terça-feira, 12 de agosto de 2025

INSS suspende contrato com banco Agibank por violações em atendimento a beneficiários

Instituto identificou práticas como bloqueio de chamadas à Central 135 e retenção indevida de valores

        Prédio do INSS (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) anunciou nesta terça-feira (12) a suspensão do contrato com o Banco Agibank S.A., responsável pelo pagamento de benefícios previdenciários. A decisão foi motivada por práticas consideradas pelo órgão como “graves violações contratuais”, que estariam comprometendo o acesso dos segurados aos serviços oficiais. As informações são do g1.

De acordo com o INSS, denúncias apontam que o aplicativo do banco, ao ser instalado nos celulares dos beneficiários, redirecionava chamadas feitas para a Central 135, canal oficial de atendimento do instituto. Com isso, os usuários eram impedidos de registrar reclamações, solicitar informações sobre seus benefícios ou pedir ressarcimentos.

Segundo o órgão, o banco também teria recusado pedidos de portabilidade sem justificativa e retido valores indevidamente. Há ainda relatos de convocações de segurados para comparecerem a lojas do Agibank, sob o argumento de tratar de descontos de entidades associativas ou para “receber seu dinheiro de volta”.

Em nota oficial, o INSS classificou as condutas como infrações gravíssimas, destacando que elas interferem diretamente na relação entre o cidadão e o Estado. “O INSS reforça que nenhuma instituição financeira está autorizada a atuar como intermediária ou portal de entrada para os canais oficiais de atendimento do Instituto”, afirmou o órgão.

Apesar da suspensão do contrato, o INSS informou que os beneficiários que recebem pelo Agibank não precisam tomar nenhuma medida imediata. Os pagamentos continuarão sendo realizados normalmente.

Já aqueles que tiveram o pedido de portabilidade negado devem registrar denúncia na Ouvidoria do INSS, por meio dos canais oficiais.

Até o momento, o Banco Agibank não se pronunciou publicamente sobre a decisão.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Brasil e China provam que "dois grandes países podem manter uma relação equilibrada e de respeito", diz Gleisi

Ministra destaca telefonema entre Lula e Xi Jinping, que tratou de clima, comércio e cooperação estratégica, como exemplo de diplomacia equilibrada

         Lula e Xi Jinping (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), afirmou nesta terça-feira (12) que o diálogo direto entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente da China, Xi Jinping, demonstra que “dois grandes países podem manter uma relação equilibrada e de mútuo respeito, em benefício de todos”. A declaração foi publicada nas redes sociais e destacou que, nas últimas décadas, a China se consolidou como o maior parceiro comercial do Brasil e fonte de investimentos estratégicos, sem imposições ou ingerência nos assuntos internos.

Gleisi ressaltou ainda que Brasil e China “trabalham juntos pelo respeito ao multilateralismo para ‘construir juntos um mundo mais justo e um planeta mais sustentável’, como ressaltou Xi Jinping no telefonema”. Para ela, essa visão sintetiza o espírito do BRICS e de outras iniciativas multilaterais que ganham relevância no cenário internacional.

☆ Clima, paz e comércio no centro da pauta

Segundo informações divulgadas pelo próprio presidente Lula, a conversa com Xi Jinping ocorreu na noite de segunda-feira (11) e durou cerca de uma hora. Na ligação, ambos trocaram impressões sobre a guerra na Ucrânia e defenderam o papel do G20 e do BRICS na promoção do multilateralismo e na construção de soluções pacíficas para conflitos globais.

A pauta ambiental também teve destaque. Lula afirmou ter reiterado “a importância que a China terá para o sucesso da COP 30 e no combate à mudança do clima”. Xi Jinping, de acordo com o presidente brasileiro, garantiu que o país asiático enviará uma delegação de alto nível para Belém, sede da conferência climática em 2025, e que trabalhará em conjunto com o Brasil para assegurar resultados concretos no evento.

☆ Expansão da cooperação estratégica

A relação econômica e tecnológica esteve entre os pontos centrais da ligação. Lula citou avanços na integração dos programas de desenvolvimento de ambos os países e o compromisso de ampliar a cooperação para áreas como saúde, petróleo e gás, economia digital e satélites. Ele também frisou a disposição de buscar novas oportunidades de negócios, fortalecendo os fluxos de comércio e investimento.

☆ Contexto geopolítico

O diálogo ocorre em um momento em que o cenário global exige maior articulação entre países em desenvolvimento. A aproximação Brasil-China, ancorada em parcerias em energia, tecnologia e meio ambiente, reforça a influência conjunta no sistema internacional e a agenda de cooperação Sul-Sul. Com a China já consolidada como principal parceiro comercial do Brasil, a ênfase em novos setores estratégicos amplia as perspectivas de crescimento, inovação e desenvolvimento sustentável.

Fonte: Brasil 247

Com queda nos alimentos, inflação fica em 0,26% em julho, diz IBGE

Conta de luz teve maior impacto individual pelo terceiro mês seguido; alimentos e combustíveis registraram queda

         Supermercado. Foto: Divulgação

A inflação oficial do país ficou em 0,26% em julho, ligeiramente acima da taxa de junho (0,24%). O dado foi divulgado nesta segunda-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Pelo terceiro mês consecutivo, o principal fator de pressão sobre o índice foi a energia elétrica residencial, que sozinha respondeu por 0,12 ponto percentual do resultado. “De janeiro a julho, energia elétrica acumula alta de 10,18%, sendo o principal impacto individual no acumulado do IPCA”, afirmou Fernando Gonçalves, gerente da pesquisa.

Sem a contribuição da conta de luz, o IPCA de julho teria ficado em 0,15%, segundo o IBGE. O peso do item reflete a bandeira vermelha patamar 1, em vigor desde junho, que adiciona R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos, além de reajustes tarifários em diferentes capitais, como São Paulo (10,56%), Curitiba (2,47%) e Porto Alegre (1,48%).

Com o resultado de julho, o IPCA acumula alta de 3,26% em 2025. Nos últimos 12 meses, a inflação está em 5,23%.

☆ Alta nos serviços e passagens aéreas

Além da energia elétrica, outros grupos também contribuíram para a alta do mês. O setor de Despesas pessoais subiu 0,76%, influenciado pelos jogos de azar, com aumento de 11,17% — o terceiro maior impacto individual no índice.

Em Transportes, a inflação acelerou de 0,27% em junho para 0,35% em julho, com destaque para as passagens aéreas, que subiram 19,92% e foram o segundo maior impacto individual no mês (0,10 p.p.).

Na contramão, os combustíveis caíram 0,64%, com redução nos preços de etanol (-1,68%), gasolina (-0,51%), óleo diesel (-0,59%) e gás veicular (-0,14%).

☆ Alimentos recuam pelo segundo mês

Os alimentos e bebidas tiveram queda de 0,27%, contribuindo para conter a inflação. É o segundo mês seguido de recuo no grupo, que havia registrado -0,18% em junho.

A alimentação no domicílio caiu 0,69%, com destaque para a redução nos preços da batata-inglesa (-20,27%), cebola (-13,26%) e arroz (-2,89%). Por outro lado, a alimentação fora do domicílio acelerou de 0,46% para 0,87%, puxada pelos lanches (1,90%).

“Sem a queda dos alimentos, a inflação do mês teria sido de 0,41%”, observou Fernando Gonçalves.

☆ Outros grupos

O grupo Habitação teve alta de 0,91%, também influenciado por reajustes nas tarifas de água e esgoto, como em Salvador (2,16%), Brasília (0,57%) e Rio Branco (0,14%).

Saúde e cuidados pessoais subiu 0,45%, com alta em higiene pessoal (0,98%) e planos de saúde (0,35%), após autorização da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Vestuário teve queda de 0,54%, com destaque para a roupa feminina (-0,98%) e masculina (-0,87%).

☆ IPCA por região

A maior variação regional foi registrada em São Paulo (0,46%), devido à energia elétrica (10,56%) e às passagens aéreas (13,56%).

A menor variação ocorreu em Campo Grande (-0,19%), puxada pelas quedas na batata-inglesa (-33,84%) e na energia elétrica (-1,39%).

☆ INPC tem alta de 0,21% em julho

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação para famílias com renda de 1 a 5 salários mínimos, subiu 0,21% em julho.

O acumulado no ano é de 3,30%, e em 12 meses, de 5,13%, abaixo dos 5,18% registrados no período anterior.

Alimentos no INPC caíram 0,38% em julho, após recuo de 0,19% em junho. Os não alimentícios subiram 0,41%.

Entre as regiões, São Paulo (0,56%) teve a maior alta e Campo Grande (-0,27%), a menor.

Fonte: Brasil: 247

As chances de Alcolumbre abrir impeachment contra Moraes, segundo o STF

 

A avaliação do STF sobre a chance de Alcolumbre aceitar o impeachment contra Moraes
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) avaliam que, mesmo com o aumento da pressão de bolsonaristas e da gestão Donald Trump, não há qualquer possibilidade de o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), abrir um processo de impeachment contra Alexandre de Moraes, conforme informações da colunista Bela Megale, do Globo.

“O presidente do Senado assume postura correta ao enfatizar que não vai abrir um processo de impeachment. E isso não é um favor ao STF, mas uma medida que não cabe, porque Moraes e nenhum magistrado cometeu crime de responsabilidade ou qualquer outro delito”, afirmou um integrante da Corte.

Outro ministro reforçou que “ninguém no tribunal espera uma mudança de postura de Alcolumbre, até porque não existe motivo para impeachment de nenhum ministro”.

Quem é quem no gabinete de Alexandre de Moraes, relator do inquérito que mira Bolsonaro no STF? - Estadão
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Foto: Reprodução

Após dizer a senadores bolsonaristas que não aceitará abrir processo de impedimento contra ministros do STF, independentemente do número de assinaturas, Alcolumbre recebeu manifestações de apoio de governadores e de políticos que elogiaram sua postura firme e equilibrada diante das pressões.

Nos bastidores, integrantes do STF interpretam que as duas postagens recentes da Embaixada dos EUA no Brasil, com críticas a Moraes e menções a “aliados” do ministro, foram vistas por bolsonaristas como recados diretos a Alcolumbre e a outras autoridades.

A pressão internacional também entrou no radar. A possibilidade de os Estados Unidos aplicarem sanções contra Alcolumbre e o decano do STF, Gilmar Mendes, será debatida na reunião que o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) terá com membros da gestão Trump, na quarta-feira (13).

Fonte: DCM com informações do jornal O Globo

Motta opta por rito longo e Câmara pode levar meses para punir bolsonaristas do motim


           Hugo Motta reassume cadeira na Câmara após motim bolsonarista. Foto: Reprodução

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), descartou a aplicação de punição sumária — com suspensão imediata do mandato — aos parlamentares bolsonaristas que patrocinaram um motim de cerca de 30 horas na última semana, conforme informações do Globo.

Em despacho de sexta-feira (8), ao encaminhar as representações à Corregedoria, Motta adotou o Ato da Mesa nº 37/2009, que rege o rito ordinário, e não o Ato da Mesa nº 180/2025, que permite a suspensão cautelar do exercício do mandato.

O corregedor da Câmara, Diego Coronel (PSD-BA), confirmou que usará o procedimento ordinário, e não o sumário. Ele informou que o trâmite tem prazo de até 50 dias úteis para ser concluído e pode resultar desde advertência até suspensão do mandato por até seis meses, nos casos mais graves.

Os acusados terão até cinco dias para apresentar defesa após a notificação. Em seguida, a Corregedoria emitirá novo parecer à Mesa, que decidirá se envia ou não os casos ao Conselho de Ética, para tramitação regular.

A decisão representa uma derrota política para Motta, que não conseguiu apoio dos outros seis integrantes da Mesa Diretora — Altineu Côrtes (PL-RJ), Elmar Nascimento (União Brasil-BA), Carlos Veras (PT-PE), Lula da Fonte (PP-PE), Delegada Katarina (PSD-SE) e Sérgio Souza (MDB-PR) — para sugerir a suspensão imediata dos mandatos por seis meses.

Em regra, representações tramitam por meses no Conselho de Ética, composto por 21 deputados, na proporção do tamanho das bancadas. A derrota de Motta para aplicar a suspensão sumária é vista como sinal de baixa disposição política para punições severas — quatro conselheiros participaram do motim.

O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), criticou a decisão: “Mudar o procedimento agora, justamente num dos episódios mais graves contra o Parlamento, abre espaço para questionamentos sobre coerência e isonomia. Não pode haver blindagem, impunidade e seletividade: quem impediu o funcionamento da Casa deve ser afastado de imediato para proteger a democracia”, afirmou nas redes sociais.

As representações enviadas à Corregedoria envolvem 14 parlamentares bolsonaristas: Zé Trovão (PL-SC), Marcel Van Hattem (Novo-RS), Marcos Pollon (PL-MS), Julia Zanatta (PL-SC), Paulo Bilynskyj (PL-SP), Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), Nikolas Ferreira (PL-MG), Zucco (PL-RS), Caroline de Toni (PL-SC), Carlos Jordy (PL-RJ), Bia Kicis (PL-DF), Domingos Sávio (PL-MG), Marco Feliciano (PL-SP) e Allan Garcês (PP-MA). Todos participaram da ocupação do plenário em protesto contra a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro (PL).

Fonte: DCM

VÍDEO: repórter da Globo é ameaçado por traficantes durante cobertura ao vivo de tiroteio


Repórter cinematográfico Rildo de Jesus, da TV Bahia, foi ameaçado por traficantes durante cobertura ao vivo de tiroteio em Salvador – Foto: Reprodução

Na segunda-feira (11), o videorrepórter Rildo de Jesus, da TV Bahia, afiliada da Globo, foi ameaçado por traficantes enquanto fazia uma entrada ao vivo no bairro Chapada do Rio Vermelho, no Complexo do Nordeste de Amaralina, em Salvador.

Ele narrava os danos provocados por um tiroteio entre membros do Comando Vermelho e policiais militares quando foi abordado por cerca de quatro homens armados e deixou o local rapidamente.

Após a saída do jornalista, os apresentadores Vanderson Nascimento e Andrea Silva comentaram o caso. “A gente sabe que a notícia é importante, mas nada vale mais do que a nossa vida. A gente não aguenta mais, em qualquer hora do dia ou da noite, em qualquer lugar”, afirmou Vanderson.

Fonte: DCM

Ministros do STF pedem cautela a Moraes após prisão domiciliar de Bolsonaro; entenda

 

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Foto: Reprodução

Pelo menos dois ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) pediram a Alexandre de Moraes, na semana passada, que fosse mais cauteloso nas decisões relacionadas ao processo da trama golpista, após a crise provocada pela determinação de prisão domiciliar de Jair Bolsonaro, conforme informações da colunista Malu Gaspar, do Globo. A medida foi tomada de ofício, sem consulta à Procuradoria-Geral da República (PGR) ou aos demais integrantes da Corte.

Segundo interlocutores, Gilmar Mendes e Luís Roberto Barroso conversaram reservadamente com Moraes e manifestaram incômodo com a forma como a decisão foi conduzida. Ambos negaram publicamente ter tratado do assunto, mas relatos indicam que não houve atrito.

Pela proximidade, os magistrados deram apenas um “toque” ao colega. Outros ministros também se disseram insatisfeitos, mas preferem não abordar o tema diretamente com o relator dos inquéritos contra o bolsonarismo.

Moraes, no entanto, deixou claro que não pretende recuar. No discurso de abertura dos trabalhos do Judiciário, ele comparou quem instiga ataques dos Estados Unidos a autoridades brasileiras a “milicianos do submundo do crime”.

Questionado, o STF informou que “o ministro Luís Roberto Barroso conversa, habitualmente, com diversos segmentos da sociedade” e que mantém diálogos internos “francos e amistosos”. Gilmar Mendes afirmou que “jamais disse nada” sobre o assunto.

Barroso e Gilmar se reaproximam - Época
Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes e Luís Roberto Barroso. Foto: Reprodução
Na semana passada, reportagens já haviam mostrado o incômodo de magistrados com a decisão de Moraes, mas, em público, Gilmar Mendes negou qualquer desconforto.

“O ministro Alexandre tem toda a nossa confiança e o nosso apoio”, disse, acrescentando que “seria inadmissível” que interesses comerciais exigissem mudanças no entendimento de cortes constitucionais, citando como exemplo a Suprema Corte americana.

Apesar das declarações públicas de apoio, há preocupação com as sanções impostas por Donald Trump a Moraes e com a possibilidade de estendê-las a familiares e outros ministros do STF. Aplicadas em 30 de julho com base na Lei Magnitsky, as restrições bloqueiam transações em dólar, mas ainda permitem uso do sistema financeiro e operações via Swift.

Moraes, Gilmar Mendes e Cristiano Zanin se reuniram recentemente com banqueiros para entender o alcance das medidas. Ouviram que, mesmo que quisessem, as instituições financeiras não poderiam contornar os bloqueios. A avaliação foi de que, por enquanto, a situação é “corrigível”, mas não está descartada a inclusão da advogada Viviane Barci, esposa de Moraes, e de outros magistrados na lista de sanções.

Fonte: DCM com informações do jornal O Globo

VÍDEO – Pastor gera revolta por fala racista sobre casamento: ‘Branquinha é mais cara’


          O pastor Océlio Nauar. Foto: Reprodução

Um vídeo publicado nesta segunda-feira (11) mostra o pastor Océlio Nauar, no congresso feminino da Assembleia de Deus em Itaituba (PA), no último sábado (9), fazendo comentários sobre escolhas de casamento. No registro, ele afirma: “Quando você for casar, escolha com quem for casar. Se você escolher uma branquinha, tem mais despesa, é mais caro. Escolhe uma morena que gasta menos. As branquinhas começam a ter um negócio aqui, tem que comprar mais creme, vai ficando cara”.

As imagens circularam nas redes sociais e motivaram críticas de fiéis e internautas, que apontaram teor racista e sexista na fala. Publicações pediram posicionamento de lideranças religiosas sobre o episódio. O vídeo foi gravado durante a fala do pastor para um público feminino.

Océlio Nauar dirige a Convenção Interestadual de Ministros e Igrejas Evangélicas de Deus no Estado do Pará e é proprietário de uma faculdade no estado. Até a última atualização, não havia nota oficial do religioso sobre o caso.

Fonte: DCM

New York Times mostra como tarifas de Trump abrem espaço para big techs no Brasil


                O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump – Reprodução

As tarifas de 50% impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre produtos brasileiros não conseguiram até agora libertar Jair Bolsonaro da prisão domiciliar, mas criaram oportunidades para as grandes empresas de tecnologia ampliarem sua influência em Brasília.

As conversas incluíram discussões sobre o impacto das tarifas e sobre mudanças na regulação de redes sociais e inteligência artificial.

O Brasil, que se tornou referência mundial no combate à desinformação online, mantém regras rigorosas: o STF decidiu em junho que plataformas podem ser responsabilizadas por publicações ilegais e devem monitorar conteúdos patrocinados.

A postura firme, liderada pelo ministro Alexandre de Moraes, gerou embates com as empresas, que acusam o país de impor normas vagas e pesadas.

Essas empresas, que vinham cortejando Trump de forma intensa, agora contam com nova influência nos corredores do poder em Brasília. Diante de uma tarifa de 50% sobre produtos-chave brasileiros, representantes dessas companhias passaram a ser recebidos por autoridades e ministros do Supremo, enquanto são elaboradas novas regulamentações sobre temas que vão de discurso online a inteligência artificial, segundo pessoas com conhecimento do assunto.

“Tudo parece fazer parte do ‘acordo’”, disse Anupam Chander, professor de Direito e Tecnologia da Universidade de Georgetown. “O que antes seria visto como política doméstica brasileira de repente vira parte de uma agenda comercial.”

Um dia antes de as tarifas entrarem em vigor, empresas como Google e Meta se reuniram com Alckmin, com participação remota de um representante do secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick. O encontro, segundo um integrante do governo, foi para mostrar que o Brasil estava disposto a dialogar com o setor.

Após a reunião, o governo brasileiro propôs criar um grupo de trabalho sobre regulação, inovação e investimentos no setor de tecnologia, mencionando centros de dados como possível área de cooperação.

“Essa questão de regular as big tech e as redes sociais está sendo discutida no mundo inteiro”, disse Alckmin. “Então, vamos aprender. Onde foi implementado? O que funcionou? O que gerou críticas? Não devemos ter pressa.”

Trump alega que as regras brasileiras censuram vozes conservadoras e prejudicam companhias dos EUA. Inicialmente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamou as tarifas de “chantagem” e prometeu endurecer ainda mais a fiscalização, mas na última semana Alckmin indicou abertura para negociar.

A disputa ocorre num mercado de 212 milhões de brasileiros, altamente conectados e estratégico para a indústria de tecnologia. Especialistas apontam que, se as Big Tech conseguirem suavizar as regras, Trump poderá conquistar uma vitória significativa na sua política comercial — ainda que o impasse em torno de Bolsonaro continue.

Fonte: DCM

Dono da Ultrafarma, Sidney Oliveira, é preso em operação do MP-SP contra propina bilionária

 

O dono e fundador da Ultrafarma, Sidney Oliveira. Foto: Reprodução

O empresário Sidney Oliveira, dono e fundador da Ultrafarma, foi preso na manhã desta terça-feira (12) durante uma operação do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) que investiga um esquema de corrupção envolvendo auditores fiscais da Secretaria da Fazenda estadual. Ele foi localizado em sua chácara, em Santa Isabel, na Grande São Paulo.

A apuração aponta que um auditor fiscal de alto escalão, identificado como Artur Gomes da Silva Neto, supervisor da Diretoria de Fiscalização (DIFIS), comandava um esquema de manipulação de processos administrativos para favorecer empresas na quitação de créditos tributários. Segundo os promotores, a fraude teria movimentado cerca de R$ 1 bilhão em propinas desde 2021. Artur também foi preso.

Outro alvo é Mario Otávio Gomes, diretor estatutário do grupo Fast Shop, detido em um apartamento na Zona Norte da capital paulista.

De acordo com o Grupo de Atuação Especial de Repressão aos Delitos Econômicos (GEDEC), Artur recebia pagamentos mensais de propina por meio de uma empresa registrada em nome de sua mãe. As investigações contaram com meses de análise de documentos, quebras de sigilo e interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça.

Além das prisões, agentes cumprem mandados de busca e apreensão em imóveis residenciais e nas sedes de empresas ligadas aos investigados.

O MP-SP informou que os suspeitos poderão responder por corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

      Ultrafarma, de Sidney Oliveira. Foto: Reprodução

Fonte: DCM

VÍDEO: Constantino ataca Felca e diz que esquerda usa “pedofilia” para praticar censura

 

Rodrigo Constantino falando e gesticulando para a câmera, de óculos
O economista e comentarista político Rodrigo Constantino – Reprodução

Em um comentário que circulou nas redes nesta segunda-feira (11), o bolsonarista Rodrigo Constantino atacou o influencer Felipe Bressanim Pereira, mais conhecido como Felca, e afirmou que a esquerda estaria usando “a pedofilia” como pretexto para censurar a direita. A provocação acontece após a repercussão do vídeo do influenciador, intitulado “Adultização”, no qual são denunciadas práticas de sexualização precoce de crianças e adolescentes por influenciadores digitais.

Constantino contesta a reação da esquerda ao vídeo: “O vídeo ‘Adultização’… chocante, quase uma hora. Deu muita repercussão na Direita… e logo depois apareceu na Esquerda também. Humberto Costa, Felipe Neto, blablablá. Aí pensei: ‘opa, será que a Direita caiu numa pegadinha?’”.

“Porque está muito claro que a esquerda vai usar esse discurso chocante de pedofilia para dizer que é preciso calar o discurso de ódio e fake news. Ou seja, por conta da pedofilia — que é uma agenda basicamente da Esquerda, e tenho provas de que a esquerda flerta com a pedofilia — a esquerda de repente está usando isso como pretexto para censura”, disse. “Todo cuidado é pouco, porque ninguém quer Terra de Ninguém quando o sujeito começa a promover crimes, que já são crimes”.



Publicado em 6 de agosto, o vídeo Adultização tem cerca de 50 minutos e viralizou rapidamente — com mais de 26 milhões de visualizações nos primeiros dias. Felca denuncia práticas de sexualização e exploração de menores por influenciadores digitais, com foco no caso de Hytalo Santos, do Piauí.

A jovem conhecida como “Kamylinha” teria começado a aparecer nos conteúdos de Hytalo aos 12 anos e continuado participando até os 17 — inclusive em vídeos com figurino sugestivo, danças provocativas e cenas de um “pós-operatório de implante de silicone”. O influenciador teria criado um formato similar ao reality De Férias com o Ex, com clima adulto envolvendo menores.

Felca classificou a situação como “circo macabro” e ressaltou que há um interesse financeiro por trás da exposição — inclusive citando lucros com publicidade e uso de jogos de apostas. Ele ainda mostra em vídeo como algoritmos das plataformas aceleram a exposição de conteúdo sexualizado, atingindo até pedófilos, que usam códigos e GIFs para trocar material restrito.

Em resposta a ataques e acusações falsas de pedofilia, Felca entrou com processos contra mais de 200 perfis por difamação — propondo que os acusados doem R$ 250 a instituições de proteção à infância e publiquem pedidos de desculpas; os recursos provenientes do vídeo também serão revertidos em doações

A repercussão do vídeo impulsionou uma reação institucional: sete projetos de lei foram protocolados na Câmara dos Deputados para tipificar, prevenir e criminalizar o fenômeno da adultização digital — medidas que envolvem desde definição legal até o bloqueio de contas e algoritmos nas plataformas. O presidente da Câmara, Hugo Motta, se comprometeu a pautar as propostas nesta semana.

Fonte: DCM

Mesmo palco de 2019: Saiba onde a final da Libertadores será disputada


Estádio Monumental de Lima, no Peru – Foto: Reprodução

A Conmebol confirmou na segunda-feira (11) que a final da Copa Libertadores de 2025 será disputada no Estádio Monumental, em Lima, no Peru, no dia 29 de novembro. O local, com capacidade para cerca de 80 mil torcedores, pertence ao Universitario e foi o palco da decisão de 2019, quando o Flamengo venceu o River Plate por 2 a 1, com dois gols de Gabigol, conquistando o título continental após 38 anos.

Com a escolha, o Monumental de Lima se torna o segundo estádio a receber duas finais de Libertadores, ao lado do Maracanã, que sediou as decisões de 2020 e 2023. A competição retoma nesta semana sua fase de oitavas de final, com seis clubes brasileiros ainda na disputa: Palmeiras, Flamengo, Internacional, Botafogo, São Paulo e Fortaleza.

Nos últimos anos, a final única passou por diferentes países: em 2024, foi realizada no Monumental de Núñez, em Buenos Aires; em 2022, no Monumental Isidro Romero Carbo, em Guayaquil; e em 2021, no Centenário, em Montevidéu. A edição de 2019, também em Lima, marcou a estreia do formato de partida única para definir o campeão da Libertadores.

Fonte: DCM

Lula não deverá se encontrar com Donald Trump na ONU, afirma Celso Amorim

Assessor especial da Presidência diz que reunião entre os líderes só ocorrerá se houver “gestos que justifiquem” a aproximação

                       Celso Amorim (Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados)

Em meio ao aumento de tarifas imposto pelos Estados Unidos a produtos brasileiros, o assessor especial da Presidência da República, Celso Amorim, declarou que um encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente norte-americano Donald Trump, durante a 80ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, prevista para setembro, não está previsto na agenda do governo brasileiro. A declaração foi dada em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, na noite de segunda-feira (11), de acordo com a CNN Brasil.

Segundo Amorim, a tradição da ONU coloca o Brasil como primeiro orador na sessão de abertura e os Estados Unidos como segundo, o que pode gerar uma oportunidade casual de contato, mas não garante uma reunião oficial. “[Lula e Trump] podem se encontrar, podem não se encontrar. Eu acho que o presidente Lula será sempre cortês porque é da natureza dele. Agora, hoje, eu não creio que esteja nos planos pedir um encontro”, afirmou.

Apesar da ausência de previsão formal, Amorim ponderou que o cenário pode mudar caso ocorram sinais claros de disposição para um diálogo mais próximo. “Nada é imutável”, disse, destacando que um gesto concreto poderia abrir caminho para conversas diretas entre os dois presidentes.

O diplomata também reagiu às declarações do vice-secretário de Estado norte-americano, Christopher Landau, classificando-as como “totalmente inaceitáveis”. Na semana passada, Landau escreveu, sem citar diretamente o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que um magistrado teria destruído “o relacionamento historicamente próximo do Brasil com os Estados Unidos”.

A manifestação do Itamaraty veio no último sábado (9), em nota que tratou a declaração como “novo ataque à soberania brasileira e a uma democracia que recentemente derrotou uma tentativa de golpe de Estado e não se curvará a pressões, venham de onde venham”.

Amorim elogiou a postura do Ministério das Relações Exteriores e levantou a possibilidade de que tais declarações façam parte de uma estratégia calculada. “Eu até me pergunto se elas [as declarações] são inaceitáveis de propósito para provocar uma ação mais radical e justificar uma escalada por parte deles”, afirmou.

Questionado sobre o tarifaço imposto pelos EUA aos produtos brasileiros, Amorim ressaltou que “devem existir setores nos EUA que desejam que o Brasil adote alguma medida que pareça um rompimento de relações. Acho que precisamos defender o nosso interesse com energia e força, mas sem escorregar nas cascas de banana que surgem pelo caminho”.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Planalto vê recado político em reunião adiada de Haddad com secretário de Trump sobre tarifaço

Cancelamento de encontro virtual amplia tensão comercial entre Brasil e EUA e reforça impasse sobre sobretaxa de 50% às exportações brasileiras

           Fernando Haddad e Scott Bessent (Foto: Diogo Zacarias / MF)

O cancelamento da reunião virtual entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), e o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, marcado para esta quarta-feira (13), foi interpretado por integrantes do governo brasileiro como um sinal claro de falta de disposição da Casa Branca para avançar nas negociações sobre a sobretaxa aplicada a produtos brasileiros, relata o jornal O Globo.

Segundo auxiliares do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a decisão confirma a postura do presidente norte-americano, Donald Trump, de condicionar qualquer diálogo à inclusão, na pauta, do processo que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) contra Jair Bolsonaro (PL), acusado de tentativa de golpe de Estado. Essa possibilidade é rejeitada por Lula e sua equipe.

◈ Medidas de emergência no radar

O governo brasileiro pretende acelerar a divulgação de um plano de contingência para reduzir o impacto da sobretaxa de 50% sobre parte das exportações aos EUA. Entre as medidas previstas, estão linhas de crédito com juros mais baixos e compras públicas de alimentos, com o objetivo de evitar falências e preservar empregos.

Fontes da área econômica e diplomática afirmam que a reunião com Bessent era vista como a última oportunidade, neste momento, de abrir um canal de diálogo com Washington. O encontro aconteceria em meio à escalada das tensões comerciais, após a entrada em vigor da nova tarifa na semana passada.

◈ Impasse comercial e pressão política

A estratégia da Casa Branca, segundo interlocutores, tem sido politizar a negociação, o que, na avaliação do governo brasileiro, distancia a discussão de seu caráter comercial. O ministro da Fazenda pretendia pleitear a ampliação da lista de exceções, incluindo produtos que ficariam livres da sobretaxa.

Nos bastidores, empresários e representantes de importadoras americanas aconselham que o Brasil apresente propostas concretas de negociação, como ocorre com outros países, e lembram que encontros com Trump exigem deslocamento a Washington — prática adotada, por exemplo, pelo chanceler Mauro Vieira no início do mês, ao se reunir com o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio.

◈ Críticas e sanções contra Alexandre de Moraes

O clima diplomático se agravou após a Embaixada dos EUA no Brasil publicar, no último sábado, críticas ao ministro do STF Alexandre de Moraes, acusando-o de ter “usurpado o poder” da Corte. A manifestação ocorreu um dia depois de o encarregado de negócios americano, Gabriel Escobar, ter sido convocado ao Itamaraty pela quarta vez em razão de outra publicação considerada ofensiva.

Alexandre de Moraes teve o visto de entrada nos EUA suspenso, junto com outras autoridades brasileiras, e foi alvo de novas sanções há cerca de dez dias, com base na Lei Magnitsky — que prevê bloqueio de operações financeiras envolvendo empresas americanas. Trump acusa Moraes de perseguir Jair Bolsonaro.

◈ Posições do Brasil na negociação

O governo Lula admite incluir na pauta de negociação temas como o acesso dos EUA a minerais críticos e a aceleração na concessão de patentes para medicamentos, mas mantém posição firme contra levar questões judiciais ao centro das discussões comerciais. Para o Planalto, aceitar tal condição abriria um precedente perigoso e enfraqueceria a soberania nacional.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo