sábado, 8 de novembro de 2025

Ratinho Junior decreta estado de calamidade pública em Rio Bonito do Iguaçu após tornado

O governador está na cidade acompanhando o trabalho da Defesa Civil, do Corpo de Bombeiros e das equipes estaduais que prestam atendimento à população e fazem o levantamento dos danos à infraestrutura.

      Foto: Jonathan Campos/AEN

O governador Carlos Massa Ratinho Junior decretou ( Decreto 11.838/2025 ) neste sábado (8), estado de calamidade pública em Rio Bonito do Iguaçu, no Centro-Sul do Paraná, após o tornado que atingiu cerca de 90% das residências e prédios comerciais do município, provocando seis mortes até o momento. O governador está na cidade acompanhando o trabalho da Defesa Civil, do Corpo de Bombeiros e das equipes estaduais que prestam atendimento à população e fazem o levantamento dos danos à infraestrutura.

“Desde o início dos primeiros casos relatados pela população, a gente já começou a movimentar as equipes do Interior e também da Capital, principalmente para atender a população desabrigada. Ao longo da noite, também acionamos os hospitais da região, deslocamos ambulâncias para Cascavel e tropas de Londrina e Cascavel para reforçar os atendimentos. Por volta das 4h da manhã, foram chegando mais equipes”, afirmou o governador.

“Agora estamos aqui para fazer o levantamento local da infraestrutura atingida. Como cerca de 90% da cidade foi afetada, decretei o estado de calamidade pública, que nos permite dar mais celeridade aos atendimentos e à liberação de recursos. Já determinei que a Cohapar estude estratégias para a reconstrução das moradias e estamos preparando alojamentos para garantir o amparo às famílias”, completou Ratinho Junior.

O decreto de calamidade pública é uma medida administrativa que reconhece oficialmente a gravidade da situação em um município ou região. Ele permite que o governo estadual adote procedimentos emergenciais, como a dispensa de licitações, a mobilização imediata de recursos e o pedido de apoio federal. O objetivo é acelerar a resposta às situações de desastre e dar suporte mais rápido à população atingida.

A partir do decreto, o município também pode solicitar recursos da União e do Fundo Estadual de Calamidade Pública, além de firmar convênios emergenciais para reconstrução.

MOBILIZAÇÃO – Desde a noite de sexta-feira (7), equipes da Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Sanepar, Copel e Secretaria de Estado da Saúde trabalham em conjunto para restabelecer os serviços essenciais e atender a população. O Governo do Estado também enviou ambulâncias, maquinários, caminhões e tropas de apoio de várias regiões do Paraná.

FUNDO ESTADUAL – O Paraná conta com um Fundo Estadual de Calamidade Pública, administrado pela Defesa Civil, que é utilizado exclusivamente em situações de emergência e desastres naturais. O fundo financia ações como reconstrução de infraestrutura, aquisição de materiais de assistência humanitária, abrigo temporário e recuperação de equipamentos públicos.

Nesta semana, o Governo do Estado destinou R$ 50 milhões ao fundo para o atendimento a municípios atingidos pelas chuvas que afetaram o Paraná na semana anterior, reforçando a capacidade de resposta a eventos extremos. Os recursos também visam ampliar o apoio aos municípios que enfrentam situações de emergência, permitindo que o atendimento chegue de forma mais rápida e eficiente.

Fonte: AEN

Derrite sabota projeto contra facções, enviado por Lula à Câmara, e equipara grupos criminosos a "terroristas"

Secretário de Segurança Pública de Tarcísio, licenciado do cargo para relatar o PL, abre a "margem legal" para uma intervenção militar estrangeira no país

Guilherme Derrite, enquanto secretário de Segurança de SP, durante sessão de audiência pública na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, na Câmara dos Deputados - Brasília-DF - 28/10/2025 (Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados)


O deputado federal e secretário de Segurança de São Paulo licenciado, Guilherme Derrite (PL-SP), alterou projeto de lei (PL) antifacção de forma a sabotá-lo, para equiparar, no texto enviado na última semana pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Congresso, as organizações criminosas brasileiras a "terroristas". As informações são da agência O Estado de São Paulo/Conteúdo.

Derrite, que foi anunciado como relator do PL, do senador Sergio Moro (União-PR), pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), argumentou, ao apresentar seu relatório:

"Não se trata de classificar as organizações criminosas, paramilitares ou milícias privadas como 'organizações terroristas' em sentido estrito, mas de reconhecer que certas práticas cometidas por essas estruturas produzem efeitos sociais e políticos equivalentes aos atos de terrorismo, justificando, portanto, um tratamento penal equiparado quanto à gravidade e às consequências jurídicas".

A possiblidade da introdução da designação "terrorista" no PL antifacção gera temores na bancada do PT na Câmara sobre a abertura de uma brecha para até mesmo uma intervenção militar em território nacional, com o objetivo declarado de combater as organizações criminosas atuantes em território nacional.

Além disso, os parlamentares vêm denunciando a articulação dos governadores de extrema direita, aliados do presidente dos EUA, Donald Trump, junto ao país norte-americano e parlamentares da base bolsonarista. Nesse contexto, Washington vem lançando ataques militares na região do Mar do Caribe, atingindo alvos supostamente ligados ao narcotráfico internacional, porém sem apresentar provas da ligação dos assassinados em alto mar com o crime.

Fonte: Brasil 247

Guerra de lobbies: como TSE adiou julgamento de Cláudio Castro

 

Cláudio Castro, governador do RJ. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

A sessão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que marcou o início do julgamento do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), e do presidente da Assembleia Legislativa, Rodrigo Bacellar (União Brasil), expôs tensões internas entre ministros, pressões políticas externas e uma série de constrangimentos em plenário. A sessão, aberta na última terça-feira (4) pela presidente Cármen Lúcia, terminou com um já esperado pedido de vista, adiando a decisão para 2025.

O caso, relatado pela ministra Isabel Gallotti, estava pronto para julgamento desde junho, mas vinha sendo mantido fora da pauta até a semana passada.

Segundo Malu Gaspar, do Globo, a escolha de Cármen para retomar o processo um dia após a operação policial mais letal da história do Rio, que deixou 121 mortos, gerou desconforto dentro do tribunal e reações no entorno político de Castro. “Aparenta oportunismo político”, afirmou um ministro do TSE ouvido reservadamente, avaliando que a coincidência de datas agravou o clima entre o Palácio Guanabara e o Planalto.

Gallotti, que deixa o TSE no próximo dia 21, chegou a pedir à presidente que adiasse o julgamento ou o suspendesse após a leitura de seu voto. Cármen, contudo, insistia em dar prosseguimento. A tensão entre as duas só foi contornada quando o ministro Antonio Carlos Ferreira interveio e anunciou que pediria vista, o que efetivamente ocorreu.

Isabel Gallotti, ministra do TSE. Foto: Gustavo Lima/STJ

Pelo regimento, ele tem até 60 dias para devolver o processo, o que deve empurrar o desfecho para fevereiro, após o recesso do Judiciário.

O voto de Gallotti foi contundente e recomendou a cassação de Cláudio Castro e Rodrigo Bacellar, além da declaração de inelegibilidade de ambos, por abuso de poder político e econômico no escândalo do Ceperj. O caso, revelado em 2022, expôs uma “folha de pagamento secreta” com mais de 20 mil pessoas contratadas irregularmente no Ceperj e na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), entre elas aliados e cabos eleitorais do governador.

Nos bastidores, aliados de Castro já esperavam o pedido de vista como forma de ganhar tempo e empurrar o caso para a futura gestão de Kassio Nunes Marques, que assumirá a presidência do TSE em 2025.

Indicado por Jair Bolsonaro, Kassio é visto como mais próximo do Centrão e considerado politicamente simpático a Castro. “Qualquer momento do julgamento vai ser ruim a partir de agora. Os ministros vão ter de escolher o mal menor”, disse um integrante da Corte.

O processo provocou intensa movimentação política. Parlamentares próximos a Castro, como Davi Alcolumbre (União Brasil) e o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), teriam atuado nos bastidores pedindo o adiamento do julgamento.

Do outro lado, ministros do STF e aliados do governo federal pressionaram o TSE para antecipar votos pela cassação. Advogados das defesas, incluindo seis ex-ministros do tribunal, também fizeram gestões para postergar a decisão.

Durante a sessão, o clima tenso transbordou para o plenário. Cármen Lúcia causou desconforto ao propor apenas dois minutos de fala para cada advogado de defesa, enquanto o Ministério Público teve dez. Após protestos, o tempo foi ampliado para sete minutos e meio para os advogados de Castro e Bacellar.

Outro ponto de atrito envolveu a própria relatora. Gallotti entregou cópias impressas de seu voto apenas no início da sessão, dentro de envelopes, impedindo que os demais ministros tivessem acesso prévio ao conteúdo.

A decisão surpreendeu o plenário e levou o advogado de Castro, Fernando Neves, a pedir “tratamento isonômico” em relação ao vice-procurador-geral eleitoral, Alexandre Espinosa, que também atua como autor de um dos recursos. “Foi uma situação constrangedora e a resposta da Isabel foi grosseira”, relatou um colega da ministra.

Ao longo da leitura, que durou quase duas horas, Gallotti ainda cometeu gafes: chamou o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, de “Marcelo Frouxo”, e trocou o nome do ex-vice-governador Thiago Pampolha, a quem se referiu repetidamente como “Pamplona”.

Em um trecho do voto, chegou a defender a cassação de Pampolha, mesmo ele tendo deixado o cargo em maio para assumir uma vaga no Tribunal de Contas do Estado, algo juridicamente impossível. Em seguida, reconheceu o erro e pediu desculpas.

Fonte: DCM com informações do jornal O Globo

VÍDEO: Deputada de SC diz que Bolsonaro está preso por “estratégias ruins” do clã


As deputadas Ana Campagnolo (PL-SC) e Júlia Zanatta (PL-SC). Foto: Reprodução

A deputada estadual Ana Campagnolo (PL-SC) afirmou durante uma live no Instagram, na última sexta-feira (7), que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está preso por causa das “estratégias ruins” adotadas por sua família.

“Será que ninguém admite que, se ele está preso, é porque tiveram diversas estratégias ruins, além de toda a perseguição do sistema?”, disse Campagnolo durante a transmissão.

A fala irritou a deputada Júlia Zanatta (PL-SC), que interrompeu a colega e elevou o tom: “Como você vai ter uma estratégia boa quando todo o sistema está contra você? Então ele está preso porque teve uma estratégia ruim?”.

Em seguida, Zanatta perdeu o controle e quase gritou com a colega de partido: “A senhora atribuiu a prisão dele a uma estratégia ruim. É isso? A senhora sabe como funciona o sistema?”.


Divergência sobre candidatura de Carluxo

A discussão ocorreu em meio às tensões dentro do PL de Santa Catarina sobre a candidatura de Carlos Bolsonaro ao Senado em 2026. Campagnolo tem se posicionado contra a ideia e defende que a vaga deve ser ocupada pela deputada federal Caroline de Toni (PL-SC), conforme um pré-acordo já firmado no estado.

Zanatta, por outro lado, integra o grupo que apoia a candidatura de Carlos, alinhada à decisão do ex-presidente Jair Bolsonaro.

As duas realizaram a live justamente para “debater o impasse”, mas o diálogo rapidamente se transformou em um bate-boca acalorado, sem que nenhuma das parlamentares recuasse de suas posições.

Fonte: DCM

Gleisi critica escolha de Derrite para relator do PL antifacção: “Contamina o debate”

A ministra da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Gleisi Hoffmann, e o deputado Guilherme Derrite (PP-SP). Foto: Reprodução

A ministra da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Gleisi Hoffmann, usou as redes sociais nesta sexta-feira (7) para criticar a escolha do deputado Guilherme Derrite (PP-SP) como relator do projeto de lei antifacção, proposto pelo governo Lula (PT) após a chacina que deixou 121 mortos no Rio de Janeiro.

Em postagem publicada no X, Gleisi afirmou que “a indicação do relator da matéria é prerrogativa do presidente da Câmara”, Hugo Motta (Republicanos-PB). “A opção pelo secretário de Segurança do governador Tarcísio de Freitas contamina o debate com os objetivos eleitoreiros de seu campo político”, escreveu a ministra.

“O governo do presidente Lula enviou ao Legislativo o Projeto de Lei Antifacção Criminosa na expectativa de um debate consequente sobre o combate ao crime organizado, como exige a sociedade brasileira. Seguiremos trabalhando no Congresso para que prevaleça o interesse público e seja resguardada a soberania nacional”, acrescentou.

O líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias, também criticou a escolha de Derrite para a relatoria, classificando-a como um “desrespeito com o presidente Lula”.

“A escolha feita pelo presidente Hugo Motta é um desrespeito com o presidente Lula. O projeto de lei antifacção é uma prioridade do governo Lula, e colocá-lo nas mãos do secretário de Segurança do governador Tarcísio beira a provocação. Parece um interesse deliberado de não aprovar e de atrapalhar a tramitação da pauta prioritária do governo na área de segurança pública”, disse Lindbergh.


O projeto do governo, enviado pelo presidente Lula com urgência constitucional em 31 de outubro, precisa ser votado pela Câmara em até 45 dias. A proposta cria o crime de organização criminosa qualificada e aumenta as penas para integrantes de facções, além de modernizar a legislação de combate ao crime organizado.

Hugo Motta, no entanto, descartou, por ora, designar Derrite para outro projeto em debate que equipara facções criminosas a organizações terroristas, por considerar que o tema poderia acirrar a polarização política no Congresso.

Esse segundo texto, que ainda divide governistas e oposição, chegou a entrar na pauta da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), mas teve a votação adiada por falta de consenso.

Fonte: DCM

Contarato: CPI do Crime Organizado vai investigar políticos, empresários e “andar superior”


  Fabiano Contarato, senador pelo PT. Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

O senador Fabiano Contarato (PT-ES), delegado e presidente da CPI do Crime Organizado, afirmou em entrevista à Folha de São Paulo que a comissão deve investigar também o “andar superior” — políticos, empresários e agentes públicos que, segundo ele, estimulam e financiam o avanço do crime organizado no Brasil. Confira trechos:

O que esperar da CPI?
“O crime organizado tem várias frentes que podem ser exploradas: espaço territorial, milícia, facção, tráfico de entorpecentes e aspecto econômico. Se você olhar para os aspectos da corrupção, também há a possibilidade até mesmo do envolvimento de políticos. A CPI tem que prestar um serviço à população. Tanto eu quanto o senador Alessandro Vieira, que é relator, temos perfil técnico. Espero que ela aponte soluções.”

Como evitar que a CPI vire palanque político às vésperas das eleições de 2026?
“O perfil do Senado é mais respeitoso. Dá para impedir e parar e falar: ‘isso não é o objeto da CPI’. Tudo depende da forma como se conduz. Vai ter senador querendo fazer recorte para rede, mas eu estarei ali para tentar contribuir e evitar. Sou progressista, mas não confundo ser progressista com ser permissivo com quem comete crime, principalmente com organização criminosa e lavagem de dinheiro.”

Homens apontados como membros do Comando Vermelho presos em operação da polícia no Rio de Janeiro. Foto: Mauro Pimentel/AFP

A oposição apresentou requerimento para ouvir membros de facções. O senhor pretende colocar isso em votação?
“Pautar é prerrogativa da presidência. Eu vou ter cautela e seguir o plano de trabalho. Isso não está sendo debatido no desenrolar da CPI. Tenho que pegar a mão estendida dessas organizações criminosas, não só quem está na ponta ou já foi preso. Não sei se isso vai acontecer no futuro, mas nem sequer está no radar da comissão.” (…)

Qual o legado o senhor espera que a CPI deixe?
“O que a gente pode dar é uma resposta eficiente de mudança naquilo que seja de competência do Legislativo. Buscar uma união entre União, estados e municípios para trabalhar de forma cooperada. A CPI deve fazer um diagnóstico, ser propositiva e apresentar projetos de lei. Espero que a gente alcance o andar superior também de quem tenha concorrido para estimular o crime organizado, seja em facções, milícias, lavagem de dinheiro ou corrupção.”

Fonte: DCM

Bispo aliado de Rodrigo Manga tinha “contabilidade paralela”, diz PF

Rodrigo Manga, a pastora Simone Souza e o bispo Josivaldo Souza, líderes do Templo da Glória e Renovo de Deus. Foto: reprodução


A Polícia Federal descobriu uma contabilidade paralela de propinas mantida pelo bispo Josivaldo Batista, da Igreja Cruzada dos Milagres dos Filhos de Deus, que o órgão aponta como operador financeiro do esquema de corrupção supostamente chefiado pelo prefeito bolsonarista afastado de Sorocaba (SP), Rodrigo Manga (Republicanos). O bispo foi preso preventivamente nesta quinta-feira (6) na segunda fase da Operação Copia e Cola, que investiga desvios de recursos da área da Saúde.

De acordo com o Estadão, a investigação aponta que os agentes encontraram no celular de Josivaldo um arquivo de texto que funcionava como um verdadeiro livro-caixa clandestino das propinas. Manga foi afastado do cargo por 180 dias enquanto a PF segue com a investigação.

A “contabilidade paralela” listava as chamadas “entradas” e “saídas” de dinheiro, organizadas em períodos irregulares e escritas em linguagem cifrada. “Os lançamentos foram organizados por períodos de tempo variáveis, sem seguir um padrão fixo como semanal ou mensal”, detalhou a Polícia Federal.

As “entradas” representavam o pagamento de propinas de empresas contratadas pela prefeitura, com valores que variavam de R$ 30 mil a R$ 2,8 milhões. Já as “saídas” indicavam a distribuição desses recursos a secretários municipais e aliados políticos de Rodrigo Manga.

O arquivo foi modificado pela última vez poucas horas antes da operação da PF, o que, segundo os investigadores, reforça a hipótese de que o bispo tentou apagar rastros do esquema.

O documento não mencionava repasses diretos ao prefeito, mas a PF afirma que existia outra contabilidade, separada, para ocultar sua participação.



“Os pagamentos que teriam sido feitos para Rodrigo Maganhato não constariam na contabilidade paralela de Josivaldo, mas sim no de sua esposa, Simone Rodrigues Frate de Souza, o que demonstraria uma ação coordenada, para ocultar, ao máximo, a prática delitiva por parte de Rodrigo Maganhato”, diz um trecho da decisão que autorizou as prisões.

Casado com Simone, que também foi presa, Josivaldo é cunhado do prefeito. Em abril, durante a primeira fase da operação, a Polícia Federal havia apreendido R$ 903 mil em espécie com o casal. Parte do dinheiro estava guardada em um envelope identificado com o nome “Prett”, que, segundo os investigadores, se refere a Fernando Francisco Prette, sócio da empresa Única Sorocaba Vigilância e Segurança Patrimonial, contratada pela prefeitura.

A análise das contas bancárias do bispo e da igreja revelou um volume expressivo de movimentações em dinheiro vivo. Segundo a PF, a instituição religiosa recebeu 958 depósitos em espécie que somaram R$ 1,7 milhão, enquanto as contas pessoais de Josivaldo movimentaram R$ 2,6 milhões em 2.221 depósitos no período investigado. As autoridades acreditam que parte dessas transações foi usada para lavar o dinheiro do esquema.

Um dos contratos apontados como fraudulentos envolvia a Igreja Cruzada dos Milagres dos Filhos de Deus e uma empresa de publicidade registrada em nome da primeira-dama, Sirlange Rodrigues Frate Maganhato. O documento, segundo os investigadores, teria servido para justificar formalmente transferências de recursos desviados da prefeitura.

A defesa do prefeito Rodrigo Manga nega as acusações e diz que o caso é fruto de perseguição política. “A investigação conduzida pela Polícia Federal de Sorocaba é completamente nula, porque foi iniciada de forma ilegal e conduzida por autoridade manifestamente incompetente. Além disso, é fruto de perseguição política, não havendo nada de concreto a relacionar o prefeito nesse inquérito policial”, afirmou a defesa em nota.

Fonte: DCM

Cabe agora a Alexandre de Moraes decidir quando Bolsonaro será preso

Medida deverá ocorrer após ministro do STF declarar trânsito em julgado da ação contra Bolsonaro e mais seis condenados na trama golpista

Brasília (DF) - 10/09/2025 - O ministro Alexandre de Moraes, na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)


Por unanimidade, os ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram, na sexta-feira (7), manter a condenação ex-presidente Jair Bolsonaro e mais seis condenados na ação penal da trama golpista.

Com placar unânime de 4 votos a 0, o colegiado rejeitou os chamados embargos de declaração, recursos que foram protocolados pelas defesas dos condenados para evitar a execução das penas em regime fechado. Os votos foram proferidos pelo relator, Alexandre de Moraes, e os ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia. Luiz Fux não votou. No mês passado, o ministro mudou para a Segunda Turma da Corte após votar pela absolvição de Bolsonaro.

A partir de agora, caberá a Alexandre de Moraes decidir quando Bolsonaro e os demais condenados do núcleo central da trama golpista serão presos. A medida deverá ocorrer após o ministro declarar o trânsito em julgado da ação penal, ou seja, o fim do processo e da possibilidade de recorrer. Não há prazo para a decisão.

Fonte: Brasil 247 com informações da Agência Brasil

“Tem que baixar a cabeça”: bolsonaristas batem boca em live enterrando Carluxo em SC


As deputadas bolsonaristas Ana Campagnolo, Júlia Zanatta e o senador Jorge Seif, em live no Instagram, todos do PL-SC. Reprodução


Uma live realizada nesta sexta-feira (7) expôs de vez o racha entre bolsonaristas de Santa Catarina. As deputadas Ana Campagnolo (PL-SC) e Júlia Zanatta (PL-SC) travaram um debate tenso sobre a pré-candidatura de Carlos Bolsonaro ao Senado pelo estado. Em meio a interrupções, cobranças e indiretas, a transmissão acabou revelando o desgaste interno do PL catarinense e o isolamento político do filho do ex-presidente.

A crise se arrasta há semanas. A migração de Carlos para Santa Catarina fechou o espaço para a candidatura da deputada Caroline de Toni, favorita do PL local para o Senado. A entrada de Carluxo foi vista por lideranças do estado como uma imposição da família Bolsonaro, gerando reações públicas e notas de repúdio — inclusive da Fiesc, que criticou a “importação de candidatos”.

O auge da live ocorreu quando o senador Jorge Seif (PL-SC) entrou de surpresa na transmissão. Campagnolo perdeu a paciência: “Eu não participo de nada com esse cidadão”, disse, antes de abandonar a conversa. Nos minutos anteriores, ela já havia reclamado de ataques da família Bolsonaro, afirmando que foi chamada de “mentirosa” por Carlos e que “deveria receber desculpas”. Para a deputada, Carluxo “empurrou Carol para fora do partido”.

Zanatta, por sua vez, questionou Campagnolo sobre a aliança do PL com o PP e acusou a colega de não defender uma chapa pura que mantivesse Carol e Carlos juntos. Campagnolo rebateu dizendo que romper a federação colocaria em risco a reeleição do governador Jorginho Mello. “Ele pode vir e perder, só não pode ameaçar o Jorginho”, afirmou.

Seif defendeu que os três — Carlos, Carol e Amin — concorram simultaneamente, numa manobra considerada inviável eleitoralmente. Campagnolo ironizou: “Tem dois votos e diz que vai votar nos três”.

Ao longo da live, as deputadas trocaram farpas sobre a atuação dos senadores catarinenses, o papel da família Bolsonaro no estado e o impacto da candidatura de Carluxo no projeto político local. Campagnolo reiterou que apenas discordou de uma “estratégia ruim”, negou qualquer ruptura com o bolsonarismo e voltou a criticar a condução do processo: “Se toda opinião diferente for expurgada, como pretendem chegar ao poder?”

A transmissão terminou quando Campagnolo deixou a conversa para encontrar o governador em um evento em Blumenau. Nos bastidores, cresce a avaliação de que Carlos Bolsonaro entrou em Santa Catarina impondo um conflito desnecessário e que a orientação da família agora é “baixar a cabeça” para tentar reconstruir pontes na direita catarinense.

Fonte: DCM

Governo Lula envia ajuda humanitária a cidades destruídas por ciclone no Paraná


          Rio Bonito do Iguaçu (PR) destruída por ciclone. Foto: reprodução

O governo federal anunciou o envio de ajuda humanitária e de equipes especializadas para apoiar a reconstrução das regiões atingidas pelo ciclone extratropical que devastou o Centro-Sul do Paraná entre a sexta-feira (7) e a madrugada deste sábado (8). O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, confirmou a mobilização emergencial na madrugada deste sábado e informou que o governo acompanha a situação em tempo real.

A cidade mais afetada é Rio Bonito do Iguaçu, de cerca de 14 mil habitantes, onde ventos ultrapassaram 250 km/h. Segundo a Defesa Civil, o fenômeno deixou ao menos cinco mortos e 130 feridos, 30 deles em estado grave.

O Corpo de Bombeiros relatou que 430 pessoas precisaram ser transferidas para Laranjeiras do Sul, município vizinho a 17 km de distância, onde foi montado um hospital de campanha. A cidade está totalmente sem energia elétrica e enfrenta dificuldades de comunicação.

O ministro Waldez Góes informou que Laranjeiras do Sul deve decretar estado de emergência nas próximas horas, o que permitirá acelerar o envio de recursos federais.

“Equipes de resgate, técnicos e caminhões com mantimentos e equipamentos de reconstrução já estão sendo enviados. O governo federal está ao lado do povo paranaense neste momento difícil”, afirmou em nota.

A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, também manifestou solidariedade às vítimas e destacou que o governo federal prestará todo o apoio necessário. “O governo não medirá esforços para amparar as famílias atingidas”, declarou.


O governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), confirmou em pronunciamento que o fenômeno foi causado por um tornado de categoria 3, segundo classificação do Simepar (Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná).

“Lamentavelmente, a gente teve um tornado que já foi confirmado pelo Simepar, um tornado de nível 3, com ventos que passam de 250 km/h. Muitas cidades da região centro-oeste do Paraná foram afetadas, em especial Rio Bonito do Iguaçu e Candói”, afirmou o governador, que estava acompanhado de representantes da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros.

O ciclone, formado a partir de uma supercélula, provocou destruição generalizada: casas foram destelhadas, veículos capotaram e ruas inteiras ficaram cobertas por destroços. Moradores relataram que o vendaval durou poucos minutos, mas foi suficiente para devastar bairros inteiros. A Defesa Civil estadual investiga se há mais vítimas sob escombros em áreas de difícil acesso.

Equipes do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil que participaram das operações no Rio Grande do Sul foram deslocadas para a região paranaense. As equipes de resgate trabalham na remoção de escombros e no atendimento médico emergencial. Caminhões com água, alimentos, colchões e lonas seguem para os municípios mais afetados.

O fenômeno também impacta o estado de São Paulo. De acordo com a Defesa Civil paulista, fortes chuvas já atingiram as regiões de Presidente Prudente e Araçatuba. O sistema deve se deslocar para o restante do estado nas próximas horas, com previsão de ventos intensos e tempestades.

Um alerta via sistema Cell Broadcast foi enviado na noite de sexta-feira para a população de diversas regiões, incluindo Grande São Paulo, Vale do Ribeira, Baixada Santista e Campinas. A mensagem informava: “Condições para chuva e rajadas de vento forte nas próximas horas e ao longo do sábado, 8. Caso necessário, busque abrigo imediatamente”.

O governo do Paraná informou que as equipes estaduais estão em campo com o apoio das forças federais e que o foco é salvar vidas e restabelecer os serviços básicos.

Segundo o Simepar, os ventos registrados em Rio Bonito do Iguaçu chegaram a 250 km/h e podem ter ultrapassado essa velocidade em pontos isolados, o que elevaria o fenômeno à categoria F3, quando os ventos variam entre 250 e 330 km/h.

Fonte: DCM

Por unanimidade, STF mantém condenação de Bolsonaro a 27 anos de prisão

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foto: Pablo PORCIUNCULA / AFP


O Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou por unanimidade, nesta sexta-feira (7), o recurso apresentado pela defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) contra a condenação por participação na trama golpista de 2023. A decisão da Primeira Turma manteve a pena de 27 anos e três meses de prisão imposta ao ex-mandatário.

O julgamento teve início com o voto do relator Alexandre de Moraes, seguido por Flávio Dino, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia, todos contrários aos pedidos da defesa. O ministro Luiz Fux não participou da sessão, pois foi transferido para a Segunda Turma em outubro. O resultado foi de 4 a 0.

Além de Bolsonaro, outros seis integrantes do chamado “núcleo 1” também tiveram seus recursos negados, entre eles os generais Walter Braga Netto, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira, o deputado Alexandre Ramagem, o ex-ministro Anderson Torres e o almirante Almir Garnier.

Núcleo 1 da trama golpista: Jair Bolsonaro, Mauro Cid, Augusto Heleno, Anderson Torres, Almir Garnier, Alexandre Ramagem, General Braga Netto, General Paulo Sérgio Nogueira

No voto, Moraes rebateu todos os sete pontos levantados pela defesa de Bolsonaro. Segundo ele, ficou “amplamente comprovada” a liderança do ex-presidente na organização criminosa que articulou os atos de 8 de janeiro com o objetivo de consumar um golpe de Estado e manter-se no poder.

O relator afirmou que houve pluralidade de crimes e que cada conduta foi detalhada na dosimetria da pena. Sobre a delação de Mauro Cid, Moraes destacou que a Polícia Federal e o próprio colegiado confirmaram a validade e a legalidade do acordo.

A defesa tentou alegar ausência de provas e desistência voluntária da trama, mas Moraes citou documentos e mensagens que mostrariam continuidade na articulação mesmo após alertas jurídicos sobre a inexistência de fraude eleitoral.

Com o julgamento dos embargos de declaração, Bolsonaro esgota uma das últimas possibilidades de reverter a condenação. A defesa ainda busca garantir que ele cumpra eventual pena em regime domiciliar, citando idade e problemas de saúde.

O governo do Distrito Federal já enviou ofício ao gabinete de Moraes solicitando avaliação médica do ex-presidente antes da prisão. O pedido deverá definir se Bolsonaro será encaminhado a uma unidade do sistema prisional ou a uma sala de Estado-Maior.

Fonte: DCM

VÍDEOS: Ciclone no interior do Paraná deixa 5 mortos e cidade destruída

 

Rio Bonito do Iguaçu (PR) destruída por ciclone. Foto: reprodução
O ciclone extratropical que atingiu a região Sul do país deixou um rastro de destruição e ao menos cinco mortos no Paraná, entre a tarde de sexta-feira (7) e a madrugada deste sábado (8). Segundo a Defesa Civil, cerca de 130 pessoas ficaram feridas, 30 delas em estado grave.

A cidade mais afetada foi Rio Bonito do Iguaçu, de 14 mil habitantes, que ficou totalmente sem energia elétrica e registrou casas destelhadas, veículos capotados e ruas tomadas por destroços.

De acordo com o Corpo de Bombeiros local, 430 pessoas precisaram ser transferidas para Laranjeiras do Sul, a 17 km de distância, onde foi montado um hospital de campanha para atender as vítimas.

Equipes especializadas que atuaram em desastres naturais no Paraná e nas enchentes do Rio Grande do Sul foram mobilizadas para reforçar os resgates. Autoridades ainda investigam a possibilidade de haver mais vítimas sob escombros em áreas isoladas.


Ambulâncias e aeronaves estão sendo usadas para transporte e atendimento emergencial. O secretário de Segurança Pública do Paraná, Hudson Teixeira, afirmou que o governo estadual trabalha em conjunto com a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros para acelerar os resgates. Segundo o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), o fenômeno foi provocado por um tornado formado dentro de uma supercélula, tipo de tempestade com alto potencial destrutivo.



Na escala Fujita, que mede a intensidade dos tornados, o evento foi classificado como F2, com ventos entre 180 e 250 km/h. No entanto, o Simepar avalia se algumas rajadas ultrapassaram essa faixa, o que elevaria a classificação para F3, quando as velocidades variam de 250 a 330 km/h. “O volume de destruição é compatível com eventos dessa magnitude”, informou o órgão em nota.

O fenômeno também causou estragos em Santa Catarina, onde cidades como Itá, Itapiranga, Jorge Lacerda, Xanxerê e Chapecó registraram granizo, destelhamentos e quedas de árvores.

A força da ventania também obrigou um avião da Latam a fazer um pouso praticamente de lado, em uma manobrada conhecida como “pouso-caranguejo”, no Aeroporto de Navegantes.



A Defesa Civil catarinense investiga se a destruição foi provocada por um tornado ou por uma microexplosão, quando ventos descem violentamente das nuvens, destruindo o que estiver abaixo. As maiores rajadas chegaram a 108 km/h e o acumulado de chuva ultrapassou 100 milímetros em 24 horas em algumas localidades.

Poucas horas após a tempestade atingir Santa Catarina, os efeitos mais severos se concentraram no Paraná, especialmente em Rio Bonito do Iguaçu, Candói e Porto Barreiro, onde diversas casas foram destruídas. Em todos esses municípios, a hipótese de tornado é considerada a mais provável pelas equipes técnicas que analisam os danos estruturais e o padrão de destruição observado.

Alerta em SP

Em São Paulo, a Defesa Civil estadual registrou fortes chuvas nas regiões de Presidente Prudente e Araçatuba. O sistema meteorológico deve avançar nas próximas horas por todo o estado, alterando significativamente as condições do tempo. Diante da previsão de tempestades e ventos intensos, a Defesa Civil enviou um alerta à população por meio do sistema Cell Broadcast.

A mensagem dizia: “Condições para chuva e rajadas de vento forte nas próximas horas e ao longo do sábado, 8. Caso necessário, busque abrigo imediatamente”.

O aviso foi enviado a moradores da faixa leste paulista, incluindo as regiões da Grande São Paulo, Vale do Paraíba, Vale do Ribeira, Itapeva, Sorocaba, litoral norte, litoral sul, Baixada Santista e Campinas.

As autoridades alertam para a possibilidade de novas tempestades e rajadas intensas durante a noite e madrugada, especialmente nas áreas litorâneas. As maiores velocidades de vento são esperadas na manhã deste sábado (8), acompanhadas de chuvas moderadas a fortes em quase todo o território paulista.

Fonte: DCM