforçam denúncias antigas sobre a conduta do então magistrado. “Hoje o UOL traz um reportagem especial da Daniela Lima sobre o crime cometido em 2005 pelo ex-juiz Sergio Moro de grampear autoridades com foro que precisaria de tribunais superiores ou regionais para assim fazê-lo, o que demonstra que essa prática é uma prática constante dele, especial, que depois se tornou um método de ação na própria Lava Jato”, disse.

Segundo o advogado, já naquele período havia alertas sobre os riscos institucionais da atuação de Moro, embora o ex-juiz fosse tratado como herói por grandes veículos de comunicação. “É preciso lembrar que naquela época a mídia corporativa tinha como herói, desde aquele momento nós sempre dizíamos que a atuação dele era uma atuação que beirava o crime e que seria terrível para o país como foi”, afirmou.

Na publicação, Arnóbio também relaciona as escutas ilegais do passado a episódios posteriores de grande impacto político, como o vazamento do áudio envolvendo a então presidenta Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, divulgado no contexto da nomeação de Lula para a Casa Civil. “Vide aquele áudio absolutamente ilegal feito contra a presidenta Dilma num dia da posse que Lula seria ministro da Casa Civil, aquilo dali foi a gota d'água para o golpe, o impeachment de 2016, claramente feito de forma irregular e o seu vazamento entrega para a Globo News”, declarou.

Para o advogado, as novas informações indicam que o caso pode ter desdobramentos ainda mais graves para o ex-juiz. “Hoje se começa a puxar um fio desse novelo que pode levar ao fim da carreira de um dos piores homens públicos que esse país já teve, o tal do Sérgio Muro, a sua incapacidade, a sua ambição desmedida e como o poder ainda que pequeno pode transformar em algo terrível para um país inteiro”, escreveu.

Arnóbio encerra sua manifestação defendendo responsabilização judicial pelas condutas apontadas. “Vamos limpar essa área e espero que seja devidamente punido pelos seus crimes e pelas suas ações contra o país”, afirmou.

As declarações do advogado dialogam com o conteúdo da investigação conduzida no Supremo Tribunal Federal, que apura denúncias de uso de delatores para monitorar ilegalmente autoridades com prerrogativa de foro. A Polícia Federal encontrou relatórios de inteligência e gravações mantidos fora dos autos oficiais da 13ª Vara Federal de Curitiba, inclusive após a saída de Moro da magistratura.

A ordem de busca e apreensão foi determinada pelo ministro Dias Toffoli, depois de reiteradas solicitações do STF por materiais que não haviam sido encaminhados à Corte. O procedimento corre sob sigilo. Procurado, Sergio Moro afirmou, por meio de sua assessoria, que as acusações se baseiam em “relatos fantasiosos do criminoso condenado Tony Garcia” e disse não poder comentar o conteúdo apreendido por não ter acesso aos autos do inquérito em andamento.
Fonte: Brasil 247

Felipe Nunes, da Quaest, é “um dos maiores entusiastas” de chapa Ratinho e Zema, diz jornal


     Felipe Nunes, dono da Quaest

Felipe Nunes, CEO da Quaest, é comentarista das próprias pesquisas na GloboNews, entregando o que a emissora quer ouvir. O melhor dos mundos. Nunes é arauto da “polarização” e autor de um livro sobre o tema, em parceria com Thomas Traumann, ex-assessor de Dilma, depois de Michel Temer e hoje comentarista da… GloboNews.

Na newsletter semanal do jornalista Thiago Prado no Globo, Nunes se estusiasma além da conta — o que não chega a ser surpresa para quem o acompanha — com uma possível chapa Ratinho e Zema:

No início da semana, o presidente do PSD, Gilberto Kassab, teve uma conversa por telefone com o agora presidenciável Flávio Bolsonaro (PL). Embora tenha dito ao senador que seu partido só irá planejar o que vai fazer na corrida ao Planalto no ano que vem, as articulações para a disputa contra Lula já começaram: a ideia é colocar o projeto Ratinho Jr. (PSD) na rua em uma chapa que una o governador paranaense ao colega mineiro, Romeu Zema (Novo).

Ao contrário da esquerda, do Centrão, da Faria Lima e de boa parte da direita brasileira, Kassab deixou de acreditar que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), conseguirá se viabilizar para concorrer contra o presidente Lula (PT) em 2026.

Zema não admite abertamente, mas está disposto, sim, a desistir de uma candidatura presidencial para integrar uma chapa mais competitiva. Segundo as pesquisas Datafolha e Ipec divulgadas nos últimos dias, o mineiro aparece na quinta posição, oscilando entre 6% e 5% das intenções de votos, em cenário com Lula, Flávio, Ratinho Jr. e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil). (…)

Ouvido por muita gente do mundo político atualmente em conversas privadas ou palestras, o fundador da Quaest, Felipe Nunes, vem sendo um dos maiores entusiastas da hipótese Zema vice como elemento estratégico para uma possível vitória da direita: acha que Minas Gerais pode ser decisiva na disputa com a presença do político do Novo na chapa, tese que vem ganhando corpo em caciques experientes como Gilberto Kassab.

— Se o Tarcísio perder o timing da viabilidade política, a terceira via de direita pode ocupar esse espaço com uma dupla como Ratinho e Zema. Kassab está enxergando isso — afirma Felipe Nunes.

Provocado nas redes, Nunes escreveu o seguinte:

“Não é justa essa avaliação! Eu NUNCA declarei preferência por absolutamente ninguém, nem nenhuma opção política. Não é meu papel. No mesmo dia em que essa especulação surgiu eu me pronunciei por meio de nota, que reproduzo abaixo: ‘Está incorreta a afirmação publicada no jornal O Globo que eu sou “entusiasta” de uma aliança Ratinho e Zema. Na entrevista, apenas avaliei o papel que Minas Gerais terá na eleiçao presidencial e a forma como atores políticos poderão ou não se beneficiar disso – o que vale para todos os candidatos da oposição e do governo.’ Dizer que MG é um estado chave para eleição de 2026 não é ter preferência, é ser capaz de ver o cenário e avaliá-lo. As injustiças e mentiras acontecerão. Está não é a primeira nem ser a a última. Mas eu não vou aceitar nenhuma delas. Vou brigar por cada espaço pra desfazer esses absurdos”.

Fonte: DCM

Moro confessa gravação de presidente de tribunal, mas diz que iniciativa partiu de Tony Garcia

Em postagem nas redes, senador ataca jornalista, minimiza grampos ilegais e tenta desviar o foco de denúncias

      Sergio Moro (Foto: Geraldo Magela / Agência Senado)

O senador Sergio Moro (União-PR) reagiu nesta segunda-feira (17) às revelações sobre o material apreendido pela Polícia Federal na 13ª Vara Federal de Curitiba e admitiu a existência de uma gravação envolvendo o então presidente do Tribunal de Contas do Paraná (TCE-PR). Em postagem nas redes sociais, o ex-juiz parcial tentou transferir a responsabilidade pelo episódio ao delator Tony Garcia e atacou a jornalista Daniela Lima, autora da reportagem do UOL que detalhou o caso.

A manifestação de Moro ocorre após reportagem revelar que a Polícia Federal encontrou despacho do então juiz determinando a repetição de escutas ambientais contra autoridades com prerrogativa de foro, material que teria permanecido fora dos autos oficiais por anos e que hoje é analisado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Na publicação, Moro questiona o caráter inédito da reportagem e afirma que os fatos são antigos. “Então vamos lá, jornalista publica ‘furo’ no UOL de que eu teria, em 2005, grampeado ilegalmente o ex-Presidente do TCE/PR. Primeiro, não é furo, a mesma jornalista havia dado idêntica matéria em 2023”, escreveu.

O senador sustenta que a gravação ocorreu no contexto das investigações derivadas do caso Banestado e que a iniciativa teria partido do colaborador. “O fato ocorreu em 2005, há 20 anos, quando um criminoso colaborador, ladrão de consórcios, se dispôs a gravar seus interlocutores suspeitos de variados crimes em investigações derivadas do caso Banestado”, afirmou.

Moro também alegou que, à época, o entendimento do Supremo dispensaria autorização judicial para gravações feitas por um dos interlocutores. “O entendimento do STF na época era que a gravação feita pelo próprio interlocutor não demandava autorização judicial”, disse. Em seguida, reconheceu a gravação do dirigente do TCE-PR, mas tentou minimizar seu alcance. “Então um conselheiro do TCE foi gravado e é só, tudo com registro nos autos. Foi a única autoridade de foro então gravada e o áudio não foi utilizado para nada".

As investigações, no entanto, apontam que o áudio integral da conversa com Heinz Herwig, então presidente do TCE-PR, não havia sido encaminhado às instâncias superiores e permaneceu guardado na Vara Federal, ao lado de outros relatórios e mídias. O material foi localizado apenas após ordem de busca e apreensão expedida pelo ministro Dias Toffoli, no âmbito de apuração que tramita no STF sob sigilo.

Na postagem, Moro também buscou desvincular o episódio da Operação Lava Jato. “Essa colaboração findou em 2005, sem qualquer relação com a Lava Jato”, escreveu. Em outro trecho, o senador tentou associar a divulgação das denúncias a investigações envolvendo o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), citando o filho do presidente Lula (PT). “Estranhamente, esses factóides são ressuscitados no momento em que é revelado que Lulinha está sendo investigado pela PF por suspeita de envolvimento no escândalo do roubo do INSS".

As declarações contrastam com o conteúdo apreendido pela Polícia Federal e com os relatos do próprio Tony Garcia, que afirmou à TV 247 ter atuado sob ordens diretas do então juiz, inclusive com autorização formal para realizar escutas ambientais envolvendo autoridades com foro privilegiado, sem autorização do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Fonte: Brasil 247 com informações do UOL

Candidatura de Tarcísio “só existiu nos sonhos do establishment”, diz Helena Chagas

Pesquisa Quaest apontou que o governador de SP é nome menos competitivo que Flávio Bolsonaro para concorrer ao Planalto

Brasília-DF - 02/12/2025 - O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Foto: Lula Marques/Agência Brasil)

A jornalista Helena Chagas ironizou nesta quarta-feira (17) o espanto de alguns setores com os resultados da pesquisa Quaest divulgada nesta semana. Em publicação nas redes sociais, ela afirmou que a candidatura presidencial de Tarcísio de Freitas (Republicanos) já estava derrotada antes mesmo do levantamento, já que ele tinha apoio apenas de setores do mercado, mas não da população.

“Acho um espanto o espanto de alguns setores com a pesquisa Quaest, que, segundo interpretações, afundou de vez a candidatura do Tarcísio. Acho que é um movimento tipo ‘a volta dos que não foram’, ou ‘as longas tranças do careca’. Essa candidatura só existiu nos sonhos do establishment, da Faria Lima e adjacências. Como se sabe, esse pessoal tem dinheiro, mas não tem votos”, disse.

A declaração coloca em xeque a percepção de que Tarcísio teria se consolidado como nome competitivo fora de círculos ligados ao mercado financeiro. Para Helena Chagas, a surpresa com os dados ignora o fato de que o governador paulista nunca demonstrou força eleitoral suficiente para se firmar como alternativa nacional viável.

Os números da pesquisa Genial/Quaest reforçam esse diagnóstico. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera todos os cenários de segundo turno testados para a eleição de 2026. Em uma eventual disputa direta com Tarcísio de Freitas, Lula aparece com 45% das intenções de voto, contra 35% do governador de São Paulo.

A vantagem do presidente se repete frente a outros possíveis adversários. Contra o senador Flávio Bolsonaro, Lula soma 46%, enquanto o parlamentar registra 36%. Em confrontos com governadores, o petista mantém desempenho semelhante: 45% a 35% diante de Ratinho Júnior (PSD), 44% a 33% contra Ronaldo Caiado (União Brasil) e 45% a 33% frente a Romeu Zema (Novo).

Além dos cenários eleitorais, o levantamento aponta uma leve recuperação na avaliação do governo federal. Atualmente, 48% dos entrevistados dizem aprovar a gestão Lula, enquanto 49% afirmam desaprovar, configurando empate técnico dentro da margem de erro de dois pontos percentuais. No mês anterior, a desaprovação era maior do que a aprovação.

A pesquisa também identificou melhora na percepção sobre a economia. O percentual de brasileiros que avaliam que a situação econômica do país piorou recuou de 43% para 38%, indicando uma mudança gradual no sentimento da população.

O estudo foi encomendado pela Genial Investimentos e ouviu 2.004 eleitores em todas as regiões do país, entre os dias 11 e 14 de dezembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.

 

Fonte: Brasil 247

'Lula venceu 2025', avalia o Planalto após pesquisa Quaest

Equipe do presidente avalia que ano começou péssimo e terminou bom para o governo

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante cerimônia, em Brasília-DF - 25/08/2025 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

A equipe do presidente Luiz Inácio Lula da Silva avalia que o resultado mais recente da pesquisa Quaest representa uma vitória política para o governo em 2025, ano que começou sob forte desgaste e terminou com sinais de recuperação na aprovação presidencial e no ambiente econômico. Para assessores do Palácio do Planalto, os dados indicam uma mudança relevante de cenário após um primeiro semestre marcado por crises e dificuldades. As informações são do G1.

Segundo essa leitura interna, o levantamento também produz efeitos no tabuleiro eleitoral da oposição. “A pesquisa é boa para o Lula, reforça a candidatura do Flávio Bolsonaro, o que é bom para o presidente, e é ruim para o Tarcísio [de Freitas]”, avaliou um assessor presidencial

● Crises no início do ano e mudança de cenário

De acordo com auxiliares do presidente, 2025 teve um início especialmente difícil. O primeiro semestre foi marcado por episódios que afetaram diretamente a popularidade do governo, como as crises envolvendo o sistema Pix, denúncias de fraudes em aposentadorias do INSS e a imposição do chamado “tarifaço”, fatores que contribuíram para a queda da aprovação de Lula naquele período.

O momento mais delicado ocorreu em maio de 2025, quando a reprovação ao governo atingiu 57%, enquanto a aprovação ficou em 40%. No mesmo mês, a avaliação negativa chegou ao pico: 43% classificavam a gestão como ruim ou péssima, contra apenas 26% que a consideravam positiva.

● Recuperação econômica e melhora na percepção

A partir do segundo semestre, no entanto, o Planalto avalia que houve uma inflexão. O governo conseguiu reverter o impacto político do tarifaço, e o ambiente econômico passou a apresentar sinais mais favoráveis. A inflação de alimentos entrou em trajetória de queda, o desemprego continuou recuando e a economia manteve ritmo de crescimento, fatores que ajudaram a mudar o humor do eleitorado.

Na leitura do governo, os dados mais recentes indicam que, no agregado das pesquisas, a aprovação já estaria numericamente acima da reprovação, embora ainda em um cenário de empate técnico. Além disso, a atuação mais intensa nas redes sociais teria ampliado a percepção positiva sobre a gestão federal.

Entre novembro e dezembro, o percentual de pessoas que dizem enxergar notícias mais favoráveis sobre o governo subiu de 29% para 33%, enquanto a percepção de notícias negativas caiu de 46% para 43%.

● Expectativas para 2026

Outro ponto considerado estratégico pela equipe presidencial é a melhora das expectativas econômicas para o próximo ano. O levantamento mostra que aumentou de 42% para 44% o grupo que acredita que a economia vai melhorar, enquanto caiu de 35% para 33% o percentual dos que esperam piora.

Para os assessores de Lula, esse conjunto de indicadores reforça a estratégia política do governo para o ciclo eleitoral seguinte. “Era importante vencer 2025 para ganharmos em 2026”, resumiu o assessor presidencial, em avaliação direta sobre o significado político da recuperação observada ao longo do ano.

Na avaliação interna do Planalto, o novo cenário também tende a dificultar uma eventual desistência de Flávio Bolsonaro de uma candidatura presidencial, enquanto o governador Tarcísio de Freitas ficaria mais inclinado a disputar a reeleição em São Paulo, reorganizando o campo oposicionista para a próxima disputa nacional.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

"Moro e toda a 'República de Curitiba' vão terminar na cadeia", diz Tony Garcia ao 247

Delator diz que o ex-juiz parcial montou "uma indústria de arapongagem" para acumular poder e fazer chantagens

Tony Garcia e Sérgio Moro (Foto: Reprodução/TV 247 | Agência Brasil)

O ex-deputado estadual Tony Garcia afirmou nesta quarta-feira (17) que o ex-juiz parcial Sergio Moro (União-PR) e integrantes da chamada "República de Curitiba" “vão terminar na cadeia”. A declaração foi feita em entrevista à TV 247, na esteira das revelações sobre documentos e mídias apreendidos pela Polícia Federal na 13ª Vara Federal de Curitiba, que apontam a realização de escutas ilegais contra autoridades com foro privilegiado.

Na conversa com a TV 247, Tony Garcia sustentou que suas denúncias, feitas publicamente há cerca de três anos, sempre estiveram amparadas em provas documentais. Segundo ele, a recente apreensão de material na 13ª Vara Federal de Curitiba confirma que não se tratava de acusações sem fundamento. “Não só ele [Sergio Moro]. Vai ele e a República de Curitiba inteira [para a prisão]. Pode ter certeza. Quando eu falei a primeira vez para o 247, eu disse que o que eu estava denunciando era coisa que tinha tudo nos autos, que eu não estava chutando nada, que eu ia provar”, afirmou.

“Ele [Sergio Moro] falou que eu era criminoso, que era mentiroso, que não tinha gravado autoridade nenhuma com prerrogativa de foro, que ele não tinha autorizado… Ele falou tudo isso. Agora, depois da apreensão na Vara, que vieram os documentos, isso é só o ‘fiozinho’ do novelo. Agora vem o resto que ele fez”, declarou.

☉ Acusações de escutas ilegais e projeto de poder

Segundo Tony Garcia, as práticas denunciadas remontam a 2005 e envolveriam, além de Moro, procuradores da força-tarefa da Lava Jato. “Desde 2005 ele montou uma indústria de arapongagem. Ele junto com Januário Paludo, Carlos Fernando e o Deltan [Dallagnol]. Eles fizeram isso pensando em um projeto de poder”, afirmou.

O delator também enfatizou que as gravações foram realizadas sem respaldo legal, atingindo autoridades que só poderiam ser investigadas com autorização de tribunais superiores. “O problema não é só ele gravar autoridades para ter poder. Não. Isto é crime. Ele não tem esta prerrogativa. Ele era um juiz de primeira instância. Ele estava mandando eu grampear, dentro do meu escritório, com a Polícia Federal autorizada por ele, pessoas que tinham prerrogativa de foro. Isso é crime”, disse.

Na entrevista, Garcia afirmou que entre os alvos das gravações estão autoridades de diferentes instâncias. “Ele gravou o presidente do Tribunal de Contas [do Estado do Paraná], gravou deputados, desembargadores, ministros do STJ. Mandava grampear o ministro [do STF] Gilmar Mendes e a esposa dele e outros ministros… Isso vai vir à tona”, declarou.

☉ Pedido para derrubada do sigilo no STF

Tony Garcia também defendeu que o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, derrube o sigilo do procedimento que apura as denúncias. “Agora o que a gente tem que pedir, e eu vou pedir para o ministro [Dias Toffoli, do STF] para que ele baixe o sigilo, porque do meu processo já não tem diligência nenhuma para fazer. Está tudo nos autos”, afirmou.

Ele disse ainda que os documentos reunidos apontam crimes continuados envolvendo membros da Lava Jato. “Ali tem crimes continuados dele, do Deltan, do Januário Paludo, Carlos Fernando, de toda essa quadrilha da Lava Jato. Tem crimes aos montes, contra o José Dirceu, contra o presidente Lula, contra a presidente Dilma, vários deputados, gente do PT e outras coisas. Esse cara [Moro] ficou quase 20 anos usando desse poder”, afirmou.

☉ Material guardado e acusações de chantagem

Na entrevista, Garcia afirmou que as gravações não se limitam a escutas, mas incluiriam imagens e registros de possíveis crimes envolvendo magistrados. “Se só fosse grampear, ok. Não, ele pegou um monte de crime de desembargadores. Já tem de posse da Polícia Federal, além da festa da cueca, das imagens, tem ali imagens de reuniões dentro do escritório do Bertholdo, tem conversas de entrega de dinheiro para desembargadores”, declarou.

Segundo ele, esse material não teria sido encaminhado às instâncias competentes. “E o que ele fez? Ele denunciou algum? Nunca! Ele mandou para cima, para o STJ? Não! Ele guardou isso com ele. Ele não queria pegar ninguém. Ele queria ter poder para poder chantagear”, afirmou.

Ao final, Tony Garcia fez acusações diretas contra Moro e ex-integrantes da força-tarefa. “Ele é bandido, ladrão, criminoso, corrupto. Ele, Deltan Dallagnol, Carlos Fernando, Januário Paludo são bandidos”, declarou.

Fonte: Brasil 247

Câmara aprova redução de benefícios fiscais e aumenta taxação de bets e fintechs

 

O plenário da Câmara dos Deputados. Foto: Reprodução

A Câmara dos Deputados aprovou, na madrugada desta quarta-feira (17), o projeto de lei que prevê o corte de 10% em parte dos incentivos fiscais e o aumento da tributação de bets, fintechs e juros sobre capital próprio (JCP). O texto passou com 310 votos a favor e 85 contra e segue agora para o Senado, onde a expectativa é de votação ainda nesta quarta-feira.

As medidas foram incluídas no relatório do deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) com o objetivo de garantir uma arrecadação estimada em cerca de R$ 20 bilhões para o governo no próximo ano. A votação ocorreu por volta de 1h, após intensa articulação do Executivo.

Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o projeto é fundamental para fechar as contas do Orçamento de 2026.

O texto sofreu ajustes durante as negociações. A proposta original previa a redução de incentivos para empresas com faturamento anual acima de R$ 1,2 milhão, o que gerou resistência de parlamentares preocupados com o impacto sobre empresas médias.

O relator elevou esse teto para R$ 5 milhões. Com a mudança, o impacto estimado do corte de benefícios caiu de R$ 19,9 bilhões para R$ 17,5 bilhões, de acordo com Ribeiro.

O que muda para bets, fintechs e JCP

No caso das casas de apostas, o imposto sobre a receita bruta sobe dos atuais 12% para 15%, de forma gradual, com aumento de um ponto percentual por ano até 2028. Para as fintechs, a proposta eleva a alíquota da CSLL de 9% para 12% em 2026 e 15% a partir de 2028. As maiores, hoje tributadas em 15%, passarão a pagar 17,5% em 2026 e 20% em 2028.

Já o imposto sobre a distribuição de juros sobre capital próprio (JCP) pelas empresas aos acionistas aumenta de 15% para 17,5%.

O texto também estabelece que bancos e fintechs que permitirem transações envolvendo casas de apostas não regularizadas serão responsáveis pelo recolhimento dos tributos de bets ilegais. Pessoas físicas ou jurídicas que fizerem publicidade para bets não autorizadas também poderão ser responsabilizadas.

Críticas aos benefícios fiscais

Ao defender o projeto, Aguinaldo Ribeiro afirmou que a “concessão indiscriminada” de benefícios fiscais corrói o sistema tributário.

“Não somos contrários a políticas de estímulo a setores estratégicos da economia. No entanto, o uso de benefícios fiscais para esse fim costuma ser a ferramenta mais dispendiosa, menos eficaz e menos transparente e, em muitos casos, serve apenas para beneficiar interesses privados sem gerar retorno social”, disse.

Aguinaldo Ribeiro: Até fim do ano cumprimos calendário da reforma tributária
O deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB). Foto: Reprodução
O relator reconheceu que o corte aumenta a carga tributária, mas argumentou que isso evidencia o peso desproporcional suportado pela população que não se beneficia dessas renúncias. O corte linear de 10% passa a valer já no próximo ano, caso o Senado aprove o texto ainda em 2025. Ficam de fora incentivos previstos na Constituição, como a Zona Franca de Manaus.

Pressão política e Orçamento de 2026

A aprovação ocorreu após forte mobilização do governo. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ligou para o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e Haddad participou de reuniões com líderes partidários.

A equipe econômica argumentou que precisa dos R$ 20 bilhões previstos no projeto para cumprir a meta fiscal de 2026, que é um superávit de 0,25% do PIB, cerca de R$ 34 bilhões.

Sem esses recursos, o governo avalia que o risco de iniciar o ano com bloqueios de gastos aumentaria significativamente. O texto aprovado é considerado peça-chave para viabilizar a votação do Orçamento antes do recesso parlamentar.

Fonte: DCM

SBT troca especial de Zezé Di Camargo por episódio inédito de “Chaves”


      Zezé Di Camargo e Chaves. Foto: Reprodução

O SBT decidiu substituir o especial de fim de ano de Zezé Di Camargo por um episódio inédito de “Chaves” na TV aberta. A exibição está prevista para esta quarta-feira (17), logo após o “Programa do Ratinho”, segundo informou a emissora. Com informações do Metrópoles.

De acordo com o canal, o episódio escolhido nunca foi transmitido na TV aberta brasileira. O capítulo mostra uma festa organizada na vila, com a participação dos moradores, em uma comemoração que termina em confusão, seguindo o enredo tradicional da série criada por Roberto Gómez Bolaños.

A mudança ocorre após o cancelamento do especial de Natal do cantor, já gravado para a grade. A decisão foi tomada depois da repercussão de declarações de Zezé Di Camargo sobre a condução do SBT pela família de Silvio Santos.

Fonte: DCM com informações do Metrópoles

Lula lidera todos os cenários de 1º turno, diz nova pesquisa Real Time


       O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Foto: Reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera todos os cenários simulados de primeiro turno para a eleição presidencial, segundo pesquisa do instituto Real Time Big Data divulgada nesta quarta-feira (17).

No primeiro cenário testado, Lula aparece com 35% das intenções de voto. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) surge em segundo, com 17%, seguido pelo governador do Paraná, Ratinho Jr. (PSD), com 12%.

Os governadores Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais, e Ronaldo Caiado (União), de Goiás, marcam 5% cada. Aldo Rebelo (DC) e Renan Santos (Missão) registram 1%.

No segundo recorte, Lula mantém os mesmos 35%. Flávio Bolsonaro cresce para 20%, enquanto o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD), aparece com 7%. Zema tem 6%, Caiado 5%, e Aldo Rebelo e Renan Santos seguem com 1% cada.

Cenário com Tarcísio

No terceiro cenário, Lula também permanece com 35%. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), alcança 26%. Caiado soma 6%, Zema 5%, Aldo Rebelo 2% e Renan Santos, 1%.

A pesquisa ouviu 33.300 pessoas entre os dias 5 e 16 de dezembro, nos 26 estados e no Distrito Federal. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.

Tarcísio é alçado a presidenciável em festa de partido a uma semana de julgamento de Bolsonaro - Tribuna do Norte
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Foto: Reprodução

Fonte: DCM