terça-feira, 29 de julho de 2025

Perseguido por Zambelli, jornalista celebra prisão: “Quis me destruir, mas sou eu quem está livre”


      Carla Zambelli perseguindo Luan Araújo na véspera das eleições de 2022. Foto: reprodução

Recebo com muito alívio a notícia de que a deputada Carla Zambelli (PL-SP) finalmente foi presa pela Justiça italiana, em Roma, nesta terça-feira (29). É meio surreal, já que ela move um processo contra mim por um texto opinativo postado no Diário do Centro do Mundo (DCM), e não posso falar tudo o que estou sentindo no momento.

Mas digo que é um grande alento vê-la sendo punida por um dos crimes que cometeu — no caso, a invasão dos sistemas do CNJ.

Zambelli está condenada a dez anos de prisão pelo caso da invasão ao Sistema Nacional de Justiça (SNJ), e o Supremo Tribunal Federal (STF) já formou maioria para condená-la no episódio dantesco em que ela correu atrás de mim com uma arma na mão, na véspera do segundo turno das eleições de 2022.

Desde aquele momento, eu mesmo fiquei com medo de ser a pessoa a ser presa. Nisso, agradeço muito à minha equipe de advogados, que frisou desde o início que eu era uma vítima naquele caso — não um criminoso. Algo que a sociedade muitas vezes impõe às pessoas pretas, como ela mesma deixou claro naquele fatídico dia ao dizer que “o PT mandou um homem negro me atacar”, o que era uma completa inverdade.

Daquele dia em diante, convivo com o agravamento dos meus problemas de depressão, o aumento das minhas crises de ansiedade e um sentimento interno de culpa que não mereço, mas que infelizmente acabo sentindo — intensificado pelo processo que ela move contra mim e que me causou ainda mais traumas.

Ela não encontrou no governo italiano o abrigo que esperava, e nisso agradeço também ao deputado italiano Angelo Bonelli, do Partido Verde, que além de destacar o crime pelo qual ela já foi condenada no STF, mencionou o ataque covarde dela contra mim naquele 29 de outubro de 2022.

Espero que, agora, o julgamento no STF — que já confirmou maioria pela condenação dela por aquele fato — seja finalmente concluído, para que eu possa caminhar em paz após sofrer, nas mãos dela, um dos piores traumas da minha vida.

Fonte: DCM

Ministra destaca papel de prefeitos no combate à violência de gênero

Conferências estaduais reúnem propostas a serem levadas à nacional

Márcia Lopes, ministra das Mulheres (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

Agência Brasil - A ministra das Mulheres, Márcia Lopes, destacou, nesta terça-feira (29), em Foz do Iguaçu (PR), o papel dos prefeitos no combate à violência cometida contra mulheres.

“Se cada município tiver compromisso com a mudança desses indicadores, com as suas equipes da saúde, da educação, da cultura, da assistência social, do trabalho, falando disso, nós haveremos de mudar essa realidade”, defendeu Márcia Lopes.

A declaração da ministra foi dada durante participação na abertura do 1º Fórum dos Conselhos Municipais dos Direitos das Mulheres do Paraná. O encontro reuniu representantes do poder público e da sociedade civil para debater propostas e fortalecer a construção de políticas públicas voltadas à igualdade de gênero no estado.

◎ Participação Social

A ministra participará, na noite desta terça-feira, da V Conferência Estadual de Políticas para as Mulheres do estado, na cidade paranaense. O evento que ocorre até esta quinta-feira (31) será transmitido ao vivo no canal do Youtube da Secretaria da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa do Paraná.

Até o fim de agosto, em todo o país, as etapas estaduais da conferência votam propostas elaboradas nas conferências municipais e regionais realizadas e, também, elegem as representantes de seus estados que participarão da etapa nacional, que ocorrerá em Brasília, entre os dias 29 de setembro e 1º de outubro.

Márcia Lopes explica que as conferências representam espaços democráticos e deliberativos que buscam aproximar o Estado da sociedade civil. O encontro produz um documento com os consensos e as prioridades eleitas na mobilização social.

“O relatório pode ser apresentado na Assembleia Legislativa para que os deputados e deputadas estaduais também assumam esse compromisso de chegar no governador. O próprio conselho estadual tem obrigação de monitorar essas deliberações e quais são as prioridades em termos de serviços públicos”, detalhou a ministra.

◎ Casa da Mulher Brasileira

No início desta tarde, a ministra também visitou as obras da Casa da Mulher Brasileira em construção na cidade do extremo oeste paranaense.

A obra, iniciada em 1º de julho, é resultado da parceria do ministério com a Itaipu Binacional, que investiu R$ 9,5 milhões.

O diretor-geral brasileiro da estatal, Enio Verri, relata que a iniciativa faz parte do compromisso socioambiental da estatal.

“Infelizmente, a violência contra as mulheres é uma pauta que se impõe. Ninguém gostaria de discutir esse assunto, mas quando olhamos as estatísticas é uma coisa tão séria. E Foz do Iguaçu está muito presente na pauta do feminicídio e da violência contra as mulheres”, admite o diretor-geral da Itaipu Binacional.

Até o fim do ano, o Ministério das Mulheres prevê inaugurar outros dois Centros de Referência da Mulher Brasileira no Paraná, um em Francisco Beltrão e o segundo em Guarapuava. Há também uma Casa da Mulher Brasileira em funcionamento em Curitiba. Em nove anos de funcionamento, a unidade realizou mais de 132 mil atendimentos.

A Casa da Mulher Brasileira é parte do eixo do Programa Mulher Viver sem Violência, retomado pelo governo federal em março de 2023.

Atualmente, há 11 unidades especializadas deste tipo em funcionamento no país e outras 31 unidades estão em fase de implementação ou de obras. Desde 2023, o governo federal investiu cerca de R$ 389 milhões em novas unidades. Em 2024, os serviços existentes contabilizam mais de 440 mil atendimentos.

“O serviço integra todo o acolhimento, o atendimento social da Defensoria do Ministério Público, da Patrulha Maria da Penha, do Instituto Médico-Legal e de todos os outros serviços para que as mulheres saibam que, estando lá, serão acolhidas, orientadas e encaminhadas”, explicou a ministra.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

Al Gore critica tarifa de Trump contra o Brasil e diz que medida é “totalmente insana”

Ex-vice-presidente dos EUA afirmou em São Paulo que tarifa de 50% imposta por Trump é irracional e resultado da influência de petroleiras no governo

     Al Gore (Foto: REUTERS)

O ex-vice-presidente dos Estados Unidos e ativista ambiental Al Gore classificou como “totalmente insana” a tarifa de 50% imposta pelo governo de Donald Trump sobre os produtos brasileiros. A declaração foi feita durante a Expert XP, realizada nesta sexta-feira (25/7), em São Paulo. Segundo reportagem publicada pelo portal Metrópoles, Gore criticou duramente a medida comercial adotada pelos Estados Unidos contra o Brasil e afirmou que a decisão é influenciada por interesses do setor de combustíveis fósseis.

“Ele [Trump] acabou de impor tarifas de 50% contra o Brasil. Isso é totalmente insano e, provavelmente, não vai durar muito. Mas quem pode saber? Existe muita irracionalidade nesse processo”, afirmou Gore durante o painel de abertura do evento.

Além de comentar o cenário geopolítico e comercial, o ex-vice-presidente norte-americano também reforçou suas críticas à política ambiental de Trump. “Ele faz o que as empresas de combustíveis fósseis mandam fazer. Essas grandes corporações e os ‘petroestados’ têm muito poder político. Tentaram tomar o controle do processo de negociação”, declarou.

O aumento tarifário anunciado por Donald Trump afeta todas as exportações brasileiras com destino aos Estados Unidos e deve entrar em vigor em 1º de agosto. A medida gerou preocupação entre autoridades brasileiras e empresários, mas até o momento não houve avanço nas negociações bilaterais com Washington. Paralelamente, o Escritório do Representante de Comércio dos EUA (USTR) abriu uma investigação formal sobre práticas comerciais brasileiras, atendendo a um pedido do próprio Trump. O inquérito cita, entre outros pontos, disputas envolvendo plataformas digitais como indício de supostas práticas desleais.

Durante sua participação no evento, Al Gore também falou sobre suas expectativas para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30), que será realizada em Belém, no Pará, em novembro. Segundo ele, a COP representa uma oportunidade decisiva para que governos e empresas se comprometam com metas reais de redução das emissões de carbono e com o fim do financiamento à destruição ambiental.

“Estamos em um momento crítico. A COP 30 pode ser um divisor de águas, mas somente se houver vontade política e ação coordenada entre os países”, afirmou.

Reconhecido por seu ativismo ambiental desde que deixou a vice-presidência dos EUA, Al Gore tem sido uma das vozes mais contundentes contra o negacionismo climático e o lobby de grandes indústrias poluentes. Em São Paulo, seu discurso reafirmou a necessidade de mobilização global e transparência nas negociações internacionais sobre o clima e o comércio.

Fonte: Brasil 247

"Todos que tramaram golpe contra a democracia terão um só destino", diz Lindbergh sobre prisão de Zambelli

Ex-deputada foi presa nesta terça-feira, em Roma, na Itália

       Lindbergh Farias (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), líder do Partido dos Trabalhadores na Câmara, celebrou nesta terça-feira (29) a prisão da ex-deputada Carla Zambelli (PL-SP) em Roma, na Itália. Foragida após ser condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos de prisão por participação na invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Zambelli foi localizada por autoridades locais e detida.

Nas redes sociais, Lindbergh disse que a detenção de Zambelli é um momento importante e reforçou que todos os envolvidos em tentativas de golpe contra a democracia “terão um só destino”, em referência à prisão. Na legenda do vídeo que acompanha a publicação, o parlamentar também alfineta a família Bolsonaro: “Já já é o Jair”, escreveu, antes de alertar: “Cuidado, Eduardo”.

“Carla Zambelli presa. É um dia importante. Lembro quando ela gravou um vídeo fora do país, já foragida, quando nós, da bancada do PT, entramos na Justiça para avisar à Interpol, alerta vermelho da Interpol. Pois bem, foi presa em Roma. Um deputado avisou à polícia a localização dela”, afirmou Lindbergh em vídeo. “O que é importante? É que quem tramou contra a democracia vai ter que pagar. Jair Bolsonaro vai ser condenado e, por mais que sua família faça toda essa chantagem contra o país inteiro, ninguém vai mudar esse destino. Porque nós somos um país livre, um país soberano. E, Eduardo, cuidado: a Zambelli já foi presa.”


Eduardo Bolsonaro (PL-SP) tem defendido a anistia ao pai como condição para que Donald Trump reavalie tarifas comerciais contra o Brasil.

Fonte: Brasil 247

Moraes afirmou à Itália que Zambelli não será torturada se extraditada

Ministro do STF garante respeito aos direitos humanos de Zambelli e explica condenação da deputada por crimes contra o sistema judiciário

Carla Zambelli e Alexandre de Moraes (Foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputados | Carlos Moura/SCO/STF)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), assegurou ao governo italiano que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) não será submetida a tortura nem a tratamentos desumanos ou degradantes, caso sua extradição ao Brasil seja autorizada. A informação foi revelada pela jornalista Mônica Bergamo, em reportagem publicada nesta terça-feira (29) pela Folha de S.Paulo.

O compromisso de Moraes foi formalizado em documento encaminhado ao Ministério da Justiça, responsável por intermediar o pedido de extradição pelas vias diplomáticas. A medida foi tomada após a fuga de Zambelli para a Itália, ocorrida em junho, logo depois de o STF determinar sua prisão definitiva.

No texto, Moraes especifica as garantias do Estado brasileiro à parlamentar. Além de assegurar que ela não sofrerá maus-tratos, o ministro compromete-se a não aplicar penas perpétuas, a não instaurar processos por fatos anteriores ao pedido de extradição, e a não agravar eventuais sanções com base em motivações políticas.

A manifestação do ministro acompanha o histórico do caso que levou à condenação da deputada, ocorrida em maio, por unanimidade na Primeira Turma do STF. Zambelli recebeu pena de dez anos de reclusão em regime fechado, além de multa equivalente a dois mil salários-mínimos. O hacker Walter Delgatti, que atuou a mando da parlamentar, foi condenado a oito anos e três meses de prisão, também em regime fechado, além de multa de 480 salários-mínimos.

Segundo a decisão judicial, “a Sra. Carla Zambelli Salgado de Oliveira, de maneira livre, consciente e voluntária, comandou a invasão a sistemas institucionais utilizados pelo Poder Judiciário, mediante planejamento, arregimentação e comando de pessoa com aptidão técnica e meios necessários ao cumprimento de tal mister, com o fim de adulterar informações, sem autorização expressa ou tácita de quem de direito”.

Zambelli e Delgatti foram responsabilizados pela inserção fraudulenta de documentos no sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), incluindo um falso mandado de prisão contra o próprio Alexandre de Moraes. A Procuradoria-Geral da República (PGR), em sua acusação, atribuiu a autoria intelectual do crime à deputada, afirmando que ela buscava “vantagem midiática e política” e que suas ações visavam abalar a “credibilidade e o regular funcionamento do Poder Judiciário”.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Lindbergh protocola requerimento para perda do mandato de Zambelli

"A Câmara tem o dever constitucional de agir com firmeza e urgência”, afirmou o líder do PT após a prisão da ex-deputada brasileira foragida na Itália

      Lindbergh Farias e Carla Zambelli (Foto: Divulgação / Agência Câmara)

O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ), protocolou nesta terça-feira (29) um requerimento à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa pedindo o encaminhamento imediato do processo de Carla Zambelli (PL-SP) à Mesa Diretora, para que seja declarada a perda de seu mandato parlamentar.

A medida ocorre no mesmo dia em que Zambelli foi presa na Itália, após ser localizada pela polícia do país com base em informações fornecidas por autoridades brasileiras e parlamentares italianos. A prisão se deu em cumprimento à difusão vermelha da Interpol, solicitada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que já havia determinado sua prisão preventiva e extradição, diante da tentativa de fuga e de obstrução da Justiça.

Zambelli foi condenada pelo STF a 10 anos de prisão em regime fechado por envolvimento em uma conspiração para fraudar o sistema do Conselho Nacional de Justiça. O objetivo da ação, segundo a Corte, era desacreditar o Poder Judiciário e promover desordem institucional.

Lindbergh lembrou que o PT já havia deduzido o pedido pela suspensão dos direitos políticos de Zambelli, com base no acórdão condenatório e no artigo 15, inciso III, da Constituição Federal. No entanto, segundo ele, a Câmara adotou um “trâmite anômalo e ilegal” ao remeter o caso à CCJ, em vez de declarar imediatamente a perda de mandato.

“Não há espaço para tergiversações: não existe previsão legal para o exercício remoto, clandestino ou fictício do mandato por quem está condenada, presa e em processo de extradição”, afirmou o deputado na nota enviada à imprensa. Para ele, a manutenção de Zambelli no cargo representa um “escárnio ao Estado de Direito e um atentado à moralidade pública”.

Lindbergh concluiu defendendo uma resposta firme da Câmara: “A democracia não pode ser refém de criminosos condenados. A Câmara tem o dever constitucional de agir com firmeza e urgência.”

Fonte: Brasil 247

Não cabe à Câmara deliberar sobre a prisão de Zambelli, diz Hugo Motta

“Importante lembrar que as providências que cabem à Casa já estão sendo adotadas, por meio da Representação que tramita na CCJC", disse o parlamentar

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta - 18/06/2025 (Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados)

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), enfatizou nesta terça-feira (29) que a Casa Legislativa não tem competência para deliberar sobre a prisão de Carla Zambelli (PL-SP), que foi detida mais cedo na Itália.

Em mensagem publicada no X, Hugo Motta destacou que a Câmara está adotando as medidas cabíveis por meio de uma Representação que tramita na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC), conforme previsto no Regimento Interno e na Constituição Federal. Segundo ele, compete à Câmara decidir apenas sobre a perda do mandato parlamentar.

“Importante lembrar que as providências que cabem à Câmara já estão sendo adotadas, por meio da Representação que tramita na CCJC, em obediência ao Regimento e à Constituição. Não cabe à Casa deliberar sobre a prisão — apenas sobre a perda de mandato”, escreveu.

O deputado também afirmou que está aguardando as manifestações oficiais do Ministério da Justiça e do governo italiano sobre o caso.

Fonte: Brasil 247

Bolsonaro participa de motociata em Brasília e apoiadores distribuem postagens nas redes

Inelegível, ex-presidente desfila em carro de som com Michelle e Flávio Bolsonaro e vira alvo de novas mobilizações bolsonaristas pelo país

Jair Bolsonaro participa de motociata em Brasília - 29/07/2025 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

BRASÍLIA (Reuters) - O ex-presidente Jair Bolsonaro esteve presente nesta terça-feira em motociata convocada por aliados em seu apoio em Brasília, e vídeos do evento foram compartilhados por apoiadores, inclusive pelo filho dele Carlos Bolsonaro.

O ex-presidente, que está proibido de utilizar as redes sociais e está usando tornozeleira eletrônica por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, participou da motociata de cima de um trio elétrico. Ele não fez discurso.

Bolsonaro não tem dado entrevista e alega não poder falar com a imprensa após uma decisão de Moraes que proibiu "transmissões, retransmissões ou veiculação de áudios, vídeos ou transcrições de entrevistas em qualquer das plataformas das redes sociais de terceiros, não podendo o investigado se valer desses meios para burlar a medida, sob pena de imediata revogação e decretação da prisão".

Na semana passada, o ministro do STF considerou como descumprimento de sua ordem uma publicação do deputado Eduardo Bolsonaro nas redes sociais de um vídeo do momento em que Bolsonaro mostrou a tornozeleira eletrônica aos jornalistas e fez um rápido discurso durante visita ao Congresso.

Na ocasião, Moraes aceitou as explicações da defesa e não determinou a prisão de Bolsonaro, mas ressaltou que nova desobediência às restrições levaria à prisão do ex-presidente.

No ato desta terça em Brasília, Bolsonaro chegou pouco antes das 15h ao local de encontro da motociata e deu uma volta de carro em meio aos apoiadores. Em seguida, subiu no trio elétrico, mas não fez discursos. Quem falou aos apoiadores foi a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

Imediatamente, diversos perfis bolsonaristas nas redes sociais distribuíram vídeos do ex-presidente cumprimentando apoiadores no trio elétrico, mas sem falas. O vídeo distribuído por Carlos Bolsonaro mostra apenas imagens da motociata, sem exibir seu pai, mas marca Bolsonaro com a legenda "O homem chegou".

Diversos apoiadores do ex-presidente, como o deputado federal Carlos Jordy e o youtuber Fernando Lisboa, também distribuíram imagens do ex-presidente no evento.

(Reportagem de Lisandra Paraguassu)

Lenir de Assis comemora prisão de Carla Zambelli: “Vitória da democracia”

“Acabou o tempo da imunidade: o cerco está se fechando para os golpistas. É sem anistia", disse a deputada federal do PT

        Lenir de Assis (Foto: Bruno Spada / Câmara dos Deputados)

A deputada federal Lenir de Assis (PT-PR) celebrou a prisão da ex-parlamentar Carla Zambelli (PL-SP) nesta terça-feira (29), detida em Roma, na Itália, após quase dois meses foragida. Condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos de prisão por participação na invasão hacker ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Zambelli agora deve ser extraditada para cumprir pena em regime fechado no Brasil.

Lenir classificou a detenção como mais um passo rumo à responsabilização dos envolvidos nos atos golpistas de 8 de Janeiro.

“A prisão de Carla Zambelli é uma vitória da democracia!”, afirmou a petista. “Acabou o tempo da imunidade: o cerco está se fechando para os golpistas. É sem anistia.”

Segundo a Polícia Federal, Zambelli foi detida em um apartamento. O deputado italiano Angelo Bonelli afirmou que foi ele quem informou à polícia local sobre o paradeiro da ex-deputada. Em entrevista à GloboNews, disse ter se indignado ao ver a brasileira declarar que se sentia "intocável" por possuir cidadania italiana.

“Eu fiz uma interpelação, porque, quando escutei a Carla Zambelli dizendo que tem cidadania italiana e que estava intocável, eu disse: ‘Não é possível que uma pessoa possa falar assim’”, disse.

Segundo a nota oficial do Ministério da Justiça, a extradição seguirá os trâmites da legislação italiana e dos acordos internacionais assinados pelo Brasil.

Fonte: Brasil 247

Com políticas integradas, Brasil é novamente referência mundial no combate à fome

Decisão da FAO retira o país do Mapa da Fome e reconhece avanços promovidos por programas sociais e políticas de inclusão produtiva

Presidente Lula durante o relançamento do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) (Foto: Ricardo Stuckert )

O Brasil foi oficialmente retirado do Mapa da Fome da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO/ONU), conforme anúncio feito nesta segunda-feira (28), durante a Cúpula dos Sistemas Alimentares, realizada em Adis Abeba, Etiópia. A informação foi publicada no site oficial do Governo Federal (Secom).

O reconhecimento internacional se baseia na média trienal de 2022 a 2024, que posicionou o Brasil abaixo do índice de 2,5% da população em risco de subnutrição — o patamar mínimo considerado pela FAO para exclusão do Mapa da Fome. Trata-se de uma das mais significativas conquistas do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em seu terceiro mandato, impulsionada por políticas públicas articuladas entre diversos ministérios e voltadas à redução da pobreza, estímulo à geração de renda e fortalecimento da agricultura familiar.

☆ Políticas sociais e o papel estratégico do Bolsa Família

Entre os principais fatores responsáveis pelo feito está a reestruturação do programa Bolsa Família, que voltou a atuar como eixo central na política de combate à pobreza. Ao lado dele, o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) foi decisivo ao garantir acesso a alimentos saudáveis e valorizar a produção local. Esses programas foram complementados por ações de crédito rural, irrigação e inclusão produtiva.

O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, celebrou o resultado e destacou a rapidez da resposta do governo: “Entre 2023 e 2024, reduzimos em 85% o número de pessoas em insegurança alimentar grave. Agora, o resultado de diversas políticas públicas nos retira dessa trágica estatística. Esse trabalho é motivo de muito orgulho e mostra que aprendemos lições importantes, porque, no passado, levamos 11 anos para retirar o Brasil do Mapa da Fome.”

Dias também relembrou que a meta estabelecida pelo presidente Lula era atingir esse marco até 2026. “Cumprimos antes do previsto. Nosso objetivo agora é garantir alimentação digna a 100% dos brasileiros, além de fortalecer a segurança e a soberania alimentar.”

☆ Microcrédito rural e apoio à produção local

Outro destaque é o novo AgroAmigo, programa de microcrédito rural relançado em dezembro de 2024 e operado pela Caixa Econômica Federal, sob coordenação do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR). O programa já movimentou mais de R$ 100 milhões e tem previsão de chegar a R$ 1 bilhão até o final deste ano.

“O microcrédito é um instrumento decisivo que garante às pessoas das mais distintas atividades participarem do processo de desenvolvimento que o país está passando”, afirmou o ministro Waldez Góes. O AgroAmigo atende, prioritariamente, agricultores familiares, ribeirinhos, pescadores artesanais, indígenas, quilombolas e assentados da reforma agrária.

Além disso, o governo tem fortalecido os Arranjos Produtivos Locais (APLs) e as Rotas de Integração Nacional, priorizando cadeias produtivas com vocação regional, como leite, mel, castanha, pesca artesanal, agroecologia e turismo comunitário. Essas rotas promovem acesso a mercados, organização da produção e geração de renda nas próprias comunidades.

☆ Irrigação e combate à estiagem

A expansão dos Polos de Agricultura Irrigada também tem papel essencial para assegurar produção constante, mesmo durante períodos de seca. A iniciativa, coordenada pela Secretaria Nacional de Segurança Hídrica, já contempla 18 polos em funcionamento e visa liberar o potencial de irrigação em até 53,4 milhões de hectares.

“Com irrigação bem planejada, conseguimos produzir mais, com menos desperdício, o ano inteiro. Isso significa comida na mesa do povo, emprego no campo e desenvolvimento nas regiões mais vulneráveis”, explicou Antônio Guimarães Leite, coordenador-geral de Sustentabilidade de Polos e Projetos de Irrigação do MIDR.

☆ Reconhecimento internacional e novo compromisso

A conquista brasileira foi celebrada pelo diretor-geral da FAO, Qu Dongyu, como um exemplo global de políticas eficazes em países em desenvolvimento. Em conversa telefônica com o presidente Lula, Dongyu afirmou: “O senhor pode ser um soldado, mas é, na verdade, um comandante-chefe”. Ele também anunciou que, em 2026, a FAO visitará o Brasil para conhecer as experiências nacionais de combate à fome durante o Fórum CELAC, que reúne países da América Latina e do Caribe.

O presidente Lula, emocionado, celebrou a vitória com humildade e renovou o compromisso com a causa: “Para que a gente acabe com a fome e a pobreza, é preciso colocar o povo pobre no orçamento do país, no orçamento de estados e municípios. O dia em que os governantes fizerem isso, a gente vai resolver esse problema crônico da humanidade.” E completou: “Sou o homem mais feliz do mundo, mas também sou um soldado do Brasil, um soldado da FAO, um soldado mundial”.

☆ Próximos passos: do marco ao ponto de partida

Para o Governo Federal, sair do Mapa da Fome não é o ponto final, mas um novo começo. A meta agora é consolidar os avanços e seguir promovendo inclusão produtiva, qualificação dos sistemas alimentares e fortalecimento das redes locais de produção e distribuição. O Plano Brasil Sem Fome seguirá como eixo estratégico, articulando ações entre ministérios, estados e municípios.

A nova fase da luta contra a fome coloca o Brasil novamente como referência internacional. Mais do que números, a conquista representa dignidade, justiça social e o compromisso contínuo de um país que, uma vez mais, mostrou ao mundo que é possível enfrentar e vencer a fome com vontade política, planejamento e solidariedade.

Fonte: Brasil 247 com Secom do Governo Federal

Em vídeo, Zambelli afirma que se entregou e ataca Alexandre de Moraes

Presa em Roma, deputada afirma que cumprirá eventual pena apenas na Itália e ataca Alexandre de Moraes e o STF

     Carla Zambelli. Foto: Pablo Valadares / Agência Câmara


A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) declarou em vídeo sua intenção de entregar a autoridades italianas, e criticou o Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil, em especial o ministro Alexandre de Moraes.

As declarações foram divulgadas pelo advogado Fabio Pagnozzi, responsável por sua defesa, após a prisão da parlamentar em Roma. A informação foi inicialmente divulgada pelo portal G1 e confirmada pelo Ministério da Justiça do Brasil.

“Vou me apresentar às autoridades italianas e estou muito segura em fazê-lo, porque aqui temos justiça e democracia. Não temos um ditador no poder. Não temos a autoridade ditatorial de Alexandre de Moraes e de seus comparsas da Suprema Corte. Estou calma e tranquila de que aqui buscarei justiça pro meu caso”, afirmou Zambelli, em mensagem publicada nas redes sociais do advogado.

A parlamentar foi detida na capital italiana após colaboração das autoridades locais com o deputado italiano Angelo Bonelli, que comunicou à polícia o paradeiro da brasileira. A prisão ocorreu em meio ao processo de execução da pena determinada pelo STF no Brasil, do qual Zambelli diz discordar completamente.

No vídeo, a aliada de Jair Bolsonaro reitera que não retornará ao Brasil para cumprir qualquer sentença. “Se eu tiver que cumprir qualquer pena, vai ser aqui na Itália, que é um país justo e democrático. Estou segura que, analisando todos os processos de cabo a rabo, eles vão perceber que eu sou inocente”, declarou.

Zambelli também afirmou não se considerar foragida. “Não estou aqui fugindo, estou aqui resistindo”, disse, reforçando sua narrativa de perseguição política. Condenada pelo STF, a deputada buscava permanecer na Europa para evitar o cumprimento da sentença em território brasileiro.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Zambelli se escondia em apartamento de brasileira perto do Vaticano

Deputada está na lista da Interpol e já foi alvo de prisão preventiva determinada por Alexandre de Moraes

    Carla Zambelli (Foto: Lula Marques/ EBC)

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi localizada pela polícia italiana em Roma, nesta segunda-feira (29), vivendo no sexto andar de um prédio nos arredores do Vaticano, conforme revelou a Revista Piauí.

Agentes da Digos, divisão italiana especializada em investigações e operações especiais, conduziram a parlamentar até uma delegacia para coleta de informações ao anoitecer, na capital do país europeu. Segundo o Ministério da Justiça do Brasil, Zambelli foi presa.

As autoridades italianas investigavam pistas sobre a localização da deputada em outras cidades, como Siena, e na região da Campânia, mas só agora conseguiram confirmar sua presença em Roma, na residência de uma brasileira.

◉ Condenação e fuga

Em maio deste ano, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condenou Carla Zambelli a dez anos de prisão, além da perda de mandato, por ter contratado um hacker para invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Já no início de junho, o ministro Alexandre de Moraes determinou sua prisão preventiva. Porém, antes que a ordem fosse cumprida, Zambelli deixou o Brasil rumo aos Estados Unidos e, na sequência, partiu para a Itália, utilizando documentos que atestam sua cidadania italiana. Desde então, passou a integrar a lista de procurados da Interpol.

Mesmo após a ordem judicial que mandou bloquear suas redes sociais, Zambelli continuou se manifestando pela internet. Com uma nova conta no Instagram, ela publicou conteúdos nos quais chamava sua estadia na Itália de “exílio” e fazia ataques ao Supremo Tribunal Federal.

◉ Defesa e cassação

Em entrevista à GloboNews, na véspera da localização da deputada, o advogado Fábio Pagnozzi alegou que sua cliente estava “aguardando apenas um pedido formal das autoridades italianas para se apresentar”. No entanto, a prisão ocorreu de forma direta, por ação da polícia italiana em cooperação com autoridades brasileiras.

Apesar da condenação à perda de mandato, a cassação de Zambelli ainda está em curso na Câmara dos Deputados. Em junho, o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), encaminhou o processo à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que ainda não concluiu a análise. Se o relatório for aprovado, o caso seguirá para votação no plenário.

◉ Ascensão e queda

Zambelli se tornou figura conhecida nacionalmente ao participar dos protestos pelo impeachment de Dilma Rousseff, em 2015 e 2016. Ligada ao bolsonarismo desde a eleição de Jair Bolsonaro em 2018, filiou-se ao PSL e se elegeu deputada federal por São Paulo. Em 2022, foi reeleita com cerca de 950 mil votos — a segunda maior votação do estado.

Entretanto, sua trajetória política sofreu forte abalo na reta final daquele pleito. Dias antes do segundo turno, Zambelli foi filmada empunhando uma arma de fogo durante uma discussão nas ruas do bairro dos Jardins, em São Paulo. A cena, que viralizou, expôs a parlamentar perseguindo um homem com a pistola em punho, tornando-se um episódio incômodo para a campanha de Bolsonaro.

Desde então, o ex-presidente e aliados a responsabilizam pela derrota nas urnas. “A Carla Zambelli tirou o mandato da gente”, declarou Bolsonaro recentemente a um podcast.

Por conta do episódio da arma, Zambelli responde ainda a um processo no STF por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal. A Corte já formou maioria para sua condenação nesse caso, embora a votação ainda não tenha sido finalizada.

Fonte: Brasil 247

Ministério da Justiça confirma que Zambelli será submetida ao processo de extradição

Extradição seguirá os trâmites da legislação italiana e dos acordos internacionais assinados pelo Brasil

     Carla Zambelli (Foto: Lula Marques/ Agência Brasil )

A ex-deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos de prisão, será submetida ao processo de extradição após ser presa em Roma, na Itália, nesta terça-feira (29). A informação foi confirmada pelo Ministério da Justiça, que destacou que a prisão é resultado de uma operação conjunta entre a polícia brasileira, autoridades italianas e a Interpol.

Zambelli havia fugido do Brasil após ser sentenciada por envolvimento na invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Segundo a nota oficial, a extradição seguirá os trâmites da legislação italiana e dos acordos internacionais assinados pelo Brasil.

"A presa era procurada por crimes praticados no Brasil e será submetida ao processo de extradição, conforme os trâmites previstos na legislação italiana e nos acordos internacionais dos quais o Brasil é signatário", diz o comunicado.

Fonte: Brasil 247

"Liguei e informei o endereço exato": confira o relato do deputado italiano que denunciou Zambelli

Em entrevista à Globonews, Angelo Bonelli descreveu ação que levou à prisão da ex-deputada brasileira foragida na Itália

Angelo Bonelli e Carla Zambelli (Foto: Reprodução/Globonews | Pablo Valadares/Câmara dos Deputados)

O deputado italiano de oposição Angelo Bonelli afirmou nesta terça-feira (29) ter sido o responsável por alertar a polícia da Itália sobre o paradeiro da ex-deputada federal brasileira Carla Zambelli (PL-SP), presa horas depois em um apartamento no bairro Aurelio, em Roma.

Em entrevista à GloboNews, Bonelli contou que fez a denúncia por telefone no fim da tarde: "Às 18h, no horário da Itália, Zambelli foi localizada num bairro de Roma que se chama Aurelio. Eu liguei para a Polícia Nacional para informar o endereço exato de onde ela estava. Depois de 2h30, a polícia me confirmou que no apartamento estava Carla Zambelli e, consequentemente, foi aplicado o pedido da lista vermelha da Interpol", disse o parlamentar.

Antes mesmo da confirmação oficial da prisão, Bonelli já havia publicado nas redes sociais: “Carla Zambelli está em um apartamento, em Roma. Forneci o endereço à polícia, neste momento a polizia está identificando Zambelli”.

Zambelli foi presa após ser considerada foragida pela Justiça brasileira. Ela teve o mandato cassado e foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos e 8 meses de prisão por envolvimento em ataques cibernéticos contra o Judiciário, no contexto de uma organização criminosa digital. Após a condenação, fugiu para a Itália, onde possui cidadania.

Bonelli já vinha pressionando o governo italiano sobre o caso. Em junho, o deputado apresentou uma interpelação formal aos ministros das Relações Exteriores, da Justiça e do Interior da Itália, cobrando uma posição oficial em relação à situação de Zambelli. O documento pedia que as autoridades italianas esclarecessem se pretendiam cooperar com o Brasil para garantir o cumprimento do tratado de extradição entre os dois países, firmado pela Lei nº 144/1991.

Na entrevista à GloboNews, Bonelli lembrou o motivo de sua iniciativa: "Eu fiz uma interpelação porque, quando escutei ela falar que estava 'intocável' por ter cidadania italiana, eu falei 'não é possível que uma pessoa possa falar assim'. Depois eu apresentei a interpelação."

Fonte: Brasil 247 com informações da GloboNews

Prefeitura fortalece a segurança pública e doa terreno avaliado em R$ 3 milhões para construção da sede própria da Polícia Científica



O prefeito Rodolfo Mota assinou, na tarde desta terça-feira (29/7), a lei nº 94/2025 que utoriza o Executivo Municipal a proceder à doação de um terreno do município avaliado em 3 milhões de reais para o Governo do Estado do Paraná. No local, será construída a sede própria da Polícia Científica no município. A área doada possui 4.152 metros quadrados e está situada entre a rodovia BR-376 e a Rua Serra do Cadeado, no Núcleo Habitacional Adriano Correia. A doação do terreno é um marco histórico e significa comprometimento com a segurança pública de Apucarana e região, contribuindo para o avanço do trabalho realizado pela Polícia Científica. A sede própria irá garantir melhores condições de trabalho da equipe de peritos com reflexo direto no atendimento à população e aumentará a sensação de segurança. A Polícia Científica de Apucarana atende 24 municípios da região. As obras de construção previstas na Lei deverão ser iniciadas no prazo máximo de 01 (um) ano e terminadas em 03 (três), contados da data da publicação da lei.

Atualmente, os serviços da Polícia Científica em Apucarana são prestados em dois imóveis alugados e com estrutura limitada. O Instituto Médico Legal (IML) está instalado em um prédio na Rua Erasto Gaetner, enquanto o Instituto de Criminalística funciona na Rua Marcel Cassandre. “São imóveis pequenos e com infraestrutura precária. Estamos muito satisfeitos por realizar esta doação, que garantirá uma sede digna à Polícia Científica e melhores condições de atendimento à população,” declarou o prefeito Rodolfo Mota.

O prefeito lembrou que essa é uma luta da Polícia Científica de mais de três anos. “Precisa de muito esforço político para garantir que a sede de uma polícia tão importante como essa seja feita em Apucarana. Agradeço os nossos deputados estaduais, nosso governador Ratinho Júnior, nosso secretário de Segurança Pública, coronel Hudson Leôncio Teixeira, a câmara de vereadores, a Francine e em nome dela toda a equipe da Polícia Científica do Estado de Paraná. Muito obrigado por acreditarem que a gente daria o desfecho que nós estamos dando hoje, são menos de sete meses de mandato, e isso tudo foi encaminhado, afirmou Rodolfo Mota”.

A perita Francine Matias de Paula, chefe adjunta da Polícia Científica, explicou que a construção seguirá um modelo de projeto modular já existente. “O projeto está pronto e precisará de ajustes para se adequar ao terreno. Assim que a escritura estiver em nome do Estado, iniciaremos o processo licitatório. A previsão para o início das obras, segundo nossa Gestão de Obras, é para 2026”, informou.

O coordenador do IML, Áureo Francisco Silva Filho, ressaltou a relevância da nova sede. “Atendemos muitas pessoas diariamente, mas a estrutura atual é extremamente limitada. Além disso, o prédio do IML está localizado em área central, o que dificulta o manejo de casos delicados, como a recepção de corpos para exames”, comentou.

O delegado-chefe da 17ª Subdivisão Policial, Marcus Felipe da Rocha Rodrigues, destacou a importância do trabalho pericial para os inquéritos da Polícia Civil. “Desde que o Instituto de Criminalística foi implantado em Apucarana, em 2020, houve um avanço expressivo na qualidade da segurança pública. Os laudos e exames que eles realizam contribuem de forma significativa para os nossos inquéritos. Eu vejo o sacrifício que a equipe da Polícia Científica faz para executar um serviço de excelência. Tenho certeza de que, com a construção da nova sede, a qualidade do serviço melhorará cada dia mais”, afirmou.

Além do terreno para a Polícia Científica, a Prefeitura de Apucarana adquiriu recentemente outro lote, localizado na Avenida Minas Gerais, que será destinado à construção da nova sede do Corpo de Bombeiros. “Com a doação desses dois terrenos, o município soma mais de R$ 20 milhões investidos diretamente no fortalecimento das forças de segurança”, acrescentou o prefeito.

A cerimônia de assinatura contou com a presença de diversas autoridades, entre elas o vice-prefeito Marcos da Vila Reis; o presidente da Câmara Municipal, Danylo Acioli; os vereadores Moisés Tavares, Eliana Rocha, Odarlone Orente, Adan Lenharo e Guilherme Livoti; o comandante do 11º Batalhão de Bombeiros Militar, major Leandro José Callegari; o comandante do 10º Batalhão de Polícia Militar, tenente-coronel Robson Falk Vieira; o subcomandante do 30º Batalhão de Infantaria Mecanizado, major João Batista Woll Severo; o chefe regional da Polícia Penal, Nilton César Santos Garcia; o presidente do Conselho Comunitário de Segurança (Conseg), Vicente Batista Júnior; o secretário municipal de Segurança, major Vilson Laurentino da Silva; e o comandante da Guarda Civil Municipal, Pablo Rocha Pereira.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

Autoridades têm 48 horas para definir extradição de Carla Zambelli

A informação partiu de Andrei Rodrigues, diretor-geral da Polícia Federal

      Carla Zambelli (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

Autoridades italianas têm um prazo de até 48 horas para dar encaminhamento ao processo de Carla Zambelli (PL-SP). A ex-deputada federal foi presa no país europeu depois de fugir do Brasil.

De acordo com o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, "a cooperação internacional foi fundamental, entre a PF e a polícia italiana". "Agora, tem 48 horas para a autoridade judiciária de lá dar encaminhamento. Se vai soltar, se vai extraditar, se vai ser prisão domiciliar", afirmou o dirigente em entrevista ao blog da Andréia Sadi.

No Brasil, o Supremo Tribunal Federal decretou a prisão da ex-parlamentar bolsonarista em junho deste ano. Carla Zambelli foi condenada a dez anos de prisão em regime fechado, inicialmente, e à perda do mandato, por invasão ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

As denúncias apontaram que a ex-deputada queria usar o sistema do CNJ com o objetivo de inserir um mandado de prisão contra o ministro do STF Alexandre de Moraes.

Fonte: Brasil 247 com informações do blor da Andréia Sadi, do G1