domingo, 23 de novembro de 2025

Moraes autoriza visita de Michelle Bolsonaro ao ex-presidente na PF

Encontro deve ocorrer neste domingo (23), entre 15h e 17h, na sede da Polícia Federal em Brasília

      Michelle Bolsonaro (Foto: Reuters/Amanda Perobelli)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro visite o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), preso preventivamente na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília. A informação foi publicada inicialmente pela CNN Brasil.

De acordo com a decisão, a visita está marcada para este domingo (23) e deverá ocorrer no período entre 15h e 17h. Bolsonaro foi detido na manhã de sábado (22), após o descumprimento de medidas impostas pela Justiça.

A defesa do ex-presidente havia solicitado autorização para que Michelle Bolsonaro e os filhos pudessem visitá-lo. No entanto, Moraes destacou que o pedido não especificava quais dos cinco filhos desejavam ingressar na unidade da PF e determinou que a defesa complemente o cadastro. Jair Bolsonaro é pai de Flávio Bolsonaro, senador; Carlos Bolsonaro, vereador do Rio de Janeiro; Eduardo Bolsonaro, deputado federal e atualmente nos Estados Unidos; Jair Renan Bolsonaro, vereador em Balneário Camboriú (SC); e Laura Bolsonaro, filha caçula.Ainda neste domingo, Bolsonaro deverá participar de audiência de custódia, realizada por videoconferência e conduzida por um juiz auxiliar. A sessão deve avaliar a legalidade e as condições da prisão.

A detenção preventiva foi decretada após a Polícia Federal constatar uma tentativa de violação da tornozeleira eletrônica utilizada pelo ex-presidente, por meio do uso de um ferro de solda. A PF solicitou a conversão da prisão domiciliar para preventiva, com aval da Procuradoria-Geral da República (PGR) e determinação final do ministro Alexandre de Moraes.A partir da decisão, Bolsonaro permanecerá sob custódia da Polícia Federal enquanto avançam as investigações relacionadas ao caso. A defesa ainda não se manifestou publicamente sobre a autorização da visita nem sobre os próximos passos jurídicos.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Lula diz que vai dialogar com Trump em busca de paz na Venezuela

Em coletiva no G20, presidente manifesta preocupação com movimentação militar dos EUA no Caribe e diz que abordará o tema com Donald Trump

Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, durante a Sessão de Abertura da Cúpula de Líderes do G20. (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a tratar do aumento da tensão entre Estados Unidos e Venezuela no mar do Caribe durante entrevista coletiva na reunião do G20, na África do Sul, neste domingo (23). O líder brasileiro afirmou que acompanha com apreensão a escalada militar na região.

Lula enfatizou o papel do Brasil na mediação de conflitos sul-americanos e antecipou que discutirá o assunto com Donald Trump, atual presidente dos Estados Unidos. Ele declarou que a instabilidade regional preocupa Brasília, sobretudo diante da presença militar norte-americana próxima ao território venezuelano. “Eu estou preocupado, porque a América do Sul é considerada uma zona de paz. Somos um continente que não temos armas nucleares, bombas atômicas, nada. Lá, o nosso negócio é trabalhar para crescer”, afirmou.

O presidente criticou a movimentação militar dos EUA no Caribe e reforçou que o Brasil não pode se omitir. “A mim, me preocupa muito o aparato militar que os EUA colocou no Caribe. E eu pretendo conversar com o presidente Trump. O Brasil tem responsabilidade na América do Sul, faz fronteira com a Venezuela, e não é pouca coisa. Acho que não tem nenhum sentido você ter uma guerra agora”, disse Lula.

Ele também fez referência ao conflito no Leste Europeu ao alertar sobre o risco de escaladas militares. “Não vamos repetir o erro do que aconteceu na guerra da Rússia e da Ucrânia. Para começar basta dar um tiro; para terminar, ninguém sabe”, afirmou.

Fonte: Brasil 247

"Seu pai abriu 700 mil covas na pandemia", diz pastor na cara de Flávio Bolsonaro; vídeo

Religioso criticou duramente Jair Bolsonaro em vigília convocada por Flávio e acabou hostilizado, perseguido e agredido por apoiadores bolsonaristas

      Ismael Lopes (Foto: Reprodução redes sociais)

A vigília organizada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) para defender o ex-presidente Jair Bolsonaro terminou em violência após um pastor denunciar, diante do próprio senador, a responsabilidade do ex-mandatário pelas mortes na Covid-19. A cena foi registrada em vídeo e revelada inicialmente pelo jornal Folha de S.Paulo, que noticiou que o religioso foi hostilizado e agredido por bolsonaristas logo após discursar.



Ismael Lopes, integrante da Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito, tomou o microfone logo depois de dois pastores bolsonaristas se manifestarem. Em sua fala, criticou o ex-presidente e afirmou que Bolsonaro “havia aberto 700 mil covas na pandemia”. Ele também defendeu a condenação de Bolsonaro no processo da trama golpista.

● Pastor criticou a instrumentalização da fé e foi atacado por bolsonaristas

Assim que suas críticas se tornaram evidentes, apoiadores passaram a vaiá-lo e cercá-lo. Lopes se retirou da aglomeração, mas foi perseguido, derrubado e agredido. Flávio Bolsonaro e aliados tentaram conter os mais exaltados, sem sucesso. A polícia precisou intervir com spray de pimenta para interromper as agressões.

Após o tumulto, Ismael Lopes reafirmou sua posição diante dos jornalistas. “Vim aqui na iniciativa de tentar fazer uma fala baseada na palavra de Deus, para acabar com essa instrumentalização da fé cristã que eles fazem”, declarou. Ele deixou o local em uma viatura para registrar boletim de ocorrência na delegacia.

● Vigília contrariou decisão do STF e reuniu aliados bolsonaristas

A vigília ocorreu em um estacionamento próximo ao condomínio onde Bolsonaro estava em prisão domiciliar, após ter sido detido preventivamente por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. O magistrado citou a organização da própria vigília como um dos motivos da prisão, alegando risco à ordem pública.

Flávio Bolsonaro classificou a decisão como “esdrúxula” e defendeu um projeto de anistia que beneficie seu pai e outros envolvidos na trama golpista. O ato reuniu políticos como Carlos Bolsonaro, Rogério Marinho, Helio Lopes e Bia Kicis, além de algumas centenas de apoiadores.

● Episódio expõe radicalização em atos bolsonaristas

A agressão ao pastor revela o nível de tensão e intolerância que permeia atos convocados pelo bolsonarismo, mesmo aqueles apresentados como vigílias religiosas. O episódio também evidencia a pressão política e social que se intensificou após a prisão do ex-presidente, expondo novas fissuras e conflitos internos no campo bolsonarista.

Fonte: Brasil 247 com informações publicadas inicialmente pelo jornal Folha de S. Paulo 

Dias mais calmos e discretos: o novo clima no condomínio de Bolsonaro após a prisão


Entrada do condomínio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) – Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

No dia seguinte à prisão preventiva de Jair Bolsonaro (PL), decretada pelo ministro Alexandre de Moraes nesta semana, moradores do Solar de Brasília relatam expectativa de retomada de uma rotina mais discreta. O condomínio, localizado no Jardim Botânico, vinha lidando com movimentação intensa desde que o ex-presidente passou a cumprir medidas restritivas no local. Com informações do jornal O Globo.

Moradores afirmam que os meses anteriores foram marcados por grande circulação de jornalistas, viaturas e apoiadores, o que provocou discussões em grupos internos e episódios de aglomeração. No sábado, após a prisão, registrou-se no WhatsApp do condomínio o envio de mensagens bem-humoradas, convites para confraternizações e até um link da música “É Hoje”, de Caetano Veloso.

Administradores do grupo eletrônico reforçaram as regras de convivência e passaram a remover publicações com conteúdo político. Relatos indicam que mensagens sobre a prisão, o STF ou a situação judicial de Bolsonaro foram apagadas ao longo do dia, seguindo normas internas para evitar divergências entre os moradores.

Desde agosto, vizinhos mencionavam incômodos provocados pelo fluxo de carros, buzinaços e receio de manifestações na porta do condomínio. Também havia relatos de lentidão no acesso às residências e preocupação com possível formação de acampamento de apoiadores, o que motivou intercâmbio constante de mensagens sobre segurança e trânsito.

Com a prisão preventiva e o foco transferido para a Superintendência da Polícia Federal, parte dos moradores avalia que a pressão sobre o Solar de Brasília deve diminuir. A expectativa é de que vigílias, visitas de parlamentares e atos de apoio passem a se concentrar na sede da PF, especialmente após a audiência de custódia deste domingo e dos próximos atos processuais.

A residência ocupada anteriormente por Bolsonaro é alugada e bancada pelo PL. O condomínio, situado a cerca de 10 quilômetros do Congresso Nacional, volta agora à rotina usual, segundo relatos de vizinhos que acompanham a movimentação interna desde a decisão do STF.

Fonte: DCM com informações do jornal O Globo

Diretora que questionou Bolsonaro sobre tornozeleira foi condecorada por “bravura” no 8/1


      Tornozeleira danificada por Jair Bolsonaro

A diretora-adjunta da Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (SEAPE-DF), Rita de Cássia Gaio Siqueira, voltou a ter seu nome entre as notícias nacionais após a prisão preventiva de Jair Bolsonaro (PL) no último sábado (22). É a voz dela que aparece no vídeo gravado pela Polícia Federal, no qual questiona o ex-presidente sobre a violação da tornozeleira eletrônica.

Com firmeza e cortesia, ela pergunta: “que horas o senhor começou a fazer isso, seu Jair?”, enquanto observava as marcas de queimadura provocadas pelo uso de um ferro de solda.


A abordagem vista no vídeo reflete a trajetória de Rita no sistema prisional. Com experiência acumulada em funções técnicas, operacionais e cargos de chefia, ela é reconhecida por atuações de risco e recebeu condecoração da Câmara Legislativa do Distrito Federal por “ato de bravura” durante os ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023.

Na ocasião, a Casa aprovou votos de louvor a policiais penais da SEAPE, destacando o papel do grupo na contenção da depredação do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal. Rita integrou a equipe homenageada por ter agido “prontamente” e contribuído para evitar danos maiores às sedes dos Três Poderes.

O vídeo com Bolsonaro também não foi o primeiro episódio em que Rita lidou com casos envolvendo monitoramento eletrônico.

Em 2022, atuando no Centro Integrado de Monitoração Eletrônica da SEAPE, ela participou da elaboração de um relatório encaminhado ao STF alertando para o desligamento completo da tornozeleira do então deputado Daniel Silveira.

A falha era considerada grave, pois a bateria zerada impedia o rastreamento e a verificação de eventual rompimento do equipamento. O documento, emitido sob sua responsabilidade técnica, integrou o conjunto de informações que levou Alexandre de Moraes a decretar a prisão de Silveira em 2023.

A carreira de Rita na administração penitenciária se consolidou ao longo dos últimos anos. Em 2015, foi nomeada chefe do Núcleo de Ensino e Aperfeiçoamento Profissional do Centro de Progressão Penitenciária, então ligado à Secretaria de Justiça e Cidadania do DF.

Antes disso, sua trajetória profissional incluiu passagem pelo setor privado: entre 2002 e 2006, foi sócia-administradora da empresa Gaio & Gonçalves Comercial Ltda., voltada à venda de equipamentos e suprimentos de informática em Brasília.

Fonte: DCM

A manifestação da PGR sobre a prisão de Bolsonaro


         O procurador-geral da República, Paulo Gonet. Foto: Antonio Augusto/STF

A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou favoravelmente à prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), detido na manhã deste sábado (22) em Brasília. Em documento enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), o procurador-geral Paulo Gonet afirmou que “diante da urgência e gravidade dos novos fatos apresentados, a Procuradoria-Geral da República não se opõe à providência indicada pela Autoridade Policial”.

A manifestação reforça a avaliação de que havia risco concreto à ordem pública, argumento central apresentado pela Polícia Federal ao solicitar a medida.

A prisão foi cumprida logo cedo, quando agentes chegaram ao condomínio onde Bolsonaro cumpria prisão domiciliar desde 4 de agosto. Ele foi levado diretamente para a Superintendência da Polícia Federal, onde permanece à disposição da Justiça.

A medida não está relacionada à condenação de 27 anos e três meses por tentativa de golpe de Estado, que ainda aguarda o julgamento de recursos.

O que motivou a ação, segundo investigadores, foi a convocação de uma vigília feita pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que divulgou mensagens com trechos bíblicos conclamando apoiadores a uma mobilização permanente pela liberdade do pai.

Para a PF, a convocação criaria aglomerações em frente à residência de Bolsonaro, gerando risco para ele, para terceiros e para a própria execução das medidas judiciais.

Alexandre de Moraes reforça esse entendimento na decisão ao afirmar que a mobilização reproduziria o “modus operandi” observado nos atos golpistas de 2022 e nas vigílias em quartéis que antecederam os ataques de 8 de janeiro. Segundo o ministro, tais aglomerações poderiam “dificultar eventual ordem de prisão e até mesmo possibilitar uma fuga”.

Jair Bolsonaro em prisão domiciliar
Jair Bolsonaro em prisão domiciliar – Reprodução
A decisão traz ainda um novo elemento: a tentativa de romper a tornozeleira eletrônica às 0h08 deste sábado. Moraes afirmou que o registro foi feito pelo sistema de monitoramento do Distrito Federal e que a ação indicaria intenção de fuga durante a confusão prevista para a manifestação convocada por Flávio Bolsonaro.

O episódio, segundo o STF, reforçou a necessidade da prisão preventiva como forma de garantir a ordem pública e assegurar a aplicação da lei penal.

Com a decisão tomada, Moraes solicitou a convocação de uma sessão extraordinária da Primeira Turma do STF para referendar a prisão. A reunião foi marcada pelo ministro Flávio Dino para esta segunda-feira (24), das 8h às 20h, no formato virtual.

O encontro ocorrerá no mesmo dia em que se encerra o prazo para a apresentação dos segundos embargos da defesa contra a condenação de Bolsonaro, às 23h59.

Fonte: DCM

“Ex-presidente de extrema-direita”: como imprensa internacional noticiou prisão de Bolsonaro


      Jair Bolsonaro atrás de grades. Foto: reprodução

A prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), na manhã deste sábado (22), repercutiu imediatamente na imprensa internacional. Veículos de diversos países destacaram o simbolismo político da detenção, o momento em que ela ocorreu e os desdobramentos da crise institucional que envolve o ex-chefe do Planalto desde sua condenação por tentativa de golpe de Estado.

Nos Estados Unidos, o jornal The Washington Post enfatizou que a prisão ocorre “dias antes de ele começar a cumprir sua pena de 27 anos de prisão por liderar uma tentativa de golpe”. O periódico destacou ainda que Moraes “raramente toma decisões aos sábados, a menos que haja riscos de segurança envolvidos”, interpretando a detenção como uma ação emergencial diante do risco de fuga.

Em outro trecho, o Post escreveu: “A prisão preventiva deste sábado não significa que Bolsonaro permanecerá na sede da Polícia Federal para cumprir sua pena. A lei brasileira exige que todos os condenados iniciem suas penas na prisão”.

Na França, a rede France 24 afirmou que Bolsonaro foi condenado “por uma tentativa frustrada de golpe de Estado” e destacou que ele aguardava julgamento de recursos. Para o canal, a detenção é mais um capítulo da crise gerada após a derrota eleitoral de 2022.

Cobertura na prisão de Bolsonaro no France 24. Foto: reprodução

Os jornais argentinos também deram destaque ao caso. O Clarín lembrou que, na véspera da prisão, a defesa do ex-presidente havia solicitado ao STF autorização para que Bolsonaro cumprisse “sua pena de 27 anos de prisão em casa por motivos de saúde”.

Em nova matéria, o diário observou que “relatos indicam que ele tentou romper sua tornozeleira eletrônica”, mencionando o registro do sistema de monitoramento. Já o La Nación apontou que Bolsonaro enfrenta sequelas da facada de 2018 e que sua defesa cita “razões humanitárias” para evitar uma unidade prisional.

O britânico The Guardian publicou uma reportagem intitulada “Ex-presidente de extrema-direita Jair Bolsonaro preso no Brasil”. O jornal destacou que Bolsonaro foi levado de sua residência para a Superintendência da Polícia Federal, a cerca de 11 quilômetros do centro de Brasília, e lembrou que apoiadores planejavam uma “vigília” convocada por Flávio Bolsonaro.

The Guardian descreveu Bolsonaro como “ex-presidente de extrema-direita”. Foto: reprodução
“O protesto havia sido convocado pelo filho de Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro, em um vídeo publicado nas redes sociais”, escreveu o Guardian.

The Guardian em matéria sobre a prisão de Bolsonaro. Foto: reprodução


O canal catariano Al Jazeera noticiou que Bolsonaro foi preso “dias antes da sua sentença de 27 anos de prisão” e ressaltou que ele vinha cumprindo prisão domiciliar desde agosto. A emissora reforçou o caráter preventivo da nova ordem, decretada após a Polícia Federal relatar risco imediato de fuga.

Na Espanha, o jornal El País estampou em sua página principal a manchete “Polícia prende o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro após meses de prisão domiciliar”. Segundo o veículo, Bolsonaro havia sido condenado em setembro a 27 anos de prisão “por uma tentativa fracassada de golpe de Estado”, sendo agora detido em meio a novo episódio de instabilidade política.

A emissora estadunidense CBS News também noticiou a prisão, lembrando que Bolsonaro é aliado do ex-presidente estadunidense Donald Trump, que classificou seu julgamento como uma “caça às bruxas”.

A CBS também destacou que “Bolsonaro foi mencionado em uma ordem executiva de julho do governo dos EUA que aumentou em 50% as tarifas sobre diversas exportações brasileiras”, medida revogada parcialmente por Trump na sexta-feira.

O israelense The Times of Israel publicou: “Ex-presidente do Brasil Bolsonaro preso dias antes de começar a cumprir sua pena de 27 anos de prisão”.

Bolsonaro no Al Jazeera. Foto: reprodução
Fonte: DCM

Prefeito bolsonarista esconde que recebeu R$ 20 milhões para a Saúde


        O presidente Lula e o prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini. Foto: Divulgação

A Prefeitura de Cuiabá autorizou a entrada de mais de R$ 20 milhões em emendas federais para a Saúde, mas fez isso sem qualquer anúncio público. O dinheiro, encaminhado pela bancada federal de Mato Grosso, apareceu apenas em um suplemento da Gazeta Municipal desta terça-feira, 18, sem detalhamento de uso, cronograma ou metas.

As resoluções, assinadas pela presidente do Conselho Municipal de Saúde, Danielle Pedroso Bertucini, limitam-se a homologar as emendas, sem explicar como a verba será aplicada no atendimento à população.

Os valores contemplam especialidades que têm longas filas na capital. São R$ 3,9 milhões para cardiologia, R$ 2 milhões para otorrinolaringologia, R$ 5,7 milhões para oftalmologia, R$ 5,3 milhões para ginecologia e R$ 4 milhões para ortopedia.

Todo o montante é destinado ao Programa Mais Acesso a Especialistas (PMAE), criado para ampliar consultas e cirurgias. Sem transparência, porém, não há garantia de que a ampliação realmente ocorrerá. A publicação não informa quais hospitais receberão recursos, quantas consultas serão abertas, quantas cirurgias serão feitas ou quais profissionais serão contratados.

Central de Regulação do SUS em Cuiabá. Foto: Divulgação

Não há referência a processos de licitação, metas de desempenho, critérios de distribuição ou datas para início da execução. Segundo o texto, nada esclarece “quem vai fiscalizar” ou como a população poderá acompanhar a aplicação dos valores.

O conteúdo destaca números milionários sem qualquer contrapartida de informação ao cidadão. Para quem depende do SUS, isso reforça um padrão presente na gestão: o dinheiro chega, mas a execução é lenta e pouco explicada. Falta clareza sobre como esses recursos podem aliviar as filas de espera, que seguem aumentando em áreas sensíveis como oftalmologia, ortopedia e ginecologia.

A escolha por publicar as homologações em suplemento, sem divulgação oficial, agrava a sensação de falta de transparência. O ato aparece escondido, como se não envolvesse uma das maiores injeções de recursos na saúde municipal deste ano

Enquanto isso, a rotina na rede de saúde continua marcada por atrasos. Consultas especializadas levam meses para serem agendadas e exames ficam represados. Pacientes, especialmente crianças e idosos, seguem enfrentando a desorganização do sistema. A verba poderia ajudar a reduzir essa pressão, mas, sem explicação concreta, não há previsão de quando, ou se, isso acontecerá.

Fonte: DCM

VÍDEO – Carol comemora prisão de Bolsonaro após bronze no Mundial de vôlei de praia


      A jogadora de vôlei Carol Solberg – Reprodução/sportv

Carol Solberg e Rebecca ficaram com o bronze no Mundial de vôlei de praia em Adelaide após vencerem Thamela e Vic por 2 sets a 0, com parciais de 21/18 e 22/20. A partida foi marcada por disputa intensa e rallys longos, garantindo à dupla um lugar no pódio da etapa australiana. A vitória confirmou o bom momento das brasileiras na competição.

Após o jogo, Carol voltou a se posicionar politicamente. Durante a entrevista em quadra, ela comemorou a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com um grito de “Bolsonaro na cadeia”, retomando uma postura que se tornou pública em 2020, quando puxou “Fora, Bolsonaro” ao vivo durante o Circuito Brasileiro. Na época, a jogadora foi julgada e absolvida pelo STJD do vôlei.

A manifestação desta vez ocorreu logo depois da conquista da medalha, reforçando o histórico de Carol em se expressar em competições esportivas. O posicionamento político veio acompanhado da celebração pelo resultado em Adelaide, onde ela e Rebecca asseguraram o terceiro lugar com atuação consistente nos dois sets.

Fonte: DCM

Embaixada dos EUA ataca Moraes após prisão de Bolsonaro – o preso que queimou sua tornozeleira

Representação diplomática estadunidense sai em defesa de um delinquente que tentou destruir a própria tornozeleira eletrônica

       Donald Trump e Alexandre de Moraes (Foto: Reuters/Kevin Lamarque | Luiz Silveira/STF)

Um tweet publicado pela embaixada dos Estados Unidos neste fim de semana desencadeou forte reação política no Brasil. Na mensagem, a representação diplomática atacou diretamente o ministro Alexandre de Moraes, afirmando que ele seria um “violador de direitos humanos sancionado” e acusando o Supremo Tribunal Federal de “vergonha e descrédito internacional”. O episódio ocorre após a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro, executada pela Polícia Federal no sábado (22). As informações sobre a tentativa de Bolsonaro de violar sua tornozeleira eletrônica constam de relatório da Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seap) divulgado após decisão de Moraes que retirou o sigilo do material.

De acordo com a embaixada, os Estados Unidos estariam “profundamente preocupados” com a decisão judicial que levou à prisão de Bolsonaro, que já cumpria prisão domiciliar “sob rígidas restrições de comunicação”. A mensagem ainda afirma que “não há nada mais perigoso para a democracia do que um juiz que não reconhece limites para seu poder”, em clara afronta ao Supremo Tribunal Federal.



☉ Bolsonaro tentou abrir a tornozeleira com ferro de solda

O relatório da Seap, agora público por decisão de Moraes, é explícito: Bolsonaro utilizou um ferro de solda para tentar abrir a tornozeleira eletrônica. O próprio ex-presidente admitiu a avaria em um vídeo enviado ao STF.

“[Foi] curiosidade”, disse Bolsonaro, explicando que tentou abrir o equipamento na tarde de sexta-feira (21). A violação foi registrada às 00h07 de sábado (22) pelo Centro Integrado de Monitoração Eletrônica (CIME). Horas depois, já pela manhã, Bolsonaro foi preso preventivamente.

Segundo o documento técnico, a equipe identificou “marcas de queimadura em toda a circunferência” da tornozeleira. Ao ser questionado, Bolsonaro confirmou que havia usado um ferro de solda para tentar abrir o dispositivo. O equipamento foi imediatamente substituído.

☉ Riscos de fuga e convocação de mobilização por Flávio Bolsonaro

Na decisão que decretou a prisão preventiva, Moraes apontou dois elementos principais: a violação da tornozeleira e o risco de tumulto — ou mesmo de tentativa de fuga — provocado pela convocação feita por Flávio Bolsonaro. O senador chamou nas redes sociais uma “vigília de orações” para a porta da casa onde o pai cumpria prisão domiciliar desde 4 de agosto.

O ministro avaliou que a movimentação poderia criar ambiente propício para obstrução da Justiça ou para uma eventual fuga do réu, condenado por participar da trama golpista que culminou na invasão de prédios dos Três Poderes.

☉ Condenação na trama golpista e fase final de recursos

Bolsonaro foi condenado a 27 anos e três meses de prisão pela Primeira Turma do STF por sua participação no golpe que tentou impedir a posse do presidente Lula. A Corte rejeitou na semana passada os embargos de declaração apresentados por Bolsonaro e outros seis réus, mantendo as penas e abrindo caminho para a execução em regime fechado.

Termina neste domingo (23) o prazo para a apresentação dos últimos recursos. Se forem rejeitados, as prisões serão imediatamente executadas.

A defesa do ex-presidente pediu na sexta-feira (21) a concessão de prisão domiciliar humanitária alegando que Bolsonaro teria “doenças permanentes” que exigiriam acompanhamento médico intenso. O pedido foi negado por Moraes.

☉ Investigações envolvendo Eduardo Bolsonaro e lobby com governo Trump

Bolsonaro já estava em prisão domiciliar por descumprir medidas cautelares impostas no inquérito que apura a atuação do deputado Eduardo Bolsonaro junto ao governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para promover retaliações contra o governo brasileiro e contra ministros do STF.

Esse inquérito, que apura tentativa de interferência estrangeira para pressionar e desestabilizar instituições brasileiras, já havia motivado as restrições impostas ao ex-presidente.

☉ Um ataque diplomático à Justiça brasileira

A manifestação da embaixada dos EUA em defesa de Bolsonaro e contra o ministro Alexandre de Moraes representa um movimento inédito e de forte gravidade diplomática. Ao ignorar o fato documentado de que o ex-presidente tentou destruir um equipamento de monitoração judicial com um ferro de solda, a representação estadunidense optou por respaldar um condenado por tentativa de golpe de Estado — e agora por tentativa de violação da tornozeleira eletrônica.

A reação do Itamaraty e do Supremo Tribunal Federal ao ataque público dos Estados Unidos deve dominar o debate político nos próximos dias.


Fonte: Brasil 247

“A Justiça decidiu e todo mundo sabe o que ele fez”, diz Lula sobre a prisão de Bolsonaro

Em coletiva na África do Sul, presidente afirma que Justiça foi soberana ao decretar prisão preventiva do ex-mandatário brasileiro

Presidente Lula discursa durante reunião do G20 na África do Sul (Foto: Reprodução/Youtube)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, neste domingo (23), que Jair Bolsonaro foi preso após um processo longo e transparente, ressaltando que “a Justiça decidiu e todo mundo sabe o que ele fez”. A declaração foi dada durante coletiva de imprensa na reunião do G20 na África do Sul.

Lula reiterou que não comenta decisões da Suprema Corte, mas frisou que o caso passou por um amplo percurso judicial. “A Justiça tomou uma decisão, ele foi julgado, teve a presunção de inocência, foram praticamente dois anos e meio de investigações, delações, julgamentos”, afirmou. “A Justiça decidiu e está decidido, ele vai cumprir a pena que a Justiça determinou e todo mundo sabe o que ele fez.”

O presidente também respondeu às críticas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que condenou a decisão do STF. “Acho que não tem nada a ver. Acho que o Trump tem que saber que somos um país soberano, que nossa Justiça decide”, disse Lula.

A prisão preventiva de Bolsonaro ocorreu na manhã de sábado (22), quando ele foi levado para a Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, após decisão do ministro Alexandre de Moraes. O STF acatou o pedido da PF ao apontar risco de fuga e violação da tornozeleira eletrônica.
Fonte: Brasil 247