terça-feira, 21 de outubro de 2025

Fátima Bezerra lidera disputa pelo Senado no RN

Levantamento do Instituto Sensatus mostra avanço de nomes ligados a Lula no cenário político potiguar

     Lula e Fátima Bezerra (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

Uma nova pesquisa de intenção de votos para as eleições de 2026 no Rio Grande do Norte revela mudanças significativas no quadro político estadual. O levantamento foi realizado pelo Instituto Sensatus entre os dias 16 e 19 de outubro, ouvindo 1.500 eleitores em diferentes regiões do estado. A margem de erro é de 2,53%, com nível de confiança de 95%.

Os números indicam crescimento de Cadu Xavier, identificado como candidato apoiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, além da liderança da governadora Fátima Bezerra na corrida pelo Senado.

☉ Disputa pelo Governo do RN

Na pesquisa estimulada para o governo estadual, que incluiu os três nomes mais citados pela imprensa, o cenário ficou assim:

  • Allyson Bezerra – 28,2%

  • Cadu Xavier – 23,2%

  • Rogério Marinho – 22,07%

  • Não votaria em nenhum desses – 11,8%

  • Não sabe – 14,73%


O resultado coloca Allyson Bezerra na liderança, mas dentro da margem de erro, há um empate técnico entre ele e Cadu Xavier. O desempenho de Cadu chama atenção porque, em levantamentos anteriores, ele aparecia em terceiro lugar e agora surge em crescimento, beneficiado pela associação a Lula.

☉ Cenário para o Senado Federal

O levantamento do Sensatus também avaliou as intenções de voto para o Senado, somando o primeiro e o segundo voto dos entrevistados. Os números foram:

  •  Fátima Bezerra – 38,74%
  •  Styvenson Valentim – 37,74%
  •  Zenaide Maia – 27,80%
  •  Álvaro Dias – 23,80%
  •  Brancos, nulos e indecisos – 69,26%

A pesquisa traz um dado inédito: pela primeira vez, a governadora Fátima Bezerra aparece na dianteira para a disputa do Senado, superando Styvenson Valentim, que tradicionalmente figura entre os mais competitivos.

☉ Impacto da influência de Lula

Os resultados abrem margem para uma análise mais ampla sobre o peso do presidente Lula no cenário potiguar. O crescimento de Cadu Xavier e a liderança de Fátima Bezerra podem ser reflexos do desempenho positivo de Lula nas pesquisas nacionais. Ainda assim, especialistas apontam que é cedo para afirmar qual será a real influência do presidente sobre os rumos eleitorais do Rio Grande do Norte em 2026.

A própria pesquisa sugere cautela: embora os números destoem de levantamentos anteriores, não podem ser descartados como erro. A tendência só poderá ser confirmada ou refutada nos próximos levantamentos, seja do Sensatus ou de outros institutos de pesquisa.

Fonte: Brasil 247

Janja defende licença do Ibama para Petrobras na Margem Equatorial

Primeira-dama afirmou que exploração é, por enquanto, apenas pesquisa e defendeu importância do petróleo para o Brasil

       Janja Lula da Silva (Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil)

A primeira-dama Janja Lula da Silva saiu em defesa da licença concedida pelo Ibama para a Petrobras perfurar um poço de petróleo na Margem Equatorial. A declaração foi feita nesta terça-feira (21), em Paris, durante agenda oficial. De acordo com reportagem publicada pela Folha de S.Paulo, Janja enfatizou que o processo autorizado não representa exploração, mas sim uma etapa de pesquisa.

“Ainda não é exploração, é pesquisa”, declarou. “A gente não pode negar a importância que ainda têm os combustíveis fósseis para o desenvolvimento do país.” A primeira-dama, que está em viagem pela Europa desde a semana passada, disse ter tomado conhecimento da decisão pela imprensa. Segundo ela, a liberação foi resultado de um esforço conjunto entre o Ministério do Meio Ambiente e o Ministério de Minas e Energia. “Foi um trabalho muito grande (...) para que se tenha segurança nessa pesquisa. Com toda segurança, como sempre foi feito no Brasil”, afirmou.
Licença às vésperas da COP30

A autorização para a estatal ocorre a menos de um mês da COP30, conferência da ONU sobre mudanças climáticas que será realizada em Belém, de 10 a 21 de novembro. A proximidade do evento provocou críticas de ambientalistas,.

Janja, no entanto, minimizou as críticas. “É utópico achar que, de um dia para o outro, a gente vai deixar de usar combustível fóssil”, disse. Ela destacou que o governo tem feito propostas para a transição energética sob a liderança do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.

⊛ Participação na Sorbonne e expectativa para a cúpula

A primeira-dama participou na manhã desta terça-feira de um seminário sobre transição energética na Universidade Sorbonne, em Paris. Durante o discurso de abertura, confessou estar apreensiva com a proximidade da COP30. “Nervosa porque é um evento muito importante, não só para o Brasil, mas para a humanidade”, explicou depois, afirmando que o encontro é uma oportunidade decisiva para buscar soluções contra a crise climática.

Ela contou ainda que recebeu palavras de incentivo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Como diz o meu marido: ‘Fique tranquila’. Vai dar tudo certo e vai ser perfeito. Vai ser a melhor COP que já aconteceu”, disse.

⊛ Diplomacia e encontros culturais em Paris

Na segunda-feira (20), Janja visitou a exposição Amazônia, no museu Quai-Branly, próximo à Torre Eiffel, acompanhada da primeira-dama francesa, Brigitte Macron. Na ocasião, convidou a anfitriã para um banho de rio durante a COP30, em Belém. O presidente da França, Emmanuel Macron, já confirmou presença na cúpula. A participação oficial de Brigitte ainda não foi anunciada, mas é considerada provável.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

INSS: Justiça dá 5 dias para remoção de fake news contra Frei Chico, irmão de Lula

 

O sindicalista José Ferreira da Silva, o Frei Chico, irmão de Lula. Foto: Eduardo Matysiak
A Justiça de São Paulo determinou que cinco plataformas digitais retirem do ar, em até cinco dias, publicações com notícias falsas que associam José Ferreira da Silva, o Frei Chico, irmão do presidente Lula (PT), ao escândalo bilionário de fraudes no INSS.

A decisão é da juíza Ana Luiza Madeiro Cruz Eserian, que ordenou a remoção imediata de postagens que ligam falsamente Frei Chico ao caso. As plataformas Google, X, Kwai, Facebook e Instagram deverão cumprir a ordem.

O despacho também prevê multa diária de R$ 1.000 para cada empresa que descumprir a determinação. Além da exclusão do conteúdo, as redes sociais deverão identificar os autores das postagens e fornecer os registros de conexão (IP) à Justiça.

Reação de Frei Chico

Em nota publicada no site do Partido dos Trabalhadores (PT), Frei Chico — que é vice-presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi) — afirmou que a magistrada atendeu ao pedido de tutela de urgência contra as “acusações falsas e ofensivas” que tem sofrido.

“Não temo investigação, mas o que ocorre hoje é um julgamento antecipado, antes mesmo de os fatos serem apurados”, declarou. “Aos 83 anos, já enfrentei perseguições, prisão e tortura, mas sigo com respeito, serenidade e fé na Justiça.”

Frei Chico também criticou o que chamou de uso político da CPI do INSS, alegando que parlamentares têm tentado associar seu nome e o do Sindnapi ao caso com fins eleitorais.

Na última quinta-feira (16), a CPMI do INSS rejeitou, por 19 votos a 11, um pedido de convocação de Frei Chico. O sindicalista não é investigado nem alvo de medidas judiciais relacionadas à Operação Sem Desconto, deflagrada pela Polícia Federal para apurar descontos indevidos em benefícios previdenciários.

Fonte: DCM

Em prisão perpétua, assassino de John Lennon revela motivo do crime após 45 anos


Mark David Chapman, o assassino de John Lennon. Foto: reprodução

Mark David Chapman, condenado pelo assassinato de John Lennon em 1980, declarou em sua 14ª audiência de liberdade condicional que cometeu o crime movido pelo desejo de “ser alguém”. O pedido foi negado pelo comitê, mantendo o homem de 70 anos na Penitenciária Green Haven, onde cumpre pena perpétua com possibilidade de condicional.

Em depoimento no final de agosto, Chapman assumiu a natureza egoísta do crime. “Isso foi por mim e somente por mim, infelizmente, e teve tudo a ver com a popularidade dele. Meu crime foi completamente egoísta”, afirmou o assassino, conforme transcrição obtida pelo NY Post. Esta foi sua mais recente tentativa de liberdade após mais de quatro décadas de prisão.

O criminoso pediu desculpas pelo sofrimento causado aos fãs e amigos do músico, mas o comitê não considerou suas palavras convincentes para conceder a liberdade condicional. Chapman já havia manifestado em audiências anteriores seu desejo incessante por fama como motivação para o assassinato que chocou o mundo.

Condenado por assassinato em segundo grau, Chapman completa 44 anos de prisão em 2024. Apesar de ter direito a pedir liberdade condicional a cada dois anos desde 2000, todas as suas tentativas foram sistematicamente rejeitadas pelas autoridades penitenciárias do estado de Nova York.

Fonte: DCM

A expectativa dos bolsonaristas com a revisão do voto de Fux na trama golpista

         O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), e o ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: Reprodução


O pedido do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), para revisar seu voto no julgamento da trama golpista, sob a justificativa de “ajustes gramaticais”, gerou expectativa entre aliados de Jair Bolsonaro. O grupo acredita que a revisão pode atrasar a conclusão do acórdão e, com isso, adiar uma eventual prisão em regime fechado do ex-presidente, conforme informações da colunista Malu Gaspar, do Globo.

Entre apoiadores de Bolsonaro, a avaliação é de que, se Fux utilizar todo o prazo de 20 dias previsto no regimento do STF para liberar o voto revisado, o cronograma do relator Alexandre de Moraes ficaria comprometido. Isso empurraria a publicação do acórdão para o fim de novembro e, consequentemente, postergaria a execução da pena para 2026 — ano eleitoral.

Pelo regimento, Moraes tem 60 dias para finalizar o acórdão definitivo, contados a partir da aprovação da ata da sessão que concluiu o julgamento, em 24 de setembro. Assim, o prazo máximo para publicação do documento é 24 de novembro.

O acórdão, no entanto, só pode ser concluído após todos os ministros entregarem suas revisões finais. Como cada um dispõe de 20 dias para revisar o texto, qualquer atraso individual impacta diretamente o calendário da Corte.

O cronograma no STF

Caso Moraes publique o acórdão apenas no fim do prazo, as defesas ainda terão cinco dias para apresentar embargos — os últimos recursos possíveis. Nesse cenário, o julgamento desses pedidos ocorreria apenas na primeira quinzena de dezembro, deixando a decisão final sobre o regime de cumprimento da pena para o fim do ano.

O ministro relator quer encerrar o caso antes do recesso do STF, que começa em 20 de dezembro, para evitar contaminações no calendário eleitoral de 2026.

Trama golpista: STF retoma sessão com voto de Alexandre de Moraes | Radioagência Nacional
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Foto: Reprodução

O voto de Fux

O pedido de revisão feito por Fux causou surpresa nos bastidores do Supremo. O ministro havia sido o primeiro a liberar o voto revisado, mas, na semana passada, seu gabinete alegou a necessidade de corrigir erros gramaticais e ortográficos, pedindo uma nova revisão.

Enquanto isso, os demais ministros da Primeira Turma já concluíram suas revisões. A demora, mesmo que técnica, reforçou a expectativa de setores bolsonaristas, que torcem por qualquer atraso na tramitação do processo.

Ainda assim, segundo interlocutores próximos, Fux pretende devolver o voto antes do prazo de 20 dias, frustrando a expectativa de aliados de Bolsonaro.

O ministro causou desconforto no STF com seu extenso e polêmico voto pela absolvição de Bolsonaro, lido durante a reta final do julgamento no mês passado. Foram 429 páginas apresentadas em uma sessão que durou 14 horas.

Na ocasião, Fux votou pela condenação apenas do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e do ex-ministro Walter Braga Netto, que integrou a chapa presidencial bolsonarista, rejeitando as acusações contra o ex-presidente e os demais réus.

Fonte: DCM com informações do jornal O Globo

Lula deve encerrar mandato com a menor inflação acumulada desde o Plano Real

O presidente Lula (PT). Foto: Reprodução

O governo do presidente Lula (PT) deve registrar a menor inflação acumulada em quatro anos desde o Plano Real, segundo projeções do Banco Central. A estimativa para o período de 2023 a 2026 é de 19,73%, abaixo do recorde anterior de 22,21%, alcançado no segundo mandato do próprio Lula, entre 2007 e 2010.

O cálculo considera os índices oficiais de 2023 (4,62%) e 2024 (4,83%), além das projeções do Boletim Focus, que prevê 4,70% para 2025 e 4,27% para 2026. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (20) e apontam que o terceiro mandato de Lula deve ser o mais estável em termos de preços desde a criação do real, em 1994.

Haddad diz que Lula “bate o próprio recorde”

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou o feito durante o lançamento do programa Reforma Casa Brasil, no Palácio do Planalto. Ele afirmou que o presidente “bate o seu próprio recorde” ao colocar novamente a inflação em queda.

“Está como o Usain Bolt, que precisa voltar para a Olimpíada para superar a marca da Olimpíada anterior. O senhor voltou à Presidência e botou de novo a inflação em tendência de queda”, disse Haddad.

De acordo com os dados históricos, o índice projetado para o atual mandato de Lula é menor que o dos presidentes anteriores. O primeiro mandato de Fernando Henrique Cardoso (1995–1998) acumulou 43,44%, e o segundo (1999–2002) 39,87%. O primeiro governo Lula (2003–2006) teve 28,20%, enquanto o de Jair Bolsonaro (2019–2022) somou 26,94%.

Haddad afirmou que o controle da inflação será acompanhado por outros resultados positivos. “O senhor vai terminar o seu mandato com a menor taxa de desemprego acumulada em quatro anos da série histórica do IBGE [Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística]”, declarou. O ministro também previu que o governo entregará “o melhor resultado fiscal desde 2015”.

Assista abaixo:

Fonte: DCM

Lava Jato criminalizou a política de forma irresponsável, diz Messias em tese

Favorito a uma vaga no STF, o advogado-geral da União critica operação e defende papel do Estado em sua tese de doutorado

      Jorge Messias (Foto: Antônio Cruz/ Agência Brasil)

O advogado-geral da União, Jorge Messias, cotado para suceder Luís Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal (STF), qualificou a Operação Lava Jato como um processo que “criminalizou a política e a ação estatal” de forma “irresponsável”. As declarações constam de sua tese de doutorado apresentada em julho de 2024 na Universidade de Brasília (UnB), documento que reúne 328 páginas e recebeu nota máxima com louvor.

A informação foi publicada pelo blog de Malu Gaspar, em O Globo. Embora o trabalho acadêmico não tenha a Lava Jato como foco, o tema surge na análise histórica sobre a atuação do Estado após a Constituição de 1988, com destaque para os impactos políticos e econômicos provocados pela operação.

☉ Lula, Zanin e a relação com a Lava Jato

Messias, que já havia sido personagem no enredo da Lava Jato — identificado como “Bessias” na conversa telefônica entre Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva em 2016 —, segue trajetória semelhante à de Cristiano Zanin, advogado do ex-presidente nos processos da operação e atualmente ministro do STF.

Na tese, Messias relaciona a instabilidade provocada pela Lava Jato ao impeachment de Dilma Rousseff, à crise econômica e à perda de apoio político no Congresso. Ele classifica as medidas do governo Michel Temer, como o teto de gastos e as privatizações, como uma “resposta às investigações” e critica a condução do então juiz Sergio Moro.

“De maneira um tanto superficial e irresponsável, [a Lava Jato] acabou por criminalizar a política e a ação estatal”, escreveu Messias.

☉ Críticas à Lei das Estatais

Outro ponto destacado no trabalho é a Lei de Responsabilidade das Estatais, sancionada por Michel Temer após os escândalos revelados pela Lava Jato. Para Messias, a norma, embora tenha avanços, impõe “discriminações desarrazoadas e desproporcionais – por isso mesmo inconstitucionais – contra aqueles que atuam, legitimamente, na esfera governamental ou partidária”.

A posição de Messias dialoga com sua atuação nos bastidores do STF em 2023, quando trabalhou para evitar que as restrições da lei anulassem nomeações políticas do governo Lula em estatais. O Supremo validou a legislação, mas preservou as indicações já realizadas para não criar insegurança jurídica.

☉ O STF e o combate aos excessos da Lava Jato

Messias também dedica parte da tese à análise do papel do STF diante dos desdobramentos da operação. Ele lembra que, entre 2012 e 2018, críticas ao “conservadorismo e autoritarismo” do Judiciário se intensificaram, especialmente após a prisão de Lula e a negativa do registro de sua candidatura em 2018.

Na avaliação do advogado-geral da União, o Supremo foi decisivo para “estancar os abusos da Lava Jato, reverter decisões injustas de instâncias inferiores e fazer frente às ameaças golpistas que ganharam ímpeto renovado com a chegada de Jair Bolsonaro à presidência”.

Coube ao STF, relembra Messias, anular as condenações de Lula, declarar a parcialidade de Moro e restituir os direitos políticos do petista, abrindo caminho para a disputa eleitoral de 2022.

☉ Uma oposição mais radicalizada

Messias aponta ainda que os efeitos da Lava Jato e o fortalecimento do bolsonarismo estruturaram uma oposição permanente ao PT. “Desde os anos 1990, já existia um percentual significativo de eleitores que se opunham ao partido. Mas, a partir da Operação Lava Jato e da ascensão do bolsonarismo, esse movimento organizou-se de modo a estar apto para estruturar o debate político e oferecer suas próprias lideranças radicalizadas”, analisou.

Segundo ele, esse cenário impõe desafios inéditos ao terceiro mandato de Lula. “Há uma oposição radicalizada, organizada e popular desde o primeiro dia de janeiro de 2023.”

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Boulos diz que Lula o chamou para 'colocar o governo na rua' e promete diálogo com o povo

Novo ministro da Secretaria-Geral da Presidência afirma que vai percorrer o país para aproximar o governo dos movimentos sociais e da população

        Guilherme Boulos, Lula e Márcio Macêdo (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O novo ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Guilherme Boulos (PSOL-SP), afirmou que recebeu do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a missão de “colocar o governo na rua”. Em entrevista à colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, o deputado federal licenciado disse que vai atuar como uma ponte direta entre o governo e a sociedade civil, com foco no diálogo com movimentos sociais e com as demandas populares.

“Lula me chamou para trabalhar pelas demandas populares, e é isso o que eu vou fazer”, afirmou Boulos.

O ministro, que assumirá oficialmente o cargo no lugar de Márcio Macêdo, disse que pretende viajar por todo o país para ampliar o alcance do governo junto à população.

“Vou viajar para todos os estados, vou rodar o país e conversar com os movimentos sociais, com o povo”, declarou. “Vou a cada lugar do Brasil com a missão de dialogar e de levar as realizações do governo para todos os cantos, e também com a missão de aproximar o governo daqueles que ainda estão distantes.”

A Secretaria-Geral da Presidência é o órgão responsável por interlocução com movimentos sociais e organizações da sociedade civil, papel que se torna estratégico num momento em que o governo busca reforçar sua base de apoio popular.

Com 43 anos, Boulos construiu sua trajetória como líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e é considerado um dos principais nomes da esquerda brasileira de sua geração. Em sua nova função, ele deverá articular pautas sociais e políticas públicas voltadas às camadas mais vulneráveis da população, além de fortalecer o diálogo entre o Planalto e os movimentos que tradicionalmente apoiam o presidente Lula.

Fonte: Brasil 247 com informaçõeas da Folha de S. Paulo

Brasil não abaixou a cabeça a Trump por ter caráter e dignidade, diz Lula

Presidente defendeu soberania nacional e lembrou que o verdadeiro poder do país está em garantir casa e comida ao povo

          Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez referência direta ao presidente estadunidense Donald Trump nesta segunda-feira (20), durante o lançamento do programa Reforma Casa Brasil, em Brasília. Ao tratar do tema da soberania nacional, Lula afirmou que o Brasil não se curvou às medidas adotadas por Trump, quando o governo dos Estados Unidos impôs sobretaxas a produtos brasileiros.
“Quando o presidente Trump sobretaxou o Brasil e ofendeu, a gente não abaixou a cabeça, porque, embora a gente não seja tão grande como eles, a gente tem caráter que, muitas vezes, eles não sabem que a gente tem. A gente tem dignidade”, disse Lula. “É isso que faz um país virar nação, que significa soberania nacional. Um país onde o povo não tem casa, educação e comida, não é soberano. Nem de país pode ser chamado.”

"Para a gente falar de um país de verdade, para falar em democracia, isso tem que estar espelhado no rosto das pessoas, na roupa que elas vestem, na comida que elas comem, na qualidade da educação que elas têm, na qualidade do sapato que elas calçam. Sabe, é isso que dá o sentido de soberania de um país", completou o presidente.

O discurso foi realizado no Palácio do Planalto, durante o lançamento do programa Reforma Casa Brasil, iniciativa que oferece crédito facilitado para reformas e melhorias habitacionais em todo o país.

Fonte: Brasil 247

Boulos assume Secretaria-Geral do governo Lula

Deputado do PSOL deixa disputa eleitoral em 2026 para reforçar laços do governo com movimentos sociais

    Guilherme Boulos (Foto: Bruno Spada / Agência Câmara)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva nomeou nesta segunda-feira (20) o deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP) como novo ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República. A informação foi divulgada pela colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo.

A troca foi definida em reunião no Palácio do Planalto, da qual participou também Márcio Macedo, que ocupava o cargo até agora. Amigo pessoal de Lula, Macedo será candidato a deputado federal por Sergipe em 2026.

Boulos assume com a missão de articular a relação do governo com os movimentos sociais. Segundo Bergamo, ele acertou com Lula que não disputará a reeleição no próximo ano, dedicando-se integralmente ao cargo.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Governo já devolveu R$ 2,1 bilhões a aposentados vítimas de fraudes no INSS

Programa de ressarcimento já beneficiou 3 milhões de pessoas

     Prédio do INSS (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

O governo federal atingiu a marca de R$ 2,1 bilhões devolvidos a 3,1 milhões de aposentados e pensionistas que sofreram descontos irregulares em seus benefícios previdenciários, segundo dados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O ressarcimento é feito diretamente na conta do segurado, corrigido pela inflação, sem necessidade de processo judicial.

Essa nova etapa do acordo de devolução inclui mais de 500 mil beneficiários que já haviam contestado cobranças e estavam aguardando resposta das entidades envolvidas. O INSS identificou que, em muitos casos, as respostas apresentadas eram fraudulentas, com uso de softwares para falsificar assinaturas ou até o envio de gravações de áudio no lugar de documentos válidos.

● Fraudes dentro da fraude

O presidente do INSS, Gilberto Waller, destacou que a autarquia está comprometida em assegurar que todos os prejudicados recebam os valores devidos: “Essas pessoas também estão sendo incluídas. São vítimas do que chamamos de ‘fraude da fraude’. Nós prometemos que ninguém ficaria de fora e estamos cumprindo”, afirmou.

O processo de verificação continua em andamento e, segundo o INSS, casos semelhantes identificados futuramente terão o mesmo tratamento, garantindo que nenhum segurado fique desamparado.

● Dinheiro que volta e faz diferença

Um dos beneficiários já contemplados é Aurivaldo Lourenço Rodrigues, aposentado que teve R$ 2.100 descontados de forma indevida. Ele comemorou o ressarcimento: “Esse dinheiro chegou em uma boa hora. Estou muito feliz por isso”, disse, após encontro com o presidente do INSS em Goiânia.

● Quem tem direito ao ressarcimento

Podem aderir ao acordo:

  • Segurados que contestaram descontos e não obtiveram resposta da entidade em até 15 dias úteis;

  • Aqueles que receberam resposta irregular, como assinaturas falsificadas ou gravações de áudio;

  • Beneficiários que sofreram descontos entre março de 2020 e março de 2025;

  • Pessoas com processos na Justiça, desde que desistam da ação antes da adesão.

O INSS ainda informa que, nos casos de ações individuais ajuizadas antes de 23 de abril de 2025, serão pagos 5% de honorários advocatícios.

● Como aderir ao acordo

O procedimento é gratuito, simples e pode ser feito pelo aplicativo Meu INSS ou nas agências dos Correios. O passo a passo inclui:

  1. Contestar o desconto indevido;

  2. Aguardar resposta da entidade (até 15 dias úteis);

  3. Se não houver resposta ou ela for irregular, o sistema libera a adesão;

  4. Confirmar o aceite no aplicativo ou presencialmente.

Vale destacar que não é possível aderir pela Central 135. O prazo para contestar descontos termina em 14 de novembro de 2025, mas a adesão ao acordo seguirá aberta para quem tiver direito.

Fonte: Brasil 247

Lula se reúne com Alcolumbre antes de anunciar escolha para o STF

Presidente avalia indicar Jorge Messias para a vaga de Luís Roberto Barroso e costura apoio político no Senado

       Lula se reúne com Alcolumbre antes de anunciar escolha para o STF (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu na noite de segunda-feira (20) com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), para tratar da sucessão no Supremo Tribunal Federal (STF). O encontro ocorre em meio à expectativa sobre quem será escolhido para a vaga deixada por Luís Roberto Barroso, que se aposentou recentemente.

Segundo informações publicadas pelo jornal O Globo, Lula sinaliza que deve indicar o advogado-geral da União, Jorge Messias, como seu preferido para ocupar a cadeira no STF. A previsão é de que o anúncio seja feito ainda nesta terça-feira (21), antes da viagem oficial do presidente à Ásia, marcada para as 10h.

☉ Costura política no Senado

Após a indicação, o nome do escolhido precisará ser aprovado pelos senadores. Nesse contexto, Alcolumbre surge como peça-chave, já que preside a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), responsável por sabatinar o indicado. Apesar da proximidade com Lula, o senador manifesta preferência pelo colega Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Congresso e aliado político.

O movimento de bastidores ganhou intensidade depois de um jantar reservado entre Lula e Barroso, realizado na última sexta-feira (17), no Palácio da Alvorada. A conversa, restrita aos dois, teve como pauta central a sucessão na Corte.

☉ Encontros com ministros do STF

Na semana anterior, Lula já havia se reunido no Alvorada com ministros de peso do STF, entre eles Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin, além de integrantes de sua equipe de governo, como o ministro da Casa Civil, Rui Costa. Nessas conversas, o presidente apresentou os principais nomes que circulam no Planalto: Jorge Messias, Rodrigo Pacheco e Bruno Dantas, ministro do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com interlocutores, Barroso evitou apontar preferência, mas avaliou que todos os cotados são “qualificados”. O jantar não contou com a presença de outros integrantes do Supremo, reforçando o caráter reservado da discussão.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Lula cobra publicamente queda da taxa de juros

Presidente exige redução da Selic e critica concentração de lucros do setor financeiro durante lançamento de programa habitacional

      Gabriel Galípolo (à esq.) e Lula (Foto: Reprodução (YT))

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a pressionar o Banco Central pela redução da taxa básica de juros, durante o lançamento do programa Reforma da Casa Própria, nesta segunda-feira. A declaração foi feita em evento oficial e registrada pela Folha de S.Paulo, fonte original das informações.

“O BC vai precisar começar a abaixar os juros. Todo mundo sabe o que nós herdamos e que nós estamos preparando esse país para ter uma política monetária decente”, afirmou o presidente.

☉ Crítica ao sistema financeiro e defesa do crédito acessível

Lula afirmou que deseja “muita produção e lucro para as empresas e banqueiros”, mas criticou a lógica de ganhos baseada em juros elevados. Para ele, não é necessário “extorquir o povo” para garantir rentabilidade:

“Tem como ganhar dinheiro de forma tranquila, emprestando dinheiro a juros razoáveis”, afirmou.

O presidente direcionou parte do discurso ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, presente no evento, dizendo que o peso dos juros altos recai sobre o governo:

“O problema dos juros recai nas costas de vocês, e o BC precisa baixar as taxas”, declarou.

☉ Empresários e renúncias fiscais

Lula também criticou empresários que resistem a contrapartidas mesmo diante das políticas de desoneração:

“Os empresários que reclamam de nós têm praticamente R$ 500 bilhões de desoneração e isenção fiscal, e eles não querem baixar 1% disso. Então é preciso que a gente tenha firmeza de dizer de que lado a gente está e para quem de verdade a gente quer governar.”

☉ Juros seguem no maior nível em duas décadas

O novo programa habitacional lançado pelo governo prevê taxa máxima de juros de 1,95% ao mês. Enquanto isso, o Banco Central mantém a Selic em 15% ao ano, o maior patamar dos últimos 20 anos. A decisão foi mantida pela segunda reunião consecutiva e veio acompanhada de sinalização de que a taxa permanecerá elevada por mais tempo, até que a inflação retorne à meta de 3%.

O IPCA acumulado em 12 meses até setembro foi de 5,17%, ligeiramente acima dos 5,13% registrados em agosto.

☉ Haddad e aliados reforçam discurso por queda da Selic

Em entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, do CanalGov, no início do mês, Fernando Haddad classificou a taxa Selic como “excessivamente restritiva”. Segundo ele, o Banco Central ouve diversos setores antes de decidir, como o mercado financeiro, o setor produtivo e o governo.

“É dever do Ministério da Fazenda levar informações da economia ao Banco Central”, disse Haddad.

Outros integrantes do governo também criticam o nível atual dos juros. A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou que as taxas “não dialogam com a realidade da economia brasileira”.

Fonte: Brasil 247

Governo deve apresentar solução para Orçamento 2026 ainda nesta terça, diz Haddad

Ministro da Fazenda afirmou que a definição será feita após reuniões com Lula e líderes do Congresso

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em evento no Palácio do Planalto - Brasília (DF) - 13/08/2025 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo pretende fechar ainda nesta terça-feira (21) a proposta a ser enviada ao Congresso Nacional para recompor o Orçamento de 2026. A medida ocorre após a derrubada, pelo Legislativo, da Medida Provisória que previa aumento de impostos como forma de reforçar a arrecadação.

Segundo Haddad, na segunda-feira (20) houve uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e lideranças do Congresso para discutir alternativas diante da decisão parlamentar. O ministro destacou que a Casa Civil e a Fazenda trabalham de forma conjunta para consolidar um plano que será definido ao longo desta terça-feira.

“A Casa Civil e a Fazenda estão reunidos hoje para processarmos aquilo que foi discutido com os líderes, e até o começo da tarde vamos ter uma definição do que fazer em relação a tudo, para a gente fechar”, disse o ministro.

Haddad explicou que o objetivo central é harmonizar todas as leis que estruturam o Orçamento de 2026, incluindo a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a peça orçamentária em si. De acordo com ele, a falta de alinhamento entre receitas e despesas pode gerar graves problemas de execução.

“Para a gente poder fechar [as contas públicas], essas leis todas têm que estar harmonizadas. Quanto vai ter de despesas, quanto vai ter de receita, a LDO e Orçamento. No fundo, no fundo, é uma coisa só. Essas coisas têm que dialogar uma com a outra, senão você vai ter problema de execução orçamentária. E tudo que não queremos é ter problema de emenda, de obra interrompida”, afirmou.

Fonte: Brasil 247