terça-feira, 22 de julho de 2025

Entreguismo: bolsonaristas exibem bandeira de Trump na Câmara

 

Deputados bolsonaristas exibem a bandeira de Donald Trump no Congresso. Foto: reprodução

O deputado Delegado Caveira (PL-PA) exibiu uma bandeira do presidente Estados Unidos, Donald Trump, durante uma coletiva de imprensa com parlamentares bolsonaristas na Câmara dos Deputados, nesta terça-feira (22). Logo em seguida, ele foi orientado por colegas a escondê-la para não evidenciar o entreguismo da extrema-direita. O vexame ocorreu durante protesto contra o cancelamento de sessões de comissões durante o recesso parlamentar.

A bandeira apareceu no momento em que o líder do PL, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), afirmava se sentir “amordaçado” e classificava o cancelamento das sessões como “ilegal”.

A transmissão ao vivo pelo YouTube foi interrompida antes desse momento. Questionado sobre a decisão de recolher a bandeira, o deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP), que coordenava a coletiva, justificou: “[Pedimos para retirar] porque não é o foco aqui hoje”.

O evento ocorreu após o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), proibir a realização de reuniões de comissões durante o recesso parlamentar, que vai até 31 de julho. A decisão frustrou os planos da oposição de aprovar moções de apoio a Jair Bolsonaro (PL), que chegou a ser esperado no local mas não compareceu.

O deputado Lindbergh Farias, líder da bancada do PT na Câmara, classificou os parlamentares como “traidores”. “Enquanto o país luta contra o tarifaço e defende sua soberania, eles prestam continência a um grupo externo. Isso tem nome: traição”, escreveu no X.


A exposição da bandeira de Trump não foi a única controvérsia entre os parlamentares. Enquanto alguns deputados exibiram uma placa com o nome de Bolsonaro, outros demonstraram preocupação com a medida. O deputado General Pazuello (PL-RJ) alertou: “Não coloca placa do Bolsonaro, ele já está exposto demais. A placa pode indicar que ele está aqui e ele não vem”.

Durante a coletiva, os deputados criticaram o que chamaram de “censura” e anunciaram planos de mobilização. “Apesar de o Congresso estar no chamado recesso branco, nós não teremos recesso. Nós voltaremos às nossas bases e falaremos como a militância para mobilizar o povo para se manifestar nas ruas”, afirmou o deputado Filipe Barros (PL-PR).

Fonte: DCM

“3,5 milhões saíram da pobreza só em 2025”, diz Wellington Dias

Ministro destaca que ações como o Bolsa Família e o microcrédito do programa Acredita contribuíram para avanço da renda e crescimento da classe média

Ministro Wellington Dias (Foto: Diego Campos/Secom-PR)

Mais de 3,5 milhões de brasileiros superaram a condição de pobreza entre janeiro e julho de 2025, segundo dados apresentados pelo ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias. Em entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, transmitido nesta terça-feira (22) pelo Canal Gov, Dias apontou o crescimento do emprego formal e o estímulo ao empreendedorismo como pilares dessa transformação.

“Nós estamos falando aí de aproximadamente 3 milhões e meio de pessoas que saíram da pobreza esse ano de janeiro para cá. Na verdade, já são quase 24 milhões de pessoas que desde o começo deste mandato, em 2023, superaram a pobreza. São pessoas que saíram do Bolsa Família a partir da renda”, afirmou o ministro.

O resultado do avanço social já tem reflexo direto no programa Bolsa Família. Em julho, cerca de 958 mil famílias deixaram de receber o benefício. Grande parte dos desligamentos — mais de 536 mil — ocorreu após o cumprimento da chamada Regra de Proteção, que permite a manutenção parcial do auxílio mesmo com aumento da renda.

Essa regra garante que, ao ultrapassar o limite de R$ 218 por pessoa da família, o benefício não seja imediatamente cortado, desde que a renda mensal per capita não ultrapasse meio salário mínimo. Nesses casos, a família segue recebendo 50% do valor do benefício por até 24 meses. Já aqueles que ultrapassam esse teto ou pedem desligamento voluntário e voltam à pobreza têm prioridade de retorno ao programa por meio da política do Retorno Garantido.

Ainda em julho, outras 385 mil famílias saíram do Bolsa Família após atingirem rendimentos acima de R$ 759 per capita — valor superior ao limite da Regra de Proteção.

Wellington Dias também destacou que uma das principais condicionalidades do Bolsa Família — manter crianças e adolescentes na escola — está rendendo frutos no mercado de trabalho.

“Tem que estar matriculado, estudando, frequentando a escola, e a aprovação. E todo ano, a gente tem a comemoração de milhares de pessoas que se formam no nível técnico, superior, às vezes até pós-graduação, e são do Bolsa Família, são do Cadastro Único. Ali abre portas para o emprego”, declarou.

Segundo o ministro, esse movimento de ascensão social é visível no crescimento da classe média. “À medida que ali abre a condição de trabalhar, ganha a condição de sair do Bolsa Família, e muitos indo para a classe média. A classe média brasileira está crescendo e boa parte é o público do Bolsa Família que está ascendendo”, completou.

Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) confirmam essa transição: das 1,7 milhão de vagas com carteira assinada criadas em 2024, 98,8% foram ocupadas por pessoas inscritas no CadÚnico, sendo que 1,27 milhão eram beneficiárias do Bolsa Família.

Outro destaque da entrevista foi o programa Acredita no Primeiro Passo, voltado para quem deseja empreender. A iniciativa oferece microcrédito com juros baixos para pessoas de 16 a 65 anos inscritas no CadÚnico, com atenção especial a mulheres, jovens, pessoas com deficiência, negros e populações tradicionais e ribeirinhas.

“Nós financiamos no campo, financiamos na cidade. São cerca de R$ 14 bilhões que já liberamos para o campo, para pequenos negócios, e aproximadamente R$ 10 bilhões para a parte urbana, e isso dá resultado”, afirmou.

O ministro destacou que, em 2023, o país comemorou a abertura de 2,3 milhões de pequenos negócios, número que cresceu para 4 milhões em 2024. Neste ano, segundo ele, já são 2,6 milhões de novos empreendimentos.

“Os pequenos negócios estão predominando, e são dos pequenos negócios a maior parte dos empregos, cerca de 70%, o que é muito importante. Um impulsiona o outro”, avaliou Dias.

Ao longo do programa, o ministro ressaltou os avanços no combate à fome e afirmou que o Brasil caminha para sair novamente do Mapa da Fome da ONU. O país havia deixado o mapa em 2014, mas retornou entre 2019 e 2021 devido ao aumento da pobreza e da insegurança alimentar.

Segundo dados das agências da ONU, 14,7 milhões de pessoas deixaram de passar fome em 2023. A insegurança alimentar severa caiu de 17,2 milhões de brasileiros em 2022 para 2,5 milhões em 2023 — uma redução de 85%.

“Nós recebemos em 2022 o Brasil com 33 milhões e 100 mil pessoas (com fome). Já reduzimos 24,4 milhões que estavam na fome, saíram da fome”, afirmou Dias.

Ele explicou que, embora os dados de 2023 e 2024 já apontem uma taxa de insegurança alimentar severa abaixo de 2,5%, o critério da FAO exige uma média de três anos consecutivos. Segundo o ministro, o resultado de 2024 permitirá que, em julho de 2026, o Brasil seja oficialmente retirado do Mapa da Fome.

“O Brasil já é o país que saiu da fome em menos tempo, 11 anos. Agora vamos alcançar em três anos. E ao mesmo tempo, reduzindo a miséria, estava em 9%. O Banco Mundial divulgou agora, caiu para 4%. Reduzindo a pobreza, que estava em 37% em 2021, caiu agora para 23%”, afirmou.

O ministro celebrou ainda a queda recorde dos índices de desigualdade, miséria e pobreza no Brasil. “Nós tivemos a maior redução da desigualdade da história do Brasil. Todos esses indicadores são recordes”, declarou.

Wellington Dias também destacou a melhora do Brasil no ranking internacional do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). “O Brasil subiu cinco casas no ranking internacional, passando vários países, melhorando, nesse caso, ação social, a educação e a saúde”.

Fonte: Brasil 247

Governador que abrigar Eduardo Bolsonaro para evitar cassação terá problemas com a Justiça, alerta ministro do STF

Aliados de Eduardo Bolsonaro querem emplacá-lo como secretário de algum governador bolsonarista, estendendo sua licença e garantindo seu mandato

       Eduardo Bolsonaro (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

A manobra que governadores bolsonaristas vêm discutindo nos bastidores para salvar o mandato do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e garantir sua permanência no Congresso, mesmo diante das investigações que o cercam, tem causado perplexidade entre integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF). A solução encontrada pelos aliados seria nomeá-lo para um cargo de secretário estadual, o que permitiria seu afastamento temporário da Câmara sem perda de mandato.

Segundo a coluna da jornalista Andréia Sadi, do g1, integrantes do STF, porém, consideraram a ideia absurda e a interpretaram como uma tentativa de blindar Eduardo, que pode ter um “acerto de contas próximo com a Justiça”, incluindo possibilidade concreta de prisão.

Pelo Regimento Interno da Câmara dos Deputados, parlamentares podem se licenciar para ocupar cargos no Poder Executivo, como secretarias estaduais, desde que façam o pedido formal, que deve ser autorizado pelo presidente da Casa, atualmente Hugo Motta (Republicanos-PB), e lido em plenário. Caso a licença ultrapasse 120 dias, um suplente assume a vaga.

Um dos ministros ouvidos afirmou que a nomeação de Eduardo para uma secretaria seria, nas palavras ouvidas pela jornalista, “contratar um problema penal” por parte do governador que o aceitasse em sua equipe.

Eduardo Bolsonaro é investigado por suspeita de coação no curso do processo. A acusação está relacionada à sua suposta articulação para que os Estados Unidos impusessem sanções ao Brasil como forma de pressionar o Judiciário brasileiro, diante do julgamento que envolve seu pai, Jair Bolsonaro (PL), por tentativa de golpe de Estado após ser derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2022.

Segundo o Código Penal, o crime de coação no curso do processo ocorre quando alguém utiliza “violência ou grave ameaça, com o fim de favorecer interesse próprio ou alheio, contra autoridade, parte ou qualquer pessoa chamada a intervir em processo judicial, policial ou administrativo”. A pena prevista é de um a quatro anos de prisão, além de multa.

Ainda conforme a reportagem, integrantes do STF também relembraram um episódio similar envolvendo o ex-ministro da Justiça Anderson Torres. Em 2022, o então governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), consultou a Corte sobre a nomeação de Torres para o cargo de secretário de Segurança Pública. Mesmo tendo sido advertido sobre os riscos, Ibaneis seguiu adiante com a nomeação. Pouco tempo depois, Torres foi preso em decorrência de sua suposta omissão nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, e Ibaneis acabou afastado do cargo por 90 dias por decisão do STF.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Bolsonaristas criticam decisão de Hugo Motta que suspendeu reuniões de comissões: 'absurdo total'

Oposição protestou contra ato que impede reuniões até 1º de agosto; base do governo apoiou medida que barra manobras pró-Bolsonaro

       Hugo Motta (Foto: Marina Ramos/Câmara dos Deputados)

A decisão do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), de suspender o funcionamento das comissões parlamentares durante o recesso informal provocou reações de parlamentares aliados de Jair Bolsonaro (PL). A medida, publicada em ato oficial nesta terça-feira (22), impede a convocação de qualquer comissão até o dia 1º de agosto, o que frustra os planos da oposição de realizar sessões para defender o ex-mandatário.

Segundo o jornal O Globo, bolsonaristas como Nikolas Ferreira (PL-MG), Mauricio Marcon (Podemos-RS) e Carlos Jordy (PL-RJ) foram às redes sociais para criticar a decisão. Já deputados governistas como Lindbergh Farias (PT-RJ) e Rogério Correia (PT-MG) saíram em defesa do presidente da Câmara. “A extrema-direita quer transformar o Parlamento num circo de horrores”, escreveu Lindbergh.

O ato de Hugo Motta impede, até 1º de agosto, “a realização de reuniões de comissões da Câmara dos Deputados”, conforme texto publicado na manhã desta terça-feira (22). A justificativa é o recesso informal, já que a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), cuja votação oficializa o recesso, ainda não foi apreciada. O retorno das atividades legislativas está previsto para 4 de agosto, uma segunda-feira.

Mesmo com a proibição, a base bolsonarista tentou manter as sessões e convocaram as comissões de Segurança Pública e de Relações Exteriores, com o objetivo de criticar decisões do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que impôs medidas cautelares a Bolsonaro, como o uso de tornozeleira eletrônica e o veto a publicações em redes sociais

O deputado Nikolas Ferreira ironizou a rapidez da medida. “Pra impedir parlamentar de falar é sempre tudo muito rápido”. Mauricio Marcon (Podemos-RS) foi mais agressivo ao insinuar que Hugo Motta teria se aliado a “ditadores”, sem nomeá-los. Já Julia Zanatta (PL-SC) relatou que sua assessora “quase desmaiou” ao saber que nem o ar-condicionado da sala de reuniões pôde ser ligado. Carlos Jordy classificou a medida como “absurdo total”. Ainda assim, parlamentares bolsonaristas abriram painel e registraram presença na Comissão de Segurança Pública nesta terça-feira.

Segundo Duda Salabert (PDT-MG), houve tentativa de aprovar uma “moção de aplauso para Bolsonaro”. A deputada afirmou que, caso insistam em desobedecer a decisão de Hugo Motta, solicitará à Comissão de Ética a suspensão dos mandatos desses parlamentares.

Rogério Marinho (PL-RN) foi chamado de “golpista” pelo deputado Rogério Correia (PT-MG), enquanto a base governista reiterou que o ato da presidência da Câmara está de acordo com o regimento da Casa. A decisão é vista como uma barreira a tentativas da oposição de transformar o recesso em palco para ataques ao Judiciário e defesa do ex-presidente.

Jair Bolsonaro esteve na Câmara nesta segunda-feira (21), circulou entre aliados, exibiu sua tornozeleira eletrônica à imprensa e discursou, apesar das restrições judiciais. Diante disso, a oposição organizou uma ofensiva legislativa, que inclui pressão sobre Hugo Motta para pautar projetos como a anistia aos presos do 8 de janeiro e mudanças nas regras do foro privilegiado — uma forma de deslocar eventuais processos de Bolsonaro do STF para a justiça comum. Segundo o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), essas serão prioridades da bancada.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Exportações de carne brasileira aos EUA desabam após tarifaço de Trump

Volume caiu 80% desde abril; sobretaxa de 50% entra em vigor em 1º de agosto e pode inviabilizar as vendas ao segundo maior mercado do Brasil

        Frigorífico no Mato Grosso do Sul (Foto: Reprodução (TV Morena))

As tarifas adicionais impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, já provocam impacto devastador nas exportações brasileiras de carne bovina, mesmo antes da entrada em vigor da nova alíquota de 50% prevista para 1º de agosto. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), compilados pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), o volume de carne vendida ao mercado americano caiu vertiginosamente nos últimos meses. As informações são da Folha de S. Paulo.

Em abril, quando Trump instituiu uma sobretaxa de 10%, as exportações somaram 47,8 mil toneladas. Desde então, os embarques não pararam de recuar: em maio, o volume caiu para 27,4 mil toneladas; em junho, recuou para 18,2 mil. Agora, em julho, os números apontam para apenas 9,7 mil toneladas, o que representa um tombo de 80% em relação a abril.

Enquanto o volume despenca, o preço da carne brasileira sobe nos Estados Unidos. Em abril, o valor médio da tonelada era de US$ 5.200. Em julho, já atinge US$ 5.850, uma alta de 12%. A valorização, no entanto, não tem compensado a redução no fluxo comercial.

Com o novo cenário tarifário, alguns embarques já contratados estão sendo desviados de portos americanos para evitar que as cargas desembarquem após 1º de agosto e sofram a taxação majorada.

Nos bastidores, representantes do governo brasileiro e da indústria frigorífica vêm tentando negociar com importadores norte-americanos. O objetivo é demonstrar os efeitos deletérios da tarifa de 50% sobre o comércio bilateral e buscar alternativas negociadas em etapas.

Apesar dos esforços, interlocutores próximos às negociações relatam um ambiente desfavorável. Segundo fontes ouvidas pela reportagem, o governo estadunidense tem se mostrado inflexível e condiciona qualquer avanço a exigências de cunho político, como a interrupção de processos contra Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal (STF), o que torna o processo ainda mais delicado.

Na última semana, unidades frigoríficas em Mato Grosso do Sul suspenderam temporariamente a produção voltada ao mercado americano. O Brasil é hoje o principal fornecedor de carne bovina para os EUA, à frente de Austrália, Nova Zelândia e Uruguai. Em contrapartida, os EUA são o segundo maior destino da carne brasileira, atrás apenas da China.

Entre janeiro e junho deste ano, o Brasil exportou 181,5 mil toneladas de carne bovina aos Estados Unidos, com faturamento de US$ 1,04 bilhão. Isso representa um crescimento de 112,6% no volume e de 102% na receita em comparação ao mesmo período de 2024, quando o país vendeu 85,4 mil toneladas, totalizando US$ 515 milhões.

Esse desempenho, no entanto, foi sustentado por vendas acima da cota anual de 65 mil toneladas com tarifa reduzida. A maior parte da carne brasileira, portanto, já vinha sendo vendida com alíquotas elevadas — e mesmo assim conseguia manter competitividade. A adoção da sobretaxa de 50%, contudo, poderá inviabilizar o acesso ao mercado americano.

O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) iniciou conversas com setores produtivos nesta terça-feira (15), apontando o setor como agente fundamental nas negociações bilaterais. A estratégia passa por organizar os produtores nacionais e buscar apoio do setor privado americano para pressionar pela flexibilização das medidas.

A Abiec aponta que cerca de 70% da carne bovina brasileira é consumida internamente, enquanto os 30% exportados correspondem, em sua maioria, a cortes menos valorizados no mercado nacional. É o caso do dianteiro do boi, utilizado na produção de hambúrgueres nos Estados Unidos, e de miúdos bovinos, que têm maior saída em países asiáticos.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Defesa de Bolsonaro tem até às 21h13 para responder Moraes sobre descumprimento de medidas cautelares

Ministro do STF exige esclarecimentos sobre divulgação de fala do ex-presidente nas redes sociais, sob pena de prisão

      Jair Bolsonaro à mesa (Foto: Carlos Moura / Ag. Senado)

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro tem até as 21h13 desta terça-feira (22) para apresentar explicações ao Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o possível descumprimento das medidas cautelares impostas no inquérito em que ele é investigado. A determinação foi feita pelo ministro Alexandre de Moraes após a divulgação de um vídeo em que Bolsonaro aparece discursando na saída de uma reunião com parlamentares da oposição, na Câmara dos Deputados, na segunda-feira (21). A informação foi publicada pelo g1.

Bolsonaro está proibido de utilizar redes sociais, direta ou indiretamente, conforme determinação do STF. A decisão também veta a retransmissão de vídeos, áudios ou transcrições de falas suas, inclusive em perfis de terceiros. Apesar disso, imagens do pronunciamento circularam amplamente em plataformas digitais.

No mesmo dia da divulgação do vídeo, Moraes reiterou em despacho que a proibição se estende a qualquer forma de publicação de conteúdo do investigado, por qualquer pessoa, alertando que ele não pode se valer desses meios para burlar a medida. O ministro também advertiu que o descumprimento pode resultar na revogação das medidas e decretação imediata da prisão.

Diante do episódio, Moraes determinou que os advogados de Bolsonaro sejam intimados para esclarecer, em até 24 horas, os motivos do eventual descumprimento.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Temendo prisão, Bolsonaro cancela ida à Câmara e segue recluso no PL

Ministro do STF Alexandre de Moraes pode decretar prisão se defesa do ex-mandatário não justificar violação de cautelares durante visita ao Congresso

      Jair Bolsonaro à mesa (Foto: Carlos Moura / Ag. Senado)

Poucas horas depois de ser intimado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a prestar explicações sobre possível violação de medidas cautelares, Jair Bolsonaro (PL) recuou de compromissos agendados para esta terça-feira (22) na Câmara dos Deputados. Segundo o jornal O Globo, Bolsonaro cancelou reuniões com aliados e permanece na sede nacional do PL, em Brasília.

A decisão ocorre em meio à pressão crescente por parte do Judiciário. Moraes determinou que a defesa do ex-mandatário esclareça sua conduta durante visita recente ao Congresso, na qual exibiu a tornozeleira eletrônica e manteve contato com parlamentares bolsonaristas. As sessões desta terça nas comissões de Segurança Pública e de Relações Exteriores estavam programadas para discutir moções de repúdio às decisões do STF que atingem o ex-presidente. A iniciativa, articulada por sua base de apoio, busca manter Bolsonaro em evidência e reforçar a narrativa de “perseguição” por parte da Justiça.

Durante reunião com deputados federais na segunda-feira (21), Bolsonaro insistiu na aprovação do projeto de anistia a condenados e investigados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Segundo a oposição, a proposta seria um “gesto humanitário”, em reação ao que consideram penas desproporcionais. O governo e parte do Congresso, no entanto, enxergam risco de impunidade e rejeitam a medida por fragilizar a responsabilização dos envolvidos na tentativa de golpe.

Ainda durante o encontro, Bolsonaro incentivou a apresentação de novos pedidos de impeachment contra ministros do STF, com foco em Alexandre de Moraes. Embora não haja clima político para o avanço dessas iniciativas, interlocutores bolsonaristas avaliam que os gestos têm impacto simbólico e mobilizam a base nas redes sociais.

Ainda de acordo com a reportagem, a avaliação entre parlamentares próximos ao ex-mandatário é de que ele busca transformar as restrições impostas pelo STF em capital político, reforçando sua imagem de vítima e alimentando a militância com confrontos institucionais.

Na visita que motivou a reação de Moraes, Bolsonaro não apenas circulou pela Câmara como também fez críticas públicas às decisões do ministro, enquanto ostentava a tornozeleira eletrônica. Para o magistrado, há indícios de que o ex-mandatário pode ter utilizado redes sociais de forma indireta, o que violaria as restrições cautelares impostas em investigações que correm no STF.

No despacho, Moraes alertou que, caso não haja uma justificativa satisfatória por parte da defesa, poderá decretar a prisão imediata de Jair Bolsonaro.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Polícia Federal pode pedir ao STF a prisão de Eduardo Bolsonaro

Deputado licenciado pode também ser alvo de busca e apreensão. Investigadores veem tentativa de obstrução de Justiça por parte de Jair e Eduardo Bolsonaro

    Eduardo e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução)

Investigadores da Polícia Federal avaliam a adoção de medidas contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), no âmbito do inquérito que apura pressões ilegais para impedir o julgamento da tentativa de golpe de Estado. Segundo a coluna da jornalista Andréia Sadi, do g1, fontes ligadas à investigação informaram que não estão descartadas medidas como mandados de busca e apreensão — e até mesmo prisão — contra o parlamentar. A PF e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) defendem que tanto Eduardo quanto seu pai, Jair Bolsonaro (PL), vêm atuando para obstruir a Justiça, o que justificaria ações mais duras.

Apesar disso, Eduardo Bolsonaro foi poupado da operação realizada na última sexta-feira (18), que teve Jair Bolsonaro como principal alvo. Segundo investigadores, o motivo é o fato de o deputado estar nos Estados Unidos, o que exige cooperação jurídica internacional para qualquer medida cautelar de maior impacto. Na avaliação de investigadores da PF, a permanência de Eduardo em território estadunidense tem sido uma forma de proteção contra medidas da Justiça brasileira.

No mesmo período da operação, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, manifestou apoio a Jair Bolsonaro. Em uma carta, Trump afirmou que o processo contra o ex-presidente brasileiro deveria ser encerrado “imediatamente” e anunciou a suspensão dos vistos de oito ministros do STF.

Ainda conforme a reportagem, a PF também investiga a participação de Eduardo Bolsonaro na articulação de uma carta, encaminhada à Casa Branca por congressistas republicanos em maio — dois dias após sua chegada aos EUA —, em que pediam sanções contra o ministro Alexandre de Moraes. Para os investigadores, essa movimentação integra uma tentativa de interferência estrangeira com o objetivo de constranger o STF e outras instituições brasileiras.

O próprio Moraes, relator do inquérito, afirmou que pai e filho atuaram em conjunto para estimular o governo norte-americano a pressionar autoridades brasileiras, o que configuraria uma tentativa de “obstrução de Justiça”.

Na decisão que autorizou a operação da PF, o ministro do STF apontou que os dois cometeram “atentados contra a soberania nacional”, com o objetivo de interferir em processos judiciais, desestabilizar a economia e pressionar o Judiciário — especialmente o Supremo Tribunal Federal.

Durante a operação, a PF apreendeu US$ 14 mil e R$ 8 mil em espécie na residência de Jair Bolsonaro, além de uma cópia de uma ação judicial protocolada nos Estados Unidos contra Moraes e um pen drive escondido em um banheiro. De acordo com os investigadores, o conteúdo do dispositivo “não tem relevância” para o inquérito em curso.

Após a imposição do uso de tornozeleira eletrônica, Jair Bolsonaro classificou a investigação como motivada por razões políticas e a definiu como uma “suprema humilhação”. Ele também negou qualquer conhecimento sobre o pen drive apreendido. Dois dias após a operação, Eduardo Bolsonaro fez ataques públicos à Polícia Federal.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Cidade que mais recebeu emendas por habitante no Brasil entra em calamidade financeira

Portal inacabado de São Luiz do Anauá (RR) – Foto: Reprodução

A cidade de São Luiz do Anauá (RR), líder nacional em recebimento de emendas parlamentares per capita, decretou calamidade financeira após ficar sem recursos para pagar salários. Com 7.315 moradores, o município recebeu R$ 126 milhões em emendas de 2020 a 2025, o equivalente a R$ 17,4 mil por habitante, valor 33 vezes maior que a média nacional. A gestão atual aponta indícios de desvios, como obras inacabadas e pagamentos sem execução, incluindo um portal de entrada de R$ 5 milhões.

O prefeito Elias da Silva, conhecido como Chicão, culpa a gestão anterior pelo sumiço dos recursos e diz que recebeu o município “sem um centavo”. Apesar de já ter sido vice-prefeito e secretário de Saúde do ex-prefeito James Batista, Chicão afirma que não tinha conhecimento dos desvios. A Prefeitura encaminhou denúncias à CGU, TCU, Polícia Federal e Ministério Público. Entre as obras sob suspeita estão o Parque da Vaquejada (R$ 6,6 milhões), Praça dos Buritis (R$ 3 milhões) e casas populares (R$ 1,2 milhão).

Roraima, mesmo com a menor população do país, concentra grande volume de emendas por ter 11 parlamentares no Congresso, o que facilita repasses desproporcionais. A Assembleia Legislativa abriu uma CPI para investigar desvios em verbas estaduais, incluindo compras de medicamentos e ambulâncias.

Fonte: DCM

Jogador do Chelsea revela "medo" de Trump durante premiação da Copa do Mundo de Clubes

Presidente dos EUA entregou a taça aos jogadores e se recusou a sair do pódio, deixando elenco confuso; “O cara não queria ir embora”, disse Marc Cucurella

     (Foto: Reuters)

A comemoração do Chelsea pelo título da Copa do Mundo de Clubes foi marcada por uma cena inusitada e desconcertante: a presença prolongada do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no palco de premiação. O episódio foi relatado pelo lateral espanhol Marc Cucurella em entrevista ao podcast JijantesFC. As informações são do Metrópoles.

Segundo Cucurella, os jogadores foram informados de que Trump participaria apenas da entrega da taça, mas que, por protocolo, deveria deixar o pódio antes da equipe levantar o troféu. No entanto, o presidente americano ignorou essa orientação e permaneceu no palco, mesmo durante a celebração.

“Nos disseram que, por regra, Donald Trump viria nos entregar o troféu e não o poderíamos levantar até que ele fosse embora. E claro, estávamos todos lá esperando ele ir embora, mas o cara não queria ir embora, e ainda por cima olhamos para Trump e ele disse: ‘Levantem ele, eu fico aqui’. E eu me perguntava quem ia dizer alguma coisa a ele, sabe… Eu estava me cagando de medo”, contou Cucurella

O momento gerou visível desconforto entre os atletas. Após receber a taça, o capitão Reece James chegou a perguntar a Trump se ele continuaria no pódio. Com a resposta afirmativa do presidente, o time optou por seguir com a comemoração mesmo com a presença do chefe de Estado.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Bolsonaristas pressionam Motta por sessão remota para votar anistia e mudar impeachment de ministros do STF

Mobilização integra reação da oposição contra medidas cautelares impostas pelo STF contra Jair Bolsonaro, réu por tentativa de golpe

      Plenário da Câmara dos Deputados (Foto: Bruno Spada/Agência Câmara )

Em meio ao recesso legislativo, a deputada bolsonarista Caroline De Toni (PL-SC) protocolou nesta segunda-feira (22) um pedido para a realização de uma sessão extraordinária remota da Câmara dos Deputados. A iniciativa, segundo O Globo, busca inserir na pauta três projetos, entre eles a proposta que concede anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 e às manifestações que contestaram o resultado das eleições de 2022.

A investida da deputada ocorre em um momento delicado para Jair Bolsonaro, que se encontra submetido a medidas cautelares determinadas pela Justiça. Desde a operação da Polícia Federal realizada na última sexta-feira (19), o ex-mandatário passou a usar tornozeleira eletrônica, o que intensificou os apelos da base bolsonarista por uma reação institucional do Congresso.

Além da proposta de anistia, Caroline De Toni pretende pautar dois projetos que alteram a Lei do Impeachment em relação aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Um deles amplia as possibilidades de enquadramento por crime de responsabilidade, enquanto o outro busca fixar prazos e critérios objetivos para o andamento de pedidos de afastamento de ministros no Senado. As medidas fazem parte da ofensiva da oposição contra o Judiciário, especialmente o STF.

A tentativa de convocação da sessão remota tem como alvo o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). Na semana passada, aliados de Bolsonaro já haviam tentado suspender o recesso parlamentar, mas a iniciativa foi barrada pelo presidente do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre (União-AP).

Nesta segunda-feira (22), Bolsonaro se reuniu com parlamentares e defendeu que a anistia seja tratada como prioridade. O ex-mandatário deverá comparecer nesta terça-feira (23) a comissões da Câmara onde estão previstas moções de repúdio à sua atual situação jurídica.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

"Extrema-direita quer transformar o Congresso num circo de horrores", diz Lindbergh

Líder do PT condena tentativa da oposição de burlar o recesso parlamentar com sessões para fazer “proselitismo” em defesa de Bolsonaro

       Lindbergh Farias (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

Em publicação feita nesta terça-feira (22), o líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ), criticou duramente a tentativa da extrema-direita de realizar reuniões durante o recesso parlamentar para promover moções de apoio a Jair Bolsonaro.

Segundo Lindbergh, a atitude da oposição afronta as normas regimentais da Casa. Também na manhã desta terça, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), proibiu a realização de reuniões de comissões.

“O Ato do Presidente da Câmara, Hugo Motta, é claro: estão suspensas as reuniões de comissões entre 22 de julho e 1º de agosto. O regimento deve ser respeitado. Nenhum grupo pode se colocar acima da Presidência da Casa. A extrema-direita quer transformar o Parlamento num circo de horrores, desrespeitando normas internas para fazer proselitismo em pleno recesso. Não aceitaremos esse vale-tudo. Seguiremos firmes na defesa da institucionalidade e da autoridade do comando legítimo da Câmara dos Deputados”, escreveu o parlamentar petista.



☆ Bolsonaristas desafiam comando da Casa - Segundo o g1, mesmo com decisão anterior de Motta de manter o recesso parlamentar, deputados do PL haviam convocado duas reuniões deliberativas para esta terça-feira com pautas explicitamente voltadas a moções de apoio a Bolsonaro.

As convocações ignoraram o comunicado de Hugo Motta, que havia reiterado a manutenção do recesso, apesar dos apelos da oposição para que o período fosse interrompido. Uma das justificativas apresentadas por Motta para a manutenção do recesso foi a realização de obras internas nas dependências da Câmara, que impediriam qualquer atividade regular.

☆ Bolsonaro era esperado, mas recuou - Mesmo com medidas cautelares impostas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal — como o uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar noturno e proibição de usar redes sociais —, Jair Bolsonaro era esperado nas reuniões convocadas pelos aliados. No entanto, pela manhã, foi visto apenas na sede do PL.

Fonte: Brasil 247

Hugo Motta resiste à pressão bolsonarista e proíbe reuniões em comissões da Câmara

Despacho do presidente da Câmara proibindo reuniões das comissões parlamentares durante o recesso legislativo de julho.foi publicado no Diário Oficial

     Hugo Motta (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

Em decisão publicada no Diário Oficial da Câmara dos Deputados, nesta terça-feira (22), o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), determinou a suspensão de todas as reuniões das comissões parlamentares durante o recesso legislativo de julho. De acordo com a coluna da jornalista Isabel Mega, da CNN Brasil, o despacho determina que as atividades só devem ser retomadas em agosto.

No entanto, o Partido Liberal (PL) convocou sessões para o mesmo dia, às 10h, nas comissões de Relações Exteriores e de Segurança Pública, ambas presididas por integrantes da sigla. Motta já havia sinalizado anteriormente para o período do recesso legislativo.

O objetivo das reuniões, segundo o partido, é aprovar moções de apoio a Jair Bolsonaro (PL), que cumpre medidas cautelares impostas pela Justiça desde a última sexta-feira (18). As restrições incluem o uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar noturno, proibição de contato com embaixadores, diplomatas e demais investigados no mesmo processo, além da vedação ao uso de redes sociais.

A convocação fere frontalmente a nota divulgada anteriormente pela presidência da Câmara. “O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, informa que o recesso parlamentar de julho está confirmado, conforme previamente estabelecido. Durante esse período, não serão realizadas votações em plenário nem reuniões das comissões permanentes da Casa”, destaca o comunicado.

Mesmo diante da manifestação oficial da presidência da Câmara, o líder do PL na Casa, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), minimizou a controvérsia e defendeu a legalidade da convocação. “Para nós é muito importante votar as moções de louvor ao Jair Bolsonaro. Os presidentes [das comissões] são autônomos, eleitos e as comissões estão convocadas”, afirmou o parlamentar na ocasião.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Bolsonaristas já querem que Trump revogue visto de Hugo Motta; entenda

 

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB). Foto: Reprodução

Lideranças bolsonaristas já discutem, nos bastidores, pedir ao governo de Donald Trump a revogação do visto do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), como forma de retaliação, assim como ocorreu com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), conforme informações do colunista Igor Gadelha, do Metrópoles.

A ameaça surge após Motta entrar na mira do grupo por não ter pautado o projeto de anistia aos condenados do 8 de Janeiro antes do recesso parlamentar — promessa atribuída a ele, mas jamais confirmada publicamente.

A tensão aumentou depois que o deputado negou o pedido da oposição para suspender o recesso diante das medidas cautelares impostas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“O Hugo não foi subserviente aos acordos com o PL. Agora, quem sabe será ao Trump? Até porque ele não teve o visto suspenso ainda”, declarou uma liderança próxima do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), em tom de ameaça.

Motta ignorado

Mesmo com a negativa da presidência da Câmara, bolsonaristas convocaram sessões de duas comissões controladas pelo grupo: Segurança Pública e Relações Exteriores. As pautas incluem moções de repúdio às decisões do STF e de apoio ao ex-presidente.

Deputados do PL ainda se reuniram na última segunda-feira (21) na Câmara. Bolsonaro também apareceu por lá, exibiu a tornozeleira eletrônica, que passou a usar por ordem do STF, e chamou a medida de “covardia” e “humilhação”.



O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), telefonou para Motta no sábado (19) para informá-lo da decisão de convocar as comissões, desafiando a orientação oficial. “Falei com ele (Motta) no sábado. Só comuniquei nossas decisões. Ele ouviu e agradeceu a comunicação”, relatou o deputado.

Fonte: DCM

PF faz buscas contra suplente de Alcolumbre em operação contra fraudes na BR-156

Operação Route 156 investiga direcionamento de licitações e desvio de R$ 60 milhões em obras do DNIT no Amapá

      Agentes da Polícia Federal (Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)

A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (22) a Operação Route 156, com apoio da Controladoria-Geral da União (CGU), para apurar um esquema de fraude em contratos públicos do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes no Amapá (DNIT/AP). Segundo a coluna do jornalista Fabio Serapião, do Metrópoles, um dos alvos da operação é o empresário Breno Chaves Pinto, segundo suplente do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).

A ação cumpre 11 mandados de busca e apreensão para avançar nas investigações sobre um esquema criminoso de direcionamento de licitações e desvio de recursos públicos federais destinados à manutenção e recuperação da rodovia BR-156.

De acordo com a Polícia Federal, as apurações indicam a atuação de uma organização criminosa dentro da Superintendência Regional do DNIT no Amapá. O grupo teria manipulado ao menos quatro pregões eletrônicos, simulando competitividade com propostas fictícias e impondo cláusulas restritivas nos editais. O valor total das licitações sob suspeita chega a R$ 60 milhões.

Breno Chaves Pinto é ligado à empresa LB Construções, uma das vencedoras dos contratos investigados. Ele também mantém vínculos com outras companhias que têm contratos com a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).

As suspeitas apontam que as fraudes foram planejadas para criar uma falsa concorrência entre empresas que, na prática, atuavam de forma coordenada para assegurar a vitória nas licitações e viabilizar o desvio dos recursos públicos.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles