sexta-feira, 7 de novembro de 2025

PL teme queda nas eleições legislativas sem Bolsonaro

Partido tenta reforçar nomes regionais e aposta em familiares de Bolsonaro para manter força eleitoral

      Ex-presidente Jair Bolsonaro - 18/07/2025 (Foto: REUTERS/Mateus Bonomi)

A direção nacional do Partido Liberal (PL) está em alerta com a possibilidade de o ex-presidente Jair Bolsonaro não participar ativamente da campanha eleitoral de 2026. A preocupação central é que a ausência do principal líder da sigla enfraqueça o desempenho do partido nas disputas para o Legislativo, especialmente nas eleições proporcionais.

De acordo com a CNN Brasil, dirigentes do PL avaliam que, nas disputas majoritárias — como para governador ou senador —, a transferência de votos tende a ocorrer de forma mais direta, já que as eleições são marcadas por forte polarização entre direita e esquerda. No entanto, o mesmo não ocorre em pleitos proporcionais, onde a pulverização de candidaturas dificulta a associação dos eleitores a um padrinho político.

A maior apreensão do partido está voltada às eleições para deputados federais e estaduais, justamente os cargos que garantem estrutura política e recursos de fundo partidário. O temor cresce diante da possibilidade de Bolsonaro enfrentar prisão ainda neste ano, o que inviabilizaria sua participação na campanha.

Na eleição de 2022, o PL conquistou a maior bancada da Câmara dos Deputados, resultado atribuído em grande parte ao engajamento direto de Bolsonaro. Agora, sem a presença dele pedindo votos, o clima interno é de pessimismo. Dirigentes admitem que será difícil repetir o desempenho anterior sem uma figura de mobilização de massas.

O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, tem buscado alternativas para preencher esse vazio. Uma das estratégias é identificar novos “puxadores de voto” em colégios eleitorais importantes, como São Paulo e Rio de Janeiro, além de estimular lideranças regionais com potencial de projeção nacional.

Outra aposta do partido está em explorar o carisma e a popularidade dos familiares de Bolsonaro, como Michelle Bolsonaro e o senador Flávio Bolsonaro. A ideia é destacar seus nomes em peças de propaganda e materiais de campanha para tentar preservar o elo simbólico com o eleitorado bolsonarista.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

IGP-DI registra deflação em outubro puxado por queda no agro e energia

Índice recuou 0,03% no mês

IGP-DI registra deflação em outubro puxado por queda no agro e energia (Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)

O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) apresentou leve deflação de 0,03% em outubro, após alta de 0,36% em setembro, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (7) pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado surpreendeu os analistas do mercado financeiro, que esperavam uma queda mais acentuada, de cerca de 0,22%.

De acordo com a Reuters, que publicou a pesquisa com as estimativas do mercado, o indicador acumula no ano uma deflação de 1,31%, enquanto em 12 meses registra avanço de 0,73%, conforme apontou o levantamento da FGV.

O economista do FGV Ibre, Matheus Dias, explicou que o movimento foi influenciado principalmente pela retração nos preços de produtos agropecuários e de energia. “No IPA, destacou-se a queda generalizada de produtos agropecuários com peso significativo na estrutura do índice, como café em grão, trigo em grão, soja em grão e leite in natura, que exerceram pressão deflacionária. Quanto aos preços ao consumidor, passagens aéreas e tarifas de energia elétrica foram os principais responsáveis pela desaceleração”, afirmou em comunicado da instituição.

Setores e produtos em destaque

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI), que representa 60% do IGP-DI, recuou 0,13% em outubro, revertendo a alta de 0,30% registrada no mês anterior. Entre os destaques, o trigo em grão caiu 9,71%, após queda de 3,08% em setembro. A soja em grão teve baixa de 0,36% (ante alta de 0,07%), e o café em grão recuou 1,30%, revertendo o forte avanço de 14,81% observado no mês anterior.

Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI), que corresponde a 30% da composição do indicador, desacelerou o ritmo de alta para 0,14%, ante 0,65% em setembro. As maiores reduções vieram das tarifas de eletricidade residencial, com queda de 2,83% (ante alta de 10,34%), e das passagens aéreas, que recuaram 5,44% (após elevação de 18,91% no mês anterior).

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-DI), que completa os 10% restantes da estrutura do IGP-DI, subiu 0,30% em outubro, acelerando em relação ao aumento de 0,17% registrado em setembro.

O IGP-DI é calculado pela FGV considerando as variações de preços ao produtor, ao consumidor e na construção civil entre o primeiro e o último dia do mês de referência.

Fonte: Brasil 247 com informações da Reuters

Para ministros do STM, Bolsonaro não pode cumprir pena na Papuda

Mesmo na reserva, Bolsonaro poderia obter direito a cumprir pena em unidade militar, dizem ministros do STM

      Jair Bolsonaro e presídio da Papuda (Foto: Reuters | Reprodução )

A possibilidade de o Supremo Tribunal Federal (STF) transferir Jair Bolsonaro (PL) para o Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, é vista com ressalvas por integrantes do Superior Tribunal Militar (STM). Segundo um dos ministros do STM ouvidos pela coluna de Paulo Cappelli, do Metrópoles, “oficiais das FFAA [Forças Armadas] cumprem pena em carceragem militar”. Essa avaliação, de acordo com ele, é compartilhada por outros magistrados da Corte.

◎ Prerrogativa militar em debate

Alguns juízes do STM consideram que Bolsonaro — capitão do Exército na reserva — teria prerrogativa de cumprir pena em estabelecimento militar, não em prisão comum. A visão sustenta que oficiais das Forças Armadas devem permanecer em unidades específicas para fins disciplinares e hierárquicos. Contudo, é importante ressaltar que essa não é uma posição institucional do tribunal.

◎ Clima de divergência no tribunal

O STM é composto por 15 juízes — dez de origem militar e cinco civis — e vive atualmente um momento de tensão interna. Recentemente, magistrados trocaram farpas e debateram publicamente o papel das Forças Armadas no Brasil, evidenciando fissuras internas. A divergência sugere que o posicionamento favorável à prisão militar de Bolsonaro não representa consenso unânime.

◎ Caminho decisivo: Primeira Turma do STF

A decisão sobre o local de cumprimento da pena caberá à Primeira Turma do Supremo. O colegiado hoje reúne os ministros Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Cristiano Zanin e Flávio Dino. A saída recente do ministro Luiz Fux alterou a dinâmica da turma.

◎ Sala especial na Papuda avaliada

Fontes ligadas ao STF revelam que integrantes da equipe de Alexandre de Moraes vistoriou uma cela especial no Complexo da Papuda, com paredes brancas, ar-condicionado e televisão, preparada para abrigar Bolsonaro em caso de transferência. A existência desse espaço reforça a urgência da decisão.

◎ Repercussões e implicações

Sentenciado a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado, o ex-presidente Jair Bolsonaro aguarda julgamento de recursos na Corte. Atualmente, o ex-mandatário cumpre prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica após descumprir medidas cautelares.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

PF investiga ameaça do Comando Vermelho na COP30

Facção teria exigido paralisação de obras em subestação considerada estratégica para a conferência climática

       Polícia Federal (Foto: Agência Brasil )

A Polícia Federal abriu um inquérito para investigar uma suposta ameaça do Comando Vermelho contra a empresa Verene Energia S.A., responsável por obras na Subestação Marituba, em Belém. O local é considerado essencial para o fornecimento de energia durante a COP30, conferência climática que ocorrerá na capital paraense em 2025. O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, confirmou que o inquérito foi instaurado na terça-feira (4/11). “Recebemos e instauramos inquérito para apurar”, afirmou o delegado, de acordo com a coluna do jornalista Igor Gadelha, do Metrópoles.

● Ameaça e exigências da facção

De acordo com relato da Verene Energia, o episódio ocorreu em 30 de outubro, quando um homem, que se identificou como membro do Comando Vermelho, abordou funcionários da subestação e impôs duas exigências: a suspensão imediata das obras de expansão e a interrupção das atividades diárias a partir das 15h.

A Subestação Marituba é classificada como infraestrutura crítica do Sistema Interligado Nacional (SIN). Qualquer falha em sua operação poderia afetar redes de abastecimento e comunicação em toda a região metropolitana de Belém, comprometendo a estabilidade do evento climático.

● Reforço de segurança e apuração conjunta

Após o alerta, de acordo com a reportagem, o Ministério de Minas e Energia foi acionado e solicitou apoio ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência para reforçar a proteção do local. A Secretaria de Segurança Pública do Pará confirmou que a informação chegou há uma semana e ressaltou que as obras seguem normalmente.

Segundo a pasta, a Polícia Militar intensificou as rondas e o policiamento nas imediações, enquanto a Polícia Civil também abriu uma investigação para apurar os fatos relatados. As ações se somam ao inquérito federal, em um esforço conjunto para garantir a integridade da infraestrutura energética da COP30.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Novo ataque dos EUA contra barco no mar do Caribe deixa três mortos

Pentágono afirma que ofensiva, que já soma 70 mortos desde setembro, faz parte do combate ao narcotráfico

        O navio de guerra USS Jason Dunham na costa Venezuela (Foto: Telesur)

Três homens morreram em um novo ataque dos Estados Unidos contra uma embarcação no Mar do Caribe, confirmou nesta sexta-feira (7) o secretário de Defesa, Pete Hegseth. Segundo o Pentágono, a operação mirou um barco suspeito de transportar drogas em águas internacionais da região. As informações são do Estadão Conteúdo .

Esta é a 17ª ofensiva desde o início da campanha militar lançada em setembro. Com o novo ataque, o número de mortos nas operações conduzidas tanto no Caribe quanto no Pacífico chegou a 70.

● Ofensiva naval em expansão

De acordo com o Departamento de Guerra dos EUA, nenhum militar americano ficou ferido durante a ação. O vídeo divulgado pelo próprio Pentágono mostra uma pequena embarcação em chamas logo após o bombardeio.

O governo estadunidense classifica a ofensiva como uma estratégia para interromper as rotas de tráfico marítimo que abastecem os Estados Unidos. As autoridades afirmam que o objetivo é enfraquecer o fornecimento de drogas ilícitas e desmantelar redes criminosas na região do Caribe e do Pacífico Oriental.

● Declarações de Pete Hegseth

Em tom de advertência, o secretário de Guerra reforçou a continuidade da campanha. “Os ataques continuarão até que o envenenamento do povo americano cesse”, afirmou Hegseth em declaração pública.

Em outra mensagem publicada na plataforma X (antigo Twitter), ele escreveu que “ todos os narcoterroristas que ameaçam nossa pátria: se quiserem continuar vivos, parem de traficar drogas. Se continuarem traficando drogas mortais, nós os mataremos”.

● Reações e impactos regionais

Especialistas em segurança internacional afirmam que a escalada de ações navais dos EUA reflete o aumento do uso de rotas caribenhas por traficantes e levanta debates sobre a legalidade das operações em águas internacionais. O Pentágono, por sua vez, mantém a posição de que todas as medidas adotadas são compatíveis com as normas internacionais e voltadas exclusivamente ao combate ao tráfico de drogas.

Fonte: Brasil 247 com informações do Estadão Conteúdo

Diplomata que aproximou Lula e Trump se reuniu com Eduardo Bolsonaro nos EUA

O deputado foragido Eduardo Bolsonaro (PL-SP), o diplomata americano e o lobista Paulo Figueiredo, no “CPAC Circle Retreat Gala”. Foto: Reprodução

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) se reuniu nesta quarta-feira (5) com Richard Grenell, diplomata e consultor político ligado ao ex-presidente Donald Trump, durante evento do Partido Republicano realizado no resort Mar-a-Lago, na Flórida. Grenell foi o emissário responsável por iniciar os contatos que aproximaram o governo brasileiro de Lula e o presidente dos Estados Unidos. Com informações de Bela Megale, do Globo.

O encontro ocorreu no “CPAC Circle Retreat & Gala” e contou também com a presença do blogueiro Paulo Figueiredo. Segundo aliados do parlamentar, o tema central da conversa foi a possibilidade de prisão de Jair Bolsonaro, que enfrenta uma condenação de 27 anos e 3 meses por tentativa de golpe de Estado.

Grenell perguntou sobre a situação do ex-presidente e demonstrou preocupação ao ouvir de Eduardo que o pai pode ser preso mesmo apresentando problemas de saúde. O diplomata, segundo relatos, mostrou interesse em acompanhar os desdobramentos judiciais no Brasil.

Alexandre de Moraes, ministro do STF. Foto: Vinicius Schmidt/Metrópoles
Durante o diálogo, Eduardo Bolsonaro também mencionou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. O parlamentar defendeu a aplicação de sanções a autoridades como forma de pressionar pela concessão de uma anistia ampla, que inclua seu pai e outros aliados.

Outro assunto abordado foi a aposentadoria antecipada do ministro Luís Roberto Barroso, anunciada recentemente. O deputado tratou ainda da relação com as plataformas digitais, citando a rede americana Rumble, bloqueada no Brasil desde fevereiro deste ano.

Grenell afirmou que as tratativas entre os dois países devem passar pelo chefe do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, com quem mantém contato direto.

A conversa, de acordo com Figueiredo, ocorreu “em clima cordial”. Segundo ele, Grenell “se mostrou bastante preocupado com o Brasil, especialmente com o presidente Bolsonaro, e se colocou à disposição para ajudar no que puder”. A reunião ocorreu em meio à expectativa pelo julgamento dos embargos de declaração apresentados pela defesa do ex-presidente no STF.

O evento republicano em Mar-a-Lago reuniu políticos conservadores de diversos países. Eduardo Bolsonaro foi um dos palestrantes e usou o encontro para reforçar laços com aliados internacionais de Donald Trump, de olho nas eleições brasileiras de 2026.

Fonte: DCM com informações do jornal O Globo

“Todo mundo erra”: na CPMI, Pimenta usa pagode para ironizar gestão Bolsonaro


        O deputado Paulo Pimenta (PT-RS) – Reprodução/Instagram

O deputado Paulo Pimenta (PT-RS) protagonizou um momento inusitado durante sessão da CPMI do INSS nesta quinta-feira (6). O parlamentar usou a música “Velocidade da Luz”, do grupo de samba Revelação, para ironizar aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PT) e criticar medidas adotadas durante o governo anterior que, segundo ele, facilitaram irregularidades em descontos associativos ilegais no sistema previdenciário.

Pimenta afirmou que as ações do governo Bolsonaro a partir de 2019 permitiram o avanço do esquema investigado. Ele lembrou que diversos atos administrativos flexibilizaram a atuação de entidades que realizavam descontos automáticos nos benefícios de aposentados e pensionistas, muitas vezes sem autorização dos beneficiários.

Durante a sessão, o ex-ministro da Casa Civil Onyx Lorenzoni prestou depoimento à comissão. Ele defendeu o governo Bolsonaro e também o filho, Pietro Lorenzoni, que atuou como advogado da União Brasileira de Aposentados da Previdência (UNIBAP), uma das entidades apontadas pela investigação como beneficiária das práticas irregulares.

“Então, eu cheguei à conclusão de que não adianta eu argumentar, não adianta eu mostrar a realidade, não adianta eu mostrar as provas, não adianta eu mostrar os documentos. O povo já entendeu porque esse esquema virou esse monstro que virou, porque foi permitido principalmente a partir de 2019, no governo Bolsonaro”, declarou o deputado.

Logo após sua fala, Pimenta pediu à mesa a execução da música “Velocidade da Luz”, cuja letra repete o verso “todo mundo erra”. O gesto provocou risos entre os presentes, inclusive de Onyx Lorenzoni, que acompanhava o depoimento. A canção foi interrompida a pedido do presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), para dar continuidade à audiência.

A CPMI do INSS foi instalada para investigar supostas fraudes em descontos de mensalidades associativas e sindicais diretamente em benefícios previdenciários. A comissão também apura a responsabilidade de servidores, dirigentes de entidades e ex-integrantes do governo federal na autorização dos sistemas que permitiram as irregularidades.

Fonte: DCM

VÍDEO: Malafaia detona tentativa de Carluxo de se candidatar por SC


          O pastor bolsonarista Silas Malafaia. Foto: reprodução

O pastor Silas Malafaia, aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), questionou a estratégia do clã que lidera a extrema-direita para aumentar a participação no Senado: colocar Carlos Bolsonaro no pleito pelo estado de Santa Catarina passando por cima da deputada federal Carol De Toni (PL-SC).

“Eu tenho dúvida nessa questão”, iniciou o líder Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC). “Não sei se estrategicamente e politicamente é uma boa levar o Carlos a ser senador por Santa Catarina. Eu ainda não mensurei isso e, para ser bem honesto, não conversei ninguém lá de Santa Catarina”, ponderou.

Ainda confessando que não analisou o cenário, Malafaia argumentou que “não vislumbra que seja uma opção muito boa”, amenizando a crítica com elogios a Carluxo.

Racha na extrema-direita catarinense

Nos últimos dias, Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama e líder do PL Mulher, se envolveu na confusão ao declarar apoio público à Carol de Toni. Em meio ao impasse sobre a formação da chapa para o Senado em 2026, Michelle se posicionou nas redes sociais, afirmando estar “fechada” com Carol “independentemente da sigla partidária”, já que ela cogita deixar o partido do ex-presidente após ser preterida para a candidatura de Carluxo.

A movimentação da ex-primeira-dama expõe o racha dentro do núcleo bolsonarista, abrindo um conflito interno entre a ala política da família e o grupo feminino ligado a Michelle.

O apoio aconteceu após declarações da deputada estadual Ana Campagnolo (PL-SC), que revelou em entrevista à Rádio São Bento que a chapa ao Senado seria composta inicialmente por Esperidião Amin (PP) e Carol de Toni.

Com a entrada de Carluxo, Carol perdeu espaço e passou a avaliar deixar o partido. Campagnolo afirmou que o governador Jorginho Mello (PL) pretende destinar a segunda vaga ao Progressistas, dentro de um acordo que fortalece sua aliança com Amin.

Carlos reagiu nas redes sociais e chamou Campagnolo de “mentirosa”, alegando que ele e Carol estão “unidos pelo mesmo propósito”. Apesar da tentativa de apaziguar, a tensão aumentou. Michelle rompeu o silêncio e declarou apoio a Carol, reforçando sua influência política própria dentro do bolsonarismo.

Fonte: DCM

VÍDEO – Anitta sai em defesa da taxação dos super-ricos: “Minha responsabilidade”

A cantora Anitta. Foto: Anderson Bordê/AgNews

Durante sua passagem pelo tapete verde do prêmio Earthshot Prize, realizado nesta quarta-feira (5) no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, Anitta se posicionou em defesa da taxação dos super-ricos. A cantora afirmou que o impacto ambiental é muito maior entre os mais ricos e que as responsabilidades diante da crise climática devem ser proporcionais à renda.

“Cada um fazendo sua parte diante da sua realidade, acho que faz uma diferença imensa, principalmente quem tem mais, porque normalmente quem polui mais é quem tem mais dinheiro. A porcentagem de responsabilidade da população pobre é muito pequena em comparação com as pessoas ricas, então, isso deveria vir primeiro das pessoas ricas”, declarou.

Anitta, que vem incorporando discursos sobre sustentabilidade e justiça social em suas aparições públicas, também disse não ver problema em pagar mais impostos. Para ela, a contribuição fiscal é uma forma de exercer cidadania, independentemente da gestão dos recursos pelo Estado.

“O que o governo faz com o dinheiro não é a minha responsabilidade. A minha responsabilidade como cidadã é pagar os impostos e eu sou super a favor. Eu não vejo problema nenhum se eu tiver que pagar mais imposto”, afirmou a artista, ao comentar sobre a necessidade de políticas públicas para equilibrar desigualdades e financiar ações ambientais.


Taxação e a suposta “fuga de milionários”

As declarações da cantora contrastaram com recentes manifestações contrárias à taxação dos mais ricos. O empresário bolsonarista Luciano Hang, dono da Havan, criticou a proposta em suas redes sociais, afirmando que “mais de 1.200 milionários devem deixar o Brasil em 2025”. Ele alegou que a medida poderia gerar “menos investimentos, menos geração de renda e mais desigualdade”.

No entanto, estudos internacionais desmentem essa narrativa. Um relatório do Institute for Policy Studies (IPS) e da State Revenue Alliance (SRA), nos Estados Unidos, aponta que o aumento de impostos sobre grandes fortunas não gerou fuga de milionários em estados como Massachusetts e Washington.

Pelo contrário: o número de pessoas com patrimônio superior a US$ 1 milhão cresceu 38,6% em Massachusetts e 46,9% em Washington após a adoção das novas taxas.

Além disso, os dois estados arrecadaram bilhões com os tributos progressivos — US$ 2,2 bilhões em Massachusetts e US$ 1,2 bilhão em Washington —, destinando os recursos a programas de educação, alimentação escolar e transporte público.

A experiência estadunidense reforça o argumento de que políticas fiscais voltadas à equidade podem fortalecer economias locais, reduzir desigualdades e financiar ações sustentáveis. O contraste é nítido com o chamado “Grande Experimento de Corte de Impostos do Kansas”, implementado em 2012 e encerrado cinco anos depois devido a déficits e queda de investimentos.

Fonte: DCM

Disputa por vaga em Santa Catarina abre crise no bolsonarismo

Candidatura de Carlos Bolsonaro ao Senado provoca crise no PL catarinense e acusações de traição

      Caroline de Toni e Carlos Bolsonaro (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara I Divulgação)

Terceiro estado que mais deu votos a Jair Bolsonaro (PL) em 2022, Santa Catarina tornou-se o novo epicentro de uma disputa interna no grupo político do ex-presidente. O embate, que envolve lideranças bolsonaristas locais e nacionais, gira em torno da escolha de um candidato ao Senado nas eleições de 2026 e revela uma tentativa do clã Bolsonaro de se proteger politicamente.

De acordo com a Folha de S.Paulo, o conflito tem entre os protagonistas a deputada estadual Ana Campagnolo (PL), a deputada federal Caroline de Toni (PL-SC), o vereador carioca Carlos Bolsonaro (PL), o governador Jorginho Mello (PL) e o senador Espiridião Amin (PP-SC). A crise interna expôs divergências estratégicas, acusações de infidelidade e uma disputa pelo controle do bolsonarismo catarinense.

☉ O início do racha

Desde junho, quando Jair Bolsonaro anunciou que lançaria o filho Carlos ao Senado por Santa Catarina, ruídos tomaram conta da base bolsonarista. A direita do estado já articulava duas candidaturas: a da deputada federal Caroline de Toni e a do senador Amin. A decisão do ex-presidente de apoiar o filho mudou o cenário e foi vista como uma imposição “de cima para baixo”, priorizando interesses familiares e a tentativa de proteger Carlos de eventuais ofensivas do Judiciário.

A escolha de Santa Catarina foi estratégica: o estado é amplamente favorável ao bolsonarismo e representa terreno fértil para garantir uma eleição segura ao herdeiro político do ex-presidente. No entanto, a movimentação contrariou lideranças locais que já se preparavam para a disputa.

☉ Caroline rifada e aliados em conflito

O governador Jorginho Mello, que busca a reeleição em 2026 e tenta construir uma aliança com o PP para enfrentar o prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), comunicou à deputada Caroline de Toni que ela teria de deixar o PL se quisesse manter sua pré-candidatura ao Senado. Com isso, Caroline foi retirada da disputa — decisão confirmada por aliados e interpretada como resultado direto da entrada de Carlos Bolsonaro no jogo.

Sem se pronunciar por estar no final da gravidez, Caroline teve como principal porta-voz a deputada estadual Ana Campagnolo, que criticou publicamente a manobra. “Falei com Caroline e com o governador Jorginho há pouco. Ambos confirmaram que ela será obrigada a sair do PL. Com a sua chegada, ela perdeu a vaga no partido”, escreveu Campagnolo em rede social.

☉ Reações do clã Bolsonaro

A declaração irritou os filhos do ex-presidente e provocou reação imediata. Eduardo Bolsonaro (PL-SP) publicou um texto nas redes sociais acusando Campagnolo de infidelidade. “O que não dá é para pedir nosso apoio e, em contrapartida, negar apoio e subordinação. Não dá para querer o benefício da liderança, mas recusar o ônus que vem com ela”, afirmou. Ele classificou as falas da deputada estadual como “totalmente inaceitáveis”.

Campagnolo respondeu com ironia, lembrando que Eduardo já discordou do pai em momentos anteriores: “Você contrariou seu pai quando foi ventilada a hipótese dele lançar o Tarcísio à Presidência. E talvez ele lance. Como vai ser? Por que você pode manifestar sua contrariedade e os outros aliados não?”.

Carlos Bolsonaro também se manifestou, afirmando que renunciou a um “futuro estável e previsível” por lealdade a princípios. “Hoje, infelizmente, é notório que muitos daqueles que se beneficiaram dessa caminhada tratam antigos aliados como descartáveis”, declarou o vereador.

☉ Tentativas de contenção e novos apoios

A crise ganhou proporções maiores quando a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) manifestou apoio público a Caroline de Toni, reforçando o racha entre as alas do partido. Apesar do conflito, aliados tentam minimizar o impacto. O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), resumiu a situação como uma “disputa por espaço e convicções”, acrescentando que “o único lugar onde todos precisam pensar igual é na ditadura. Não é o caso do PL”.

Em meio às tensões, o senador Espiridião Amin preferiu se manter distante da polêmica. “Não tem polêmicas. Não vou comentar nada. Sou pré-candidato ao Senado, dependo da minha saúde, do meu partido e da minha federação. Isso vai ser discutido ano que vem”, disse.

☉ O cálculo político

Com Jair Bolsonaro em prisão domiciliar, a movimentação para lançar Carlos ao Senado reflete mais do que uma disputa eleitoral — trata-se de uma tentativa de manter o poder da família dentro do PL e assegurar uma base fiel no Congresso. A estratégia, porém, aprofundou divisões no grupo e colocou em xeque a capacidade do bolsonarismo de manter coesão em um dos estados mais leais ao ex-presidente.

A corrida ao Senado por Santa Catarina, que poderia consolidar a influência do bolsonarismo, hoje simboliza seu maior desafio: conciliar ambições familiares e interesses políticos sem fragmentar a base que sustenta o movimento desde 2018.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Golpista foragido do 8/1 interrompe Gilmar Mendes em evento em Buenos Aires


O banqueiro André Esteves, Ivan Duque e o ministro Gilmar Mendes, em evento do IDP em Buenos Aires. Reprodução

Um foragido dos atos golpistas de 8 de janeiro interrompeu, nesta quinta-feira (6), um evento com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, em Buenos Aires. Symon Castro, réu no processo que apura os ataques às sedes dos Três Poderes em Brasília, afirmou durante a intervenção que “existem pessoas de bem” entre os condenados e que muitos “não têm provas de que entraram nos prédios”. Com informações do Estadão.

O episódio ocorreu durante o Fórum de Buenos Aires, organizado pelo Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), instituição ligada ao patrimônio de Gilmar Mendes. Castro, que diz viver atualmente na Argentina, usava um crachá oficial do evento e registrou a própria fala com o celular.

Enquanto era contido por seguranças, o foragido declarou estar há três anos sem ver os filhos, desde que deixou o Brasil. “O senhor tem feito um bom papel. Mas Alexandre de Moraes acusa outros que estão aqui no nosso meio de 14 a 17 anos de prisão sem nem ter prova de que entraram dentro dos prédios”, disse ele ao ministro do STF.

Castro também afirmou que sua fala era um pedido por justiça. “Existem pessoas de bem no meio do dia 8, sim, e que não cometeram crime”, acrescentou o réu, que gravou toda a ação.


O julgamento virtual de Symon Castro está marcado para ocorrer entre os dias 14 e 25 de novembro. Ele é acusado de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado, uso de substância inflamável contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.

Durante a interrupção, Gilmar Mendes manteve silêncio e não reagiu às falas do réu. O evento foi retomado após a retirada de Castro por seguranças.

A mesa do debate também contava com o banqueiro André Esteves, dono do BTG Pactual, e o ex-presidente da Colômbia, Iván Duque. Após o incidente, Esteves deu sequência à discussão sobre economia e democracia na América Latina.

Symon Castro é um dos réus que permanecem foragidos após a série de condenações determinadas pelo Supremo Tribunal Federal desde 2023. Ele responde a processos relacionados à tentativa de golpe e à destruição de patrimônio público durante os ataques em Brasília.

Fonte: DCM com informações do Estadão

Amigo de Manga preso pela PF mandou dinheiro mofado à mulher do prefeito


O empresário Marcos Mott, preso nesta quinta-feira (6), em agência bancária onde depositou valores em espécie contestados pela PF. Foto: Reprodução/Polícia Federal

O empresário Marcos Silva Mott, preso pela Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (6), enviou R$ 214 mil à empresa de Sirlange Maganhato, mulher do prefeito afastado de Sorocaba, Rodrigo Manga (Republicanos), conforme informações da Folha de S.Paulo.

Segundo o relatório da Operação Copia e Cola, parte do dinheiro veio de depósitos em espécie com notas úmidas, mofadas e com mau cheiro, feitos em contas do próprio Mott entre 2021 e 2022. Ele depositou R$ 237 mil em notas de R$ 2, R$ 5, R$ 10 e R$ 20.

De acordo com o inquérito, o estado das cédulas indica “acondicionamento por certo tempo de maneira inadequada, sugerindo a ilicitude de sua origem”.

A investigação aponta que a empresa 2M Comunicação e Assessoria, registrada em nome de Sirlange, recebeu valores compatíveis com os depósitos feitos por Mott, “sem relação com o ramo de atuação da empresa da investigada”, que atua na área de edição de jornais diários.

O prefeito afastado de Sorocaba, Rodrigo Manga (Republicanos), e sua esposa, Sirlange Maganhato. Foto: Reprodução
A operação apura suspeitas de corrupção ativa e passiva, peculato (desvio de dinheiro público), fraude em licitação, lavagem de dinheiro, contratação direta ilegal e organização criminosa. O empresário é apontado como operador financeiro do esquema e amigo próximo de Manga, que também foi afastado do cargo por decisão judicial no âmbito da mesma operação.

◉ Negócios sob suspeita

Além das transferências, a investigação identificou negociações imobiliárias suspeitas envolvendo Sirlange e o prefeito. O casal comprou uma casa em condomínio fechado por R$ 1,5 milhão, com entrada de R$ 182 mil paga em espécie.

Outro imóvel, um apartamento em Votorantim, foi adquirido pela mãe de Manga e doado no mesmo dia à esposa dele. Segundo a PF, o valor declarado, de R$ 55 mil, é “irreal e fora do mercado”, já que avaliações apontam preço superior a R$ 200 mil.

◉ Defesas rebatem acusações

A defesa de Mott afirmou que a prisão é “desnecessária” e baseada em “conjecturas e suposições”, ressaltando que ele “sempre esteve à disposição das autoridades”. Já os advogados de Manga classificaram a operação como “nula e temerária”, dizendo que os fatos remontam a 2021 e não têm relação com o exercício atual do mandato.

A defesa de Sirlange Maganhato declarou que “todas as operações financeiras mencionadas na investigação são lícitas, corroboradas por documentação e devidamente declaradas no imposto de renda”. Disse ainda que ela “não foi intimada a prestar depoimento”, mas já demonstrou a regularidade das transações.

Fonte: DCM com informações da Folha de S. Paulo

COP30 propõe taxar jatinhos, super-ricos e moda de luxo para financiar transição energética

A medida pode arrecadar até US$ 223 bilhões, de acordo com a presidência brasileira da COP30

Reunião da COP30 - Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (Foto: Antonio Scorza/COP30)

A Presidência da COP30 sugeriu nesta quarta-feira (5) a taxação global de transporte particular aéreo ou marítimo, como jatinhos e iates, para alcançar as metas de financiamento da transição energética e de adaptação às mudanças climáticas. A medida pode arrecadar até US$ 223 bilhões. Artigos de moda de luxo, produtos militares e tecnologia também podem ser taxados, com potencial de até US$ 112 bilhões em arrecadação.

Chamado de “Mapa do Caminho”, o texto foi lançado em parceria com a presidência da COP29 e afirmou ser necessário US$ 1,3 trilhão por ano para ajudar no abandono de combustíveis fósseis, como petróleo, gás e carvão. A ideia é incentivar o uso de fontes renováveis, além de investir em estruturas para conter o impacto das mudanças climáticas.

Uma sugestão é um imposto sobre grandes fortunas, já adotado em alguns países europeus e defendido pelo presidente Lula. Outra recomendação é que países desenvolvidos façam um aporte de 0,7% da Renda Nacional Bruta (RNB) para financiar a transição energética.

Fonte: Brasil 247