sexta-feira, 25 de julho de 2025

Juristas e entidades lançam carta pela soberania nacional durante ato na USP


Lideranças do direito e entidades da sociedade civil realizam hoje no local um ato em defesa da soberania nacional. Foto: Edi Sousa/AtoPress

O salão nobre da Faculdade de Direito da USP foi palco nesta sexta-feira (25) de um ato em defesa da soberania nacional, reunindo entidades da sociedade civil, estudantes e juristas. Sob gritos de “não à tirania, soberania não se negocia” e “sou brasileiro com muito orgulho”, os participantes protestaram contra as recentes medidas do governo estadunidense que afetam o Brasil, incluindo a tarifa de 50% sobre exportações brasileiras anunciada por Donald Trump.

O evento ocorre em um momento de crescente tensão entre os dois países, após o anúncio de Trump sobre as tarifas – que entram em vigor em 1° de agosto – em resposta ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe de estado. Mais de 200 entidades assinaram uma carta em defesa da soberania nacional, divulgada durante o ato histórico no Largo São Francisco, local que já havia sediado manifestações pela democracia antes das eleições de 2022.

Celso Fernandes Campilongo, diretor da Faculdade de Direito da USP, alertou sobre os riscos da atual conjuntura: “O que está em jogo é uma ordem mundial que seja democrática, que respeite as instituições e direito internacional. O que está sendo ameaçado não é apenas a soberania do Brasil, é a lei internacional. Hoje é conosco, amanhã com quem?”. Campilongo classificou como “intromissão estrangeira” as recentes ações do governo Trump contra o Brasil.

Os manifestantes, muitos com cartazes contendo frases como “Brasil, quem te ama não te USA”, “juntos na defesa do Brasil” e “o Brasil não aceita chantagem”, expressaram preocupação com a investigação comercial aberta pelos EUA que atinge até mesmo o sistema PIX e o comércio popular da região da 25 de Março.

Donald Trump, presidente dos EUA. Foto: Reuters


Aloísio Mercadante, presidente do BNDES, fez um apelo pela união nacional em defesa das instituições: “Quem viveu a ditadura, a repressão, a tortura, a censura, o exílio, sabe o quanto é importante ter enfrentado esse golpe, punir os golpistas e preservar a liberdade democrática do Brasil”. Suas palavras ecoaram entre os participantes, muitos dos quais lembraram o ato histórico de 2022 em defesa do sistema eleitoral brasileiro.

O advogado Oscar Vilhena, do Comitê de Defesa da Democracia, analisou que os ataques do governo Trump têm como alvo final a população brasileira: “Busca, sob o pretexto de atacar o Supremo Tribunal Federal, na realidade, afetar os interesses de todos os brasileiros, sobretudo do trabalhador e do empreendedor brasileiro. E é essa a razão que faz com que nós tenhamos que estar vigilantes e em defesa dos nossos interesses”.

Leia a carta em defesa da soberania nacional na íntegra:

“A soberania é o poder que um povo tem sobre si mesmo. Há mais de dois séculos o Brasil se tornou uma nação independente. Neste período, temos lutado para governar nosso próprio destino. Como nação, expressamos a nossa soberania democraticamente e em conformidade com nossa Constituição.

É assim que, diuturnamente, almejamos alcançar a cidadania plena, construir uma sociedade livre, justa e solidária, erradicar a pobreza e a marginalização, reduzir as desigualdades sociais e regionais e, ainda, promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

Nas relações internacionais, o Brasil rege-se pelos princípios da independência nacional, da prevalência dos direitos humanos, da não-intervenção, assim como pelo princípio da igualdade entre as nações. É isso o que determina nossa Constituição.

Exigimos o mesmo respeito que dispensamos às demais nações. Repudiamos toda e qualquer forma de intervenção, intimidação ou admoestação, que busquem subordinar nossa liberdade como nação democrática. A nação brasileira jamais abrirá mão de sua soberania, tão arduamente conquistada. Mais do que isso: o Brasil sabe como defender sua soberania.

Nossa Constituição garante aos acusados o direito à ampla defesa. Os processos são julgados com base em provas e as decisões são necessariamente motivadas e públicas. Intromissões estranhas à ordem jurídica nacional são inadmissíveis.

Neste grave momento, em que a soberania nacional é atacada de maneira vil e indecorosa, a sociedade civil se mobiliza, mais uma vez, na defesa da cidadania, da integridade das instituições e dos interesses sociais e econômicos de todos os brasileiros.

Brasileiras e brasileiros, diálogo e negociação são normais nas relações diplomáticas, violência e arbítrio, não! Nossa soberania é inegociável. Quando a nação é atacada, devemos deixar nossas eventuais diferenças políticas, para defender nosso maior patrimônio. Sujeitar-se a esta coação externa significaria abrir mão da nossa própria soberania, pressuposto do Estado Democrático de Direito, e renunciar ao nosso projeto de nação.

Somos cem por cento Brasil!!”

Fonte: DCM

Hélio Negão usa mordaça e acampa em frente ao STF por Bolsonaro


Hélio Lopes em frente ao STF. Foto: reprodução

O deputado federal Hélio Lopes (PL-RJ), um dos parlamentares mais próximos de Jair Bolsonaro (PL), montou um acampamento em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira (25) em protesto contra as medidas impostas ao ex-presidente. Com uma fita branca na boca simbolizando “mordaça” e vestindo uma camisa com a bandeira de Israel, o parlamentar instalou uma barraca de camping e uma cadeira na Praça dos Três Poderes, em Brasília.

“Estou em uma manifestação pacífica, em silêncio e jejum de palavras. Não estou aqui para confrontar, provocar ou encorajar ninguém. Estou aqui por convicção, como cidadão e deputado federal. Minha boca está calada, mas minha consciência está em paz”, escreveu o bolsonarista em publicação no X.

O protesto solitário ocorre em um momento de crescentes dificuldades para o grupo bolsonarista no Congresso Nacional. Sempre ao lado do ex-presidente, Hélio ficou conhecido nas redes sociais como “Negão do Bolsonaro”.

O líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), informou ao Metrópoles que Hélio Lopes chegou ao local na tarde desta sexta, mas não soube precisar por quanto tempo deve durar o ato. “Ele só me avisou quando estava instalando”, disse Sóstenes.

A iniciativa do parlamentar fluminense visa contestar especificamente a decisão do ministro Alexandre de Moraes que proíbe Bolsonaro de conceder entrevistas e publicar conteúdos em redes sociais. O ex-presidente é réu no inquérito que investiga suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

Derrotas dos bolsonaristas

Na última semana, a bancada bolsonarista enfrentou uma série de derrotas no legislativo. O chamado “pacote anti-STF”, que incluía três eixos principais – anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro, restrição ao foro privilegiado e mudanças na Lei do Impeachment para ministros – foi rejeitado pela cúpula do Congresso e até por parte do próprio PL.

“Não sei quem está levando isso a sério além de Bolsonaro e das figuras que são retrato dele. Não são pautas para o momento. O conjunto da obra e o contexto geral dão vergonha alheia”, criticou Isnaldo Bulhões (MDB-AL), líder da bancada na Câmara e aliado do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB).

O líder do Republicanos, Gilberto Abramo (MG), reforçou a postura cautelosa da maioria: “Temos que agir com cautela”. A resistência a iniciativas mais radicais se manifestou mesmo durante o recesso parlamentar, quando um pedido para cancelar as férias legislativas foi negado por Motta e pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).

Antonio Carlos Rodrigues (PL-SP), da ala menos radical do partido, foi enfático ao criticar a proposta: “Isso (fazer sessão durante o recesso) é um absurdo. Como derrubo uma agenda com o prefeito de São Paulo? Não é assim, a gente tem uma programação. Dá para fazer por videoconferência, mas ir a Brasília é para deputado da internet. Deputado que trabalha não pode ir a Brasília a qualquer momento”.

Fonte: DCM

'O Brasil está pronto para conversar e mostrar o quanto você foi enganado', diz Lula a Trump

Presidente propõe diálogo direto com os EUA e pede abertura para Alckmin negociar: “ele só quer conversar”

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante cerimônia de anúncio dos projetos habilitados pelo Novo PAC Seleções 2025 - Urbanização de Favelas, no âmbito do Programa Periferia Viva - Jardim Rochdale, Osasco - SP - 25/07/2025 (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

Durante evento realizado nesta sexta-feira (25) em Osasco (SP), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um apelo direto ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, propondo o diálogo como alternativa às recentes tensões entre os dois países. Lula criticou a carta publicada por Trump em que ameaça sobretaxar produtos brasileiros e defende Jair Bolsonaro (PL). Em tom conciliador, o presidente brasileiro afirmou que o Brasil está aberto para esclarecer os equívocos que, segundo ele, foram cometidos com base em informações falsas.

“Trump, o dia em que você quiser conversar, o Brasil estará pronto e preparado para discutir e tentar mostrar o quanto você foi enganado com as informações que te deram. E você vai saber a verdade sobre o Brasil”, afirmou Lula.

⊛ Alckmin, o “conversador número um” - Ao lado do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), Lula o apresentou como símbolo da disposição brasileira para o diálogo e a diplomacia. Destacando seu histórico político e estilo sereno, o presidente o descreveu como um “exímio negociador” e contrapôs sua postura à de quem prefere enviar cartas com ameaças, como fez Trump.

“Ô Trump, esse moço aqui, Geraldo Alckmin, é o meu vice-presidente. É o cara mais calmo que eu conheço na vida. Negociador. [...] Esse cara é um exímio negociador, não levanta a voz e não manda carta. Ele só quer conversar".

Lula ainda ironizou a dificuldade de Alckmin em encontrar interlocutores do governo norte-americano dispostos ao diálogo:
“Todo dia ele liga para alguém e ninguém quer conversar com ele".

⊛ Apelo por respeito mútuo - No encerramento da fala direcionada a Trump, Lula cobrou respeito à soberania brasileira e à postura cordial que, segundo ele, o Brasil sempre manteve nas relações bilaterais com os Estados Unidos. O presidente reafirmou que o povo brasileiro é pacífico e generoso, e espera ser tratado da mesma forma:

“Quero que o Trump nos trate com a delicadeza e o respeito que eu trato os Estados Unidos e o povo americano".

Contexto da fala - A declaração ocorre em meio à repercussão da carta publicada por Donald Trump, sugerindo que o governo brasileiro estaria perseguindo Jair Bolsonaro e ameaçando impor tarifas de 50% sobre produtos do Brasil.

Fonte: Brasil 247

Hospital Torao Tokuda chega a trezentas cirurgias realizadas em 18 dias de atividades

   

Foto: Divulgação


Com quatro salas cirúrgicas ativadas, o Hospital Torao Tokuda, funcionando de segunda a sábado, desde o dia 7 de julho, alcançou nesta sexta-feira (25), um total de trezentas cirurgias eletivas (não emergenciais) realizadas. Em breve, conforme avalia o diretor administrativo Diego Domingues, o hospital poderá cumprir o cronograma de setecentas cirurgias/mês, em diversas especialidades.

O diretor da 16ª Regional de Saúde de Apucarana, Lucas Leugi, visitou o “Torao Tokuda” hoje (25) e se manifestou entusiasmado com os resultados que estão sendo apresentados. “Os investimentos feitos pelo Instituto Santa Clara e a parceria firmada com o Governo do Estado, via Secretaria da Saúde, estão garantindo ótimos resultados, reduzindo a fila de espera por cirurgias eletivas para pacientes de Apucarana, Arapongas e de todo o Vale do Ivaí”, assinala Leugi, que enaltece o trabalho do Governador Carlos Massa Ratinho Junior e do Secretário de Estado da Saúde, Dr. Beto Preto, nesta conquista.

O secretário da saúde, Beto Preto, foi informado sobre o atual estágio de trabalho do Hospital Torao Tokuda e, da mesma forma, comemorou os resultados que estão sendo obtidos. “O investimento do Instituto Santa Clara até agora foi de cerca de R$20 milhões em reformas, adequações, equipamentos e mobiliário, e os resultados já estão sendo alcançados, atendendo os pacientes de toda a região”, destaca Beto Preto, agradecendo também as boas parcerias firmadas com os municípios.

A partir de agosto, com a ampliação da capacidade do Programa Opera Paraná na região, o atendimento será mais ágil, reduzindo as filas de espera por cirurgias. “Um expressivo número de pessoas estão passando diariamente por consultas, exames pré-operatórios e agendamento de cirurgias e tudo está funcionado satisfatoriamente", avalia o diretor da 16ª RS, Lucas Leugi.

O Opera Paraná contempla cirurgias eletivas nas especialidades de ortopedia, vascular, otorrinolaringologia, urologia, gastro, oftalmologia e ginecologia, entre outras áreas.

Fonte: Assessoria de Imprensa

Eduardo é escanteado e empresários dos EUA ajudam senadores do Brasil contra tarifaço


Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente. Foto: Dida Sampaio/Estadão

Uma coalizão de empresários dos Estados Unidos e parlamentares brasileiros está se formando em Washington contra as tarifas de 50% impostas por Donald Trump aos produtos brasileiros. O grupo, formado por estadunidenses prejudicados pela medida, está ajudando ativamente uma missão de oito senadores brasileiros, pressionando congressistas de ambos os partidos para receberem os parlamentares, um movimento que ocorre apesar dos ataques do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) ao grupo nas redes sociais.

O senador Nelsinho Trad (PSD-MS), que lidera a comissão parlamentar, revelou o engajamento do setor privado dos EUA: “Vamos dizer que você é um produtor de suco de laranja dos Estados Unidos. Por mais que seja americano, você está muito preocupado com as tarifas. Você vai demandar os congressistas do seu estado para tentar resolver isso”.

A agenda da missão brasileira, que começa oficialmente na segunda-feira, inclui encontros estratégicos na embaixada brasileira com empresários estadunidenses que operam no Brasil, reuniões com representantes de companhias brasileiras nos EUA como Embraer e produtores de café e frutas, visita à influente Câmara de Comércio dos EUA (US Chamber) e conversas com congressistas no Capitólio na terça-feira.

Senador Nelsinho Trad exibe capa de jornal sobre exportações de Mato Grosso do Sul para os EUA. Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

“O objetivo é baixar a temperatura”, afirmou Nelsinho Trad, destacando o pragmatismo do mundo dos negócios: “Empresário não quer saber de política, não. Política é um instrumento para eles terem sucesso no negócio deles”.

Dados compilados pela missão do Senado revelam o impacto devastador das tarifas em ambos os lados. O setor aeroespacial brasileiro enfrenta queda estimada de 22,3% nas exportações e redução de 9,2% na produção, enquanto máquinas agrícolas sofrem retração de 23,6% nas vendas externas.

Nos EUA, os consumidores podem enfrentar aumentos de cinco vezes na média tarifária, com prejuízos especialmente para estados como Califórnia, Flórida e Texas – grandes importadores de produtos brasileiros.

Fonte: DCM

A desculpa esfarrapada de ex-assessor de Bolsonaro para monitorar Moraes

 

Marcelo Costa Câmara, antigo assessor direto de Bolsonaro. Foto: Reprodução

O coronel da reserva Marcelo Câmara, ex-assessor especial de Jair Bolsonaro, negou envolvimento em qualquer plano golpista e afirmou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o monitoramento feito sobre os deslocamentos do ministro Alexandre de Moraes, no final de 2022, não tinha fins ilegais.

Durante seu interrogatório, Câmara alegou que as informações repassadas ao tenente-coronel Mauro Cid, então ajudante de ordens da Presidência, visavam apenas ajustes na agenda de Bolsonaro e uma suposta tentativa de aproximação com o ministro do STF.

Câmara está preso preventivamente e é apontado como coordenador de um suposto “núcleo de inteligência paralela” que teria monitorado os passos de Moraes. Ele disse ter “se sentido usado” por Mauro Cid, levantando a hipótese de que os dados sobre os deslocamentos do ministro tenham sido usados para outros propósitos, sem seu conhecimento.

O militar rejeitou qualquer ligação com a chamada minuta do golpe ou com o plano “Punhal Verde e Amarelo”, que teria como objetivo sequestrar e assassinar autoridades como Moraes, o presidente Lula e o vice-presidente Geraldo Alckmin.

“Nosso objetivo ao receber essas solicitações do Cid era de ajustes de agenda e porque queríamos uma aproximação com o ministro”, declarou. Segundo ele, só respondia a pedidos do ex-ajudante de Bolsonaro, sem saber de eventuais intenções ocultas.

Mauro Cid., Foto: Divulgação
Durante a audiência, Câmara afirmou que confiava em Mauro Cid e só mais tarde passou a suspeitar que poderia estar sendo manipulado. “Eu fui usado em algumas informações. De uma hora para outra, começo a perceber que poderia estar sendo usado. Fico chateado com isso porque não era a minha intenção”, disse. O coronel ressaltou que não cometeu ilegalidades e que as mensagens não deveriam ser interpretadas como parte de uma operação de vigilância.

As investigações da Polícia Federal revelaram trocas de mensagens entre Câmara e Cid, incluindo uma em que o coronel relata qual seria a rota de Moraes para a cerimônia de diplomação de Lula, no dia 12 de dezembro de 2022. O conteúdo dessas mensagens havia sido apagado, mas foi recuperado pelos peritos. Em outra conversa, no dia 15 de dezembro, Câmara informa os movimentos de Moraes, referindo-se à posse de Lula como “posse do ladrão”.

Mesmo diante dessas evidências, o coronel insistiu que não se tratava de monitoramento com fins escusos. “Se alguém quiser falar que o que eu fiz foi monitoramento, acho que é um erro. Mas ainda assim não foi feito para cometer nenhuma ilegalidade”, afirmou. Questionado pela subprocuradora Gabriela Starling sobre a origem das informações, Câmara não soube explicar com clareza.

Segundo ele, não havia um “informante” fixo. As informações seriam, em muitos casos, deduzidas a partir do padrão de eventos públicos e da atuação dos cerimoniais. “Muitas vezes eu não conseguia a informação. É muito comum cerimonial, agenda e segurança estarem juntos. A gente começa a conhecer, mas não significa que aquele cara era um informante”, argumentou.

Câmara também foi questionado sobre uma troca de mensagens em que diz que uma minuta “não seguiu porque poderia não ter amparo jurídico”. Em sua versão no STF, ele alegou que se referia a uma reportagem sobre o tema, e não ao próprio documento. Reiterou que nunca leu ou teve acesso a qualquer plano golpista em preparação.

Fonte: DCM

Moraes é alvo de denúncia anônima na OEA por “violações de direitos humanos”

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Foto: Divulgação

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), ligada à Organização dos Estados Americanos (OEA), recebeu uma petição que acusa o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de promover supostas “violações sistemáticas de direitos humanos no Brasil”.

O documento, apresentado por um cidadão que solicitou anonimato por temer represálias, aponta uma série de medidas judiciais tomadas após os atos de vandalismo de 8 de janeiro de 2023 como exemplos de abusos de autoridade.

Segundo o texto encaminhado à CIDH, o ministro Moraes teria determinado prisões preventivas em massa sem fundamentação individual e com tempo de detenção excessivo. A petição também questiona decisões proferidas sem garantir o contraditório ou a ampla defesa.

O episódio mais citado é a detenção de mais de 1.400 pessoas no dia 9 de janeiro, levadas para um ginásio da Polícia Federal, em condições descritas como insalubres, com base em critérios como geolocalização ou mera proximidade dos locais dos ataques.

Além de Moraes, o documento também menciona outras instituições e autoridades brasileiras. A Procuradoria-Geral da República (PGR) é apontada como omissa em relação aos supostos abusos cometidos pelo Judiciário, enquanto o presidente Lula é acusado de manter uma postura conivente e de apoiar uma narrativa que classifica todos os envolvidos nos atos de 8 de janeiro como terroristas.

O presidente Lula e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Foto: Divulgação

O Congresso Nacional, por sua vez, seria negligente na proteção do equilíbrio entre os Poderes. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) também é citado na denúncia, acusado de exercer censura prévia e perseguição a jornalistas, religiosos e influenciadores digitais sob o argumento de combater a desinformação.

A petição alega que houve bloqueios de perfis e remoções de conteúdo em redes sociais por decisão judicial, frequentemente sem transparência e sem direito de defesa.

Entre os nomes citados como alvos dessas ações estão os comunicadores Allan dos Santos, Paula Schmitt e Rodrigo Constantino, além de parlamentares da oposição como Nikolas Ferreira, Gustavo Gayer, Bia Kicis, Damares Alves e Marco Feliciano.

O documento afirma que esses políticos enfrentam censura institucional e perseguição judicial, inclusive com conteúdo bloqueado nas redes sociais em decisões sigilosas. A petição também sustenta que há um quadro de “lawfare” no Brasil, ou seja, o uso do sistema judicial com fins de perseguição política.

Segundo o denunciante, isso fere princípios fundamentais como o devido processo legal, a liberdade de expressão e a separação entre os Poderes. O texto argumenta que o sistema jurídico brasileiro estaria atualmente “disfuncional e parcial” diante dos supostos abusos de autoridade.

Diante do cenário descrito, o autor do pedido solicitou que a CIDH adote medidas cautelares urgentes e, se necessário, leve o caso à Corte Interamericana de Direitos Humanos. Ele alega que já há registros de ameaças, retaliações e perseguições contra opositores políticos no país, motivo pelo qual pediu confidencialidade quanto à sua identidade.

Fonte: DCM

Por que EUA dependem do suco de laranja brasileiro — e como o tarifaço afeta isso


     Suco de laranja

A imposição de tarifas de até 50% sobre o suco de laranja brasileiro por parte do governo dos Estados Unidos colocou em alerta uma das cadeias produtivas mais tradicionais do agronegócio nacional. Responsável por cerca de 80% do suco de laranja consumido pelos americanos, o Brasil se tornou peça-chave na manutenção do abastecimento do produto nos EUA, sobretudo diante da crise nos pomares da Flórida.

Segundo o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), a citricultura americana enfrenta um forte declínio, impulsionado pela propagação do greening — uma doença bacteriana que afeta gravemente as plantações. A queda na produção interna elevou a dependência de fornecedores externos, com Brasil e México liderando as exportações para o país norte-americano.

A nova política tarifária do ex-presidente Donald Trump, que mira vários produtos brasileiros, acentuou a preocupação de importadores nos Estados Unidos, que agora questionam a medida na Justiça. Especialistas do setor citrícola afirmam que as tarifas podem gerar desequilíbrio no mercado, afetar contratos e, a longo prazo, até provocar aumento nos preços ao consumidor americano.

Apesar da insegurança gerada pela nova tarifa, os embarques da safra 2025/26 continuam, ainda que com cautela. Indústrias dos EUA seguem recebendo as primeiras laranjas brasileiras por meio de contratos já firmados e operações de mercado spot. No entanto, novas negociações estão suspensas, à espera de definições sobre os impactos reais da medida protecionista.

Fonte: DCM

Quase 34% do comércio entre Brasil e EUA em 2024 foi entre filiais de multinacionais, diz Amcham

Comércio intraempresa cresceu 131% em favor dos EUA e envolve setores estratégicos como energia, tecnologia, saúde e indústria de transformação

Exportações brasileiras para os EUA caíram pela metade desde 2001 (Foto: Divulgação/Porto de Santos)

33,7 de todo o fluxo comercial entre Brasil e Estados Unidos em 2024 foi realizado entre empresas pertencentes ao mesmo grupo econômico. É o que revela estudo divulgado nesta sexta-feira (25) pela Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham Brasil). De acordo com a entidade, essas transações, feitas entre filiais, subsidiárias ou matrizes de grandes multinacionais, alcançaram um volume de US$ 31 bilhões no ano.

Do total movimentado, US$ 15,9 bilhões corresponderam a importações brasileiras de produtos oriundos dos Estados Unidos, enquanto as exportações do Brasil ao país somaram US$ 15,1 bilhões. A Amcham destaca que a interdependência produtiva entre as duas economias é mais evidente em segmentos considerados estratégicos: tecnologia, energia, saúde e indústria de transformação.

“Esse número mostra o quanto as empresas dos dois países estão conectadas. As trocas entre partes relacionadas revelam cadeias de valor integradas e investimentos cruzados que fortalecem as economias do Brasil e dos Estados Unidos. Em vez de barreiras, é essencial aprofundar a cooperação”, declarou Fabrizio Panzini, diretor de Políticas Públicas e Relações Governamentais da Amcham Brasil.

◆ Superávit americano e aumento da participação intraempresa

O estudo revela ainda que, assim como no comércio bilateral total, os Estados Unidos registraram superávit nas transações realizadas entre empresas de um mesmo grupo. Entre 2023 e 2024, esse superávit cresceu 131,2%, impulsionado pela intensificação do envio de mercadorias de filiais e matrizes norte-americanas situadas no Brasil para os EUA.

Segundo a Amcham, a participação das exportações de empresas norte-americanas para suas filiais brasileiras aumentou de 35,5% em 2021 para 38,9% em 2024. Já as importações dos EUA a partir de suas filiais brasileiras também cresceram no mesmo período: passaram de 34,7% para 35,3%, saltando de US$ 11 bilhões para US$ 15,1 bilhões.

Os produtos mais comercializados nessa dinâmica foram equipamentos de transporte, itens da indústria química e petroquímica, máquinas e equipamentos, além de bens do setor eletroeletrônico.

◆ Tensão comercial às vésperas de decisão de Trump

A publicação do levantamento acontece em meio à expectativa em torno da decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que fixou o prazo de 1º de agosto para possível imposição de tarifas de até 50% sobre produtos importados do Brasil.

A medida, se concretizada, poderá impactar diretamente esse tipo de comércio intraempresa e representar um revés na crescente integração produtiva entre os dois países.

Fonte: Brasil 247

Eduardo Bolsonaro ameaça Motta e Alcolumbre e comete “crime intolerável contra a democracia”, diz Gleisi

“A conspiração desse traidor da pátria com agentes de Trump descamba para uma chantagem cada vez mais indecente”, afirma a ministra

     Gleisi Hoffmann (Foto: Gil Ferreira/Ascom-SRI)

A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), qualificou como “crime intolerável contra a soberania e a democracia no Brasil” a ameaça do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) contra os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).

A ministra acusa o deputado de envolvimento em articulações com aliados do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para pressionar o Congresso e o Judiciário brasileiro em favor de seu pai, Jair Bolsonaro (PL).

Segundo Gleisi, “a conspiração desse traidor da pátria com os agentes de Donald Trump descamba para uma chantagem cada vez mais indecente”, afirmando que o grupo exige “anistia de Jair Bolsonaro e impeachment de Alexandre Moraes para suspender sanções dos EUA ao Brasil”.

A ministra salienta ainda que “perderam a eleição, nunca reconheceram o resultado, tentaram dar um golpe, assassinar o presidente eleito, e agora querem uma intervenção estrangeira no Judiciário e no Congresso do nosso país. E ainda querem se passar por vítimas”.

Na avaliação de Gleisi, as atitudes atribuídas ao deputado merecem repreensão severa: “esse crime de lesa‑pátria não pode ficar impune”.
Fonte: Brasil 247

"Bolsonaro não está sendo perseguido. Ele tentou um golpe neste país", diz Lula em resposta a Trump

"O Bolsonaro não é problema meu, é da Justiça", diz o presidente, reafirmando disposição para negociar com os EUA

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante cerimônia de anúncio dos projetos habilitados pelo Novo PAC Seleções 2025 - Urbanização de Favelas, no âmbito do Programa Periferia Viva - Jardim Rochdale, Osasco - SP - 25/07/2025 (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

Em discurso realizado nesta sexta-feira (25) em Osasco (SP), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) rebateu com firmeza as recentes declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que publicou uma carta em seu portal pedindo ao governo brasileiro que cessasse a suposta "perseguição" ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). De forma direta, Lula afirmou que Bolsonaro "não está sendo perseguido", mas sim "julgado" pelos crimes que cometeu, incluindo a tentativa de impedir a posse legítima dos eleitos em 2022.

"O Bolsonaro não é problema meu, é da Justiça. Ele está sendo julgado com todo o direito de defesa. Ele tentou dar um golpe neste país, não queria que eu e o Alckmin tomássemos posse e chegou a montar uma equipe para matar o Lula, o Alckmin e o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, o Alexandre de Moraes. Isso já está provado, por delação deles mesmos", afirmou o presidente brasileiro.

A resposta de Lula veio após Trump publicar uma mensagem alegando que os EUA poderiam impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros caso o governo do Brasil continuasse a "perseguir" Bolsonaro. Lula, que disse ter ficado surpreso com a carta, lamentou que o presidente norte-americano não tivesse feito um simples contato telefônico.

"Se o presidente Trump tivesse ligado para mim, certamente eu explicaria para ele o que está acontecendo com o ex-presidente. Mas ele foi induzido a acreditar em uma mentira", disse. "Se o presidente Trump morasse no Brasil e tivesse feito aqui o que fez no Capitólio, ele também estaria sendo julgado."

☆ Lula reafirma soberania do Brasil: "Quem manda aqui é o povo brasileiro" - Ao longo do discurso, Lula defendeu a autonomia da Justiça brasileira e reiterou que ninguém está acima da lei. Segundo ele, o povo brasileiro é quem define os rumos da nação — não pressões externas ou articulações internacionais.

"Neste país, quem manda é o povo brasileiro, e o povo está esperando que se faça justiça. Se o Bolsonaro for inocente, ele vai ser livre. Agora, o que eu acho é que ele precisaria ter um pouco de respeito", declarou.

O presidente também lembrou sua própria experiência com o sistema judicial, referindo-se ao período em que esteve preso após condenações da Operação Lava Jato — hoje anuladas. Ele afirmou que, mesmo diante de uma "mentira" que o levou à prisão por 580 dias, nunca deixou de acreditar na justiça e recusou um acordo que previa o uso de tornozeleira eletrônica:

"Não troco minha dignidade pela minha liberdade. Não vou colocar tornozeleira porque não sou pombo-correio e minha casa não é cadeia."

☆ Relações com os EUA e críticas à desinformação - Lula aproveitou a ocasião para destacar os 201 anos de relações diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos e expressou sua disposição para o diálogo. No entanto, disse que há limites claros que precisam ser respeitados. Um deles é a soberania nacional, inclusive no que se refere à regulação das plataformas digitais:

"Na carta, ele [Trump] diz que não aceita que a gente vá punir ou regular as big techs. E nós vamos fazer, porque eles têm que respeitar a legislação brasileira. Não pode ficar promovendo ódio, contando mentira, tentando destruir a democracia."

Segundo Lula, a atuação de empresas digitais deve obedecer às leis brasileiras, especialmente no combate à desinformação e ao discurso de ódio.

☆ Superávit americano e cobrança de reciprocidade - O presidente também refutou o argumento de que os Estados Unidos estariam em desvantagem comercial em relação ao Brasil. Lula apresentou dados que demonstram o contrário:

"Este ano exportamos US$ 40 bilhões e eles para nós US$ 47 bilhões. Eles têm superávit. Só nas empresas de dados, todos os dados brasileiros estão nas mãos dos americanos. Se você pegar serviços e comércio, eles têm superávit em 15 anos de US$ 410 bilhões. Então quem deveria estar reclamando éramos nós."

Ele ainda reforçou que o Brasil está aberto à negociação, mas exige respeito mútuo. "Ninguém pode dizer que o Lula não está negociando. Não só estou negociando como estou colocando meu vice para ser meu negociador. Estamos tranquilos, discutindo. Queremos ouvir de verdade o que vai acontecer e aí vamos tomar nossas posições", disse.

☆ Críticas ao uso político da bandeira nacional - Lula também condenou a atuação de políticos brasileiros que, segundo ele, utilizam símbolos nacionais de forma oportunista para atacar a democracia. Sem citar diretamente o nome de Eduardo Bolsonaro, o presidente mencionou o ex-deputado que teria ido aos EUA pedir intervenção estrangeira:

"Estão pedindo para o presidente dos Estados Unidos aumentar a taxa das coisas que nós vendemos para eles para poder libertar o pai. Ou seja, trocando o Brasil pelo pai. Que patriota é esse? Isso é pior que Silvério dos Reis."

Fonte: Brasil 247

Moraes bloqueia contas de Marcos do Val após senador viajar para os EUA com passaporte diplomático

Parlamentar deixou o país apesar de ter o passaporte comum retido por ordem do STF e disse ter avisado autoridades sobre viagem de férias

Marcos do Val (Foto: Geraldo Magela - Agência Senado)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta sexta-feira (25) o bloqueio de contas bancárias e instrumentos financeiros do senador Marcos do Val (Podemos-ES), que viajou aos Estados Unidos mesmo após ter o passaporte retido por decisão judicial.

De acordo com o despacho obtido pela publicação, Moraes ordenou a suspensão de todos os cartões de crédito e débito em nome do senador, além do bloqueio das chaves Pix e de quaisquer investimentos registrados em seu nome. Os bancos receberam o prazo de 24 horas para cumprir a determinação.

A medida ocorre um dia após o parlamentar deixar o país com destino a Orlando, na Flórida, partindo de Manaus. Ele está nos EUA com a família para um período de férias, apesar de o Supremo ter negado formalmente o pedido de autorização para a viagem. A solicitação foi rejeitada pelo próprio Moraes, que já havia determinado o bloqueio do passaporte de do Val, confirmado em fevereiro deste ano pela Primeira Turma do STF.

O parlamentar é alvo de investigação da Polícia Federal por supostamente integrar um grupo que teria agido para intimidar autoridades e prejudicar o andamento de apurações conduzidas pela corporação. Em operação recente, a PF cumpriu mandado de busca e apreensão em sua residência, em Vitória (ES), mas não encontrou o passaporte.

Segundo o portal UOL, o senador utilizou o passaporte diplomático para realizar o embarque, o que foi confirmado por ele em nota à imprensa. “Não há bloqueio no passaporte diplomático”, afirmou o senador, que alegou ter comunicado previamente às autoridades sobre sua viagem de férias. Ele negou qualquer irregularidade: “Minha viagem é regular”.

Fonte: Brasil 247 com informações do portal IstoÉ

VÍDEO – Eduardo Bolsonaro chantageia Motta e Alcolumbre


Eduardo Bolsonaro em entrevista à Oeste. Foto: reprodução

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) fez ameaças aos representantes do Congresso nesta sexta-feira (25) ao sugerir que os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-MG), poderiam sofrer sanções do governo dos Estados Unidos caso não aprovem projetos de interesse da extrema-direita brasileira. As ameaças foram feitas durante entrevista ao programa “Oeste com Elas”, da revista de extrema-direita Oeste, no YouTube.

O parlamentar, que fugiu para os EUA em março, relacionou diretamente a possível aprovação do projeto de anistia aos condenados pelos ataques golpistas de 8 de janeiro com as recentes medidas comerciais anunciadas por Donald Trump contra o Brasil.

“Relembro aqui que quando Rodrigo Pacheco [ex-presidente do Senado] perdeu visto, foi porque não pautou nenhuma das dezenas de pedidos de impeachment na sua mesa. Fez parte desse aparato que sustentou regime brasileiro”, afirmou Eduardo.

Eduardo foi explícito ao mencionar os atuais presidentes do Legislativo: “Davi Alcolumbre, ele não está nesse estágio ainda, mas certamente está no foco do governo americano. Tem possibilidade de não ser sancionado, não acontecer nada com visto dele, se não der respaldo ao regime. E também Hugo Motta, porque na Câmara dos Deputados, tem a novidade da lei da anistia”.


O terceiro filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deixou claro que considera a anistia aos golpistas e o impeachment do ministro Alexandre de Moraes como condições para evitar medidas mais duras dos EUA: “Se o Brasil não conseguir pautar anistia, se Brasil não conseguir, ainda que num segundo passo, o impeachment do Alexandre de Moraes, a coisa ficará ruim”.

As declarações do parlamentar fazem referência à Lei Magnitsky, mecanismo estadunidense que permite sanções contra estrangeiros acusados de violações de direitos humanos. Essa legislação tem sido apontada por bolsonaristas como possível base para punições contra autoridades brasileiras que consideram adversárias.

Paulo Figueiredo, neto do ex-presidente da ditadura militar e aliado de Eduardo nos EUA, reforçou as ameaças: “Pelo que sei, foram preservados por enquanto, inclusive a pedido do Eduardo Bolsonaro. Todos terão a oportunidade de fazer a coisa certa e uma última chance de escolher o lado do Brasil ou o lado do Alexandre”.

Fonte: DCM