sábado, 25 de outubro de 2025

Em novo recurso, defesa tenta reduzir pena de Bolsonaro no STF

Recurso pede que crimes de golpe e abolição do Estado sejam considerados um só

      Jair Bolsonaro e o STF (Foto: Reuters I Antonio Augusto/STF)

No recurso que será apresentado na segunda-feira (27) ao Supremo Tribunal Federal (STF), a defesa de Jair Bolsonaro (PL) tentará novamente reduzir a pena imposta pela Primeira Turma da Corte. Segundo a CNN Brasil, os advogados reconhecem que uma reversão total da condenação é improvável e concentram esforços em uma estratégia de “redução de danos”.

A Primeira Turma do STF condenou Bolsonaro a 27 anos e três meses de prisão em regime inicial fechado, pelos crimes de tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. No novo recurso, a defesa sustentará que esses crimes devem ser “absorvidos” entre si, o que reduziria o tempo total da pena.

● Defesa aposta na tese da absorção de crimes

A argumentação dos advogados, segundo a reportagem, é de que as duas acusações derivam de um mesmo conjunto de ações, sem autonomia entre elas. Por isso, afirmam que as penas não deveriam ser somadas. Essa tese, porém, enfrenta forte resistência dentro do Supremo.

A maioria dos ministros, entre eles Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin, entende que os delitos são autônomos e devem ser julgados separadamente. Apenas o ministro Luiz Fux já manifestou, em situações semelhantes, apoio à tese de unificação de crimes.

● Expectativa de julgamento e tendência de rejeição

O julgamento do recurso deve ocorrer já na próxima semana, em sessão virtual do plenário do STF. A expectativa é que os embargos de declaração apresentados pela defesa sejam rejeitados, mantendo a decisão anterior da Primeira Turma.

De acordo com a jurisprudência do Supremo, mesmo com essa possível rejeição, a defesa ainda terá direito a um último recurso antes do trânsito em julgado — fase que permite a expedição do mandado de prisão definitiva contra o ex-presidente.

● Debate no Congresso sobre dosimetria das penas

O tema também está em discussão no Congresso Nacional, por meio do chamado “PL da Dosimetria”, relatado pelo deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP). O projeto busca revisar os critérios de soma e cálculo das penas, mas perdeu força política nas últimas semanas.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil 

30% + 30% + 30%: como era o esquema de venda de emendas ligado à assessora de Valéria Bolsonaro

 

Valéria Bolsonaro é deputada estadual licenciada e secretária de Políticas para a Mulher do governo Tarcísio de Freitas Imagem: arquivo pessoal

Áudios de WhatsApp obtidos pelo Metrópoles revelam como funcionava o esquema de devolução de parte de emendas parlamentares negociado por Amanda Servidoni, filiada ao PL em Rio Claro (SP). Nas gravações, ela aparece pedindo R$ 100 mil de volta de uma emenda de R$ 300 mil, quantia que teria sido destinada a uma prefeitura do interior. “Ele vai gastar 100k com a pista. E nós estamos dando 300. Desses 300 eu quero pelo menos uns 100. Não quero 10%, filho”, diz Amanda em um dos trechos.

Amanda se apresenta como “assessora” da deputada estadual licenciada Valéria Bolsonaro (PL), hoje secretária de Políticas para a Mulher do governo Tarcísio de Freitas, embora não ocupe cargo na pasta. Ex-chefe de gabinete do vice-prefeito de Rio Claro e presidente do projeto social “Mulheres pela Fé” — apadrinhado por Valéria —, ela é apontada por interlocutores como intermediária de emendas entre prefeituras e parlamentares. A secretária inaugurou recentemente um escritório político no mesmo endereço da entidade presidida por Amanda.

Nas conversas, a filiada ao PL fala em receber valores maiores do que o tradicional “10%” e menciona que o repasse de R$ 100 mil seria “para abrir portas” em outras cidades. “Ele já vai ganhar 100 que vai executar e 100 que vai vir de lambuja. Mas nada certo ele fazer isso para abrir as portas”, afirma em outro trecho. A interlocução cita prefeitos, deputados e articulações para liberação de verbas, embora sem nomes explícitos. Questionada, Amanda reconheceu ser autora dos áudios, mas alegou que tratava de “projetos”, não de emendas parlamentares.

A Secretaria de Políticas para a Mulher afirmou que o caso não tem relação com a pasta e que emendas são de responsabilidade da Assembleia Legislativa e das prefeituras. O assessor jurídico de Valéria, Eduardo dos Santos, classificou Amanda como “assessora regional”, reconhecendo a relação formal entre Amanda e Valéria, mas ressaltando que a relação entre ambas é apenas de apoio político e amizade. Valéria Bolsonaro, até o momento, não se manifestou.

Valéria e o ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: reprodução

As Emendas

A venda de emendas parlamentares é uma prática ilegal que ocorre quando políticos ou intermediários negociam a liberação de verbas públicas em troca de vantagens pessoais. Essas emendas são recursos do Orçamento da União ou dos estados, destinados a projetos municipais como obras e equipamentos. No esquema, parte do valor é desviada por meio de superfaturamento, empresas de fachada ou pedidos diretos de “devolução” em dinheiro. Em alguns casos, assessores e operadores políticos atuam como ponte entre prefeitos e parlamentares. O modelo se intensificou com as chamadas “emendas Pix”, que transferem recursos diretamente aos cofres das prefeituras, sem detalhamento de gasto. Isso dificulta o controle e aumenta o risco de corrupção. Investigações recentes da Polícia Federal e do Ministério Público identificaram redes organizadas em vários estados. A falta de transparência e de fiscalização efetiva facilita a continuidade do esquema. A prática compromete políticas públicas e desvia milhões de reais dos serviços essenciais.

Fonte: DCM

Ex-embaixador dos EUA no Brasil vê Bolsonaro como “página virada” para Trump


      Thomas Shannon, ex-embaixador dos EUA no Brasil. Foto: Reprodução

O ex-embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Thomas Shannon, disse em entrevista à BBC News Brasil que Jair Bolsonaro (PL), condenado a 27 anos e 3 meses de prisão por golpe de Estado, é página virada para o presidente Donald Trump, mas as sanções contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), baseadas na Lei Magnitsky, devem ser mantidas.

Confira alguns trechos:

(…) O senhor acha que os pedidos de Trump pela anulação do julgamento de Bolsonaro foram retirados da mesa?

Sim, foram — mas pelas ações das instituições brasileiras. Acho que Trump entendeu que sua tentativa de intervir em processos criminais no Brasil e de interferir em um processo eleitoral no Brasil não iria prosperar.


Mas Trump insistiu nesse tema por várias semanas. Como essa questão perdeu relevância tão rápido?

Acho que perdeu relevância principalmente porque o Brasil deixou muito claro que não iria ceder. E a instituição brasileira em questão — o Supremo Tribunal Federal — deixou muito claro que iria continuar com a acusação e manter a proibição de Bolsonaro concorrer nas próximas eleições. Uma vez que isso ficou evidente, o que os Estados Unidos poderiam fazer?

Ao mesmo tempo, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) continua sendo recebido por autoridades do governo americano e afirmando que as coisas estão indo bem para o lado dele. Como analisar essas duas realidades?

Há algumas maneiras de ver isso. Primeiro, Trump não vai abandonar Bolsonaro. Ele o considera um amigo com visões políticas semelhantes. Mas é interessante notar que, em todas as comunicações com Lula, Bolsonaro não é mencionado. E não é mencionado porque Trump sabe que sua tentativa de proteger Bolsonaro da prisão e garantir que ele pudesse disputar eleições fracassou. (…)

Mas a tentativa de Trump de influenciar o julgamento de Bolsonaro é página virada?

Sim. Por que ele vai fracassar de novo quando já fracassou uma vez? Trump é astuto nesse ponto. Ele sabe quando não pode avançar em uma frente e procura outra.

Congresso de extrema-direita terá encontro entre Trump e Bolsonaro – CartaCapital
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Foto: Reprodução

O senhor acha que Trump está buscando formas de recuar nas tarifas?

Estou quase certo disso. Acho que é nessa área que teremos novidades. Mas ficaria muito surpreso se houvesse algum avanço sobre as sanções do tipo Magnitsky ou as revogações de vistos.

As sanções aos ministros do STF serão mantidas?

Vamos ver, pode ser que encontrem uma saída, espero que sim. Mas acho que a principal preocupação no momento é o impacto econômico das tarifas.

Quando o senhor acha que as tarifas podem ser retiradas?

Depende do ritmo das negociações. E, se não forem retiradas, vão ser reduzidas drasticamente ou vários produtos ficarão isentos. (…)

Fonte: DCM

Trump diz que pode derrubar tarifaço ao Brasil “sob as circunstâncias certas”

 

O presidente americano Donald Trump, em discurso na Casa Branca. Foto: Abe McNatt

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que pode considerar a redução das tarifas aplicadas ao Brasil “sob as circunstâncias certas” e confirmou que se reunirá com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) neste domingo (26), na Malásia. O encontro ocorrerá durante a cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean), da qual ambos participam. Com informações do Uol.

A declaração de Trump foi dada a repórteres durante o voo presidencial rumo à Ásia, quando foi questionado sobre a possibilidade de se reunir com Lula. “Acredito que sim”, respondeu. Em seguida, outro jornalista perguntou sobre a redução das tarifas impostas ao Brasil, e o presidente norte-americano respondeu: “Sob as circunstâncias certas”.

Esta será a primeira reunião oficial entre Lula e Trump desde o início da crise comercial provocada pelo tarifaço de 50% aplicado pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. A medida, adotada no início de seu governo, gerou desconforto entre os dois países e afetou exportações nacionais de setores como o aço e o agronegócio.

Presidente Lula, durante entrevista na Malásia. Foto: Ricardo Stuckert

Durante o encontro, Lula pretende pedir a retirada das sobretaxas e das sanções impostas a autoridades brasileiras, em vigor desde agosto. Segundo fontes do governo, o presidente brasileiro também quer “provar que houve equívocos” nas punições impostas a membros de sua equipe, determinadas por decisões unilaterais de Washington.

Os dois presidentes vêm retomando o diálogo desde setembro. Durante a Assembleia-Geral das Nações Unidas, em Nova York, ambos trocaram cumprimentos e afirmaram ter tido “boa química”. Pouco depois, conversaram por telefone durante cerca de 30 minutos, em ligação intermediada pelas diplomacias dos dois países.

De acordo com auxiliares de Lula, o encontro deste domingo será “livre e sem vetos de assunto”. Além das tarifas e sanções, o governo brasileiro não descarta que sejam abordadas também as recentes movimentações militares dos Estados Unidos em relação à Venezuela e à Colômbia, temas que preocupam o Planalto.

Lula já declarou ser contrário a qualquer tipo de intervenção estrangeira em países da América do Sul. Em declarações recentes, o presidente reafirmou que o Brasil “defende o diálogo e a soberania das nações”, em referência às pressões de Washington sobre Caracas.

O governo brasileiro espera que a reunião sirva para reorganizar a relação bilateral, abalada desde o início do tarifaço americano. Integrantes do Itamaraty afirmam que o objetivo é buscar um “recomeço” nas negociações comerciais e ampliar o intercâmbio entre as economias.

A reunião entre Lula e Trump está prevista para acontecer às margens da cúpula da Asean, em Kuala Lumpur, capital da Malásia. O encontro deve durar cerca de uma hora e contará com a presença de assessores e ministros das duas delegações.

Segundo diplomatas brasileiros, uma eventual revisão das tarifas pelos Estados Unidos poderia representar alívio imediato para exportadores brasileiros e abrir espaço para novos acordos de cooperação econômica entre os dois países.

Fonte: DCM

VÍDEO: Na Malásia, Lula denuncia genocídio em Gaza e alerta para a fome global

          Presidente Lula recebe título de doutor Honoris Causa na Malásia. Foto: Ricardo Stuckert

Durante visita oficial à Malásia, o presidente Lula (PT) fez um alerta sobre o genocídio em Gaza e o agravamento da fome no mundo, defendendo a solidariedade internacional e criticando a inércia das instituições globais diante das crises humanitárias. As declarações foram feitas na madrugada deste sábado (25), em Kuala Lumpur, durante encontro com o primeiro-ministro malaio Anwar Ibrahim.

“A juventude está indignada com o fato de que 673 milhões de seres humanos ainda dormem com fome todos os dias. E as comunidades universitárias, em todo o mundo, têm elevado suas vozes contra a brutalidade do genocídio em Gaza e contra a inércia moral que impede até hoje que o Estado Palestino seja criado”, declarou.

Ele também destacou a importância dos jovens na defesa da paz. “Quase sempre são os jovens que nos recordam que a paz é o valor mais precioso da humanidade. Ela não pode ser comprada com os 2 trilhões e setecentos bilhões de dólares que o mundo gasta anualmente com armas. Somente a ação solidária das pessoas e das nações pode pavimentar um futuro de prosperidade compartilhada”, disse.

☉ Homenagem e acordos bilaterais

Durante a viagem, Lula recebeu o título de Doutor Honoris Causa em Desenvolvimento Internacional e Sul Global pela Universidade Nacional da Malásia (UKM). A cerimônia foi presidida pelo Sultão de Negeri Sembilan, reitor da universidade, Tuanku Muhriz. O presidente agradeceu a homenagem e afirmou que o reconhecimento é “um tributo ao povo brasileiro”.

Esta é a primeira visita de um presidente brasileiro à Malásia em 30 anos, considerada histórica. No encontro com Anwar Ibrahim, Lula assinou acordos bilaterais nas áreas de energia, ciência e tecnologia, com o objetivo de ampliar o comércio e os investimentos entre os dois países.

☉ Elogios da Malásia a Lula

O primeiro-ministro malaio elogiou a liderança e o posicionamento político do presidente brasileiro. Para Ibrahim, o petista é um líder que representa a classe trabalhadora, cuida dos desfavorecidos e tem coragem de denunciar os horrores do mundo.

“Este é um encontro entre amigos que compartilham convicções e ideias. Tenho certeza de que nossos países vão trabalhar juntos como parceiros em diferentes áreas”, completou o premiê da Malásia.

Fonte: DCM

Mulher que se diz ligada à família de Bolsonaro é gravada pedindo propina em emenda


A deputada estadual licenciada Valéria Bolsonaro (PL), Amanda Servidoni e Valdemar Costa Neto, presidente do PL. Foto: Reprodução

Áudios de WhatsApp obtidos pelo Metrópoles mostram uma filiada do Partido Liberal (PL) em Rio Claro (SP) negociando a devolução de parte de uma emenda parlamentar. Amanda Servidoni pede o repasse de R$ 100 mil de uma verba pública de R$ 300 mil destinada a um município do interior.

Nos áudios, Amanda — que se apresenta como “assessora” da deputada estadual licenciada Valéria Bolsonaro (PL), atual secretária de Políticas para a Mulher do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) — cobra o valor como contrapartida de prefeitos que receberiam as emendas. Ela, no entanto, não ocupa cargo público.

Valéria Muller Ramos Bolsonaro é casada com um primo de segundo grau do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Luis Oscar Bolsonaro.

“Ele [prefeito] vai gastar 100k com a pista, entendeu? (…) E nós estamos dando 300. Desses 300 eu quero pelo menos uns 100, entendeu? Não quero 10%, filho. Vocês não sabem fazer negócio. Se ele falou que ele vai gastar com a coisa 100, ele vai tá ganhando 200 e nós 30?”, afirma Amanda em um dos áudios.

Em outro trecho, ela reforça o pedido: “É isso. É 100 e 100, entendeu? 100 e 100. Pronto. Para abrir mais [portas] nas outras cidades.” Segundo as conversas, o suposto esquema envolveria mais municípios, e Amanda seria responsável pela intermediação com deputados estaduais e federais.


Ligação com Valéria Bolsonaro

Amanda é ex-servidora da Prefeitura de Rio Claro, presidente do projeto social Mulheres pela Fé, que tem Valéria Bolsonaro como madrinha. Na última quinta-feira (23), a secretária inaugurou um escritório político na cidade, no mesmo imóvel onde funciona o projeto de Amanda.

Questionada, Amanda admitiu a autoria dos áudios, mas negou irregularidades. “Trabalho com projetos. Não tenho nada a declarar”, afirmou.

O assessor jurídico da secretaria, Eduardo Aparecido dos Santos, confirmou que Amanda atua como “assessora regional” de Valéria, mas negou qualquer vínculo com os pedidos de “cashback”.

“Não tem nenhuma relação com a Valéria Bolsonaro. A relação que tem é de amizade e apoio político. É apoio de projetos sociais. Isso sim, é público”, disse.

Em nota, a Secretaria de Políticas para a Mulher afirmou que o caso “não tem relação com a pasta”.

“A Secretaria de Políticas para a Mulher não possui relação com o projeto social Mulheres pela Fé. Emendas parlamentares são temas da Assembleia Legislativa, com pagamentos realizados às prefeituras conforme ritos administrativos e legais. Cabe aos órgãos de controle e ao Tribunal de Contas fiscalizar a aplicação dos recursos”, informou.

Fonte: Brasil 247

Lula brinca e diz que Trump pode comer 'um pedacinho' do seu bolo de aniversário

Presidente Lula fará 80 anos na próxima segunda-feira (27) e deverá se reunir com o mandatário dos EUA neste final de semana

    Donald Trump e Lula (Foto: Reuters)

Durante sua passagem por Kuala Lumpur, na Malásia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) demonstrou bom humor ao comentar a presença do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na 47ª Cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean). Neste sábado (25), segundo o Metrópoles, ao ser questionado sobre o tema, Lula brincou dizendo que o republicano “pode comer um pedacinho do bolo” em alusão ao seu aniversário, que será comemorado na próxima segunda-feira (27).

Lula desembarcou na capital malaia na quinta-feira (24) para participar da cúpula internacional e, embora não tenha confirmado um encontro formal com Trump, demonstrou abertura para o diálogo.

⊛ Brincadeira leve, mas com tom diplomático

“Eu acho que ele pode comer um pedacinho do bolo”, afirmou Lula, rindo, ao ser abordado por jornalistas. Apesar do tom descontraído, o presidente revelou que ainda não há definição sobre uma reunião bilateral com Trump. “Eu não sei onde vai ser”, disse, em um deslize que levantou especulações sobre um possível encontro reservado entre os dois líderes.

Até o momento, os governos de Brasil e Estados Unidos não confirmaram oficialmente a reunião. No entanto, ambos os chefes de Estado já manifestaram interesse em conversar pessoalmente durante o fim de semana.

⊛ Trump indica abertura para negociar tarifas

Antes de embarcar para a Malásia, Donald Trump declarou a jornalistas que acredita em um novo diálogo com Lula. “Eu acredito que vamos nos encontrar de novo. Nos encontramos brevemente na Assembleia Geral das Nações Unidas”, afirmou o republicano.Questionado sobre a possibilidade de reduzir a tarifa de 50% aplicada a produtos brasileiros, Trump respondeu que isso poderia ocorrer “sob as circunstâncias corretas”, sugerindo abertura para negociações comerciais.

⊛ Lula mostra otimismo sobre relação com os EUA

Ao deixar o hotel rumo à Universidade da Malásia, Lula reagiu às declarações do presidente estadunidense. “Eu espero que aconteça. Eu vim aqui com a disposição de que a gente possa encontrar uma solução. Mas tudo depende da conversa. Eu trabalho com otimismo mesmo de que a gente possa encontrar uma solução”, destacou o petista.

Segundo ele, ainda não há demandas específicas de nenhum dos lados, mas o espírito é de cooperação. “Não tem exigência dele, e não tem exigência minha ainda. Eu vou colocar na mesa os problemas e tentar encontrar uma solução. Então, pode ficar certo que vai ter uma solução”, completou.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Desconhecimento de e-mail atrasou em cinco meses alerta sobre tornozeleira de Collor ao STF

Secretaria de Ressocialização de Alagoas alega que o atraso ocorreu porque a equipe não conhecia o e-mail institucional do ministro Alexandre de Moraes

      Fernando Collor de Mello (Foto: Agência Brasil | Reprodução/Google)

O governo de Alagoas reconheceu ter demorado cinco meses para comunicar oficialmente ao Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o uso da tornozeleira eletrônica do ex-presidente Fernando Collor, que cumpre pena em prisão domiciliar. Segundo o UOL, a administração estadual informou que o atraso ocorreu porque a equipe não conhecia o e-mail institucional do ministro do STF Alexandre de Moraes, relator da ação penal que condenou Collor por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Em nota enviada ao STF, a Secretaria de Ressocialização e Inclusão Social de Alagoas alegou que “não houve qualquer intenção de omissão”, acrescentando que a demora “decorreu exclusivamente da ausência de conhecimento prévio do e-mail institucional”.

Falha ocorreu no início da prisão domiciliar

De acordo com o Centro de Monitoramento Eletrônico de Pessoas de Alagoas, órgão ligado à Secretaria de Ressocialização, a tornozeleira de Collor chegou a ficar desligada por falta de bateria entre os dias 2 e 3 de maio — período que coincide com o início do cumprimento da pena domiciliar.

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL

Petrobras: produção no 3º trimestre alcança 3,14 milhões de barris/dia

Volume é 7,6% acima do resultado do 2º trimestre deste ano

      Sede da Petrobas, no Rio de Janeiro - 09/03/2020 (Foto: REUTERS/Sergio Moraes)


Agência Brasil - A Petrobras alcançou no 3º trimestre de 2025, a produção média de óleo, líquidos de gás natural (LGN) e gás natural de 3,14 milhões barris de óleo equivalente por dia (MMboed)). O volume é 7,6% acima do 2º trimestre deste ano e 16,9% acima do 3º trimestre de 2024.

“O aumento da produção se deve, em função, principalmente, do topo de produção (capacidade de projeto) da Unidade Flutuante de Produção, Armazenamento e Transferência de Petróleo e Gás (FPSO) Almirante Tamandaré, no campo de Búzios, e aumento da capacidade de produção do FPSO Marechal Duque de Caxias, no campo de Mero”, informou a estatal.

Além disso, segundo a Petrobras, houve crescimento gradual de produção dos FPSOs Maria Quitéria, no campo de Jubarte; Anita Garibaldi e Anna Nery, nos campos de Marlim e Voador; e Alexandre de Gusmão, no campo de Mero.

Também contribuíram para o aumento de produção a redução de perdas por paradas e manutenções e a maior eficiência operacional nas Bacias de Campos e Santos. De acordo com a Petrobras, a “eficiência realizada nos primeiros 9 meses do ano, em relação a 2024, foi cerca de 3% maior, incluindo aumento em campos com produção bastante significativa, como Tupi e Búzios”.

“Neste trimestre, entraram em operação 11 novos poços produtores, sendo sete na Bacia de Campos e quatro na Bacia de Santos”, destacou a empresa.

Fonte: Brasil 247

"Este diploma não é meu, é de 215 milhões de brasileiros", diz Lula

Presidente recebeu o título de Doutor Honoris Causa em Desenvolvimento Internacional e Sul Global, concedido pela Universidade Nacional da Malásia

     Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu, na madrugada deste sábado (25), o título de Doutor Honoris Causa em Desenvolvimento Internacional e Sul Global, concedido pela Universidade Nacional da Malásia (UKM).

Em publicação nas redes sociais, Lula celebrou a homenagem e dedicou o título ao povo brasileiro, ressaltando que a conquista é coletiva. O líder brasileiro também aproveitou o momento para reforçar a importância da educação como ferramenta de transformação social.

“Esta homenagem reafirma minha fé na educação como instrumento de emancipação e de igualdade”, escreveu em seu perfil no X. “Recebo este título não como um ponto de chegada, mas como um estímulo para continuar lutando por um mundo mais justo, sustentável e solidário. Um mundo em que os países do Sul Global tenham voz.”

“A minha trajetória remete à história de superação de milhões de compatriotas. A eles dedico esta homenagem. Esse diploma não é do Lula. Esse diploma é de 215 milhões de brasileiros”, afirmou Lula.

O presidente ainda ressaltou a importância do vínculo entre Brasil e Malásia, destacando o caráter simbólico da homenagem. “Que o dia de hoje seja mais uma semente lançada para fortalecer os laços humanos entre a Malásia e o Brasil e para inspirar as novas gerações a sonhar, a questionar e a agir”, enfatizou.

Reconhecimento internacional

Durante a cerimônia, Lula lembrou que a ampliação do acesso ao ensino superior tem sido uma das marcas de seus governos e reforçou o papel do conhecimento como base para uma sociedade mais justa e igualitária. O vice-reitor da Universidade Nacional da Malásia, professor Dr. Sufian Jusoh, também reconheceu o legado do petista e o simbolismo do título concedido.

“Ele se tornou o primeiro presidente do Brasil sem diploma universitário, mas foi, ao mesmo tempo, o presidente que criou o maior número de universidades públicas em toda a sua história. A Universidade da Malásia está realmente honrada em outorgar o título ao presidente do Brasil”, disse.

Fonte: Brasil 247

Lula diz que “colocará os problemas na mesa” em encontro com Trump

Presidente brasileiro afirma estar disposto a negociar solução sobre tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos

        Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert)

Horas depois de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmar a reunião bilateral com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o petista afirmou estar pronto para buscar uma solução diplomática para o tarifaço de 50% aplicado contra produtos brasileiros. De acordo com a CNN Brasil, Lula declarou que pretende “colocar todos os problemas na mesa” durante o encontro.

“Eu espero que role [o encontro]. Vim com a disposição de que a gente possa encontrar uma solução”, afirmou o presidente brasileiro antes de participar de uma cerimônia na Universidade Nacional da Malásia, onde recebeu o título de doutor honoris causa.

Lula também negou que o presidente americano tenha imposto qualquer condição prévia para a reunião. “Não tem exigência dele e não tem exigência minha ainda. Vamos colocar tudo na mesa e buscar uma solução”, destacou Lula, reforçando que o diálogo deve ocorrer em clima de abertura e cooperação.

A bordo do avião presidencial Air Force One, Donald Trump afirmou que os Estados Unidos estão dispostos a aliviar as tarifas “sob as condições certas”.

Ambos os presidentes devem participar de reuniões com líderes da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean), aproveitando a cúpula como espaço para tratar de questões econômicas e comerciais. Será o primeiro encontro oficial entre Lula e Trump desde que o republicano assumiu a presidência dos Estados Unidos.

Tarifas americanas

As tarifas de 50% foram anunciadas em julho, sob o argumento de que o Brasil estaria adotando “práticas comerciais injustas” com os americanos e restringindo a livre expressão. O comunicado do governo estadunidense chegou a mencionar o processo judicial contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado no inquérito do chamado “Plano de Golpe”.

Apesar da medida, a Casa Branca divulgou uma lista de exceções que abrange centenas de produtos, entre eles suco de laranja e aeronaves da Embraer, o que abriu espaço para novas negociações.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Moraes assina carta para intimar Paulo Figueiredo nos EUA

A carta rogatória é um procedimento demorado de notificação e deve passar pelas diplomacias do Brasil e Estados Unidos

           Paulo Figueiredo e Eduardo Bolsonaro (Foto: Reprodução da rede social)


André Richter, repórter da Agência Brasil - O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), assinou nesta sexta-feira (24) uma carta rogatória para que o blogueiro Paulo Figueiredo seja intimado nos Estados Unidos.

O procedimento foi adotado porque Figueiredo é residente permanente nos Estados Unidos há dez anos e precisa ser informado pessoalmente sobre a denúncia na qual a Procuradoria-Geral da República (PGR) o acusa do crime de coação no curso do processo no inquérito do tarifaço contra as exportações brasileiras. Paulo Figueiredo é neto do ex-presidente da ditadura João Figueiredo.

Na carta, Moraes informou aos Estados Unidos que o acusado deve apresentar defesa no prazo de 15 dias após o recebimento da notificação.

“O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, órgão de cúpula do Poder Judiciário do Brasil, faz saber aos Estados Unidos da América que tramitam nesta Corte os autos do processo em epígrafe”, diz trecho da carta.

A carta rogatória é um procedimento demorado de notificação e deve passar pelas diplomacias do Brasil e Estados Unidos. Além disso, ainda depende da atuação do Judiciário norte-americano.

Denúncia

Paulo Figueiredo e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) foram denunciados ao Supremo pelo crime de coação no curso do processo. Ambos estão nos Estados Unidos e foram investigados no inquérito que apurou a participação deles na promoção do tarifaço dos Estados Unidos contra o Brasil e de sanções contra integrantes do governo federal e do Supremo.

Na denúncia apresentada ao STF, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, disse que Eduardo e Figueiredo ajudaram a promover “graves sanções” contra o Brasil para demover o Supremo a não condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro pela trama golpista, o que ocorreu em julgamento realizado em setembro.

Em nota conjunta divulgada após a denúncia, Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo desqualificaram a denúncia da PGR e reafirmaram que vão continuar atuando com “parceiros internacionais” para que novas sanções sejam aplicadas a autoridades brasileiras.

Fonte: Brasil 247

Brasil vive recordes no combate ao crime organizado e apreensões de drogas

Operações da PF e PRF nos últimos anos apreenderam bilhões e toneladas de drogas, com resultados inéditos em 2024 e 2025

       Dinheiro apreendido pela Polícia Federal (Foto: Divulgação/PF)

O Governo do Brasil divulgou nesta sexta-feira (24) um balanço parcial das ações de segurança pública e combate ao crime organizado, destacando resultados obtidos em 2024 e 2025.

Em agosto deste ano foi realizada a maior operação da história contra o crime organizado, que atingiu o núcleo financeiro de uma rede responsável por lavagem de dinheiro e falsificação de combustíveis. A ação foi conduzida com base em inteligência policial e integração entre forças federais e estaduais.

Nesta sexta-feira, a Polícia Federal deflagrou uma nova operação contra uma quadrilha com base em Passo Fundo (RS), suspeita de tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro.

“O Governo do Brasil não tolera o tráfico de drogas e atua com rigor e ações de inteligência, obtendo resultados históricos contra a espinha dorsal das organizações criminosas”, informou a Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom) em nota.

Prejuízos bilionários ao crime

A Polícia Federal retirou cerca de R$ 7 bilhões em bens de organizações criminosas apenas em 2024, mais que o dobro do registrado no ano anterior — um novo recorde histórico.

O montante se soma a outras ações de repressão financeira e desarticulação de estruturas logísticas do tráfico, consideradas estratégicas para enfraquecer as facções e seus intermediários econômicos.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) também obteve números inéditos em 2024, com 850 toneladas de drogas apreendidas nas rodovias federais — um volume considerado recorde e que representa crescimento significativo em relação a 2023.

O número de operações federais de combate ao crime organizado praticamente dobrou entre 2022 e 2024, saltando de 1.875 para 3.393 ações. O governo atribui o avanço ao uso ampliado de tecnologias de rastreamento, à cooperação internacional e ao fortalecimento dos mecanismos de controle financeiro.

A Secom também destacou que a PEC da Segurança Pública, atualmente em tramitação no Congresso Nacional, visa aprofundar a integração entre os entes federativos e criar novas ferramentas legais para o combate às facções criminosas.

Fonte: Brasil 247