segunda-feira, 20 de outubro de 2025

CPMI ouve ex-dirigente de associação investigada e ex-integrante do CNPS

Felipe Macedo Gomes, ex-presidente da Amar Brasil Clube de Benefícios, e Tonia Andrea Inocentini Galleti, ex-integrante do Conselho Nacional de Previdência Social, serão ouvidos pela CPMI nesta segunda-feira - (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)


Mais dois depoimentos serão tomados pela CPMI do INSS nesta segunda-feira (20), a partir de 16h. Enquanto Felipe Macedo Gomes, ex-presidente da Amar Brasil Clube de Benefícios (ABCB), terá de explicar mais de R$ 1,1 bilhão em descontos indevidos de aposentados e pensionistas, a ex-integrante do Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) Tonia Andrea Inocentini Galleti deverá informar aos parlamentares o que teria bloqueado suas denúncias e pedidos de regulamentação dos Acordos de Cooperação Técnica (ACTs) firmados com associações e sindicatos.

● CNPS

A oitiva de Tonia Galleti atende a cinco requerimentos, dos senadores Izalci Lucas (PL-DF), Damares Alves (Republicanos-DF) e dos deputados Beto Pereira (PSDB-MS), Adriana Ventura (Novo-SP) e Duarte Jr. (PSB-MA). No seu pedido (REQ 60/2025), Izalci Lucas argumenta que a investigação no âmbito da CPMI não pode ser compreendida “apenas pela análise de seus executores finais”, mas considera importante investigar as falhas estruturais e as “omissões deliberadas que ocorreram no epicentro decisório do sistema”.

Ele diz que Tonia Galleti, no seu mandato no CNPS, tentou formalmente pautar a discussão sobre a proliferação de fraudes e a necessidade urgente de regulamentação dos Acordos de Cooperação Técnica (ACTs) firmados com associações e sindicatos no âmbito do conselho.

“O testemunho da senhora Tonia Galleti é fundamental para que esta Comissão Parlamentar de Inquérito possa mapear com precisão a cronologia da ciência dos fatos pelas mais altas autoridades da Previdência Social, bem como as articulações políticas que resultaram na manutenção de um ambiente regulatório frouxo e propício aos crimes investigados. É seu dever, como cidadã e ex-integrante de um órgão de Estado, e direito desta CPMI, ouvir quem esteve na trincheira institucional, munida de informações e com o ímpeto de agir, mas que foi silenciada pela inércia calculada de seus superiores”, justifica.

● ABCB

Já o depoimento de Felipe Macedo Gomes, ex-presidente da Associação dos Aposentados e Pensionistas Amar Brasil Clube de Benefícios (ABCB), atende a sete requerimentos, dos senadores Fabiano Contarato (PT-ES) e Damares Alves (Republicanos-DF) e dos deputados Rogério Correia (PT-MG), Orlando Silva (PCdoB-SP), Paulo Pimenta (PT-RS) e Evair Vieira de Melo (PP-ES).

Ao justificar o depoimento (REQ 910/2025), Fabiano Contarato aponta que Felipe Gomes teria sido identificado pelas investigações da Polícia Federal e da Controladoria Geral da União (CGU) como um dos operadores do esquema de fraudes no INSS. Segundo o senador, entre 2022 e 2024, o ex-dirigente da associação teria movimentado mais de R$ 1,1 bilhão por meio de descontos indevidos em benefícios previdenciários.

“A Amar Brasil Clube de Benefícios (ABCB) foi autorizada a descontar até 2,5% sobre os benefícios previdenciários em 2022, passando a executar cobranças que atingiram milhares de aposentados e pensionistas, muitos sem qualquer vínculo ou autorização expressa para filiação à entidade", afirma Contarato. "Há indícios de que a associação funcionou como fachada para operações financeiras irregulares, utilizando a estrutura de convênios com o INSS para captação ilícita de recursos, o que caracteriza grave violação dos direitos dos beneficiários”, acrescenta o senador na justificação.

Fonte: Agência Senado

Senado deve votar isenção do IR até R$ 5 mil em novembro

Proposta também cria alíquotas mínimas para rendas acima de R$ 50 mil e deve valer a partir de 2026

       Renan Calheiros (Foto: Roque de Sá/Agência Senado)

O Senado Federal deve analisar, no início de novembro, o projeto de lei que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) para trabalhadores que recebem até R$ 5 mil mensais. A proposta também prevê a criação de alíquotas mínimas de contribuição para rendimentos acima de R$ 50 mil. As informações são do Infomoney.

O texto, aprovado na Câmara dos Deputados em 1º de outubro, já tramita na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). Antes da votação em plenário, a proposta está sendo debatida em uma série de audiências públicas que se encerram nesta sexta-feira (24).

☉ Relatoria de Renan Calheiros

Responsável pelo parecer, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) afirmou que pretende concluir a análise em até 30 dias. Segundo ele, o esforço é para evitar mudanças que obriguem o retorno da matéria à Câmara, o que atrasaria a tramitação.

“O que tiver que ser emendado, será emendado. O que tiver que ser suprimido, será suprimido. Mas nosso esforço é para que a matéria não volte à Câmara”, declarou Renan.

☉ Meta do governo Lula

O Palácio do Planalto trabalha para aprovar a proposta ainda em 2025, permitindo que as novas regras entrem em vigor já em 2026. O aumento da faixa de isenção é visto como um gesto de forte apelo popular e uma das principais apostas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na área econômica.

Fonte: Brasil 247 com informações

Mercado corta previsão da inflação em 2025, diz Boletim Focus

Mercados asiáticos se recuperam após perdas recentes, mas minério de ferro recua com dados negativos da China

       Sede do Banco Central, em Brasília - 17/12/2024 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

As expectativas do mercado financeiro para a inflação e para o câmbio em 2025 voltaram a ser revistas para baixo. O dado foi divulgado nesta segunda-feira (20) no Relatório Focus do Banco Central, documento que compila semanalmente as projeções de analistas e instituições financeiras sobre os principais indicadores econômicos do país. As informações são do Infomoney.

De acordo com a nova edição do boletim, a estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2025 caiu de 4,72% para 4,70%. Essa foi a quarta semana consecutiva de revisão negativa para a inflação. No câmbio, a projeção para o dólar foi mantida em R$ 5,45, enquanto a taxa básica de juros (Selic) de 2025 segue em 15%, sem alterações há 17 semanas.

☉ Projeções para os próximos anos

As expectativas de inflação também recuaram para horizontes mais longos. Para 2026, a projeção do IPCA caiu de 4,28% para 4,27%. Em 2027, houve ajuste de 3,90% para 3,83%, enquanto para 2028 a estimativa passou de 3,68% para 3,60%. No caso do IGP-M, a previsão para 2025 diminuiu de 0,95% para 0,87%, e para 2026 ficou em 4,20%. Já em 2027 a projeção foi mantida em 4%, com leve recuo em 2028, de 3,98% para 3,91%.

Quanto aos preços administrados, que incluem tarifas como energia e combustíveis, a expectativa para 2025 subiu ligeiramente de 4,96% para 4,97%. Para 2026 houve queda de 3,97% para 3,96%, enquanto 2027 manteve o nível de 3,84% e 2028 caiu de 3,70% para 3,60%.

☉ PIB segue em ritmo moderado

Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), as projeções permaneceram praticamente estáveis. Para 2025, o mercado elevou levemente a previsão, de 2,16% para 2,17%. Já em 2026, a estimativa é de 1,80%, e em 2027 houve recuo de 1,83% para 1,82%. Para 2028, o crescimento projetado permanece em 2%, patamar que não sofre alterações há 84 semanas.

☉ Selic estável no longo prazo

No horizonte estendido, as previsões para a Selic também não apresentaram mudanças significativas. Para 2026, a taxa projetada é de 12,25%. Em 2027, o mercado aposta em 10,50%, e para 2028 a estimativa segue em 10%, nível que permanece inalterado há 43 semanas.

Fonte: Brasil 247 com informações do Infomoney

Por que governo Lula quer encontro com Trump ainda este ano


        Lula, presidente do Brasil, e Trump, dos EUA. Foto: reprodução

O governo brasileiro trabalha para viabilizar ainda em 2025 o primeiro encontro presencial entre Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump. A expectativa é que a reunião aconteça durante a viagem do petista à Ásia, onde ele participará, na Malásia, da cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean). Apesar do interesse mútuo, ainda há indefinição sobre a compatibilidade das agendas dos dois presidentes. Com informações do g1.

De acordo com auxiliares do Planalto, o encontro é visto como essencial para consolidar a reaproximação diplomática entre Brasília e Washington, abalada após a imposição de tarifas de 50% pelo governo estadunidense sobre exportações brasileiras.

“Há, no horizonte, muitas tentativas externas de pautar agendas paralelas e atrapalhar a relação bilateral. Tem muita espaçonave desgovernada no caminho, e a presença dos chefes de Estado, o quanto antes, unindo a questão, é fundamental para impedir qualquer interferência”, afirmou um integrante do governo.

Na última sexta-feira (17), Lula se reuniu com o chanceler Mauro Vieira e o assessor especial da Presidência, Celso Amorim, no Palácio da Alvorada, para discutir o avanço das negociações após o encontro entre Vieira e o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio. A conversa, realizada em Washington, foi considerada positiva e marcou a retomada de um canal direto entre os dois governos. Também participou da reunião o representante de Comércio dos EUA, Jamieson Greer.

Mauro Vieira, ministro do Itamaraty, e Marco Rubio, secretário de Estado dos EUA. Foto: reprodução

Rubio descreveu o diálogo como “muito produtivo” e anunciou a criação de uma linha direta de comunicação entre os países, em sintonia com o modelo adotado pelos presidentes, que conversaram por telefone em 6 de outubro.

“A reunião teve uma atitude construtiva e marcou o início de um processo auspicioso para reverter o chamado tarifaço”, disse Mauro Vieira. Segundo o ministro, parte do encontro foi reservada, com uma conversa privada de 20 minutos, seguida de um debate ampliado entre as equipes técnicas.

As discussões se concentraram em questões comerciais, incluindo o cronograma para revisão das tarifas, o eventual levantamento de sanções a autoridades brasileiras e o avanço em novas áreas de cooperação.

O Itamaraty avaliou o resultado como melhor do que o esperado, interpretando o gesto de Washington como sinal de reaproximação diplomática. Uma nova reunião técnica virtual será realizada nos próximos dias para dar continuidade às negociações.

Fonte: DCM com informações do G1

Candidato apoiado por Evo Morales ganha eleição presidencial na Bolívia


       Rodrigo Paz, eleito presidente da Bolívia. Imagem: reprodução

Com 97% das urnas apuradas, o senador e ex-prefeito de Tarija, Rodrigo Paz, do Partido Democrata Cristão (PDC), foi eleito presidente da Bolívia, segundo dados do Tribunal Supremo Eleitoral (TSE). A vitória é considerada irreversível, consolidando o resultado do primeiro segundo turno da história política boliviana.

Paz, que derrotou o ex-presidente Tuto Quiroga, terá como principal desafio enfrentar a crise econômica que afeta o país. Durante a campanha, defendeu a descentralização administrativa, o fortalecimento do setor privado e a manutenção de programas sociais voltados à população mais vulnerável.

O então presidente boliviano Evo Morales e o recém-eleito Rodrigo Paz, em foto de 2019. Reprodução
“Este é um momento de mudança, de renovação, e acredito que neste ano bicentenário, o país está encerrando 200 anos de um ciclo e iniciando um novo (…). Se o povo da Bolívia me der a oportunidade de ser presidente (…), minha abordagem será chegar a um consenso, concordar, fazer as coisas avançarem”, disse o novo presidente do país a repórteres neste domingo, acompanhado de seu pai de 86 anos, ao sair de uma seção eleitoral na cidade de Tarija, no sul do país.

O pleito também marcou uma derrota histórica do MAS (Movimento ao Socialismo), partido fundado e liderado por Evo Morales, que não conseguiu avançar ao segundo turno. Morales declarou apoio a Paz na reta final da disputa, afirmando ter “votado por obrigação” no domingo (19).

A eleição encerra um ciclo de instabilidade política na Bolívia e abre espaço para uma nova composição de forças no país. Durante sua campanha presidencial, Paz defendeu a descentralização do governo e a promoção do crescimento do setor privado, mantendo os programas sociais.

O novo presidente enfrentará o desafio de implementar reformas amplas, como reduzir o déficit fiscal de cerca de 10%, ajustar os preços dos combustíveis – que apresentam possibilidade de até triplicar – e negociar com credores internacionais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI), para garantir dólares e estabilizar a economia.

Fonte: DCM

STF retoma julgamento de núcleo responsável por espalhar fake news e atacar eleições

 

Primeira Turma do STF julga denúncia sobre trama golpista. Foto: Gustavo Moreno/STF
O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma nesta terça-feira (21) o julgamento do núcleo acusado de espalhar fake news e promover ataques sistemáticos ao processo eleitoral. A análise, conduzida pela Primeira Turma da Corte, é considerada uma das etapas mais importantes do processo sobre a trama golpista que tentou desacreditar o resultado legítimo das eleições de 2022.

Na última sessão, realizada em 14 de outubro, o julgamento avançou rapidamente, e há expectativa de que a análise seja concluída nesta terça-feira, com a definição do mérito e das penas — a chamada dosimetria — em caso de condenação.

O relator do processo é o ministro Alexandre de Moraes, e também votarão os ministros Cristiano Zanin, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Flávio Dino.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) sustenta que os réus agiram de forma coordenada para desacreditar o sistema eletrônico de votação, difundir teorias conspiratórias e incitar a ruptura institucional. Na semana passada, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, pediu a condenação dos acusados.

Os acusados e a atuação do grupo

Sete pessoas são julgadas neste núcleo: o ex-major do Exército Ailton Barros; o major da reserva Ângelo Denicoli; o engenheiro Carlos Rocha; o subtenente Giancarlo Rodrigues; o tenente-coronel Guilherme Marques Almeida; o policial federal Marcelo Bormevet; e o coronel Reginaldo Vieira de Abreu.

De acordo com as investigações, o grupo foi essencial para alimentar a narrativa de fraude nas urnas e insuflar apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) contra o resultado eleitoral. A PGR aponta que a estratégia envolvia a disseminação de conteúdos falsos, transmissões ao vivo com discursos inflamados e a articulação de manifestações antidemocráticas.

Os sete acusados de integrar o chamado “núcleo da desinformação”. Foto: Reprodução/TV Globo

Segundo a denúncia, Ângelo Denicoli e Guilherme Almeida contribuíram para disseminar suspeitas infundadas sobre as urnas eletrônicas nas redes sociais.

Já Denicoli e Reginaldo Abreu teriam tentado interferir no relatório do Ministério da Defesa sobre a votação — documento que, após análise técnica, confirmou a integridade do sistema e não apontou qualquer indício de fraude. Parte das informações teria sido repassada por um influenciador argentino.

Crimes em julgamento

Em setembro, a Primeira Turma do STF já havia condenado Jair Bolsonaro e outros sete envolvidos pela tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Agora, os ministros analisam a responsabilidade dos articuladores intelectuais e comunicacionais da ofensiva contra a democracia.

A expectativa é que os votos dos ministros acompanhem o entendimento do relator, Alexandre de Moraes, a favor da condenação dos réus pelos crimes de associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e incitação ao crime.

Fonte: DCM

Atraso no pagamento das emendas pix irrita Câmara

Deputados acusam o Planalto de liberar apenas metade dos recursos previstos

       Câmara dos Deputados, congresso Nacional (Foto: agência Brasil)

A relação entre o Palácio do Planalto e a Câmara dos Deputados voltou a se tensionar após a divulgação de uma planilha que circula entre lideranças da Casa. O documento indica que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva quitou apenas metade das emendas parlamentares na modalidade chamada de “transferências especiais”, conhecidas como emendas Pix. Esse atraso estaria entre os principais motivos para a derrota do governo na votação da medida provisória (MP) do IOF.

De acordo com informações publicadas pelo jornalista Igor Gadelha, do Metrópoles, os dados foram levantados no Sistema Integrado de Administração Financeira (Siaf), plataforma utilizada para acompanhar a execução orçamentária. A planilha mostra que, dos R$ 7,2 bilhões previstos em emendas Pix no Orçamento de 2025, somente R$ 3,8 bilhões foram pagos até agora — o equivalente a 52,42% do total.

☉ Partidos do Centrão reclamam da disparidade

Entre os partidos que mais receberam, destacam-se PCdoB, com 69,84% das emendas pagas, e Rede Sustentabilidade, com 69,3%. Já as legendas ligadas ao Centrão, bloco fundamental para a governabilidade e que liderou a derrota do governo na MP do IOF, estão entre as que menos receberam. O PSD teve apenas 46,06% liberados, o PP registrou 52,45%, e o União Brasil ficou em 54,24%.O percentual destinado ao PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro e maior sigla de oposição na Câmara, também foi considerado baixo, com 52,76%. A situação mais crítica é a do Novo, que até o momento recebeu apenas 43,15% das emendas previstas.

☉ Pressão aumenta sobre o Planalto

Segundo lideranças ouvidas nos bastidores, a insatisfação tende a se agravar caso os repasses não sejam regularizados rapidamente. Há expectativa de que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), atue para tentar destravar a liberação dos recursos, permitindo que prefeitos utilizem o dinheiro em ano eleitoral.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Lula deve comunicar a Alcolumbre escolha de Messias para o STF

Presidente pretende alinhar com o Senado a indicação do advogado-geral da União para a vaga de Barroso, após jantar reservado com o ministro aposentado

                 Lula deve comunicar a Alcolumbre escolha de Messias para o STF (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve comunicar nos próximos dias ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre, sua decisão de indicar o advogado-geral da União, Jorge Messias, para a vaga aberta no Supremo Tribunal Federal (STF) com a aposentadoria de Luís Roberto Barroso. A informação foi divulgada pelo jornal O Globo, que aponta Messias como favorito dentro do Palácio do Planalto.

A conversa entre Lula e Alcolumbre está prevista para ocorrer entre segunda e terça-feira, antes da viagem internacional do presidente. Alcolumbre é peça-chave no processo, já que caberá ao Senado conduzir a sabatina e votar a indicação. Até o momento, Lula ainda não tratou oficialmente do assunto com o senador, mas a expectativa é de que a decisão seja comunicada antes de sua partida ao exterior.

☉ Jantar com Barroso e definição dos nomes

A movimentação sobre a sucessão no Supremo ganhou força após um jantar reservado entre Lula e Barroso na última sexta-feira, no Palácio da Alvorada. Segundo O Globo, o encontro teve como principal pauta a escolha do novo ministro do STF. Lula mencionou três nomes que circulam nos bastidores: Jorge Messias, o ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco e o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Bruno Dantas.

Barroso, segundo interlocutores, evitou apoiar um nome específico, mas afirmou considerar todos os citados como “qualificados”. O jantar ocorreu sem a presença de outros ministros da Corte.

☉ Expectativa de anúncio ainda em outubro

Lula pretende anunciar o indicado ainda em outubro, para que o Senado tenha tempo hábil de realizar a sabatina antes do recesso parlamentar. A decisão envolve articulações delicadas, já que a escolha do sucessor de Barroso impactará diretamente o equilíbrio interno do STF e as relações entre Executivo, Legislativo e Judiciário.

Nos bastidores, Messias é visto como o mais alinhado ao governo e com trânsito político no Senado, o que reforça sua posição como favorito.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

PF, Banco Central e Coaf vão aumentar fiscalização sobre fundos de investimento

Parceria entre órgãos busca conter lavagem de dinheiro e aumentar a transparência no mercado de capitais

Prédio do Banco Central em Brasília 25/08/2021 REUTERS/Amanda Perobelli (Foto: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Banco Central (BC) e a Polícia Federal (PF) estão intensificando esforços para ampliar a cooperação na fiscalização da indústria de fundos de investimento. O Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), vinculado ao BC e responsável pelo monitoramento de operações suspeitas, também integra as discussões. A informação foi publicada pela Folha de S.Paulo.

Reuniões recentes reuniram os diretores do BC Ailton de Aquino Santos (Fiscalização) e Gilneu Vivan (Regulação), o delegado da PF Guilherme Alves da Siqueira e o diretor de Inteligência Financeira do Coaf, Roberto Biasoli. O encontro foi registrado na agenda oficial do Banco Central e chamou atenção pela presença de outros agentes da Polícia Federal, reforçando a expectativa de que novas medidas de controle sejam anunciadas em breve.

✲ Operações e regras mais rígidas

Nos últimos meses, o BC já havia endurecido as normas de regulação sobre instituições financeiras. Paralelamente, a Receita Federal determinou que fundos de investimento passem a identificar o CPF do beneficiário final dos recursos, medida voltada a frear a atuação de organizações criminosas no setor.

Essas ações acontecem na esteira da operação Carbono Oculto, deflagrada pela PF, que desarticulou um esquema de infiltração do crime organizado no mercado de combustíveis e em instituições financeiras, incluindo fundos e fintechs. Segundo as investigações, criminosos usavam estruturas complexas de investimento para ocultar ganhos ilícitos e dificultar a identificação dos verdadeiros beneficiários.

✲ Repercussão no mercado e caso Reag

Entre os alvos da investigação estão a Reag Investimentos, uma das maiores gestoras independentes do país, listada na Bolsa, e a Trustee DTVM, administradora de recursos. A operação incluiu buscas e apreensões em sedes dessas empresas.

Um participante da reunião no BC afirmou à Folha, que o caso envolvendo a Reag mostrou a urgência de uma resposta mais firme. Segundo ele, o Coremec (Comitê de Regulação e Fiscalização dos Mercados Financeiro, de Capitais, de Seguros, de Previdência e Capitalização) já não seria suficiente para lidar com a complexidade atual do problema.

✲ Desconfiança dos investidores e propostas no governo

Levantamento da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) apontou que investidores têm dúvidas sobre a integridade do mercado de capitais brasileiro, o que aumentou a pressão por mudanças estruturais. A regulação e a supervisão dos fundos são responsabilidade da CVM, que também acompanha as conversas sobre novas medidas.

Dentro do governo, cresce a ideia de criar uma força-tarefa integrada entre BC e CVM para fiscalizar o mercado de forma conjunta. Outra proposta em debate é adotar no Brasil o modelo “twin peaks”, no qual a regulação financeira, atualmente pulverizada entre órgãos como CVM, Susep (Superintendência de Seguros Privados) e Banco Central, passaria a ser concentrada em um único regulador.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Número de fumantes volta a crescer no Brasil após quase 20 anos de queda

Ministério da Saúde registra aumento de 25% no total de fumantes nas capitais e especialistas associam avanço ao uso de cigarros eletrônicos

      Homem exala vapor de cigarro eletrônico (Foto: REUTERS/Valentyn Ogirenko)

Pela primeira vez em quase duas décadas, o número de fumantes voltou a crescer no Brasil, interrompendo uma trajetória de queda contínua desde os anos 2000. A informação foi divulgada pela Agência Brasil com base em dados do Ministério da Saúde.

Segundo o levantamento, a proporção de adultos fumantes nas capitais brasileiras passou de 9,3% em 2023 para 11,6% em 2024, o que representa um aumento de 25% em apenas um ano. O avanço preocupa autoridades de saúde e reacende o alerta sobre os impactos do tabagismo na saúde pública.

✲ Popularização do cigarro eletrônico e novos hábitos

Para o médico da família e comunidade Felipe Bruno da Cunha, o crescimento está diretamente relacionado ao uso de novas formas de consumo de tabaco.

“Eu acredito que tem muita relação direta com as novas formas associadas ao fumo. Na última década, vemos um aumento expressivo, principalmente por conta do cigarro eletrônico, o vape, e também do cigarro de palha”, afirmou o especialista à Agência Brasil.

Nos últimos anos, cigarros eletrônicos e dispositivos como o vape se popularizaram entre os jovens, apesar de serem proibidos pela Anvisa. Esses produtos são frequentemente comercializados de forma irregular e associados a uma falsa percepção de menor risco à saúde.

✲ OMS classifica tabagismo como pandemia

A matéria destaca ainda que a Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica o tabagismo como uma pandemia global, responsável por aproximadamente 8 milhões de mortes por ano no mundo. Mais de 50 doenças estão diretamente associadas ao consumo de cigarro, entre elas câncer, doenças cardiovasculares e problemas respiratórios graves.

“Existem inúmeros riscos associados ao cigarro, não só à dependência química, mas também às complicações físicas”, alertou Felipe Bruno.

✲ Fumantes passivos também estão em risco

O médico também chamou atenção para os efeitos do fumo passivo.
“Aquelas pessoas que convivem com o fumante têm risco associado a doenças crônicas, inclusive ao câncer de pulmão. É muito importante procurar ajuda”, destacou.

Entre os riscos enfrentados pelos fumantes passivos estão problemas respiratórios, doenças cardíacas e maior predisposição a cânceres, especialmente em crianças, idosos e pessoas com doenças pré-existentes.

✲ Saúde pública em alerta

Com o aumento dos índices, especialistas defendem que o governo reforce campanhas de prevenção, amplie o acesso a tratamentos para cessação do tabagismo e intensifique a fiscalização sobre a venda de cigarros eletrônicos e outros derivados do tabaco.

Fonte: Brasil 247 com informações da Agência Brasil

Craque Neto apoia a reeleição de Lula e a volta de Zé Dirceu à Câmara

Em videochamada, ex-jogador do Corinthians endossa Lula e a pré-candidatura de Dirceu a deputado federal; conversa foi divulgada nas redes sociais

         Craque Neto apoia a reeleição de Lula e a volta de Zé Dirceu à Câmara (Foto: Reprodução/X)

O ex-jogador e comentarista esportivo Craque Neto manifestou apoio à reeleição do presidente Lula (PT) e à volta do ex-deputado Zé Dirceu (PT-SP) à Câmara dos Deputados durante uma breve videochamada entre os dois, compartilhada neste domingo (19)

Na conversa, o ex-camisa 10 do Corinthians inicia cumprimentando o ex-ministro: “Que alegria te ver! Como você está, Zé?” Dirceu responde: “Na luta, como sempre, né?” Em seguida, Neto reforça a necessidade de mobilização política: “Nós temos que lutar mesmo, contra esses caras todos.” Dirceu concorda e projeta o cenário eleitoral de 2026: “Eles não vão nos derrubar, viu? Vamos reeleger o nosso Lula.”

O comentarista amplia o apoio, associando o voto a expectativas de melhora econômica e social: “De novo! Vamos eleger o Barba, que nós vamos fazer o país melhorar a cada dia [...] o que você precisar de mim, Zé, pra gente lutar contra esses caras. A gente luta junto.”

Fonte: Brasil 247

Lula deve confirmar Boulos na Secretaria-Geral nas próximas horas

Presidente avisou equipe que anunciará Guilherme Boulos como ministro antes de viajar à Ásia

      Guilherme Boulos e Lula (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicou a auxiliares que pretende oficializar, nas próximas horas, a nomeação do deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP) para o comando da Secretaria-Geral da Presidência. A expectativa é que o anúncio ocorra até terça-feira (21), em movimento alinhado à agenda internacional do presidente, que embarca para a Ásia neste mesmo período. As informações são do jornalista Igor Gadelha, do Metrópoles.

O plano do Planalto é comunicar a escolha de Boulos antes da viagem presidencial. O martelo foi batido há semanas, e o Planalto aguardava apenas o desfecho sobre o futuro do atual titular da pasta, Márcio Macêdo.

O desenho tratado no governo prevê a realocação de Macêdo para outra função, seja em posto estratégico do Executivo, seja em posição orgânica no PT — legenda na qual o dirigente já exerceu o papel de tesoureiro. A movimentação busca preservar a base política e acomodar aliados em um arranjo que reflita a nova etapa da articulação do governo no Congresso e junto aos movimentos sociais.

Com assento direto no Palácio do Planalto, a Secretaria-Geral da Presidência é responsável por núcleos administrativos e pela interface com organizações da sociedade civil. Trata-se de uma cadeira com peso político, que costuma definir o tom do relacionamento do governo com a rua e com entidades representativas, além de apoiar ações transversais da Presidência.

A escolha de Boulos, liderança nacional do PSOL e nome com trânsito entre movimentos populares, é interpretada no entorno do presidente como um recado de reaproximação com bases sociais e como tentativa de fortalecer o diálogo do governo com setores mobilizados. O cálculo político considera ainda o calendário, já que a confirmação do novo ministro antes da viagem internacional dá previsibilidade à equipe presidencial e evita vácuo no comando da pasta.

Nos bastidores, auxiliares relatam que a equação para acomodar Márcio Macêdo foi a última pendência para levar a decisão a público. Resolvido esse passo, a comunicação oficial deve seguir o rito do Planalto, com publicação no Diário Oficial da União e apresentação do novo titular à imprensa, após a volta de Lula da agenda externa ou conforme a conveniência do cronograma do governo.

Caso se confirme a nomeação, Boulos assumirá uma estrutura que, além da burocracia da Presidência, articula programas e ações com capilaridade nacional. O entendimento é que a pasta pode ser usada para reforçar pautas de participação social, conselhos e iniciativas de aproximação com a sociedade civil, eixo que o governo busca reativar desde o início do mandato.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Faria Lima já assimila vitória de Lula no primeiro turno, aponta Guilherme Amado

Investidores veem enfraquecimento do bolsonarismo, melhora nas relações internacionais e avanço de Lula sobre eleitorado evangélico

       Lula (Foto: Ricardo Stuckert)

A percepção sobre o cenário político brasileiro mudou de forma significativa no principal centro financeiro do país. Segundo informações do jornalista Guilherme Amado, no site PlatôBR, a chamada Faria Lima já discute abertamente a possibilidade de reeleição do presidente Lula no primeiro turno, impulsionada pelo desgaste do bolsonarismo, por vitórias estratégicas no campo internacional e por movimentos de aproximação com setores historicamente resistentes ao governo, como os evangélicos.

A queda de popularidade e a crise interna do bolsonarismo têm influenciado diretamente o ambiente financeiro, que até meses atrás demonstrava entusiasmo com a hipótese de uma candidatura viável da direita. Hoje, esse cenário mudou. A avaliação predominante entre banqueiros e investidores é que Lula não apenas lidera com folga, mas que já existem condições políticas para um possível desfecho eleitoral no primeiro turno.

⊛ Relações internacionais e recuo de Trump

O movimento de recuperação da imagem do governo no exterior é visto como um dos pilares dessa mudança. Em meio à crise com os Estados Unidos, Lula adotou um discurso de soberania nacional que repercutiu positivamente em organismos internacionais e reforçou sua liderança política interna.

Na Assembleia Geral da ONU, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou ter “química excelente” com Lula. Segundo PlatôBR, os dois chegaram a conversar por telefone e alinharam um encontro entre chanceleres. Além disso, o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, recebeu o chanceler Mauro Vieira em Washington em uma reunião considerada cordial — um gesto visto como sinal de trégua.

Apesar disso, as tarifas impostas pelos EUA ao Brasil ainda não foram retiradas, e o ministro Alexandre de Moraes segue enquadrado na Lei Magnitsky. Mesmo assim, o recuo retórico de Trump e a diminuição das tensões são lidas como avanços importantes.

⊛ Avanço sobre o eleitorado evangélico

Outro movimento acompanhado de perto pela Faria Lima é a aproximação do governo com lideranças evangélicas. Lula recebeu integrantes da bancada evangélica no Palácio do Planalto e foi fotografado orando com eles e com o advogado-geral da União, Jorge Messias, cotado para ocupar uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).

Caso a indicação se confirme, será a primeira vez que um ministro evangélico integrará a Corte, quebrando a exclusividade simbólica construída por Jair Bolsonaro. Esse gesto é interpretado como uma tentativa concreta de Lula de reduzir resistências religiosas ao seu governo.

⊛ Direita fragmentada e perda de protagonismo

Enquanto Lula avança, a direita vive um momento de desorganização. Eduardo Bolsonaro, apontado como articulador das sanções internacionais que atingiram o Brasil, enfrenta isolamento político. Jair Bolsonaro, condenado e com risco de prisão, não consegue unificar a oposição.

Figuras antes cotadas como alternativas, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, demonstram desânimo com a disputa presidencial. Ratinho Júnior, do Paraná, começa a ser testado como possível nome do Centrão. A fragmentação e a ausência de um projeto viável reforçam a percepção de favoritismo de Lula.

A conjugação de fatores — crise do bolsonarismo, reaproximação internacional, diálogo com evangélicos e desorganização da direita — consolidou a visão na Faria Lima de que Lula pode, pela primeira vez, vencer uma eleição já no primeiro turno. O movimento, antes visto como improvável, agora faz parte das conversas entre investidores e analistas do mercado financeiro.

Fonte: Brasil 247 com informações do site PlatôBR

Lula lança Reforma Casa Brasil com crédito de R$ 40 bilhões para recuperação de moradias

Programa do governo federal pretende beneficiar 1,5 milhão de famílias com financiamento acessível e assistência técnica para melhorias estruturais

     Lula (de chapéu) durante entrega de obras no Pará (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lança nesta segunda-feira (20), às 15h30, o programa Reforma Casa Brasil, que oferecerá crédito facilitado e apoio técnico para reformas de moradias em todo o país. As informações foram divulgadas pelo jornal Valor Econômico. A iniciativa busca atender famílias que já possuem casa própria, mas convivem com problemas estruturais e falta de condições adequadas de habitação.

Ao todo, o governo prevê a destinação de R$ 40 bilhões para o programa, com a expectativa de alcançar 1,5 milhão de famílias. Desse montante, R$ 30 bilhões serão provenientes do Fundo Social, abastecido por recursos de royalties do petróleo, e direcionados a famílias com renda mensal de até R$ 9,6 mil. Outros R$ 10 bilhões virão da Caixa Econômica Federal, por meio de operações com Letras de Crédito Imobiliário (LCI), voltadas para famílias com renda superior a esse limite.

⊛ Reformar, ampliar e garantir segurança

De acordo com o governo federal, o programa será destinado a proprietários de imóveis que enfrentam problemas como telhados comprometidos, pisos danificados, redes elétricas e hidráulicas precárias, falta de acessibilidade ou necessidade de ampliação. A proposta é melhorar as condições de moradia e, ao mesmo tempo, movimentar a economia da construção civil.

A expectativa do Palácio do Planalto é de que os financiamentos injetem ao menos R$ 20 bilhões no mercado imobiliário, especialmente por meio dos bancos públicos. Esse volume poderá ser ampliado se instituições financeiras privadas também aderirem ao programa.

⊛ Impacto econômico e social

Além de promover melhorias habitacionais, o Reforma Casa Brasil é visto como instrumento de geração de emprego e renda no setor da construção civil, um dos que mais empregam no país. Obras de pequeno e médio porte, como reformas e ampliações, costumam ter forte impacto regional, com contratação de mão de obra local e consumo de materiais de construção nas próprias comunidades.

Com o lançamento do programa, o governo busca fortalecer sua agenda social, com foco no direito à moradia digna, ao mesmo tempo em que estimula a atividade econômica.

Fonte: Brasil 247