segunda-feira, 22 de dezembro de 2025

Bêbado se passa por cirurgião, vê tutorial no YouTube e mata paciente durante operação


      Cirurgiões durante operação. Foto: ilustração

Uma mulher morreu após ser submetida a uma cirurgia realizada por um homem que fingia ser médico em uma clínica clandestina na cidade de Barabanki, no estado de Uttar Pradesh. O procedimento foi feito enquanto o falso profissional assistia a um vídeo no YouTube, segundo a polícia.

De acordo com o marido da vítima, Munishra Rawat, de 50 anos, o dono da clínica, Gyan Prakash Mishra, disse que a dor abdominal era causada por “pedras” e iniciou a cirurgia mesmo sob efeito de álcool. Durante o procedimento, ele e o sobrinho teriam cortado artérias e veias importantes, provocando complicações graves. A mulher foi levada a um hospital, mas morreu na noite seguinte, em 6 de dezembro.

A polícia abriu investigação por homicídio culposo por negligência médica e registrou acusações com base na Lei de Prevenção de Atrocidades (SC/ST Act), já que a vítima pertencia a uma casta protegida. A clínica, que funcionava sem licença, foi fechada.

Fonte: DCM

Lula comemora título da Copa do Brasil do Corinthians: “Presente de Natal antecipado”

O presidente Lula com casaco do Corinthians, seu time. Imagem: reprodução

Torcedor do Corinthians, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comemorou nas redes sociais o título da Copa do Brasil conquistado pelo clube neste domingo (21/12). Lula publicou uma imagem com jogadores do Timão, entre eles Memphis Depay e Yuri Alberto, ao lado do troféu da competição.

Na legenda, o presidente escreveu: “Presente de Natal antecipado pra nação corinthiana. Parabéns, Timão! ✨”.



O Corinthians garantiu o título após vencer o Vasco por 2 a 1, depois de empate sem gols na partida de ida, disputada na Neo Química Arena. Yuri Alberto e Memphis Depay marcaram para o time paulista, enquanto Nuno Moreira fez o gol do Cruzmaltino. Esta é a quarta conquista do Corinthians na Copa do Brasil – antes, o clube venceu o torneio em 1995, 2002 e 2009.

Tetracampeão

O Vasco tentou assumir o controle da partida desde o início, com maior presença ofensiva e jogadas trabalhadas no ataque, enquanto o Corinthians adotou postura mais cautelosa, reforçou a marcação no meio-campo e apostou na velocidade nos contra-ataques. A estratégia deu resultado aos 18 minutos, quando Matheuzinho lançou Yuri Alberto, que apareceu livre e finalizou na saída de Léo Jardim para abrir o placar.

O time carioca reagiu, criou chances em bola parada e levou perigo com Philippe Coutinho, até empatar aos 40 minutos, após cruzamento de Andrés Gómez e cabeceio certeiro de Nuno Moreira. Na volta do intervalo, o Vasco subiu as linhas e pressionou, mas voltou a sofrer com os espaços deixados atrás. Aos 17, Breno Bidon iniciou a jogada, Matheuzinho encontrou Yuri Alberto, que serviu Memphis Depay para marcar o segundo.

Com a desvantagem, o Vasco se lançou ao ataque, promoveu mudanças ofensivas e ainda assustou nos minutos finais, parando em boa defesa de Hugo Souza. Bem organizado defensivamente, o Corinthians segurou o resultado e confirmou a vitória que garantiu o título de tetracampeão da Copa do Brasil.

Veja os melhores momentos da disputa: 

Fonte: DCM

Pesquisa indica Ratinho Jr como o governador mais bem avaliado do Brasil

Levantamento do Real Big Data mostra que o paranaense registra 85% de aprovação, índice acima de outros nomes cotados para a disputa presidencial de 2026

     O governador Carlos Massa Ratinho Jr. (Foto: Roberto Dziura Jr./Divulgação)

O governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), encerra 2025 com o maior índice de aprovação entre todos os governadores brasileiros. Levantamento foi realizado pelo instituto Real Big Data em 20 estados entre novembro e dezembro.

Segundo a pesquisa, Ratinho Junior alcança 85% de aprovação após sete anos à frente do governo paranaense — resultado que o coloca à frente de nomes que também despontam como potenciais candidatos ao Palácio do Planalto em 2026 e que disputarão espaço contra o PT do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O desempenho reforça a expectativa do PSD de utilizar sua popularidade como trunfo na formação de alianças e chapas para o próximo ano eleitoral. No recorte regional, os governadores do Sul e Sudeste que são frequentemente comparados a Ratinho Junior têm índices mais modestos. O paulista Tarcísio de Freitas (Republicanos) aparece com 60% de aprovação, enquanto o gaúcho Eduardo Leite (PSDB) registra 62%.

Quem mais se aproxima do desempenho paranaense é Renato Casagrande (PSB), do Espírito Santo, que pontua 75%. A pesquisa também revela grande disparidade entre as regiões do país. Enquanto Ratinho Junior e Ronaldo Caiado (União Brasil), governador de Goiás, figuram entre os líderes nacionais em aprovação, estados do Norte e Nordeste concentram os índices mais baixos.

O amazonense Wilson Lima (União Brasil) aparece com 40%, e Fátima Bezerra (PT), do Rio Grande do Norte, tem 29%.O cenário reforça a força política de Ratinho Junior às vésperas de um ano decisivo, no qual diferentes legendas calibram estratégias para ampliar espaço nacional. Com desempenho acima da média e bem superior ao de possíveis adversários, o governador paranaense se consolida como um dos principais ativos eleitorais do PSD para 2026.

Fonte: Brasil 247

Auxílio gás é pago a beneficiários nesta segunda; em dezembro 4,4 milhões de pessoas serão contempladas

Parcela de dezembro no valor de R$ 110 integra política que atende milhões de famílias até 2026

       Auxílio gás beneficia em dezembro 4,4 miihões de famílias (Foto: Agência Brasil )

Beneficiários inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) com Número de Inscrição Social (NIS) terminado em 9 recebem nesta segunda-feira, dia 22, a parcela de dezembro do Auxílio Gás. O valor do benefício é de R$ 110 e faz parte do calendário regular de pagamentos vinculado ao Bolsa Família.

As informações foram divulgadas originalmente pela Agência Brasil, que detalha que o programa alcança, neste mês, cerca de 4,4 milhões de famílias em todo o país. O Auxílio Gás tem duração prevista até o fim de 2026 e foi mantido integralmente após a aprovação da Emenda Constitucional da Transição, no final de 2022.

O benefício corresponde a 100% do preço médio nacional do botijão de gás de 13 quilos e é pago a cada dois meses. O cronograma segue o mesmo do Bolsa Família, com depósitos realizados de forma escalonada conforme o final do NIS. Os pagamentos de dezembro seguem até o dia 23, quando recebem os beneficiários com NIS final 0.

Para ter direito ao Auxílio Gás, é necessário estar incluído no CadÚnico e ter, no grupo familiar, ao menos um integrante que receba o Benefício de Prestação Continuada (BPC). A legislação que instituiu o programa estabelece prioridade para a mulher responsável pela família, além de garantir preferência a mulheres em situação de violência doméstica.

Além do Auxílio Gás, o governo federal iniciou a implementação de um novo programa voltado à ampliação do acesso ao gás de cozinha. Em setembro, foi lançado o Gás do Povo, que substituirá gradualmente o modelo atual de transferência em dinheiro. Nesse novo formato, as famílias beneficiadas poderão retirar diretamente a recarga do botijão em revendedoras credenciadas.

A proposta do Gás do Povo é ampliar significativamente o alcance da política pública, triplicando o número de famílias atendidas e chegando a cerca de 15 milhões de beneficiários. No fim de novembro, a iniciativa começou a ser distribuída a aproximadamente 1 milhão de famílias em capitais como Belém, Belo Horizonte, Fortaleza, Goiânia, Natal, Porto Alegre, Recife, Salvador, São Paulo e Teresina, marcando o início da transição para o novo modelo de atendimento.

Fonte: Brasil 247

Irmão de Zezé di Camargo que atacou Preta Gil após sua morte lança pré-candidatura pelo PL

O cantor gospel afirmou que a decisão de entrar na disputa eleitoral atende a um plano antigo, alimentado “desde criança"

    Welligton Camargo (Foto: Reprodução)

Wellington Camargo, irmão dos cantores Zezé di Camargo e Luciano, anunciou sua filiação ao PL e a intenção de concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados por Sergipe nas eleições de 2026. A informação é do Metrópoles.

O cantor gospel afirmou que a decisão de entrar na disputa eleitoral atende a um plano antigo, alimentado “desde criança”, e que sua atuação parlamentar será voltada prioritariamente ao enfrentamento da violência. “A minha intenção é tentar conter um pouco a violência desse país. Eu fui vítima da violência. O Brasil acompanhou. E a gente tem que tentar conter para que isso não alcance os nossos lares”, disse.

A declaração faz referência ao sequestro que sofreu em 1999, quando passou 96 dias em cativeiro e teve parte da orelha cortada por criminosos — episódio que ganhou repercussão nacional e marcou sua trajetória pessoal. Segundo ele, a experiência reforçou a vontade de trabalhar por políticas públicas de segurança, um dos eixos centrais de sua pré-candidatura.

Wellington afirmou ainda que sua filiação ao PL integra um movimento estratégico para fortalecer a presença do partido no estado e ampliar sua futura bancada no Congresso. “Coloquei meu nome à disposição como parte de uma estratégia do PL para fortalecer a legenda em Sergipe e contribuir para a construção de um palanque sólido. Nosso objetivo é ajudar a eleger [o deputado federal] Rodrigo Valadares ao Senado e [o senador] Flávio Bolsonaro à Presidência”, declarou.

Recentemente, uma declaração de Welington Camargo, irmão de Zezé Di Camargo e Luciano, sobre Preta Gil chocou as redes sociais. Em um vídeo, o cantor gospel descreveu a morte da cantora como um castigo divino. “Fiquei muito triste com isso, porém nós sabemos que a bíblia diz que de Deus não se escarnece. Vou botar um vídeo aqui para vocês verem o que ela falou de Deus. Vou botar um vídeo dela dizendo que dar o (ânus) é bom, é maravilhoso, e olha bem o onde foi a doença dela”, disse Camargo.

O vídeo gerou grande repercussão e críticas ao cantor.

O anúncio ocorre em um momento em que seu irmão, o sertanejo Zezé di Camargo, voltou a ser citado no noticiário após criticar publicamente a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro Alexandre de Moraes (STF) na inauguração de um canal de notícias, gesto que motivou o cancelamento do especial de Natal que havia gravado para a emissora.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Justiça mantém ação por rachadinha contra chefe de gabinete de Hugo Motta

Decisão rejeita prescrição e mantém processo por improbidade administrativa envolvendo suspeita de funcionário fantasma na Câmara

      Hugo Motta (Foto: Kayo Magalhaes/Ag. Câmara)

A Justiça Federal do Distrito Federal decidiu manter em andamento uma ação de improbidade administrativa contra Ivanadja Velloso Meira Lima, chefe de gabinete do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB). A magistratura rejeitou o pedido da defesa que alegava prescrição do processo, permitindo que a ação proposta pelo Ministério Público Federal (MPF) siga seu curso.

A informação foi revelada pela coluna do jornalista Tácio Lorran, do portal Metrópoles, que teve acesso à decisão judicial proferida na última terça-feira, 16 de dezembro. O caso envolve suspeitas de enriquecimento ilícito e prejuízo ao erário em um esquema relacionado à nomeação de um funcionário fantasma no gabinete de um aliado político do parlamentar.

Segundo a acusação, Ivanadja Velloso teria movimentado a conta bancária de Francisco Macena Duarte, ex-secretário parlamentar nomeado no gabinete do então deputado federal Wilson Santiago (Republicanos-PB). Em depoimento, Francisco Macena admitiu que nunca trabalhou em Brasília, desconhecia o valor de seu salário e sequer sabia o número da conta bancária vinculada ao cargo na Câmara dos Deputados. Ele também confessou que, no mesmo período, atuava como motorista em uma prefeitura no interior da Paraíba.

Documentos reunidos pelo MPF indicam que Ivanadja possuía uma procuração assinada por Francisco Macena, que lhe concedia poderes amplos para emitir cheques, realizar saques e movimentar valores em nome do servidor. Na prática, o instrumento permitia o controle total da conta bancária do funcionário, que, segundo a investigação, jamais teria prestado serviços ao Legislativo federal.

A ação do MPF sustenta que Ivanadja Velloso “incorporou, livre e conscientemente, verba pública federal ao seu patrimônio particular, durante o período de novembro de 2005 a novembro de 2009, em razão da nomeação de Francisco Macena Duarte no cargo de secretário parlamentar do deputado federal Wilson Santiago enquanto Francisco nunca prestara efetivamente serviços na Câmara dos Deputados, resultando em prejuízo comprovado ao erário federal”.

Entre 2005 e 2009, a Câmara dos Deputados pagou cerca de R$ 224 mil ao servidor, apesar de ele exercer simultaneamente uma função de motorista na Prefeitura de Poço de Dantas (PB), com jornada semanal de 40 horas. Embora seja permitido que secretários parlamentares atuem na base eleitoral dos deputados, a acumulação de cargos públicos com cargas horárias integrais e a ausência de comprovação de prestação de serviços levantaram suspeitas graves.

Ivanadja Velloso atuou como chefe de gabinete de Wilson Santiago até 31 de janeiro de 2011. No dia seguinte, passou a integrar o gabinete de Hugo Motta, então deputado em início de mandato, onde permanece até hoje. De acordo com documentos citados no processo, o padrão de atuação teria sido mantido, inclusive com a existência de procurações para movimentar salários de outros funcionários e ex-funcionários do gabinete do presidente da Câmara.

Ao analisar o pedido de prescrição, o juiz destacou que, embora os fatos investigados tenham ocorrido entre 2005 e 2009, Ivanadja manteve vínculo ininterrupto com a administração pública ao ser sucessivamente nomeada para cargos comissionados semelhantes. Com base em entendimento consolidado do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o magistrado afirmou que, nesses casos, o prazo prescricional só começa a contar a partir da extinção definitiva do último vínculo funcional.

Com a rejeição da prescrição, o processo entra agora na fase de especificação de provas. As partes têm prazo de 15 dias para se manifestar. A defesa de Ivanadja Velloso já indicou interesse na produção de prova testemunhal, enquanto o Ministério Público Federal informou não haver interesse em novas provas documentais nem em eventual acordo de não persecução cível.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Mulher de Ramagem afirma que ex-deputado foragido lançará curso online

Rebeca disse que a oferta do curso funcionará como uma alternativa de sustento para a família

       Rebeca e Alexandre Ramagem (Foto: Reprodução/Instagram)

A procuradora Rebeca Ramagem, esposa do ex-deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), afirmou nas redes sociais que o marido — condenado a 16 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e atualmente foragido nos Estados Unidos — prepara o lançamento de um curso online. As declarações foram divulgadas pela CNN Brasil.

Segundo a publicação, Rebeca disse que a oferta do curso funcionará como uma alternativa de sustento para a família, que desde setembro vive nos Estados Unidos, onde Ramagem permanece em condição de foragido. Ela agradeceu mensagens com ofertas de doações, mas explicou que a intenção é que o apoio venha por meio da comercialização do conteúdo.

Em sua mensagem, a procuradora relatou que o ex-deputado “já está trabalhando na elaboração de um curso online, que será disponibilizado em plataformas digitais”. Afirmou ainda que será “um curso de altíssimo nível, com conteúdo sério, relevante e transformador, e com um valor acessível, pensado para caber na renda de todos”.

Rebeca reforçou que o projeto permitirá às pessoas contribuir sem repasses diretos: "Dessa forma, além de adquirir conhecimento de qualidade, as pessoas de bem que desejarem nos apoiar poderão fazê-lo de maneira digna, transparente e justa".

A manifestação ocorre dias após Ramagem perder oficialmente o mandato parlamentar. Depois de ser condenado pelo STF por participação na trama golpista investigada no país, o ex-deputado teve a cassação confirmada com base no artigo 55 da Constituição. A decisão levou também à perda de seu cargo como delegado da Polícia Federal. A mesa diretora da Câmara, presidida por Hugo Motta (Republicanos-PB), formalizou a vacância do mandato na semana passada.

O ex-parlamentar deixou o Brasil em setembro, antes da conclusão de seu julgamento, e desde então é considerado foragido. Sua permanência nos Estados Unidos já gerou custo de R$ 532 mil aos cofres públicos, relativos às despesas de deslocamento e diárias à época em que ainda exercia o mandato.

A possibilidade de Ramagem pedir asilo nos Estados Unidos também entrou no debate político. Especialistas consultados pela emissora avaliam que a perda do mandato reduz possibilidades legais de pleitear qualquer forma de proteção internacional, diminuindo sua margem de manobra jurídica.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

STF tende a apoiar decisão de Dino e impedir retorno das emendas do Orçamento secreto

Clima interno na Corte indica que ministros devem manter liminar que barrou “jabuti” inserido em projeto fiscal

      Flávio Dino (Foto: Antonio Augusto/STF)

A maior parte dos ministros do Supremo Tribunal Federal deve acompanhar a decisão tomada pelo ministro Flávio Dino e impedir a retomada de repasses ligados ao extinto Orçamento secreto. A indicação foi relatada por magistrados à CNN Brasil, fonte original da notícia, que apontam um ambiente favorável no tribunal para validar a liminar.

Segundo a emissora, um ministro ouvido sob reserva avaliou que a medida de Dino está alinhada tanto com votos anteriores quanto com o entendimento consolidado do STF de que as “emendas de relator”, classificadas como RP9, são inconstitucionais. Essas emendas estiveram no centro do esquema do chamado Orçamento secreto, declarado irregular pela Corte em 2022.

A decisão de Dino suspendeu o trecho de um projeto recém-aprovado pelo Congresso que trata da redução de benefícios tributários e da taxação de casas de apostas. O dispositivo contestado foi descrito como um “jabuti” — expressão usada no jargão legislativo para indicar a inclusão de temas sem relação com o conteúdo principal da proposta. Esse artigo buscava revalidar restos a pagar referentes a emendas de 2019 a 2023, já canceladas.

A ação que motivou a liminar foi apresentada pela Rede Sustentabilidade e pelo PSOL. Os partidos sustentam que, dos R$ 1,9 bilhão reativados pelo dispositivo, cerca de R$ 1 bilhão seria correspondente justamente às extintas emendas RP9, foco das decisões anteriores do Supremo que vedaram esse tipo de repasse por falta de transparência e controle público.

A medida de Dino tem caráter preventivo: foi tomada antes da sanção do texto pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e segue vigente até julgamento definitivo do plenário. Na prática, a decisão cria um colchão de segurança para o governo federal, que conta com o projeto como parte central da estratégia de recomposição fiscal deste ano.

O pacote analisado pelo Congresso — e do qual o artigo suspenso fazia parte — foi determinante para a negociação que permitiu o avanço do chamado PL da Dosimetria no Senado. A articulação conectou o endurecimento de penas em projetos da área criminal à agenda de corte de subsídios e aumento de receitas, em um esforço para melhorar o resultado das contas públicas.

Nos bastidores do tribunal, a expectativa é que a maioria dos ministros siga o entendimento de Dino, reafirmando a posição firmada pelo STF contra o retorno de mecanismos associados ao antigo Orçamento secreto e reforçando a necessidade de transparência na execução das emendas parlamentares.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Indicado por Tarcísio, novo reitor da USP apoiou Lula e chamou gestão Bolsonaro de “desastrosa”


  O novo reitor da USP, Aluísio Segurado, escolhido por Tarcísio de Freitas para o cargo. Foto: Reprodução

Novo reitor da USP escolhido por Tarcísio de Freitas (Republicanos), o médico infectologista Aluísio Segurado assinou, em 2022, um manifesto em apoio à chapa Lula-Alckmin e com críticas ao governo de Jair Bolsonaro (PL), padrinho político do governador paulista, conforme informações do Estadão.

Em agosto de 2022, professores e alunos da Faculdade de Medicina da USP organizaram um abaixo-assinado intitulado “Manifesto pela democracia em nosso país”. O documento, assinado por Segurado, afirmou que a gestão bolsonarista trabalhava contra os interesses da população em todos os campos e que a “condução desastrosa do presidente” na pandemia resultou em dezenas de milhares de mortes e sequelas evitáveis.

O texto também apresenta a eleição daquele ano como uma decisão entre continuar a “devastação cívica” ou seguir um novo caminho voltado à eliminação da miséria e à redução das desigualdades, e termina declarando apoio ao agora presidente Lula (PT).

Lula e Alckmin em Brasília, texto definitivo da PEC e mais de 22 de novembro | CNN Brasil
Lula e Alckmin em Brasília. Foto: Reprodução
“Entre as candidaturas postas, não temos dúvida de que a chapa Lula-Alckmin é a que apresenta viabilidade eleitoral para reconstruir os pilares de nossa democracia e de uma sociedade que se caracterize pela atenção e diminuição das iniquidades sociais e econômicas, da intolerância e da violência”, diz o manifesto.

Segurado afirmou, por meio da assessoria de imprensa da USP, que o documento, no contexto da eleição presidencial de 2022, “reafirma convicções aderentes aos valores cultivados na USP de defesa da ciência, da excelência acadêmica e da democracia”.

Ele também criticou Bolsonaro em uma entrevista publicada no portal do jornal Contacto em novembro de 2019, quando o ex-capitão ainda ocupava a Presidência. Na ocasião, Segurado disse estar preocupado com o pensamento “conservador e moralista” do governo, que, na visão dele, prejudicava o combate ao HIV, vírus da aids.

       Tarcísio de Freitas e Jair Bolsonaro. Foto: Reprodução

Resultado da eleição na USP

O docente foi o mais votado na eleição realizada no dia 27 de novembro pela USP. A ex-diretora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) Ana Lúcia Duarte Lanna ficou em segundo lugar, e o professor da Escola Politécnica Marcílio Alves ficou em terceiro.

Tarcísio poderia escolher qualquer um dos três nomes, mas preferiu seguir a tradição e nomeou o primeiro colocado.

O médico tomará posse como reitor no dia 25 de janeiro, para um mandato de quatro anos. Em entrevista recente à TV USP, ele apontou como principal desafio a rediscussão do modelo de financiamento da universidade após a implementação da reforma tributária.

A principal fonte de financiamento da USP é a cota-parte de 5,02% do ICMS arrecadado pelo governo de São Paulo. O imposto, porém, será extinto gradualmente até 2033, quando será substituído pelo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS).

Segundo o novo reitor, outros desafios são aprimorar o convívio e “reforçar o pertencimento inclusivo de todas as pessoas na USP que temos hoje, mais plural e diversa”, além de adaptar a universidade à transformação digital do mundo contemporâneo, incorporando novas tecnologias nas atividades de ensino, pesquisa e extensão.

Fonte: DCM com informações do Estadão

Estudantes são proibidos de exibir vídeos de Bolsonaro em peça sobre fake news


Alunos durante a apresentação; montagem discutia fake news que circularam na pandemia. Imagem: reprodução

Estudantes de teatro da Casa de Cultura Dinorath do Valle, em São José do Rio Preto (SP), foram impedidos de exibir vídeos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante uma peça sobre fake news na pandemia. A decisão foi tomada pela direção do espaço na sexta-feira (19), após a coordenação ser informada, durante um ensaio, sobre o conteúdo político do material. Com informações da UOL.

A montagem, baseada em texto do autor francês Jean-Pierre Martinez, abordava a disseminação de notícias falsas na crise sanitária e seus impactos no Brasil. Para contextualizar o período, os alunos haviam selecionado vídeos de Bolsonaro com declarações sobre vacinas e a frase “não sou coveiro”, dita ao comentar as mortes por Covid-19.

O ex-presidente Jair Bolsonaro em entrevista. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
Segundo a professora Beta Cunha, o coordenador pedagógico da Faperp e o diretor do teatro, Nelson Castro, informaram que os vídeos não poderiam ser exibidos, por orientação atribuída ao secretário municipal de Cultura, Robson Vicente, nomeado em janeiro pelo prefeito Fábio Candido (PL). A Faperp é responsável pelos cursos oferecidos gratuitamente no local, em parceria com a prefeitura.

Em resposta, os estudantes protestaram durante a apresentação e informaram ao público quando um vídeo havia sido vetado. Ao fim do espetáculo, o grupo se manifestou sobre o ocorrido. Em nota, o secretário de Comunicação, Ricardo Nonato, afirmou que o regimento interno do teatro proíbe manifestações políticas ou religiosas em eventos institucionais e negou censura, dizendo que houve apenas pedido de cumprimento das normas.

Alunos e frequentadores, porém, apontam que o espaço já recebeu outras peças com temas políticos, reacendendo o debate sobre liberdade artística e possíveis limites impostos pela gestão pública.

Fonte: DCM com informações do UOL

Supercopa Rei terá final reeditada em 2026: Flamengo e Corinthians

Flamengo, campeão do Brasileirão, e Corinthians, da Copa do Brasil. Foto: reprdoução

Está definido o confronto da Supercopa Rei de 2026. Campeão da Copa do Brasil no último domingo, após vencer o Vasco no Maracanã, o Corinthians garantiu vaga para enfrentar o Flamengo, vencedor do Brasileirão de 2025, no torneio que abre a temporada do futebol nacional.

A Supercopa Rei de 2026 está prevista para o dia 24 de janeiro, com local ainda indefinido. A Confederação Brasileira de Futebol avalia três candidaturas: a Arena da Amazônia, o Estádio Mané Garrincha e a Arena Fonte Nova. O estádio de Brasília aparece como favorito nos bastidores.

Rebatizada como Supercopa Rei após a morte de Pelé, em 2022, a competição reúne os campeões nacionais desde seu retorno ao calendário. Atual detentor do título, o Flamengo tentará manter a hegemonia, enquanto o Corinthians busca o segundo troféu, após a conquista histórica de 1991 sobre o rival carioca.

Veja todos os campeões da Supercopa Rei

  • 2025: Flamengo
  • 2024: São Paulo
  • 2023: Palmeiras
  • 2022: Atlético-MG
  • 2021: Flamengo
  • 2020: Flamengo
  • 1991: Corinthians
  • 1990: Grêmio
Fonte: DCM

O lançamento do livro do ex-carcereiro de Lula sobre os 580 dias do presidente na prisão

 

O presidente Lula (PT) e o agente da Polícia Federal Jorge Chastalo. Foto: Reprodução
Carcereiro de Lula (PT) durante os 580 dias em que o presidente ficou preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, o policial Jorge Chastalo Filho lançará, em abril do ano que vem, um livro sobre a rotina do petista no período de detenção, conforme informações da colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo.

Ainda sem título, a obra será publicada pela WMF Martins Fontes e terá formato de diário. O livro reunirá registros feitos por Chastalo Filho desde a chegada de Lula à prisão, em abril de 2018, até a soltura, em novembro de 2019.

Segundo o policial, o volume abordará o cotidiano da detenção, as visitas recebidas pelo então ex-presidente e o início do relacionamento com Janja. Também fazem parte do relato episódios marcantes vividos por Lula durante a prisão, como a morte do neto Arthur, de 7 anos, vítima de meningite bacteriana.

Conhecido como “Rodrigo Hilbert da PF”, Chastalo Filho foi o agente que mais teve contato com Lula durante o período em Curitiba. Ele já afirmou que recebeu a bênção do próprio petista para escrever o livro.

● Conversas, angústias e planos

Em entrevista concedida em 2023 ao jornalista Guilherme Amado, o policial relatou a experiência de lidar com Lula desde a preparação para sua chegada à Superintendência da PF, quando precisou adaptar um dormitório de policiais para atender às condições de “sala de Estado-Maior”.

Ao longo do convívio, Lula compartilhou lembranças do passado, angústias relacionadas à prisão e projetos futuros. Segundo Chastalo, o então ex-presidente demonstrava satisfação com seus primeiros governos, mas admitia que poderia ter defendido com mais força alguns projetos e vislumbrava um retorno ao Planalto.

“Ele falou isso mais de uma vez. Eu pensava que tudo é possível, inclusive nada, porque a situação dele não era fácil. Era terrível. Era bastante complicado acreditar que ele pudesse chegar onde chegou”, relatou o agente da PF.

● O momento mais difícil da prisão

Durante o período de detenção, Chastalo Filho testemunhou dramas pessoais vividos por Lula, como a perda de pessoas próximas, entre elas o amigo Sigmaringa Seixas e o neto Arthur. O policial descreveu a morte do menino como o momento mais difícil enfrentado por Lula na prisão.

“O momento mais terrível para ele, e acredito que um dos momentos mais terríveis da vida dele, foi a perda do neto Arthur. Isso causou um sofrimento absurdo, ele chorou, ficou muito mal durante uma semana, depois começou a se sentir mais… o tempo vai ajudando. Esse foi o pior momento”, contou Jorge.

Fonte: DCM com informações da Folha de S. Paulo

Lula tenta recompor diálogo com Alcolumbre e Hugo Motta, afirma Randolfe Rodrigues

Líder do governo no Congresso diz que tensões com o Senado serão superadas e nega distanciamento político entre o presidente e Alcolumbre

      Randolfe Rodrigues (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva trabalha para recompor o diálogo com os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), após um período de tensões entre os Poderes. A avaliação é do senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), líder do governo no Congresso Nacional, em entrevista ao Valor Econômico, publicada nesta terça-feira.

Segundo Randolfe, a expectativa é que Executivo e Legislativo encerrem 2025 em um ambiente de reaproximação, especialmente após uma conversa “aberta, franca, sincera e direta” entre Lula e Alcolumbre. “Com o governo, com o presidente, eu acho que tudo vai se resolver quando eles conversarem. Não há distanciamento entre o Davi Alcolumbre e o governo”, afirmou o senador.

A relação entre Lula e o presidente do Senado se deteriorou após a indicação do advogado-geral da União, Jorge Messias, para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). Alcolumbre defendia a nomeação do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o que gerou desgaste e acabou provocando também o rompimento entre o presidente do Senado e o líder do governo na Casa, Jaques Wagner (PT-BA).

De acordo com Randolfe, o conflito com Wagner agravou a crise institucional. “Com o Jaques Wagner, ele criou de fato uma aversão. Eu já tentei até mediar. Na semana passada eu tentei falar com ele, para ver se ele recebia [o Wagner], mas ele ficou realmente na dele”, relatou. O senador acrescentou que Alcolumbre nunca teria cobrado cargos do governo, rebatendo versões de bastidores que indicavam pressões por espaço em órgãos reguladores.

Apesar das divergências, Randolfe destacou a proximidade política entre Lula e Alcolumbre, especialmente no Amapá. “O campo do Davi Alcolumbre no Amapá é o campo do presidente Lula. Nós temos mais razões que nos colocam próximos, na mesma página, do que nos separam”, afirmou.

Crise na base e PL da dosimetria

Outro foco de tensão citado pelo líder do governo foi a condução do acordo que permitiu a aprovação do projeto de lei que reduz a dosimetria das penas dos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Randolfe se mostrou contrariado com a atuação de Jaques Wagner no episódio, embora tenha evitado ataques diretos. “Não queria ser mais um a fazer a crucificação pública”, disse.

Ele revelou que alertou Wagner sobre os riscos políticos do acordo. “Eu disse para ele: ‘Wagner, vamos tentar pedir vista, vamos postergar esse debate. Não tem acordo com a nossa base social sobre isso’”, contou. Segundo Randolfe, Lula foi pego de surpresa durante a votação e só tomou conhecimento do acordo enquanto a sessão estava em andamento. “O presidente Lula me ligou durante a votação, lá no plenário do Senado, para perguntar o que estava acontecendo”, relatou.

Ainda de acordo com o senador, Lula deixou claro que pretendia vetar o projeto e que não autorizou nenhum tipo de acordo. “Ele reiterou para mim que queria vetar [o PL da dosimetria] e que não deu autorização para ser feito qualquer tipo de acordo”, afirmou.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal  Valor Econômico

Lewandowski passa a defender criação do ministério da Segurança Pública

Ministro da Justiça condiciona divisão da pasta à aprovação de PEC, ampliação do papel da União e destinação de recursos substanciais

      Ricardo Lewandowski (Foto: Isaac Amorim/MJSP)

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, mudou de posição e passou a defender a criação do Ministério da Segurança Pública, tema que anteriormente rejeitava. Em entrevista ao jornal Valor Econômico, o ministro afirmou que a divisão da atual pasta só fará sentido se houver a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que trata do tema, além da definição clara do papel da União no combate à criminalidade e da destinação de recursos expressivos para a nova estrutura.

Lewandowski alinhou-se à posição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que já declarou que só enviará a proposta ao Congresso caso a PEC seja aprovada. “Se não houver clareza e não houver um aporte substancial de recursos novos, porque o combate à criminalidade precisa de recursos, nós simplesmente teremos mais do mesmo”, afirmou o ministro.

◈ Mudança de posição e exigência de recursos

Questionado sobre a mudança de entendimento, Lewandowski explicou que hoje concorda com a divisão da pasta desde que haja fortalecimento do papel da União. “Eu concordo com o presidente que essa divisão faria sentido, primeiro, se houvesse uma ampliação do papel da União no combate à criminalidade. Em segundo lugar, se viessem verbas substanciais”, disse. Ele citou como exemplo o orçamento do Fundo Nacional de Segurança Pública, que classificou como insuficiente: “Hoje nós temos no nosso Fundo Nacional de Segurança Pública a verba irrisória de R$ 2 bilhões”.

Ao comparar com os estados, destacou: “Só para ter uma ideia, o Estado da Bahia tem R$ 8 bilhões para segurança”.

◈ Críticas à PEC da segurança na Câmara

Lewandowski criticou as alterações feitas pelo relator da PEC da segurança na Câmara, deputado Mendonça Filho (União-PE). Segundo ele, o texto aprovado pelos deputados vai na direção oposta à proposta original do Executivo. “Nós apresentamos a centralização do combate ao crime. O principal ponto da PEC era justamente uma coordenação de forças e isso ficou de fora”, afirmou.

Para o ministro, a descentralização defendida no relatório representa um retrocesso em relação ao Sistema Único de Segurança Pública (Susp). “Em vez de haver uma coordenação centralizada ao nível da União, como é a proposta do Susp, haveria inclusive um retrocesso”, disse.

◈ Defesa do modelo da Operação Carbono Oculto

Um dos pontos centrais da entrevista foi a defesa do modelo adotado na Operação Carbono Oculto, que revelou a infiltração do crime organizado no setor de combustíveis. Lewandowski classificou a ação como exemplar. “A Carbono Oculto é uma operação paradigmática; não foi disparado um tiro. Ninguém morreu, ninguém ficou ferido”, afirmou.

Segundo ele, a operação traduz o espírito da PEC da segurança ao promover a atuação integrada de forças federais e estaduais, além de órgãos como o Ministério Público, Receita Federal e Coaf. “A ideia é não usar só a força física, mas sim a inteligência”, disse.

Ao comparar com a megaoperação realizada no Rio de Janeiro, que deixou 122 mortos, Lewandowski ressaltou a diferença de abordagem. “Uma operação com 122 mortos é uma operação, no mínimo, cruenta”, afirmou, defendendo que o combate ao crime deve ocorrer dentro dos limites da Constituição e do Estado Democrático de Direito.

◈ PL antifacção e soberania nacional

O ministro também comentou o projeto de lei antifacção enviado pelo governo ao Congresso. Ele explicou que o texto busca enfrentar um fenômeno novo com instrumentos modernos e integrados. “O crime organizado é um fenômeno novo, não se compara com a criminalidade que havia no passado”, disse.

Lewandowski criticou duramente a tentativa de equiparar facções criminosas a grupos terroristas, proposta inicialmente debatida na Câmara. “São dois tipos de crimes que têm uma natureza completamente diferente”, afirmou. Segundo ele, a medida poderia abrir espaço para interferência externa e afetar a soberania nacional. “Nós abriríamos um flanco muito grande e exporíamos a nossa soberania aos mais distintos tipos de ataques”, alertou.

Ele elogiou as mudanças feitas pelo senador Alessandro Vieira (MDB-SE), que, segundo o ministro, retomaram o espírito original do projeto. “Coincide em 90% com aquilo que nós propusemos”, disse.

◈ Vetos, atos golpistas e Estado Democrático de Direito

Lewandowski também comentou o projeto de lei da dosimetria, que reduziu penas de condenados pelos atos golpistas e do ex-presidente Jair Bolsonaro, e afirmou que a análise dos vetos passará pelo Ministério da Justiça. O ministro foi enfático ao criticar a flexibilização das punições. “Na medida em que você ameniza as sanções contra esse tipo de atentado contra as instituições, que é gravíssimo, você pode estimular futuros atentados contra o Estado Democrático de Direito”, afirmou.

Ele lembrou que o Supremo Tribunal Federal já decidiu que não é possível conceder indulto ou anistia para crimes contra o Estado Democrático de Direito, ressaltando que a redução de penas pode, na prática, representar uma forma indireta de anistia.

◈ Combate ao crime e infiltração na política

Na entrevista, Lewandowski também alertou para a infiltração do crime organizado no processo eleitoral e atribuiu responsabilidade direta aos partidos políticos. “Tem que apurar, saber quem é quem antes de dar uma legenda”, disse. Segundo ele, o Estado atua de forma repressiva, mas a prevenção começa na seleção dos candidatos e no controle do financiamento de campanhas.

Ao final, o ministro afirmou que a Polícia Federal tem atuado com autonomia no atual governo e que o combate ao crime organizado seguirá como prioridade, desde que respeitados os limites constitucionais. “O Estado não pode praticar crimes ao combater crimes”, concluiu.

Fonte: Brasil 247 com informações do Valor Econômico