Atualmente, o número de fumantes no país é, em média, de 11% da população
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O percentual de adultos fumantes no Brasil vem apresentando uma expressiva queda nas últimas décadas em função das diversas ações desenvolvidas pela Política Nacional de Controle do Tabaco. As pesquisas mais recentes apontam que, atualmente, o percentual de fumantes atinge em média 11% da população adulta.
A 16ª Regional de Saúde de Apucarana está iniciando nesta semana uma nova campanha antitabagismo. Por enquanto, 9 dos 17 municípios da região fizeram a adesão. Lucas Leugi, diretor da RS, informa que já recebeu os adesivos de nicotina transdérmicos, goma de mascar de nicotina e o cloridrato de bupropiona, a serem utilizados na campanha.
“Os insumos para o desenvolvimento das ações começaram a serem entregues nas secretarias de saúde dos municípios. Elas são responsáveis pela organização dos grupos de pessoas tabagistas, coordenados por profissionais de saúde capacitados”, revela Leugi.
Conforme as estatísticas oficiais, no Brasil, a cada dia, uma média de 477 pessoas morrem por causa do tabagismo. Cerca de R$153 bilhões é total de custos gerados pelos danos produzidos pelo cigarro no sistema de saúde e na economia nacional.
Para ter acesso a esses medicamentos é necessário que os cidadãos interessados em parar de fumar se inscrevam no programa da rede pública de saúde. O odontólogo Moacir Paludetto, que coordena o programa antitabagismo na 16ª RS, diz que, em cada município, as secretarias de saúde são responsáveis pelas atividades dos grupos antitabagismo e também pela entrega dos medicamentos.
Quanto aos óbitos anuais no Brasil, atribuídas ao tabagismo, estatísticas indicam que 40.567 correspondem à Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC); 30.871 à doenças cardíacas; 29.352 a outros cânceres; 26.583 ao câncer de pulmão; 20.010 ao tabagismo passivo; 11.745 à pneumonia e outras causas; 9.513 ao acidente vascular cerebral (AVC) e 5.294 a diabetes tipo II.
Os medicamentos disponibilizados pelo Ministério da Saúde para o tratamento do tabagismo na rede do SUS são os seguintes: terapia de reposição de nicotina (adesivo transdérmico e goma de mascar) e o cloridrato de bupropiona.
TERAPIA EM GRUPO - O programa, focado em parar de fumar, consiste de quatro sessões semanais de grupos (de 10 a 15 pessoas), com duração de uma hora e meia, por um período de quatro semanas. Os grupos são organizados pelas secretarias municipais de saúde.
“Estamos trabalhando para ampliar a adesão dos municípios. Nossa meta é criar grupos de terapia em todos os municípios da nossa regional de saúde. Lutamos para que, progressivamente, mais pessoas deixem de ser fumantes”, informa Moacir Paludetto.
Conforme enfatiza Paludetto, parar de fumar sempre vale a pena em qualquer momento da vida, mesmo que o fumante já esteja com alguma doença causada pelo cigarro. “A qualidade de vida melhora muito ao parar de fumar”, destaca ele.
Quem para de fumar, vê as mudanças
acontecerem de imediato. Confira!
• Após 2 horas, não há mais nicotina circulando no sangue.
• Após 8 horas, o nível de oxigênio no sangue se normaliza.
• Após 12 a 24 horas, os pulmões já funcionam melhor.
• Após 2 dias, o olfato já percebe melhor os cheiros e o paladar já degusta melhor a comida.
• Após 3 semanas, a respiração se torna mais fácil e a circulação melhora.
• Após 1 ano, o risco de morte por infarto do miocárdio é reduzido à metade.
Fonte: Assessoria de Imprensa