quinta-feira, 31 de julho de 2025

Executiva do PT aprecia recursos das duas chapas e confirma o resultado do segundo turno

 Reunião também definiu data do Encontro Estadual


A Executiva estadual do PT Paraná se reuniu para avaliar os recursos apresentados relativos às eleições do partido, o Processo de Eleição Direta (PED). A reunião aconteceu no formato híbrido, com participação presencial na sede, em Curitiba, e virtualmente. Ela foi acompanhada por membros da Comissão de Organização Eleitoral (COE), responsável por promover o processo democrático interno. A Executiva ainda deliberou sobre a data da realização do encontro estadual.

Ao todo, 32 pedidos de revisão foram apresentados pelas duas candidaturas que chegaram ao segundo turno. A avaliação dos pedidos de impugnação foram feitos cidade por cidade e na presença de representantes das candidaturas, com respectivos advogados. O Departamento Jurídico do PT também esteve presente na reunião.

O recurso de cada cidade foi apreciado individualmente. A reunião durou das 11h30 às 20h39 do dia 31 de julho. Todos aqueles pedidos que foram considerados verossímeis ou com a documentação que demonstrasse a seriedade do pleito foram acatados, gerando anulação de votos.

Após a análise, o deputado estadual Arilson Chiorato ficou com 8438 votos. Já o deputado federal Zeca Dirceu registrou 7949 votos. A diferença entre ambos é de 489 votos.

Encontro Estadual

A Executiva também debateu a realização do Encontro Estadual. A data prevista é 13 de setembro. O Encontro Estadual é o momento da posse do novo Diretório, que fica a frente do partido por quatro anos. A indicação dos representantes é feita proporcionalmente à votação das chapas estaduais no primeiro turno.

Fonte: PT/PR

Beto Preto participa de evento nesta sexta-feira, na 16ª Regional de Saúde

 Qualidade da água e saneamento no meio rural serão avaliados por técnicos da saúde. 

Foto: Divulgação 

O secretário de estado da saúde, Beto Preto, participa amanhã (1/8), a partir das 13h30, na 16ª Regional de Saúde de Apucarana, de evento técnico sobre a qualidade da água para consumo humano na zona rural. 

O evento terá a presença de secretários municipais de saúde e técnicos da área, para avaliar ações necessárias visando a proteção de minas, qualidade da água e o saneamento rural.  

Além dos secretários também participam do debate representantes do Núcleo Regional da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (SEAB), Instituto de Desenvolvimento Rural (IDR), secretarias municipais da agricultura e do meio ambiente; equipes técnicas da Vigilância Sanitária e da Atenção Primária à Saúde.

O evento será aberto pelo diretor da Regional de Saúde, Lucas Leugi; e o secretário de saúde Beto Preto. Estão previstas palestras sobre qualidade da água e saneamento rural, por André Romagnoli (Sesa) e Claudinei Janjacomo (Sesa); soluções tecnológicas para o saneamento rural, por Ilson dos Santos Moreira (IDR); e Serviço de Inspeção Municipal (SIM) e Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar, por Cecília Tomaz de Aquino (SIP/POA/ADAPAR).

Fonte: Assessoria de imprensa 

Gleisi rebate sanção dos EUA a Moraes e diz que Trump devia punir Netanyahu por Gaza

Após Alexandre de Moraes ser incluído na Lei Magnitsky, ministra critica Trump e Bolsonaro e defende atuação do STF no caso do golpe

         Gleisi Hoffmann (Foto: Gil Ferreira/Ascom-SRI)

A ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), reagiu com dureza à decisão do governo dos Estados Unidos de aplicar sanções contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, por meio da Lei Magnitsky. A declaração foi publicada nesta quinta-feira (31) nas redes sociais, um dia após o anúncio oficial do Departamento do Tesouro norte-americano.

Diante da decisão, Gleisi usou seu perfil oficial na plataforma X (antigo Twitter) para criticar o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e apontar a contradição do uso seletivo da norma. “Nenhum país tem o direito de agir como dono do mundo, mas se Trump quisesse mesmo punir o terrorismo, o genocídio e os ataques aos direitos humanos, devia usar a Lei Magnitisky contra seu parceiro Netanyahu, pelo massacre desumano em Gaza”, afirmou a ministra.

Além da crítica à aliança entre Trump e o premiê israelense Benjamin Netanyahu, Gleisi também defendeu a atuação do Supremo Tribunal Federal no caso da tentativa de golpe de Estado tramada por Jair Bolsonaro. O ministro Alexandre de Moraes é o relator da ação penal contra o ex-presidente.

“Aqui no Brasil, o ministro Alexandre de Moraes é relator de uma ação penal contra Jair Bolsonaro, que tramou um golpe de estado para implantar a ditadura. O STF atua rigorosamente no devido processo legal: os réus tiveram garantia do contraditório e direito de defesa, que entra agora na fase de alegações finais antes do julgamento”, escreveu Gleisi.

Para ela, tanto Trump quanto Bolsonaro rejeitam os limites democráticos. “É assim que funciona a Justiça, algo que nem Trump nem Bolsonaro querem aceitar, porque a extrema-direita não convive com a democracia”, concluiu.

★ Ataque jurídico a Moraes

O Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC), órgão vinculado ao Tesouro dos EUA, incluiu Moraes na lista de alvos da legislação por supostas violações de direitos humanos. “O seguinte indivíduo foi adicionado à lista”, afirmou o comunicado, acompanhado dos dados pessoais e funcionais do ministro.

A Lei Magnitsky, criada em 2012 durante o governo do democrata Barack Obama, permite que os Estados Unidos imponham sanções unilaterais a pessoas ou entidades estrangeiras acusadas de crimes como corrupção e abusos de direitos humanos, de acordo com os critérios definidos pela própria Casa Branca.

Fonte: Brasil 247

Deputado do PL é expulso após criticar sanções dos EUA a Moraes e mandar recado a Trump

Antônio Carlos Rodrigues classificou sanção como “absurda” e afirmou que Trump “tem que cuidar dos Estados Unidos”

           Antônio Carlos Rodrigues (Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados)

O deputado federal Antônio Carlos Rodrigues (PL-SP) foi expulso do PL após fazer declarações elogiosas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e críticas ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, informa Andréia Sadi, do g1. A decisão foi anunciada por Valdemar Costa Neto, presidente do PL, após intensa pressão da bancada da legenda.

Em entrevista ao Metrópoles, Rodrigues reagiu às sanções aplicadas pelo governo norte-americano contra Moraes com base na Lei Magnitsky. Ele considerou a medida injustificável e excessiva: “É o maior absurdo que já vi na minha vida política. O Alexandre é um dos maiores juristas do país, extremamente competente. Trump tem que cuidar dos Estados Unidos. Não se meter com o Brasil como está se metendo”, afirmou o parlamentar.

A Lei Magnitsky, utilizada pelas autoridades dos EUA para aplicar as penalidades, permite que o país sancione cidadãos estrangeiros envolvidos em violações graves de direitos humanos ou casos expressivos de corrupção. No caso de Moraes, as medidas restritivas divulgadas na quarta-feira (30) podem limitar o acesso do ministro a serviços financeiros, tecnológicos e outras estruturas internacionais operadas por empresas norte-americanas ou associadas.

A declaração de Rodrigues — que confronta diretamente Trump, figura central para a base bolsonarista no Brasil — gerou forte repúdio entre integrantes da sigla. A resposta veio em forma de expulsão imediata, como confirmou Valdemar Costa Neto em nota oficial: “Antônio Carlos Rodrigues acaba de ser expulso do Partido Liberal (PL). A pressão da nossa bancada foi muito grande. Nossos parlamentares entendem que atacar o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, é uma ignorância sem tamanho. Trump é o presidente do país mais forte do mundo. O que precisamos é de diplomacia e de diálogo, não de populismo barato, que só atrapalha o desenvolvimento da nossa nação. Chega de arrumar confusão. Temos que arrumar o Brasil".

Até o momento, Antônio Carlos Rodrigues não se pronunciou.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

VÍDEO: Eduardo Bolsonaro troca nome da esposa e reforça fama de despreparado


                                        O deputado Eduardo Bolsonaro. Foto: Divulgação

Um vídeo em que Eduardo Bolsonaro comete um ato falho ao chamar a própria esposa, Heloísa, de “Adriana” viralizou nas redes sociais nesta quinta-feira (31).

A cena, considerada embaraçosa, gerou uma avalanche de críticas ao golpista, que está nos Estados Unidos. Para muitos internautas, o erro escancara o despreparo e a falta de noção do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, que tem se posicionado politicamente do exterior, enquanto responde a investigações no Brasil.

O deslize foi interpretado como mais do que um simples engano.

Chamou atenção o fato de Eduardo trocar o nome da própria companheira, o que muitos consideraram incomum em uma situação pública e gravada. A gravação rapidamente se espalhou entre críticos e opositores, que ironizaram a cena com frases como “o patriota nem lembra o nome da esposa” e “imagina o nível de conexão familiar”.


Além do constrangimento pessoal, o vídeo reforçou a imagem de um político cada vez mais isolado, cuja atuação tem sido marcada por declarações desastradas e teorias conspiratórias.

A permanência nos Estados Unidos, onde Eduardo tem feito articulações e pronunciamentos contra autoridades brasileiras, alimenta a percepção de que ele age como um fugitivo político tentando manter relevância por meio de polêmicas.

A repercussão do vídeo exemplifica como atos falhos em figuras públicas podem viralizar rapidamente, alimentando críticas sobre sua capacidade de liderança, seriedade e preparo emocional.

No caso de Eduardo Bolsonaro, o episódio serviu para reforçar o estigma de amadorismo e descompromisso, mesmo em aspectos pessoais e familiares básicos.

Fonte: DCM

Lula oferece jantar a ministros do STF para falar sobre sanção a Moraes


                     Lula em encontro com ministros do STF em 2023. Foto: Nelson Jr./STF

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reunirá nesta quinta-feira (31) todos os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) para um jantar no Palácio da Alvorada. O encontro, segundo o Estadão, tem como objetivo central discutir respostas jurídicas às sanções impostas pelos Estados Unidos ao ministro Alexandre de Moraes com base na Lei Magnitsky.

A reunião ocorre após Lula ter se encontrado na noite de quarta-feira (30) com três ministros da Corte: o presidente Luís Roberto Barroso, Gilmar Mendes e Cristiano Zanin. Esses encontros prévios serviram para alinhar posições sobre a medida do governo estadunidense contra Moraes.

No jantar desta quinta, espera-se que o presidente apresente a estratégia que está sendo desenvolvida pela Advocacia-Geral da União (AGU) para tentar reverter as sanções que atingiram ministros do STF. Como se trata do último dia do recesso judiciário, nem todos os magistrados devem comparecer ao evento.

Lula, Flávio Dino e Alexandre de Moraes. Foto: Evaristo Sá/AFP
A AGU já sinalizou sua posição através de nota do advogado-geral da União, Jorge Messias, que afirmou que o governo federal atuará “de forma ponderada e consciente” para preservar a autonomia do Judiciário brasileiro. Fontes reservadas do STF avaliam que a Corte por si só não tem meios jurídicos para contestar as sanções, sendo esta uma atribuição da AGU.

O Supremo retoma oficialmente seus trabalhos na sexta-feira (1º), quando está previsto que Barroso e outros ministros farão pronunciamentos em defesa de Moraes e da instituição. A sessão de reabertura está marcada para as 10h e deve reforçar a postura da Corte de não ceder a pressões políticas no julgamento do inquérito sobre o suposto golpe de Estado.

As sanções aplicadas pelos EUA incluíram o bloqueio de operações financeiras de Moraes no país e a revogação de vistos para ele e outros sete ministros. A medida tem sido interpretada como uma interferência na soberania brasileira e no funcionamento independente do Poder Judiciário.

Fonte: DCM

Após dizer que prenderia Moraes, Marcos do Val pede ao STF para não ir para a cadeia


            Marcos do Val apresentando o passaporte diplomático. Foto: reprodução

A defesa do senador Marcos do Val (Podemos-ES) protocolou na última quarta-feira (30) um habeas corpus preventivo no Supremo Tribunal Federal (STF) solicitando um “salvo-conduto” para garantir que o parlamentar não seja preso ao desembarcar no Brasil na próxima segunda-feira (4). Segundo o Uol, o pedido foi dirigido ao presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, e ocorre após o senador ter viajado para Orlando com a família, mesmo sendo alvo de ordem para recolher e cancelar seus passaportes.

O parlamentar, que já teve seus bens bloqueados pelo STF, argumenta em sua defesa que ainda não teve acesso integral à decisão que determinou o bloqueio de seus ativos.

Fora do Brasil, o bolsonarista adotou um tom de desafio ao ministro Alexandre de Moraes e reivindicando seu suposto “mérito” na sanção dos EUA ao ministro e dizendo que lhe daria “voz de prisão por abuso de autoridade.

Os advogados afirmam que essa falta de informação levanta “suspeita legítima” sobre uma possível ordem de prisão. “A existência de decisão sigilosa, com vazamento parcial e seletivo à imprensa (situação que, infelizmente, tem sido comum), sem prévia intimação da defesa, somada à ausência de sua disponibilização nos autos atualizados, causa profunda estranheza”, diz a petição.

Marcos do Val está atualmente submetido a severas restrições financeiras: proibido de usar cartões de crédito, manter aplicações ou fazer transferências via Pix. Além disso, recebe apenas 30% de seu salário devido a um bloqueio anterior determinado por Moraes, destinado ao pagamento de multa de R$ 50 milhões por descumprimento de decisões do STF.

O caso ganhou novos contornos quando o senador, mesmo com a determinação de recolhimento de passaportes, conseguiu viajar para os Estados Unidos.

Sua defesa argumenta que o recolhimento de passaportes não implicaria necessariamente em proibição de deixar o país, já que poderia viajar a países do Mercosul usando apenas o RG. Além disso, alegam que o Itamaraty não cumpriu a ordem de cancelar o passaporte diplomático do parlamentar.

Em decisão de 16 de julho, Moraes já havia negado pedido do senador para viajar, afirmando que “cabe ao requerente adequar suas atividades às medidas cautelares determinadas, e não o contrário”. A defesa contesta, afirmando que só foi intimada da decisão quando o senador já estava no exterior, e que seu itinerário nos EUA foi informado com antecedência ao STF e ao Senado.

Marcos do Val é investigado em dois processos no STF: um por suposta tentativa de golpe de Estado (com relatório da PF já concluído há dois anos) e outro por participação em campanha de intimidação a autoridades que atuam em investigações contra Jair Bolsonaro e aliados. Sua defesa alega ainda que até bens de sua filha, que teria cidadania estadunidense e dependeria financeiramente dele, foram bloqueados.

Fonte: DCM com informações do UOL

 

Quaest: sanções de Trump contra Moraes geram reação majoritariamente negativa na web


         Donald Trump, presidente dos EUA, e Alexandre de Moraes, ministro do STF. Foto: reprodução

O sentimento na internet sobre as sanções aplicadas por Donald Trump contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), com base na Lei Magnitsky, é majoritariamente negativo. O levantamento, realizado entre os dias 28 e 30 de julho pelo instituto de pesquisa Quaest, analisou cerca de 1,6 milhão de menções sobre a operação da Polícia Federal e as sanções anunciadas pelos Estados Unidos.

Os dados mostram que 60% dos internautas criticaram as medidas de Trump, enquanto 28% as defenderam. Outras 12% das menções foram neutras, com teor meramente noticioso. Segundo a Quaest, o debate foi impulsionado por figuras políticas, veículos de mídia e internautas que disputam narrativas em torno do episódio.

As menções foram coletadas das principais redes sociais (X, Instagram, Facebook, Reddit, Tumblr e YouTube) e sites de notícias por meio de API. Já as menções no WhatsApp, Telegram e Discord foram capturadas via plataforma automatizada Q-Insider. Tanto a API quanto a plataforma são ferramentas da Quaest.

Crédito na imagem

Soberania x perseguição: as narrativas em disputa


Entre os críticos às sanções, a narrativa dominante é a de que Trump estaria ferindo a soberania do Brasil para proteger a família Bolsonaro. Muitos perfis destacam que Moraes não teria contas bancárias fora do país e, portanto, não seria diretamente afetado pela medida.

Já os defensores das sanções reforçam a ideia de perseguição política e censura por parte do ministro do STF. Essa visão foi amplificada por influenciadores e parlamentares alinhados ao bolsonarismo.

De acordo com a análise da Quaest, a Lei Magnitsky tem sido usada como ferramenta para “internacionalizar a disputa institucional brasileira, buscando legitimação fora das estruturas tradicionais do Judiciário e da imprensa nacional”.

A nuvem de palavras analisadas revela que os apoiadores da medida apresentam a lei estadunidense como um alerta contra supostas violações de direitos humanos por Moraes. Do outro lado, a resposta mais frequente entre os defensores do governo Lula é que “Soberania é inegociável”.

Embora as sanções a Moraes tenham gerado volume significativo de menções, comparável ao embate entre Congresso e governo nas redes, a recente operação da Polícia Federal contra Jair Bolsonaro segue como o tema mais comentado no ambiente digital.

Fonte: DCM

VÍDEO – Após fugir para a Itália, ex-assessor de Moraes comemora sanção com champanhe


              Eduardo Tagliaferro e Alexandre de Moraes, ministro do STF. Foto: reprodução

Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do ministro Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal (STF), foi flagrado celebrando com champanhe na Itália a decisão do governo Donald Trump de aplicar a Lei Magnitsky contra o magistrado brasileiro. As imagens foram exibidas no podcast Timeline, apresentado pelo bolsonarista Allan dos Santos, que atualmente se encontra foragido nos Estados Unidos.

Durante a transmissão, Tagliaferro fez revelações alarmantes: “Tenho bastante coisa [informação], aquilo lá é só a pontinha do iceberg. Tem algumas coisas fraudulentas que foram feitas. Ele [Moraes] vai me assistir, ele sabe do que estou falando, lá de agosto, de um ano aí, entendeu? A ordem era deletar e, como sou uma pessoa prevenida, sempre guardei porque sabia que um dia isso viraria história e teríamos que contar a verdade. A coisa vai ser divertida”.


O ex-assessor atuou como chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação, vinculada à Presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), entre agosto de 2022 e julho de 2023.

A Polícia Federal o aponta como responsável pelo vazamento de informações confidenciais do gabinete de Moraes para o jornal Folha de S.Paulo – acusação que Tagliaferro nega veementemente.

Em depoimentos anteriores, o ex-assessor já havia manifestado preocupação com sua segurança após o vazamento de conversas internas. Ele chegou a afirmar que existia uma “manipulação para perseguição da direita” dentro do gabinete do ministro. A PF, por sua vez, sustenta que o objetivo dos vazamentos seria minar a credibilidade do Poder Judiciário e interferir em investigações sobre disseminação de notícias falsas.

Lei Magnitsky

Na última quarta-feira (30), o governo dos Estados Unidos oficializou a inclusão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na lista de sanções do Office of Foreign Assets Control (OFAC), conhecida como Lei Magnitsky. A decisão marca um momento sem precedentes nas relações entre Brasil e Estados Unidos, com potencial para gerar consequências em múltiplas esferas bilaterais.

A Lei Magnitsky, criada originalmente em 2012 durante o governo Obama e ampliada em 2016, permite ao governo estadunidense impor restrições financeiras e de viagem contra indivíduos acusados de violações graves de direitos humanos ou envolvimento em corrupção.

Fonte: DCM

No Dia do Vira-Lata, Brasil resiste à pressão de Trump e reafirma sua soberania


        Um típico vira-latas brasileiro em frente ao Congresso Nacional Imagem: reprodução internet

Nesta quinta-feira, 31 de julho, o Brasil celebrou o Dia Nacional do Vira-Lata, data criada para valorizar os animais sem raça definida, símbolo de resistência, afeto e autenticidade. A coincidência com um momento decisivo na política internacional transformou o vira-lata em mais do que um personagem querido da cultura popular: virou metáfora de um país que escolheu não se submeter a pressões externas, mesmo vindas do presidente mais poderoso do mundo.

Na véspera, Donald Trump, atual presidente dos Estados Unidos, anunciou sanções contra o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, e impôs tarifas de 50% sobre produtos brasileiros. A ofensiva foi interpretada como uma tentativa de interferência direta no processo judicial que envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro, inelegível e réu no STF por tentativa de golpe. A mensagem era clara: pressionar o Brasil a aliviar o cerco jurídico ao aliado de Trump.

Mas o tiro saiu pela culatra. O que se viu no dia seguinte foi um raro momento de unidade entre os Três Poderes brasileiros, que reafirmaram a independência do Judiciário e rechaçaram a investida estadunidense. O governo federal, por meio de nota oficial, repudiou a sanção a Moraes e mencionou a possibilidade de retaliação comercial, amparada pela Lei de Reciprocidade. No Congresso, lideranças de diferentes partidos classificaram a atitude de Trump como inaceitável.

A reação popular seguiu o mesmo tom. Nas redes sociais, internautas lembraram que, no Dia do Vira-Lata, o Brasil “não abanou o rabo para os EUA”. A frase viralizou em postagens que associavam o vira-lata à imagem de um país que, apesar de suas cicatrizes, permanece de pé, autônomo e digno. Também houve quem visse no episódio um “instante raro de coesão nacional em defesa da soberania”, algo que não se via há anos na política brasileira.

A metáfora ganhou força ao se sobrepor ao simbolismo da data. O vira-lata, desprezado por não ter pedigree, sobrevive nas ruas e conquista o coração dos brasileiros por sua resiliência e lealdade. Da mesma forma, o Brasil, constantemente colocado em posição subalterna nas relações internacionais, mostrou que não precisa de validação externa para proteger sua democracia e suas instituições.

Além das mensagens políticas, a data foi marcada por campanhas de adoção em todo o país, com ONGs e protetores independentes promovendo ações para incentivar a valorização dos animais SRD (sem raça definida). Hashtags como #DiaDoViraLata e #OQueAprendiComMeuViraLata ocuparam o topo dos trending topics, combinando fotos de pets adotados com críticas bem-humoradas à tentativa de pressão de Trump.

Neste 31 de julho, o Brasil não apenas celebrou seus cães mais autênticos. Também reafirmou sua capacidade de resistir, tal como um vira-lata que não aceita coleira de ninguém.

Fonte: DCM

Em jantar tenso, Gilmar Mendes enquadra bolsonaristas sobre Lei Magnitsky e ameaças ao Judiciário

Reunião expôs crise com o Judiciário e tentativa de aliados de Bolsonaro de redirecionar investigações à primeira instância

       Ministro do STF Gilmar Mendes (Foto: Fellipe Sampaio/SCO/STF)

Em uma tentativa de reduzir a tensão entre o bolsonarismo e o Judiciário, lideranças do PL sugeriram ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes que as ações que investigam a participação de Jair Bolsonaro (PL) em articulações golpistas fossem remetidas à primeira instância da Justiça.

Durante a conversa, considerada tensa e improdutiva por interlocutores ouvidos pela CNN Brasil, os participantes alertaram Gilmar sobre a iminente aplicação da Lei Magnitsky por parte dos Estados Unidos contra autoridades brasileiras, mencionado nominalmente o ministro Alexandre de Moraes e, possivelmente, outros membros do STF. Em resposta, Gilmar Mendes teria dito que, se a medida de Washington fosse oficializada, o Supremo poderia reagir impedindo que instituições financeiras brasileiras cumprissem eventuais ordens vindas dos EUA.

O encontro, segundo a reportagem, aconteceu na noite de segunda-feira (28), em um jantar articulado por Gilmar Mendes. Estiveram presentes o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, o líder da legenda na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), o líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), e o ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia, que atuou como intermediador da reunião.

Na terça-feira (29), Gilmar manteve uma nova interlocução com o advogado Fábio Wajngarten, ex-ministro do governo Bolsonaro. Wajngarten, que havia se encontrado dias antes com o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) em Miami, relatou o clima entre os apoiadores do ex-mandatário.

Segundo relatos de aliados de Jair Bolsonaro 9PL), a conversa entre Gilmar e Wajngarten foi considerada mais construtiva, em parte devido à relação de longa data entre ambos. Embora ainda sem acordos formais, a disposição do ministro do STF em escutar foi recebida como um sinal de possível reavaliação do rumo dos processos, especialmente diante da posição divergente apresentada recentemente pelo ministro Luiz Fux.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Investida de Trump contra Moraes pode converter julgamento de Bolsonaro em ato pela soberania nacional

Supremo deve reagir à ofensiva dos EUA com votos firmes contra ingerência externa e punições mais duras para os envolvidos na tentativa de golpe

        Donald Trump, STF e Alexandre de Moraes (Foto: Divulgação I STF)

A tentativa do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de influenciar o julgamento da trama golpista que envolve Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal (STF) deve ter efeito contrário ao pretendido e impulsionar uma resposta institucional enfática da corte brasileira. Segundo a Folha de S.Paulo, os ministros da Primeira Turma do STF, responsável por julgar o caso, planejam registrar em seus votos uma firme defesa da soberania nacional e da independência do Judiciário frente à investida estadunidense.

Fontes do Supremo ouvidas pela reportagem descartam qualquer possibilidade de atenuação no julgamento ou nas punições dos réus, mesmo diante da escalada do governo Trump contra o Brasil e contra os magistrados da corte. A avaliação interna é de que a interferência internacional apenas fortalece o entendimento de que é preciso reafirmar o compromisso do país com seu sistema democrático e legal.

Um dos pontos mais sensíveis diz respeito à atuação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que tem buscado apoio formal da administração Trump para impor sanções ao ministro Alexandre de Moraes e a outros integrantes do STF. Essa articulação está sendo investigada em um inquérito da Polícia Federal, no qual Eduardo é suspeito de obstrução de Justiça e coação. Agentes mantêm sob análise publicações do parlamentar nas redes sociais, consideradas como possíveis autoincriminações.

A expectativa é que a investigação contra o deputado não se estenda por muito tempo. No Supremo, já se discute o recebimento de uma eventual denúncia contra Eduardo Bolsonaro após a conclusão do julgamento do núcleo central da tentativa de golpe, previsto para ocorrer em setembro. O processo está atualmente na fase de alegações finais, com prazo até 13 de agosto para as manifestações das defesas.

Advogados de quatro réus consultados pela Folha afirmaram que a movimentação de Trump não deverá surtir qualquer efeito prático. Pelo contrário, uma das defesas avalia que as penas de Bolsonaro podem ser ainda mais severas, considerando-se a nova conjuntura e a continuidade da atuação firme de Alexandre de Moraes no caso. Um dos defensores disse acreditar que “a ofensiva crescente de Trump reduz a chance de qualquer ponderação nas penas ou mesmo de um eventual indulto”.

A ofensiva de Washington provocou, inclusive, um efeito de coesão interna no Supremo. Integrantes da Primeira Turma —composta por Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin (presidente do colegiado), Flávio Dino e Luiz Fux— demonstraram unidade frente à tentativa de ingerência. Mesmo Fux, que divergiu de medidas cautelares impostas a Bolsonaro, elogiou a independência do STF. As críticas de Zanin foram mais discretas, mas igualmente contrárias à interferência externa.

O tribunal já havia reagido anteriormente quando Eduardo Bolsonaro declarou, dos EUA, que buscaria sanções da Casa Branca contra membros do STF. A corte autorizou então a abertura de inquérito contra o parlamentar. Inicialmente, os ministros preferiram ignorar as manifestações de Trump nas redes sociais, tratando-as como parte de uma estratégia retórica sem impacto jurídico. A postura mudou após o governo dos EUA aplicar uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros e acionar a Lei Magnitsky contra Moraes.

A legislação, originalmente criada para punir ditadores e violadores de direitos humanos, visa o congelamento de bens e o isolamento financeiro de seus alvos. No Brasil, a reação veio de forma institucional. Alexandre de Moraes, ao votar medidas cautelares contra Bolsonaro, como o uso de tornozeleira eletrônica e proibição de deixar Brasília, classificou como “grave” a tentativa de desrespeito à legislação brasileira por parte de um governo estrangeiro.

Em seu voto, Moraes escreveu que: "a legislação brasileira é suscetível de modificação, mas não de desataviado desprezo, tampouco de negociação de descumprimento com governo estrangeiro, pois nenhuma autoridade, por mais conhecida e acreditada que seja, está acima da lei". "O comportamento de ruptura com regras elementares de atuação em sociedade se torna ainda mais grave quando se leva em conta o anúncio de novas medidas empreendidas contra a soberania do país, o Estado democrático de Direito e autoridades brasileiras", ressaltou o magistrado em outro ponto do texto.

O ministro Flávio Dino foi além ao classificar a ação de Trump como uma forma de “sequestro da economia brasileira”, sugerindo que o objetivo da medida seria pressionar pelo arquivamento do processo contra Bolsonaro. "Esse ‘sequestro’ certamente merecerá muitos estudos acadêmicos, inclusive nas universidades dos Estados Unidos, por seu caráter absolutamente esdrúxulo", afirmou.

O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, também se posicionou. Em carta oficial, ainda que sem mencionar Trump diretamente, declarou que as sanções anunciadas pelos EUA têm como base uma “compreensão imprecisa dos fatos” relacionados ao processo contra Bolsonaro. Ao mesmo tempo, Barroso tem defendido que a resposta da corte seja técnica e independente, de forma a evitar uma escalada ainda maior da crise diplomática com os Estados Unidos.

No julgamento virtual das cautelares, os votos dos ministros reforçaram a percepção de que o processo pode ganhar contornos simbólicos de defesa da soberania nacional. Até mesmo Luiz Fux, que divergiu das medidas impostas, fez questão de destacar a autonomia do Judiciário frente a pressões externas.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Alexandre de Moraes determina atuação da AGU na extradição de Carla Zambelli

Deputada foi presa em Roma após fugir do Brasil para escapar de condenação do STF a 10 anos de prisão

      Carla Zambelli (Foto: Lula Marques/ EBC)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quinta-feira (31) que a Advocacia-Geral da União (AGU) adote providências relacionadas ao processo de extradição da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), presa na Itália. As informações são do g1.

Zambelli foi detida na última terça-feira (29) pela polícia italiana, em Roma. Segundo o STF, ela deixou o Brasil após ter sido condenada a 10 anos de prisão por envolvimento no caso da invasão hacker ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Antes de chegar à Itália, a deputada passou pelos Estados Unidos.

Com a nova decisão, a AGU — que representa juridicamente o governo brasileiro — passa a acompanhar oficialmente o processo de extradição. A medida permite que o órgão informe, no andamento da ação penal em curso no STF, os desdobramentos relacionados ao pedido de retorno da parlamentar ao Brasil.

A extradição agora dependerá dos trâmites legais entre os governos do Brasil e da Itália, com base nos acordos internacionais vigentes entre os dois países.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Simone Tebet diz que BRICS é a solução para o Brasil

Em evento na Fiesp, ministra do Planejamento defende pragmatismo diante das tarifas de Trump e aposta na integração sul-americana

Ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, em cerimônia no Banco Central, em Brasília - 02/04/2025 (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou nesta quarta-feira (30) que o fortalecimento da aliança do Brasil com o BRICS — grupo que reúne algumas das principais economias emergentes do mundo — é fundamental para o futuro do país. “O BRICS não é problema nessa equação; o BRICS, hoje, para o Brasil, é solução”, disse. A declaração foi feita durante o evento Logística no Brasil, promovido pelo jornal Valor Econômico, com apoio da Infra S.A e do Ministério dos Transportes, na sede da Fiesp, em São Paulo.

Tebet ressaltou que o Brasil não pode prescindir de mercados estratégicos, como o asiático, nem de insumos essenciais, como os fertilizantes da Ucrânia. “A nossa dependência do agro com países asiáticos é de quase 50% e 10% com os EUA”, afirmou, ao defender que decisões geopolíticas sejam guiadas por números e não por ideologia. A ministra também enfatizou que a integração sul-americana é chave para o desenvolvimento nacional. “A forma mais rápida e eficiente de chegar à Ásia é pelo Pacífico. Não podemos ficar sujeitos a intempéries como acabou de acontecer, pegando o mundo de surpresa”, alertou.

Sobre as novas tarifas comerciais impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, Tebet propôs cautela e pragmatismo. “Não podemos fazer biquinho nem chorar. É preciso entender o que é espuma e o que é chope nesse processo”, declarou. Segundo ela, é necessário compreender quais setores americanos serão protegidos e o que os EUA estão dispostos a conceder em contrapartida. “Eles são pragmáticos. Pode haver diminuição de tarifas sobre café, frutas e aquilo que interessa a eles. A partir disso, podemos desenhar políticas de contingência com responsabilidade fiscal”, disse.

Tebet também refletiu sobre o impacto das políticas americanas na economia global. “Obviamente, o mundo não será mais o mesmo”, afirmou, ao comentar o cenário após a posse de Trump para seu segundo mandato. “A nossa sorte é que Trump não foi reeleito e, nesse ‘gap’, muitos países se reposicionaram”, acrescentou, referindo-se ao período anterior à atual gestão. Segundo ela, o Brasil aproveitou esse intervalo para avançar em rotas de integração com os países vizinhos.

A ministra ainda criticou o recente acordo entre Estados Unidos e União Europeia, classificando-o como “fraco”, e questionou se a Europa terá condições de cumprir os compromissos assumidos, sobretudo diante de tensões com a Rússia. “Será que a União Europeia vai mesmo conseguir cumprir esse acordo de investimentos com os americanos, à custa de certa proteção militar ou bélica?”, indagou. Ao comparar com a situação brasileira, afirmou: “Quando olhamos para o Brasil, não vemos nada disso. A balança comercial dos EUA com o Brasil é superavitária para eles.”

Ao final, Tebet reiterou a necessidade de o Brasil agir com estratégia e independência em um cenário internacional marcado por incertezas. Para ela, o fortalecimento das relações com os países do BRICS e com os vizinhos sul-americanos é parte essencial dessa equação.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal Valor Econômico

Investigadores apontam coação e dizem que Eduardo Bolsonaro pode ser preso ao voltar ao Brasil

Filho de Jair Bolsonaro lidera ofensiva internacional que pode agravar situação jurídica da família e inviabilizar negociações com os EUA

      Eduardo Bolsonaro (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

A ofensiva internacional liderada pelo deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e pelo influenciador bolsonarista Paulo Figueiredo tem aprofundado a crise entre Brasil e Estados Unidos, ao mesmo tempo em que complica o cenário jurídico de Jair Bolsonaro e de seu filho. Segundo relato de investigadores e autoridades à coluna da jornalista Andréia Sadi, do g1, a estratégia busca escalar ataques e aumentar a pressão contra membros do Judiciário, da Polícia Federal e outras instituições brasileiras, o que pode levar o parlamentar à prisão caso ele retorne ao Brasil.

A mais recente manifestação de Eduardo ocorreu após a confirmação da tarifa de 50% imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aos produtos brasileiros. Em nota divulgada nesta terça-feira (30), o parlamentar avaliou a retaliação como uma “resposta legítima”. O filho de Jair Bolsonaro (PL) está vivendo nos EUA e tem articulado junto a integrantes do governo do presidente Donald Trump sanções contra autoridades brasileiras.

Apesar do impacto direto sobre a economia brasileira, não há qualquer sinal de moderação por parte do deputado ou de seu entorno. De acordo com fontes próximas ao núcleo bolsonarista, o plano é intensificar os recados e endurecer a retórica contra autoridades nacionais — com foco especial em ministros do Supremo Tribunal Federal e agentes da Polícia Federal.

O objetivo da articulação, ainda conforme apurado pelo blog, é provocar novas sanções contra o Brasil e criar um ambiente hostil que inviabilize qualquer diálogo entre os dois países sobre o chamado “tarifaço”. O movimento, ao invés de beneficiar Jair Bolsonaro, tende a deteriorar ainda mais sua condição perante as investigações em curso. Bolsonaro está inelegível até 2030 e é réu em uma ação penal no STF pela participação em um suposto plano de golpe de Estado.

Mesmo antes da aplicação de sanções ao ministro Alexandre de Moraes com base na chamada Lei Magnitsky — legislação dos EUA que permite punir autoridades de outros países por supostas violações de direitos —, a situação jurídica de Bolsonaro já era delicada. Com essa nova investida internacional, o cerco se estreita.

Investigadores garantem que há material suficiente para indiciar Eduardo Bolsonaro, inclusive por coação no curso do processo. Segundo essas fontes, ele poderá ser preso assim que retornar ao Brasil. O mesmo raciocínio valeria para Jair Bolsonaro, que passaria a ser responsabilizado também por tentativa de obstrução à Justiça, além da acusação de envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

VÍDEO: Paulo Figueiredo detona Bolsonaro e o chama de incompetente

O golpista Paulo Figueiredo e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foto: Reprodução

O golpista Paulo Figueiredo, neto do ex-ditador João Figueiredo, detonou Jair Bolsonaro (PL) e chamou o ex-presidente de incompetente. A declaração foi feita na última quarta-feira (30), durante uma entrevista no canal Claudio Dantas, no YouTube.

“O presidente Bolsonaro fez péssimos acordos e conduziu o país a essa situação que nós estamos hoje. E o deputado Eduardo Bolsonaro teve uma visão diferente, tanto que veio para os Estados Unidos a contragosto do pai”, disse Figueiredo.

A fala se deu enquanto o ex-comentarista da Jovem Pan tratava das tarifas de 50% aplicadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Segundo Figueiredo, Jair Bolsonaro não tem qualquer liderança nisso, e sim seu filho, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

O golpista também disse que Eduardo está nos Estados Unidos contra a vontade do pai e que entende que, estando lá, “é o melhor caminho para salvar o ex-presidente”, hoje réu por tentativa de golpe.

“O tom, num certo sentido rebelde, do deputado Eduardo Bolsonaro, por ele entender que este é o melhor caminho para defender o pai, e que o pai fez sucessivos péssimos acordos que trouxeram o Brasil a essa situação — uma visão a qual eu compartilho integralmente.”


Figueiredo deve se tornar réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por participação na trama golpista durante o governo Bolsonaro. A expectativa é que a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) seja aceita pela Primeira Turma do STF ainda neste ano.

Ele foi denunciado por vazar documentos com o objetivo de pressionar generais a aderirem ao plano golpista. O neto do ex-ditador João Figueiredo também articulou, junto de Eduardo Bolsonaro, o tarifaço do governo Trump contra o Brasil.

O “bananinha” disse em maio que Figueiredo é o “cérebro” por trás da operação: “Eu abro a porta, eu sou o coração, mas você é o cérebro.”

O filho “03” de Jair Bolsonaro (PL) responde a inquérito no STF por coação à Corte e articulação contra os interesses nacionais nos EUA. Até o momento, Figueiredo não é investigado por essas ações no STF, e a Defensoria Pública da União (DPU) não foi notificada para defendê-lo nesse inquérito específico.

Fonte: DCM