O Secretário da Justiça do Paraná Santin Roveda com vice-presidente do STF ministro Edson Fachin e a presidente do TJPR Desembargadora Lidia Maejima
Atendendo a uma designação do Governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior, o Secretário da Justiça e Cidadania, Santin Roveda, participou nesta semana da abertura da 3a edição da Semana Nacional do Registro Civil – Registre-se, promovida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em parceria com o Tribunal de Justiça do Paraná – TJPR.
Com apoio de 18 órgãos do Estado, a campanha acontece até o dia 16 de maio no Centro de Referência Especializada para População em Situação de Rua (Centro Pop) e tem como objetivo fornecer documentação civil básica gratuita a pessoas em situação de vulnerabilidade.
Em seu discurso, o Secretário da Justiça pontuou que, em pleno século 21, ainda há pessoas que nascem, crescem e caminham pelas ruas sem registro de nascimento. “Elas são invisíveis para o sistema. Sem acesso a direitos, sem cidadania plena”. E é por isso, segundo ele, que o Registre-se emociona. “O que está sendo feito aqui é uma reparação. É o Judiciário saindo dos gabinetes e indo aonde está o povo. É a Justiça encontrando quem sempre ficou à margem.
Este programa é mais do que uma campanha institucional. É uma declaração de humanidade”, destacou.
Através da Semana Nacional do Registro Civil, são oferecidos diversos serviços, como emissão de carteira de identidade, certidão de nascimento, de casamento, de divórcio e afins; emissão e regularização do CPF; atendimento para orientação jurídica e acordos previdenciários; regularização da situação eleitoral; atendimento jurídico relacionado à averiguação de paternidade e de reconhecimento de filiação; regularização do serviço militar; orientação jurídica para benefícios previdenciários; atendimento referente ao Cadastro Único (CadÚnico); orientação sobre o portal Gov.br; encaminhamento para vagas de emprego; atendimento veterinário; serviços de corte de cabelo e doação de vestuários.
“Quem está nas calçadas, nos abrigos, nas margens, muitas vezes sequer tem o direito básico de ser reconhecido, e isso é uma ferida moral em qualquer democracia. Essa responsabilidade é de todos nós e precisa ser enfrentada com coragem, transparência e ação”, disse Santin.
A certidão de nascimento, por exemplo, é documento essencial para conferir cidadania ao indivíduo. Somente na posse dela se podem exercer direitos fundamentais, como acesso ao sistema de saúde, matrícula no sistema regular de ensino e expedição de outros documentos, como identidade, CPF e carteira de trabalho. O registro de nascimento é, portanto, o primeiro passo para a inclusão social, sobretudo da população em estado de vulnerabilidade, em busca da efetivação do princípio constitucional da dignidade da pessoa humana.
E essa importância vai além do âmbito pessoal, impactando diretamente na coleta de dados oficiais para formulação de políticas públicas. O censo demográfico de 2022, realizado pelo IBGE, aponta um montante de 2,7 milhões de pessoas sem certidão de nascimento.
A Presidente do TJPR, Desembargadora Lidia Maejima, destacou a importância da ação, lembrando que o documento que atesta nossa existência civil é a porta de entrada para a cidadania plena. “O programa representa o compromisso firme do Poder Judiciário com a erradicação do subregistro civil e com a ampliação do acesso à documentação básica para pessoas em situação de vulnerabilidade. Na última edição, ocorrida no ano de 2024, realizamos 6.936 atendimentos e emitimos 2.968 registros civis, números expressivos e que representam uma grande quantidade de vidas positivamente transformadas”, afirmou.
O vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ministro Luiz Edson Fachin, enalteceu a formação de uma rede institucional para enfrentar uma das mazelas que ainda assombra a sociedade. “Vejo um olhar interdisciplinar, além do interinstitucional dessa organização em rede, que busca oferecer o serviço do registro, mas também dar caminho para o diagnóstico de demandas e atendimento em outras áreas”.
“Como representante do Governador Ratinho Junior, trago o compromisso firme do nosso governo com esta causa. A Secretaria da Justiça e Cidadania está na linha de frente, levando cidadania aonde nunca chegou, combatendo o abandono, cobrando respeito, lutando para que todos tenham voz, vez e nome”, afirmou Roveda.
Fonte: Assessoria de Comunicação da SEJU