domingo, 14 de setembro de 2025

Empresário ligado a investigação sobre PCC aparece em fotos com Kassab e presidente do PL


Gabriel Cepeda Gonçalves (em destaque) aparece em fotos ao lado de Gilberto Kassab e Valdemar da Costa Neto, acompanhado do lutador de MMA Matheus Serafim – Foto: Reprodução/Instagram

Um empresário investigado por suposta ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC), Gabriel Cepeda Gonçalves, apareceu em fotos ao lado de dois dos principais líderes partidários do país: Valdemar da Costa Neto, presidente do PL, e Gilberto Kassab, presidente do PSD. Cepeda, dono da rede de combustíveis Boxter, foi alvo da Operação Carbono Oculto da Polícia Federal, que apura lavagem de dinheiro e vínculos de sua família com a facção criminosa desde a Operação Rei do Crime, em 2020.

As imagens foram registradas em agosto, segundo o Metrópoles, pouco antes da deflagração da operação. Em uma delas, Cepeda aparece com Kassab no Palácio dos Bandeirantes, acompanhado do lutador de MMA e assessor parlamentar Matheus Serafim. Ele afirmou ter levado o empresário ao evento para buscar apoio ao esporte. Kassab negou conhecer Cepeda e disse que a conversa foi exclusivamente com Serafim.

No caso de Valdemar, houve dois encontros em agosto.

Em uma publicação feita no Instagram, Serafim escreveu: “Começando a semana em reunião com presidente nacional do PL, Valdemar, e meu grande amigo empresário Gabriel Cepeda”. Posteriormente, as postagens foram apagadas. A assessoria do dirigente do PL informou que Valdemar não conhece Cepeda e que o contato ocorreu apenas pela aproximação com Serafim.

Segundo o Ministério Público de São Paulo, Gabriel Cepeda é proprietário de 23 postos da Rede Boxter e teria utilizado um “laranja” para ocultar sua participação. Documentos da investigação apontam sinais de fraude e simulação na estrutura societária da empresa. A Polícia Federal afirma que a rede era usada para lavar dinheiro obtido com o tráfico de drogas.

Além das fotos, o empresário também mantém ligação com a política por meio de doações. Ele destinou R$ 10 mil à campanha de Pablo Marçal (PRTB) à Prefeitura de São Paulo em 2024 e outros R$ 9 mil ao diretório do Republicanos em Guarulhos, repassados ao deputado estadual Jorge Wilson. A defesa de Cepeda não foi localizada para comentar.

Pablo Marçal (PRTB) – Foto: Reprodução
A Polícia Federal segue investigando o envolvimento de Cepeda e da rede de combustíveis com a lavagem de capitais. A suspeita é de que, além de beneficiar o PCC, o grupo também tenha movimentado valores para outras organizações criminosas.

Fonte: DCM

João Fonseca elimina Tsitsipas e garante Brasil nas eliminatórias da Davis

Brasileiro vence em Atenas e confirma o Brasil nos qualifiers da Copa Davis 2026

João Fonseca elimina Tsitsipas e garante Brasil nas eliminatórias da Davis (Foto: André Gemmer/CBT)

João Fonseca protagonizou uma das vitórias mais marcantes da Copa Davis neste domingo (14), em Atenas, ao derrotar Stefanos Tsitsipas por 2 sets a 1 (6/3, 3/6 e 7/5).

O resultado assegurou a classificação do Brasil para as eliminatórias do torneio em 2026 e consolidou a série contra a Grécia em 3 a 1.

O duelo foi cercado de expectativa por reunir os dois principais tenistas de cada país, diante das arquibancadas lotadas e com a presença do sérvio Novak Djokovic, que recentemente se mudou para a Grécia após se envolver em uma crise política em Belgrado. Segundo a Folha, Tsitsipas, 27º do ranking mundial, jogava em casa sob pressão, enquanto Fonseca, 42º do mundo, buscava repetir o bom desempenho que já havia apresentado na abertura da série contra Stefanos Sakellaridis.

◎ Jogo equilibrado e virada no momento decisivo

A partida começou favorável ao brasileiro, que quebrou o serviço de Tsitsipas logo no primeiro game e manteve a vantagem até fechar o set em 6 a 4. O grego reagiu na parcial seguinte, aproveitando uma quebra no sexto game para empatar o duelo com 6 a 3.

No set decisivo, Tsitsipas parecia a caminho da vitória após abrir vantagem de 5 a 4 e sacar para fechar. Mas a pressão pesou contra o grego: uma dupla falta e erros não forçados deram a chance para Fonseca quebrar o serviço e empatar. O brasileiro, então, confirmou seu saque com dificuldade e aproveitou a fragilidade emocional do adversário no último game para decretar a vitória em 7 a 5.

◎ Repercussão e emoção após a classificação

Visivelmente emocionado, Fonseca destacou a importância de jogar pelo país:

"No Brasil costumamos dizer que nós brasileiros não desistimos nunca e quando você está jogando pelo seu país, você não pode deixar de acreditar. Quero agradecer ao meu time pelo apoio até o final", afirmou.

Sobre o ambiente em Atenas, o jovem de 19 anos acrescentou:

"Sabia que ele estaria nervoso. Está na Grécia, com a equipe perdendo por 2 a 1. Só joguei meu jogo e estou muito feliz por vencer essa partida."

◎ Série brasileira e presença de Djokovic

Antes da vitória de Fonseca, Rafael Matos e Marcelo Melo haviam superado Aristotelis Thanos e Petros Tsitsipas nas duplas, com duplo 6/2 em pouco mais de uma hora. No sábado, Fonseca também havia batido Sakellaridis por 2 a 0, enquanto Stefanos Tsitsipas garantiu o único ponto grego ao vencer Thiago Wild.

O confronto atraiu ainda mais atenção pela presença de Novak Djokovic nas arquibancadas. O sérvio, campeão de 24 Grand Slams, já havia elogiado o estilo de Fonseca e chegou a brincar, em outra ocasião, que gostaria de treiná-lo no futuro.

Com a classificação garantida, o Brasil volta às quadras em fevereiro de 2026, quando buscará uma vaga na fase final da Copa Davis.

Fonte: Brasil 247

Bolsonaro está "bastante fragilizado", diz médico

Exames constataram anemia por deficiência de ferro

     Jair Bolsonaro (Foto: Reuters)

Exames realizados neste domingo (14) apontaram que Jair Bolsonaro (PL) apresenta anemia por deficiência de ferro. A informação foi divulgada em boletim médico do hospital DF Star, em Brasília, e publicada pela CNN Brasil. O ex-mandatário recebeu alta no início da tarde, após passar por um procedimento cirúrgico para retirada de lesões na pele.

Essa foi a primeira vez que Bolsonaro deixou sua residência, onde cumpre prisão domiciliar, desde a condenação a 27 anos e três meses de prisão imposta pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na última quinta-feira (11). A ida ao hospital contou com forte esquema de segurança, além da presença de seus filhos Carlos Bolsonaro (PL-RJ) e Jair Renan (PL-SC).

◎ Exames e quadro clínico

Segundo o boletim, Bolsonaro foi submetido a exames laboratoriais, de imagem e à retirada de oito lesões cutâneas, localizadas no tronco e no braço direito. A tomografia apontou ainda resquícios de uma pneumonia recente causada por broncoaspiração.

O médico responsável, Dr. Cláudio Birolini, destacou que a cirurgia ocorreu dentro do esperado. “Ele é um senhor de 70 anos que passou por diversas intervenções. Está bastante fragilizado, identificamos que está com um pouco de anemia por ter se alimentado mal no último mês. Seguimos acompanhando ele de perto do ponto de vista operatório”, afirmou.

De acordo com a equipe médica, Bolsonaro recebeu reposição de ferro por via endovenosa. Os especialistas também informaram que, nos próximos dias, serão divulgados os resultados da análise das lesões de pele, o que permitirá definir a necessidade de tratamentos complementares. Além disso, seguirá o acompanhamento de problemas como hipertensão arterial, refluxo gastroesofágico e medidas de prevenção à broncoaspiração.

◎ Prisão domiciliar e acompanhamento judicial

Bolsonaro está em prisão domiciliar desde 4 de agosto, após descumprir medidas cautelares impostas pelo STF. A saída para o hospital foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, que determinou que a defesa apresente em até 48 horas um relatório detalhado do atendimento, incluindo horários e procedimentos realizados.

Esta foi a segunda vez que Bolsonaro deixou a prisão domiciliar para cuidados médicos. A primeira ocorreu em 16 de agosto, quando realizou exames devido a episódios de refluxo e soluços persistentes.

Acompanhado por seguranças e policiais penais, Bolsonaro permaneceu cerca de seis horas no hospital antes de retornar para casa.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

CPMI do INSS: Mendonça desobriga presença de Careca do INSS e é questionado: "Quer proteger a tropa?"

Ministro do STF determina que presença de Careca do INSS é opcional após investigação revelar que governo Bolsonaro estava ciente do esquema

Créditos: GutinBdn/Wikimedia Commons

O ministro do Supremo Tribunal Federal André Mendonça decidiu que é opcional a presença de investigados pela Polícia Federal na CPMI do INSS., como o chamado "Careca do INSS", Antônia Carlos Camilo Antunes.

Na sexta-feira (12), a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS anunciou que ingressaria um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) para assegurar o depoimento obrigatório dos empresários Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como "Careca do INSS", e Maurício Camisotti.

Os dois foram presos pela Polícia Federal recentemente sob acusação de risco de fuga e ocultação patrimonial.

Os empresários são apontados como integrantes de um esquema de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que teria realizado cobranças indevidas a aposentados e pensionistas entre 2019 e 2022.

O presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), classificou como "injustificável" a decisão do ministro. "É fundamental que eles compareçam para que possamos esclarecer, com mais rapidez, tudo o que aconteceu. Respeito a decisão, mas considero injustificável permitir que não venham depor", afirmou Viana. "Esperamos que a Corte determine a obrigatoriedade da presença dos investigados".

Mudança de rumo da CPMI

A CPMI foi uma conquista da oposição, que acreditaria que encontraria nas investigações motivos para atrapalhar o governo. Contudo, as investigações têm revelado que a fraude era amplamente difundida durante o período do governo Bolsonaro.

Ofícios e documentos revelados pelo site Metrópoles revelam que o governo de Jair Bolsonaro foi alertado ainda em 2019 sobre os descontos indevidos em aposentadorias – caso conhecido como fraude no INSS – que hoje são alvo de investigação Polícia Federal (PF). As notificações chegaram diretamente aos então ministros da Justiça, Sergio Moro, e da Economia, Paulo Guedes, além do próprio presidente da República, mas não resultaram em medidas efetivas para conter os prejuízos.

Um ofício da Secretaria de Justiça de São Paulo, datado de 1º de agosto de 2019, registra que Fernando Capez, então diretor do Procon-SP, levou pessoalmente a Sergio Moro e a Renato Vieira, então presidente do INSS, a denúncia sobre descontos indevidos em benefícios previdenciários. O Procon havia contabilizado 16 mil atendimentos relacionados a fraudes e apresentou uma lista de dez associações suspeitas, entre elas a ABAMSP e a Centrape.

Meses antes, em fevereiro de 2019, Paulo Guedes também foi formalmente questionado sobre o problema. O deputado Fábio Schiochet enviou requerimento cobrando explicações sobre descontos não autorizados. A resposta, assinada por Guedes e por Rogério Marinho, então secretário especial de Previdência e Trabalho, afirmava:

“São realizadas fiscalizações periódicas nas entidades conveniadas e, uma vez comprovada irregularidade, o INSS notificará as entidades, sob o risco de romper o acordo de cooperação com elas.”

O que dizem as defesas

A defesa de Camisotti emitiu nota afirmando que "não há qualquer motivo que justifique sua prisão" e que "adotará todas as medidas legais cabíveis para reverter a prisão".

Já a defesa de Antunes informou que só se manifestará nos autos do processo.

Segundo a investigação da PF, Antunes teria movimentado R$ 9,3 milhões em repasses destinados a pessoas ligadas a servidores do INSS entre 2023 e 2024.

Investigadores destacam que o empresário possui "influência política" e "grande capacidade intimidatória", fatores que poderiam ser usados para embaraçar as investigações.

Questionamento

O deputado federal Rogério Correia (PT-MG), fez questão de utilizar suas redes sociais para debater a decisão do ministro André Mendonça.

"A CPMI do INSS começou a pegar os bolsonaristas de cheio. Os ex ministros Marinho, Ônix, e Paulo Guedes sabiam de tudo e Bolsonaro também. Agora o ministro do STF, terrivelmente evangélico, dispensou o Careca de ir contar a verdade. Quer proteger a tropa?", afirmou o parlamentar.

Fonte: Revista Fórum

 

É preciso prender Bolsonaro e derrotar a anistia "para que o ciclo de impunidade se encerre", diz Lindbergh

Líder do PT afirma que só a prisão de Bolsonaro e a derrota da anistia podem impedir a repetição de crimes contra a democracia

Lindbergh Farias | Jair Bolsonaro (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados | REUTERS/Bernadett Szabo)

O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), líder do PT na Câmara dos Deputados, voltou a defender a responsabilização criminal de Jair Bolsonaro (PL), já condenado por liderar uma organização criminosa que tentou dar um golpe de Estado. Em postagem feita neste sábado (13), o parlamentar citou o editorial do jornal O Estado de S. Paulo, publicado sob o título “Bolsonaro, um cadáver insepulto”, para reforçar que a Justiça precisa impor punições concretas ao ex-mandatário.

“O editorial do Estadão de hoje, intitulado ‘Bolsonaro, um cadáver insepulto’, mostra que Jair Bolsonaro já foi derrotado nas urnas e agora também na Justiça. Mas não devemos enterrar o passado golpista: é preciso cumprir e executar as penas para que o ciclo de impunidade se encerre”, escreveu Lindbergh.

O deputado defendeu que não basta a derrota eleitoral e judicial de Bolsonaro. Para ele, é fundamental garantir que não haja anistia nem perdão para os crimes cometidos contra a democracia brasileira.

“E isso só acontecerá quando ele for preso e sepultarmos também a ideia de anistia. Como aconteceu agora, pagamos o preço por termos deixado impunes os crimes da ditadura militar. Ustra, Heleno, Bolsonaro: todos são fantasmas do passado que rondam o presente quando a justiça falha”, afirmou.

O líder do PT na Câmara ecoou a avaliação do Estadão ao chamar Bolsonaro de “cadáver político insepulto”: um personagem já derrotado, mas que ainda atua para “desmoralizar a democracia”.

Para o parlamentar, qualquer tentativa de reabilitação política de Bolsonaro por meio de anistia seria um ataque direto às instituições democráticas. “Bolsonaro é, como disse o Estadão, um cadáver político insepulto: condenado, derrotado, mas ainda tentando desmoralizar a democracia. Permitir sua reabilitação, por anistia ou perdão, seria vilipendiar a maior conquista civilizatória da sociedade brasileira”, concluiu Lindbergh.

Editorial do Estadão

O editorial citado pelo parlamentar foi publicado pelo Estadão neste sábado. Segundo o texto, a derrota de Bolsonaro nas urnas em 2022 e na Justiça não elimina sua influência negativa na vida política brasileira. O jornal o descreve como um “cadáver político insepulto”, que, mesmo enfraquecido, inspira seus aliados a criar crises institucionais com o objetivo de desmoralizar a democracia.

O Estadão adverte que a proposta de anistia em discussão no Congresso seria um “erro terrível”, pois abriria caminho para novos conflitos entre os Poderes e poderia paralisar o país. O jornal ressalta que a anistia é inconstitucional e, caso fosse aprovada, acabaria vetada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e, em seguida, questionada no Supremo Tribunal Federal (STF), gerando uma crise institucional ainda mais grave.

Para o veículo, o afastamento definitivo de Bolsonaro é essencial não apenas para preservar a democracia, mas também para permitir que outros partidos construam uma oposição responsável e republicana ao governo federal. O editorial afirma que Bolsonaro sempre desprezou a vida partidária e usou a política em benefício próprio e de sua família, sem compromisso com a sociedade.

Na avaliação do Estadão, anistiar Bolsonaro e seus aliados significaria vilipendiar a maior conquista democrática do país desde 1988 e colocar em risco a estabilidade institucional. O jornal conclui que, diante de sua trajetória marcada por ataques às instituições, Bolsonaro deve ser visto como uma linha divisória: de um lado, os democratas; de outro, aqueles que se associam a um personagem condenado “pelas urnas, pela Justiça e pela História”.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Estado de S. Paulo

PF prende acusados de ataques bilionários a bancos e frustra plano contra a Caixa

Operação da PF desarticulou grupo de hackers suspeito de desviar mais de R$ 1,2 bilhão e evita novo ataque que mirava recursos da Caixa Econômica

Polícia Federal prende acusados de ataques bilionários a bancos e frustra plano contra a Caixa (Foto: Agência Brasil )

A Polícia Federal (PF) prendeu oito suspeitos de integrar uma quadrilha de hackers responsável por ataques bilionários contra instituições financeiras no Brasil, informa o jornal O Estado de S.Paulo. O grupo já havia conseguido desviar quase R$ 1,2 bilhão em duas operações contra bancos e empresas de tecnologia, e preparava um novo ataque ainda maior, desta vez contra a Caixa Econômica Federal.Segundo a reportagem do Estadão, os hackers planejavam invadir o sistema da Caixa não apenas para acessar recursos de contas de liquidação interbancária mantidas no Banco Central (as chamadas Contas PI), mas também valores destinados ao atendimento do varejo, incluindo programas sociais e verbas do orçamento federal. A ação foi desbaratada em 12 de setembro, quando a PF deflagrou uma operação que resultou na prisão de oito acusados.

◎ Como funcionavam os ataques

As investigações indicam que a quadrilha, formada por integrantes que usavam codinomes como SETHH 7, RBS e BA, já havia realizado dois grandes ataques anteriores. No primeiro, o alvo foi o banco BMP, que sofreu prejuízo de R$ 479 milhões. No segundo, contra a empresa de tecnologia Sinqia, ligada ao sistema financeiro, os hackers desviaram R$ 710 milhões, embora o Banco Central tenha conseguido bloquear R$ 583 milhões. O HSBC foi uma das instituições mais afetadas.

O esquema incluía cooptação de funcionários bancários, acesso a sistemas internos e a utilização de vulnerabilidades no Arranjo de Pagamento Instantâneo (API), ligado ao Pix. Parte do dinheiro era rapidamente convertido em criptoativos e enviado ao exterior, após passar por milhares de contas de fachada.

◎ A tentativa contra a caixa

O plano frustrado mirava uma agência da Caixa no Largo da Concórdia, no Brás, região central de São Paulo. A quadrilha teria convencido um funcionário a liberar um notebook com credenciais para acessar a VPN da instituição. O gerente, desconfiado, avisou a PF, que monitorou a entrega do equipamento.

De acordo com a investigação, os suspeitos planejavam usar o computador para acessar o Cofre de Senhas da Caixa e executar o ataque em larga escala. A operação contou com perseguição a veículos, apreensão de celulares, computadores e a prisão de oito acusados, entre eles Rafael Alves Loia, apontado como “Rafa”, uma das lideranças do grupo, e Nicollas Gabriel Pytlak, identificado nas mensagens interceptadas como “Liderança”.

◎ Conversas interceptadas e confissões

Mensagens obtidas pela PF revelam que um dos hackers, identificado como BA, teria ajudado a construir protocolos do Pix deixando vulnerabilidades intencionais, exploradas posteriormente para facilitar os ataques. Em uma das conversas, RBS teria admitido que o grupo era responsável pelos desvios que afetaram a Sinqia e o Banco Central.

Outro suspeito afirmou possuir “a senha que gira o Pix para as fraudes”. Já em outra mensagem, um integrante citou o envolvimento de um funcionário do Banco do Brasil, sugerindo que o grupo poderia ter participado também de ataque à instituição.

◎ A versão dos acusados

Nos depoimentos prestados após a prisão, parte dos suspeitos negou envolvimento. Fernando Vieira da Silva, José Elvis dos Santos, Marcus Vinícius dos Santos, Klaiton Leandro e Maicon Douglas disseram não saber do plano contra a Caixa. Nicollas Pytlak declarou que estava apenas passeando em São Paulo no dia da operação. Rafael Loia, por sua vez, negou ser líder do grupo e afirmou não ter conhecimento técnico de informática. Apenas Guilherme Marques Peixoto optou pelo silêncio.

Com a operação, a Polícia Federal afirma ter desarticulado a quadrilha e evitado um golpe bilionário contra uma das principais instituições financeiras do país.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Estado de S. Paulo

Kakay: 'o destino de Bolsonaro é a Papuda'

Jurista comenta em entrevista à TV 247 condenação de Bolsonaro a 27 anos de prisão, por liderar a organização golpista, e prevê prazo para execução da pena

    Kakay e Jair Bolsonaro (Foto: Divulgação)

O jurista Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, previu, em entrevista à entrevista TV 247, que a execução penal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e os demais condenados na trama golpista, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), deve ocorrer dentro de pouco mais de um mês.

Ele foi além, prevendo que, com isso, Bolsonaro, condenado a 27 anos, irá para o temido presídio da Papuda, no Distrito Federal. Ele alertou que o ex-presidente poderá apresentar o argumento de que sofre debilidades de saúde, mas que não deve prosperar.

"Não tem saída", disse Kakay. "Só existe prisão especial até trânsito em julgado. Então ele vai para a Papuda e os advogados devem apresentar um pedido de prisão domiciliar", acrescentou, sobre a situação de Bolsonaro, que atualmente cumpre prisão domiciliar em Brasília.

Assista na TV 247

Fonte: Brasil 247

Lula, Alckmin e Haddad são um "tripé importante" do governo, diz Janja

Primeira-dama destaca papel do presidente, do vice e do ministro da Fazenda contra as tarifas dos EUA

São Paulo (SP) 29.06.2024 - Lula, Alckmin e Haddad (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, exaltou a parceria entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), em entrevista a Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo. Segundo ela, a união dos três tem sido determinante para enfrentar o cenário econômico e político internacional, especialmente diante da crise diplomática e das tarifas impostas pelos Estados Unidos.

“Nisso, o apoio do vice-presidente [Geraldo Alckmin] tem sido muito importante, o apoio do ministro Fernando Haddad, da Fazenda, também. Eles estão sendo fundamentais. É um tripé importante que se consolidou”, afirmou Janja.

☆ Crise com os Estados Unidos e defesa da soberania

A primeira-dama avaliou que o embate comercial e diplomático com Washington deu novo fôlego ao governo brasileiro. “E o embate com os EUA trouxe esse novo vigor? Eu acho que sim. Ele [Lula] gosta de fazer o bom combate. Embora não seja um bom combate do lado de lá, ele faz o bom combate aqui”, disse.

Para Janja, o enfrentamento fortaleceu o discurso de soberania nacional, que, segundo ela, havia perdido espaço na agenda política. “O tom do discurso está correto, o tom da soberania, que era algo de que não falávamos muito”, afirmou.

☆ Reconstrução e novos desafios

Janja também destacou que os primeiros anos do atual mandato de Lula foram dedicados à reconstrução de políticas públicas e ministérios. “Perceber que a gente ia ter que reconstruir o que a gente tinha construído, nos dois mandatos anteriores dele e nos da Dilma, foi aflitivo. A gente passou dois anos fazendo isso mesmo, reconstruindo. E não é tão prazeroso fazer isso”, relatou.

Ainda assim, ela disse que a meta é fazer o país avançar para além da retomada. “A gente precisa dar um salto para realmente ser um país desenvolvido. A desigualdade ainda é muito forte, por isso há um empenho na questão das tarifas e da justiça tributária. Tudo com o objetivo de levar o país a sair do patamar de sempre, do vir a ser. A gente quer ser".

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Carlos reclama de escolta policial a Jair Bolsonaro em hospital

“Querem matar Jair Bolsonaro de um jeito ou de outro!”, diz o vereador

                        Carlos Bolsonaro (Foto: Câmara Municipal do Rio de Janeiro)

O vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PL) voltou a criticar publicamente a forma como Jair Bolsonaro (PL) tem sido tratado pelas autoridades durante sua prisão domiciliar. Em postagem nas redes sociais, neste domingo (14), ele protestou contra o esquema de segurança que acompanhou Bolsonaro em uma ida ao hospital DF Star, em Brasília.

Bolsonaro deixou sua residência na capital federal na manhã deste domingo para realizar dois procedimentos dermatológicos. Foi a primeira vez que o ex-presidente saiu de casa desde que foi condenado pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) a 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe. O deslocamento foi autorizado pelo ministro Alexandre de Moraes e acompanhado por forte esquema de segurança.

☆ Críticas de Carlos Bolsonaro

Em sua publicação, Carlos relatou o que chamou de “maior circo armado da história do Brasil”. Ele afirmou que um comboio com mais de 20 homens armados e cerca de 10 batedores escoltou Bolsonaro pelas ruas de Brasília.

“Já no hospital, homens fardados e armados vigiam como se um senhor de 70 anos pudesse fugir por uma janela, assim como fazem em sua prisão domiciliar. Fica claro: o objetivo é fragilizá-lo, expô-lo e ofendê-lo, em nome da tal ‘missão dada, missão cumprida’ — até mesmo durante uma cirurgia! Isso é método de abate!”, escreveu o vereador.

Para ele, há uma perseguição em curso contra o pai: “No fundo, o que não conseguiram em 2018, tentam agora, a qualquer custo, concluir. Não há como não se indignar! Querem matar Jair Bolsonaro de um jeito ou de outro!”, disse.

☆ Detalhes da ida ao hospital

Bolsonaro chegou ao hospital por volta das 8h em um comboio de oito veículos, todos vistoriados antes da entrada. Ele foi escoltado por agentes da Polícia Penal do Distrito Federal, que receberam autorização judicial para acompanhar a movimentação. Um grupo de apoiadores se reuniu em frente à unidade de saúde para manifestar solidariedade.

Bolsonaro passa por retirada de duas lesões na pele: uma pinta benigna localizada no tronco e outra de origem indefinida, que será submetida a biópsia. A defesa deve apresentar ao STF um atestado médico em até 48 horas.

Os médicos classificaram a intervenção como simples, em comparação a outras cirurgias já enfrentadas por Bolsonaro. Em abril deste ano, ele passou por uma operação complexa de 12 horas para reconstrução da parede abdominal.

Fonte: Brasil 247

Lula "gosta do bom combate" e acerta ao defender a soberania brasileira, diz Janja

Primeira-dama afirmou que enfrentamento com os EUA deu novo vigor ao presidente

Janja e Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, destacou a importância da postura firme do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) diante das recentes tensões diplomáticas com os Estados Unidos. Segundo ela, o embate trouxe novo ânimo ao governo e reafirmou a defesa da soberania brasileira.

“Você pergunta se colocou um pouco de pressão? De vigor no discurso? Pode ser. (...) E o embate com os EUA trouxe esse novo vigor? Eu acho que sim. Ele gosta de fazer o bom combate. Embora não seja um bom combate do lado de lá, ele faz o bom combate aqui”, declarou Janja em entrevista a Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo.

☆ Defesa da soberania e reconstrução do país

Na avaliação da primeira-dama, Lula acertou ao resgatar um discurso que coloca o Brasil em posição de autonomia internacional. “O tom do discurso está correto, o tom da soberania, que era algo de que não falávamos muito”, afirmou.

Janja também apontou que os dois primeiros anos do terceiro mandato do presidente foram marcados pela necessidade de reconstruir políticas e estruturas desmontadas nos governos anteriores. “Perceber que a gente ia ter que reconstruir o que a gente tinha construído, nos dois mandatos anteriores dele e nos da Dilma, foi aflitivo. A gente passou dois anos fazendo isso mesmo, reconstruindo o ministério, as políticas públicas. E não é tão prazeroso fazer isso”, explicou, sobre uma suposta morosidade do presidente e do governo.

☆ Apoio político e novo ciclo

Para ela, a atual conjuntura reforçou alianças fundamentais dentro do governo. “Nisso, o apoio do vice-presidente [Geraldo Alckmin] tem sido muito importante, o apoio do ministro Fernando Haddad, da Fazenda, também. Eles estão sendo fundamentais. É um tripé importante que se consolidou".

Ao projetar o futuro, Janja ressaltou a necessidade de o Brasil dar um salto em direção ao desenvolvimento. “A gente precisa dar um salto para realmente ser um país desenvolvido. A desigualdade ainda é muito forte, por isso há um empenho na questão das tarifas e da justiça tributária. Tudo com o objetivo de levar o país a sair do patamar de sempre, do vir a ser. A gente quer ser".

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Superplataforma da Receita será 150 vezes maior que o PIX contra sonegação

Novo sistema da Receita vai unificar tributos, usar split payment e reduzir sonegação com repasse automático a União, estados e municípios

Receita Federal (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A Receita Federal está desenvolvendo um sistema tecnológico inédito no Brasil, previsto na reforma tributária aprovada pelo Congresso Nacional, que promete revolucionar a arrecadação de impostos. Segundo o g1, a plataforma será 150 vezes maior que o PIX, em termos de volume de informações processadas, e terá como objetivo reduzir drasticamente a sonegação fiscal e modernizar o recolhimento de tributos sobre o consumo.

O mecanismo vai substituir os atuais PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS, sendo responsável pelo recolhimento da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), de competência federal, e do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), de estados e municípios. Para viabilizar o projeto, milhares de técnicos da Receita, profissionais do Serpro, engenheiros de grandes empresas de tecnologia e representantes do mercado financeiro já atuam em sua implementação.

◉ Sistema 150 vezes maior que o PIX

De acordo com o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, a magnitude da plataforma é necessária para lidar com o volume de dados das notas fiscais eletrônicas. “O gigantismo é para poder receber esse volume de informações que são 100% das notas eletrônicas. Isso que a gente calcula que é em torno de 70 bilhões de documentos por ano”, explicou.

Barreirinhas destacou ainda que, enquanto o PIX contém dados básicos de transações, cada nota fiscal reúne informações detalhadas sobre produtos, créditos e emissores. “O número de documentos é o mesmo, mas o volume de cada documento é em torno de 150 vezes do PIX. Por isso que a gente fala que é 150 vezes maior”, acrescentou.

◉ Split payment: o coração da reforma

Um dos módulos centrais da nova plataforma será o split payment, que direcionará automaticamente, em tempo real, os valores devidos a União, estados e municípios. Esse mecanismo deve reduzir a evasão fiscal e impedir que empresas utilizem brechas para adiar ou fraudar o pagamento de impostos.

“A evasão tende a diminuir muito porque o dinheiro já cai diretamente ali [nas contas dos governos]. Se pagar por meio eletrônico, vai ter ‘splitagem’ na hora, com ajuste no mesmo dia e, na preferência, na mesma hora”, afirmou Barreirinhas.

Além disso, a ferramenta permitirá o ressarcimento de créditos tributários de forma mais rápida, muitas vezes em questão de horas, fortalecendo um dos pilares da reforma tributária: a não cumulatividade dos impostos.

◉ Testes e cronograma de implantação

Atualmente em fase piloto com cerca de 500 empresas, o sistema deve entrar em operação em 2026 com uma alíquota simbólica de 1%, que poderá ser compensada em outros tributos. A previsão é de que, em 2027, o split payment já funcione plenamente para a CBS em transações entre empresas (business to business), quando PIS e Cofins serão extintos.

Entre 2029 e 2032, acontecerá a transição do ICMS e do ISS para o IBS, com ajustes graduais de alíquotas.

◉ Impacto na arrecadação e nas empresas

Embora a Receita não divulgue números oficiais, o tributarista Lucas Ribeiro, CEO da empresa de tecnologia ROIT, estima que o novo modelo poderá gerar até R$ 500 bilhões a mais em arrecadação anual. “Com o split payment, os valores devidos de impostos não passam pelo caixa da empresa. É o fim de atrasos no recolhimento e da complexidade das guias. No entanto, alteram a dinâmica do fluxo de caixa. As empresas vão precisar investir em tecnologia e profissionalizar sua gestão”, analisou Ribeiro.

O governo ressalta, entretanto, que parte desse ganho será compensada por desonerações previstas na reforma, como a isenção completa de impostos sobre investimentos e exportações.
Facilidade para contribuintes e devolução de impostos

Segundo a Receita, a nova plataforma terá uma calculadora oficial para reduzir erros e auxiliar empresários no preenchimento de notas fiscais. Em caso de inconsistência, o sistema alertará o contribuinte antes de qualquer autuação.
A grande vantagem desse sistema é ele ser amigável. Mesmo se houver falha, nosso sistema vai informar para ele corrigir a nota”, disse Barreirinhas.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Delator dos golpistas, Cid rejeita escolta da PF e organiza mudança para os EUA

Ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro pede ao STF devolução de passaportes e defende extinção da pena

          Mauro Cid - 09/06/2025 (Foto: Ton Molina/STF)

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), rejeitou a possibilidade de ser acompanhado por escolta da Polícia Federal (PF) e agora concentra esforços para deixar o Brasil e se mudar para os Estados Unidos.

Segundo o Metrópoles, os advogados de Cid solicitaram ao Supremo Tribunal Federal (STF) que a pena de dois anos em regime aberto, fixada pela Primeira Turma do STF, seja considerada extinta, alegando que o militar já cumpriu medidas cautelares como prisão preventiva e uso de tornozeleira eletrônica. Além disso, foi requisitada a devolução de seus passaportes, o que abriria caminho para a mudança ao exterior.

◈ Condenação e expectativas frustradas

Cid havia firmado acordo de delação premiada com a Polícia Federal no âmbito do inquérito sobre a tentativa de golpe para manter Bolsonaro no poder. Ele acreditava que sua pena seria mais dura, entre seis e oito anos, conforme previa o entendimento inicial das investigações. No entanto, a decisão final do STF estipulou dois anos em regime aberto, o que surpreendeu o militar.

Agora, a defesa busca que o tempo em que ele permaneceu submetido às medidas cautelares seja abatido da condenação. O objetivo é encerrar o processo sem que reste qualquer punição em aberto.

◈ Planos pessoais e mudança para os EUA

Com a possibilidade de encerrar definitivamente sua punição, Mauro Cid manifestou o desejo de se mudar para os Estados Unidos junto da esposa e das filhas. O irmão do tenente-coronel já vive na Califórnia, o que facilitaria a transição. Em junho, a família viajou ao país sem a presença do militar, que permaneceu no Brasil.

A decisão do STF diferenciou Cid dos demais réus do chamado núcleo 1 da investigação, já que ele não terá de iniciar pena em regime fechado e não enfrenta julgamento no Superior Tribunal Militar (STM) sobre eventual perda de patente.

◈ PGR não recorrerá

Outro ponto que favorece o militar é a posição do procurador-geral da República, Paulo Gonet. Apesar de discordar da pena fixada, por considerá-la branda, Gonet já indicou que não pretende recorrer da decisão da Primeira Turma do STF. Nos bastidores, ele argumenta que, embora tivesse defendido uma condenação maior, não vê espaço para alterar o resultado.

Com esse cenário, resta apenas a avaliação do ministro Alexandre de Moraes sobre o pedido de extinção da punibilidade. Caso seja aceito, Mauro Cid ficará livre para retomar sua vida e dar andamento ao projeto de se estabelecer definitivamente nos Estados Unidos.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Gleisi rechaça anistia e critica voto de Fux: "vergonha nacional"

Por outro lado, ministra indicou que redução de penas aos envolvidos no 8 de janeiro pode ser negociada

       Hugo Motta e Gleisi Hoffmann (Foto: Gil Ferreira/SRI-PR)

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), reforçou neste sábado (13) sua posição contrária à anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Em encontro do PT no Paraná, ela voltou a admitir a possibilidade de discutir uma redução de penas, mas rejeitou qualquer hipótese de perdão. As declarações foram registradas em vídeo obtido pela Folha de S.Paulo.

Segundo Gleisi, o tema pode ser avaliado tanto pelo Supremo Tribunal Federal (STF) quanto pelo Congresso, mas em termos de dosimetria, e não de anistia. “Se querem discutir redução de pena, é outra coisa. Cabe a dosimetria ao Supremo Tribunal Federal ou até o Congresso avaliar e ter um projeto, mas aí é redução de pena, não tem a ver com anistia, não tem a ver com perdão”, declarou a ministra.

A ministra foi enfática ao rechaçar a proposta de perdão aos condenados e lembrou a condenação de Jair Bolsonaro (PL), que recebeu pena de 27 anos de prisão por tentar articular um golpe para se manter no poder. “Não podemos de maneira nenhuma olhar ou piscar para a questão da anistia. Vamos ser firmes, vamos ter que enfrentar o Congresso nesta pauta”, afirmou.

Em seguida, Gleisi destacou que a anistia beneficiaria Bolsonaro e outros réus condenados, qualificando-a como “um presentinho para Donald Trump”, presidente dos Estados Unidos.

Ela também criticou o voto do ministro do STF Luiz Fux, que absolveu Bolsonaro no julgamento. “Foi um desserviço aquele voto, uma vergonha nacional. Deu condições a eles de fazer uma narrativa e ficar, depois, questionando o processo, mas os outros votos foram primorosos”, disse.

Pressões e articulações no Congresso

Nos bastidores, partidos do Centrão e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), têm sido apontados como articuladores da proposta de anistia. Segundo Gleisi, Tarcísio é peça-chave nessa movimentação e surge como o nome preferencial para enfrentar o presidente Lula (PT) em 2026, em meio à pressão para que Bolsonaro o apoie como seu sucessor político.

Embora o governo admita a possibilidade de rever indicações para cargos federais de parlamentares que apoiarem o projeto de anistia, a ofensiva pelo avanço da proposta continua forte. O texto depende agora da decisão do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), responsável por definir se levará ou não a matéria ao plenário.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo