sexta-feira, 17 de outubro de 2025

IGP-10 desacelera mais do que o esperado em outubro

Índice geral subiu apenas 0,08% no mês, bem abaixo da projeção de analistas; preços agrícolas puxaram a queda

            IGP-10 desacelera mais do que o esperado em outubro (Foto: Agência Brasil )

A inflação calculada pelo Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) registrou forte desaceleração em outubro, com alta de apenas 0,08%, após ter avançado 0,21% em setembro. O resultado, divulgado nesta sexta-feira (17) pela Fundação Getulio Vargas (FGV), veio abaixo da expectativa do mercado, que projetava crescimento de 0,18%. A reportagem é da agência Reuters.

Com o desempenho mais fraco, o IGP-10 acumula alta de 1,60% no período de 12 meses. O indicador é considerado um dos principais termômetros da inflação no país, por refletir a variação dos preços ao produtor, ao consumidor e também na construção civil.

☉ Queda nos preços agrícolas influencia resultado

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-10), responsável por 60% da composição do IGP-10, apresentou queda de 0,04% em outubro, após ter subido 0,27% no mês anterior. O economista do FGV IBRE, Matheus Dias, destacou que os preços agropecuários foram determinantes para o recuo.

“Os preços ao produtor, principalmente os agropecuários, registraram quedas expressivas em arroz (em casca), soja (em grão) e bovinos”, afirmou Dias.

O levantamento mostra que o arroz recuou 7,63%, a soja caiu 1,22% e os bovinos tiveram retração de 1,40%. Os produtos de origem agropecuária subiram apenas 0,24% em outubro, contra alta de 3,07% em setembro. Já os produtos industriais tiveram queda de 0,14%, após recuo de 0,67% no mês anterior.

☉ Consumidor sente impacto em serviços e energia

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10), que responde por 30% do índice geral, avançou 0,48% em outubro, revertendo a queda de 0,13% no mês anterior. Segundo a FGV, o destaque foi a alta em serviços como passagens aéreas, seguro facultativo e condomínio residencial, além do reajuste nas tarifas de energia elétrica.

Entre os oito grupos de despesa que compõem o IPC, sete apresentaram aceleração, com destaque para Habitação, que saltou de 0,07% para 1,41%, e Educação, Leitura e Recreação, que passou de -0,70% para 1,27%. Apenas o setor de Vestuário registrou avanço mais fraco, de 0,21% para 0,19%.

☉ Construção civil também mostra desaceleração

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-10) subiu 0,21% em outubro, abaixo do aumento de 0,42% registrado em setembro. O indicador considera os preços coletados entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência, abrangendo produtores, consumidores e setor da construção civil.

Fonte: Brasil 247

Frei Chico denuncia julgamento antecipado e reafirma confiança na Justiça e nas instituições

Irmão do presidente Lula afirma que é alvo de ataques falsos e diz que não teme investigação, mas repudia uso político da CPMI do INSS

Frei Chico denuncia julgamento antecipado e reafirma confiança na Justiça e nas instituições (Foto: Brasil247)

O sindicalista José Ferreira da Silva, conhecido como Frei Chico, divulgou nesta quinta-feira (16) uma nota pública à imprensa em que reafirma seu compromisso com a verdade, a legalidade e o respeito às instituições.

A manifestação ocorre após o Tribunal de Justiça de São Paulo acatar, por decisão da juíza Ana Luiza Madeiro Cruz Eserian, seu pedido de tutela de urgência contra o que classificou como acusações falsas e ofensivas disseminadas nas redes sociais.

☆ “Não temo investigação, mas há julgamento antecipado”

Na nota, Frei Chico destaca que não se opõe a eventuais apurações, mas condena o que considera um pré-julgamento público, sem provas ou contraditório. “Reafirmo meu compromisso com a verdade, a justiça e o devido processo legal. Não temo investigação, mas o que ocorre hoje é um julgamento antecipado, antes mesmo de os fatos serem apurados”, declarou.

O dirigente sindical lamentou a postura de parte dos parlamentares que integram a CPMI do INSS, afirmando que o colegiado tem sido usado como “palco político”, em vez de instrumento de busca pela verdade. “É lamentável que parte da CPMI do INSS use esse processo como palco político, em vez de buscar a verdade”, escreveu.

Aos 83 anos, Frei Chico recordou episódios de perseguição sofridos durante a ditadura militar e reafirmou sua confiança nas instituições democráticas. “Já enfrentei perseguições, prisão e tortura, mas sigo com respeito, serenidade e fé na justiça.”

☆ “Julgar sem provas é negar a democracia”

Em tom firme, o sindicalista ressaltou que o Brasil vive em um Estado de Direito, em que a Presidência da República não interfere — e não deve interferir — nas investigações, garantindo a autonomia dos órgãos de controle.

“Julgar sem provas é negar a democracia. Sigo de cabeça erguida e consciência tranquila, confiante na verdade e na força das instituições”, concluiu.

Fonte: Brasil 247

VÍDEO: Deputado tenta cantar parabéns a Magno Malta e leva bronca em CPMI

 

O deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO), impedido de cantar “Parabéns a você” a Magno Malta pelo Senador Carlos Viana (PODEMOS-MG). Reprodução
Durante a sessão da CPMI do INSS nesta quinta-feira (16), o deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO) interrompeu os trabalhos para pedir que todos cantassem parabéns ao senador Magno Malta (PL-ES), que completou 68 anos. O pedido inusitado ocorreu enquanto o colegiado ouvia o depoimento de Cícero Marcelino, apontado como um dos operadores ligados à Conafer, entidade investigada por descontos irregulares em benefícios previdenciários.

O presidente da comissão, senador Carlos Viana (Podemos-MG), impediu a homenagem e afirmou que o momento não era apropriado. “Por gentileza, excelência. Nós temos mais três horas e meia de trabalho. No intervalo cantaremos e alguém pode providenciar um bolo”, respondeu Viana, mantendo a ordem na reunião.

A cena, registrada em vídeo, viralizou nas redes sociais e gerou comentários sobre o comportamento do parlamentar. Mesmo após ser interrompido, Chrisóstomo insistiu no pedido e disse que “isso engrandece o ser humano”, encerrando o episódio com risos e constrangimento entre os presentes.

Metadescrição:

Fonte: DCM

Taxa sobre gorjetas, piada sobre metanol e tarifaço fazem popularidade de Tarcísio despencar na web


     Tarcísio de Freitas, governador de SP. Foto: Pablo Jacob/Governo do Estado de SP

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), continua sendo alvo de críticas nas redes sociais, mesmo após reduzir sua exposição pública e adotar um tom mais administrativo. Um levantamento da consultoria Bites, divulgado pelo jornal O Globo, mostra que, apesar da tentativa de moderação, Tarcísio se mantém como um dos principais alvos do campo lulista e é tratado como o nome favorito de Jair Bolsonaro (PL) para disputar a Presidência em 2026.

Desde 9 de julho, quando Donald Trump anunciou o “tarifaço” contra o Brasil, foram registrados 6,8 milhões de conteúdos sobre o governador nas redes, um aumento de quase três vezes em relação ao período anterior.

A análise mostra que o crescimento das menções se deve à combinação entre temas locais e nacionais. Entre os assuntos que mais impactaram a popularidade digital de Tarcísio estão as sanções estadunidenses ao Brasil, o projeto de anistia ao bolsonarismo, os pedágios do sistema “free flow”, a crise do metanol, o caso Ultrafarma e a polêmica sobre a cobrança de ICMS sobre gorjetas em bares e restaurantes.

Ao comentar a crise do metanol, no início do mês, veio as críticas mais severas até de setores que o apoiam. Na ocasião, ao tentar fazer piada em uma coletiva de imprensa, ele disse que só se preocuparia com a contaminação de bebidas, que causaram mortes no estado, quando o refrigerante Coca-Cola fosse atingido. A intenção dele seria fazer um aceno aos evangélicos e atacar o presidente Lula (PT), chamado de “pinguço” pela direita.



“Em todos os casos, os principais críticos ao governador foram perfis alinhados ao governo Lula, mostrando que ele é considerado o provável adversário em 2026”, afirmou André Eler, diretor técnico da Bites, sobre o bolsonarista que recebe apelidos como “Pedágio de Freitas”.

Apesar da ofensiva virtual, Tarcísio ampliou seu alcance nas redes. Nos últimos três meses, ele conquistou quase 400 mil novos seguidores, enquanto a taxa de engajamento (curtidas, comentários e compartilhamentos) subiu 43%. A equipe do governador, porém, modera comentários e exclui postagens consideradas ofensivas, o que pode ter reduzido os números de interação medidos.

Segundo Letícia Capone, pesquisadora da PUC-Rio e diretora do Instituto Democracia em Xeque, a postura mais contida do governador busca evitar atritos com o próprio campo bolsonarista. “Os perfis mais ligados a Jair Bolsonaro esperam um aceno para 2026, e Tarcísio tenta evitar o fogo amigo dentro da direita”, avaliou em entrevista ao Globo.

O tema mais recente a colocar o governador sob críticas foi a tributação das gorjetas em São Paulo. O debate começou após a Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado (Fhoresp) pedir que o governo deixasse de autuar estabelecimentos que não recolhem ICMS sobre caixinhas superiores a 10%.

Tarcísio com boné da campanha de Donald Trump nos EUA. Foto: reprodução
A Secretaria da Fazenda respondeu que as regras vigentes foram criadas ainda na gestão de Geraldo Alckmin, em 2012, e que não houve mudança recente. “Eles ficaram satisfeitos com a reunião. Nada mudou desde o decreto de 2012”, explicou Rogério Campos, secretário-executivo da pasta.

Mesmo assim, o caso virou munição política. “Tarcísio taxou até a gorjeta dos garçons. Taxísio odeia o povo”, publicou o deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP).

A deputada Erika Hilton (PSOL-SP) enviou uma representação ao Tribunal de Contas do Estado cobrando providências. “A Fazenda paulista vem aplicando autuações retroativas e multas expressivas, criando insegurança jurídica e queda de remuneração para trabalhadores que dependem das gorjetas”, escreveu.

Um secretário próximo de Tarcísio rebateu as críticas: “O governador está sendo atacado porque é visto como o principal adversário do presidente. Ninguém tem limite para usar informação falsa contra ele”.

Fonte: DCM

Paulo Figueiredo e Eduardo Bolsonaro foram barrados ao tentar sabotar reunião com Rubio


Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Paulo Figueiredo em frente à sede do Departamento de Estado dos EUA. Foto: Reprodução

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o golpista Paulo Figueiredo tentaram sabotar o encontro do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, com o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, ao irem ao Departamento de Estado na última quarta-feira (15), mas acabaram “chutados” de lá. A informação é da jornalista Maria Cristina Fernandes.

“O relato que se tem é que os dois chegaram lá e foi uma passagem fugidia, porque disseram para eles: ‘Olha, mudou a agenda, mudaram as prioridades. Por causa da China, a gente está precisando do Brasil’. E puseram os dois para correr”, disse Maria Cristina durante o Central GloboNews.

E acrescentou: “Eles rasparam pelo Departamento de Estado. Não se demoraram lá. Não conseguiram ser recebidos pelo Rubio.”

Mais tarde, pelas redes sociais, o “Bananinha” atacou novamente o governo Lula e publicou um vídeo menosprezando o conteúdo do encontro. A gravação foi divulgada horas depois de o governo brasileiro e os Estados Unidos anunciarem o interesse em ampliar a cooperação bilateral.

No vídeo, Eduardo afirmou que “tudo que o Brasil pediu, não conseguiu nada” e acusou o Itamaraty de fracassar nas negociações. Ele citou temas como vistos, tarifas e mediação na crise da Venezuela, sem apresentar dados que sustentem suas alegações.

O comunicado oficial, no entanto, classificou como “positiva” a conversa entre Mauro Vieira e Marco Rubio, em Washington.

O encontro entre os dois, que durou pouco mais de uma hora, serviu para reabrir o diálogo de alto nível entre os dois países. As equipes concordaram em iniciar tratativas para um futuro encontro entre o presidente Lula (PT) e Donald Trump, ainda sem data definida.

Confira a íntegra da nota:

Hoje, o Secretário de Estado Marco Rubio e o Representante de Comércio dos Estados Unidos Jamieson Greer se reuniram com o Ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, e mantiveram conversas muito positivas sobre comércio e questões bilaterais em andamento. O Secretário Rubio, o Embaixador Greer e o Ministro Mauro Vieira concordaram em colaborar e conduzir discussões em várias frentes no futuro imediato, além de estabelecer uma rota de trabalho conjunto. Ambas as partes também concordaram em trabalhar conjuntamente pela realização de reunião entre o Presidente Trump e o Presidente Lula na primeira oportunidade possível.

Fonte: DCM com informações da GloboNews

Planalto não vê risco de Senado barrar Messias no STF apesar de pressão por Pacheco

Apesar da pressão por Rodrigo Pacheco, aliados do presidente avaliam que Jorge Messias terá apoio suficiente na sabatina

       Jorge Messias (Foto: Victor Piemonte/STF)

Apesar das pressões de setores políticos para que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva escolha o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) como novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), o Palácio do Planalto avalia que a indicação do advogado-geral da União, Jorge Messias, dificilmente será barrada no Senado. A informação foi publicada pela Coluna do Estadão.

Em entrevista à publicação, a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, minimizou a possibilidade de resistência parlamentar. “A indicação é uma prerrogativa exclusiva do presidente. Não acho que o Senado vai interferir nisso”, afirmou. A petista destacou ainda que Messias é considerado um homem “de confiança” de Lula, embora tenha garantido que não participará da decisão final.

Fonte: Brasil 247

TCU suspende exigência de governo buscar centro da meta fiscal em 2025

Benjamin Zymler acolhe recurso da AGU e afasta bloqueio de R$ 31 bi

TCU suspende exigência de governo buscar centro da meta fiscal em 2025 (Foto: Valter Campanato/Ag.Brasil)

Em uma decisão que traz alívio ao governo, o Tribunal de Contas da União (TCU) aceitou nesta quarta-feira (15) recurso da Advocacia-Geral da União (AGU) e suspendeu a exigência de que o governo federal busque o centro da meta fiscal, déficit zero para 2025.

A medida, tomada de forma monocrática pelo ministro Benjamin Zymler, representa uma vitória expressiva para o Executivo, ao afastar, ao menos por ora, o risco de um bloqueio adicional de até R$ 31 bilhões no Orçamento deste ano.

Em setembro, os ministros do TCU haviam emitido um alerta de que o governo que deveria perseguir o resultado central da meta de resultado primário, considerado um sinal de compromisso com a responsabilidade fiscal.

A AGU, no entanto, argumentou que a interpretação mais adequada da norma seria o cumprimento dentro da banda de tolerância — que admite variação de 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB) para cima ou para baixo.

Na prática, isso permite à União trabalhar com o limite inferior da meta, um déficit de até R$ 31 bilhões.

“Grave risco” às políticas públicas

Ao acolher o recurso, Zymler justificou sua decisão pela “impossibilidade prática” de impor novo contingenciamento neste ano e pelo “grave risco” que um bloqueio adicional do Orçamento representaria para a execução de políticas públicas essenciais. O ministro destacou ainda que o tema envolve “matéria inédita e complexa”, com divergências de entendimento técnico tanto dentro do Executivo quanto no próprio tribunal.

Na prática, a decisão de Zymler permite que o governo mire um déficit primário de R$ 31 bilhões no Orçamento de 2025. O governo sustentou que a imposição do TCU comprometeria o funcionamento da máquina pública e paralisaria programas estratégicos, sobretudo em áreas sociais e de investimento.

O relator acatou o argumento e concedeu efeito suspensivo até o julgamento definitivo do caso pelo plenário do tribunal.

Questionamentos sobre arcabouço

A decisão alivia de forma imediata a pressão sobre as contas federais e assegura maior previsibilidade à execução orçamentária de 2025. No entanto, diversos economistas alertam para os efeitos simbólicos da medida sobre a credibilidade das metas estabelecidas pelo arcabouço fiscal.

A controvérsia traz o debate sobre a definição de qual seria o “alvo” correto da política fiscal: o centro da meta, como defendia o TCU, ou o intervalo de tolerância previsto em lei, como sustenta o governo.

A decisão de Zymler, ao dar razão à AGU, sinaliza uma mudança de entendimento que favorece a interpretação mais ampla e pragmática da regra.

O governo alega que o pacote de corte de gastos aprovado pelo Congresso no fim do ano passado acabou com o “dever de execução” do Orçamento, permitindo que o governo mirasse qualquer valor dentro da banda de tolerância do arcabouço fiscal.

Ainda que temporária, a medida tem implicações políticas relevantes sobre o marco fiscal do governo. Ela ocorre em meio às negociações da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e ao esforço do governo em manter a execução de programas prioritários sem novos cortes.

No Congresso e no TCU, porém, o debate sobre a necessidade de preservar a disciplina fiscal continuará em 2026.

A decisão de Zymler vale até o julgamento definitivo do caso pelo Plenário do TCU, previsto para 2026. O tribunal pode determinar a perseguição do centro da meta para o próximo ano, estipulada em superávit primário de R$ 34,3 bilhões.

Caso continue a permitir à equipe econômica mirar o piso da meta, o governo poderá terminar o próximo ano com déficit zero, dentro da margem de tolerância de 0,25% do PIB.

Fonte: Brasil 247

Lula lança "Reforma Casa Brasil", com R$ 40 bi para melhorias habitacionais

Iniciativa facilitará crédito para reforma e ampliação de moradias em todo o país; meta inicial é de 1,5 milhão de contratações

       Lula (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Lula (PT) lançará, na próxima segunda-feira (20), o Programa Reforma Casa Brasil, que oferecerá crédito facilitado para reformas e melhorias de moradias em todas as regiões do país. A cerimônia está marcada para 15h30, no Salão Nobre do Palácio do Planalto, em Brasília.

A nova iniciativa é desenvolvida em parceria entre os ministérios das Cidades e da Fazenda e a Caixa Econômica Federal. O programa tem como público-alvo famílias que já possuem imóvel, mas enfrentam problemas estruturais ou de adequação, como telhados danificados, pisos comprometidos, instalações elétricas e hidráulicas precárias, falta de acessibilidade ou necessidade de ampliação dos cômodos.

O Reforma Casa Brasil contará com R$ 30 bilhões do Fundo Social, voltados a famílias com renda mensal de até R$ 9.600, e R$ 10 bilhões adicionais do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), administrado pela Caixa, para famílias com renda acima desse limite — totalizando R$ 40 bilhões em crédito habitacional.

A meta inicial do governo é atingir 1,5 milhão de contratações, contribuindo para reduzir o déficit habitacional qualitativo, que abrange moradias em condições precárias.

A proposta se soma a outras ações da política habitacional federal, como o Minha Casa, Minha Vida, mas com foco diferente: a melhoria de residências já existentes. A expectativa é que o programa também impulsione o setor da construção civil, gerando emprego e renda local.

Fonte: Brasil 247

Tentaram usar Frei Chico para atingir Lula, diz Pimenta sobre CPMI do INSS

Deputado afirma que convocação do irmão de Lula era manobra política e defende decisão do colegiado de rejeitar os 11 requerimentos

      Paulo Pimenta (Foto: ViniLoures / Câmara dos Deputados)

Integrante da base governista na CPMI do INSS, o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) saiu em defesa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante sessão realizada na última quinta-feira (16). O parlamentar comemorou a decisão do colegiado de rejeitar, em votação única, todos os 11 requerimentos que buscavam convocar José Ferreira da Silva, o Frei Chico, irmão do presidente e vice-presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi).

As declarações foram dadas em entrevista à coluna de Paulo Cappelli, no Metrópoles. Para Pimenta, as tentativas de levar Frei Chico à comissão não tinham fundamento jurídico, mas sim objetivo político. “A CPI acertou. Ele não é investigado pela CGU, nem pelo MP e pela PF. Não consta o nome dele em nada que diga respeito a eventuais irregularidades. Então é muito mais uma narrativa política. Decisão acertada. Até para evitar tirar foco da investigação. Queriam usar isso para atingir o presidente Lula por meio do irmão”, afirmou.

Contexto da votação

Os requerimentos foram negados por 19 votos a 11, o que consolidou a posição da base aliada de blindar Frei Chico de questionamentos no âmbito da CPMI. O Sindnapi, entidade da qual ele é vice-presidente, está entre as organizações investigadas por suspeita de fraude contra aposentados no INSS. Contudo, segundo informações da Polícia Federal, Frei Chico não aparece como alvo das apurações.

De acordo com a corporação, o sindicato movimentou cerca de R$ 1,2 bilhão em seis anos. Ele é apontado como uma das entidades que mais desviaram recursos de beneficiários por meio de descontos considerados indevidos. Apesar disso, até o momento, o irmão de Lula não foi incluído entre os investigados formais.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Lula: “Povo venezuelano é dono do seu destino”

Em congresso do PCdoB, presidente rejeita comparação com a Venezuela e cobra cassação de Eduardo Bolsonaro após ofensiva de Trump na região

         Lula e Nicolás Maduro (Foto: Ricardo Stuckert/PR | REUTERS/Leonardo Fernandez Viloria)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu a Venezuela e rejeitou o argumento usado pela direita de que seu governo pretende transformar o Brasil no país governado por Nicolás Maduro. As declarações foram dadas na noite desta quinta-feira (16), durante o 16º Congresso do PCdoB, em Brasília, segundo o jornal Valor Econômico, em meio à escalada de tensão entre Caracas e Washington após novas ações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

“Todo mundo diz que a gente vai transformar o Brasil na Venezuela. E o Brasil nunca vai ser a Venezuela e a Venezuela nunca vai ser o Brasil. Cada um será ele. O que nós defendemos é que o povo venezuelano é dono do seu destino e não é nenhum presidente de outro país que tem que dar palpite de como vai ser a Venezuela ou vai ser Cuba”, afirmou Lula.

Apesar de evitar citar Trump diretamente, o evento foi marcado por fortes críticas ao governo norte-americano. O presidente também fez uma cobrança pública ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), em relação ao deputado Eduardo Bolsonaro (PL), que está nos Estados Unidos articulando sanções contra o Brasil e contra autoridades envolvidas no julgamento de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro.

“O companheiro Hugo Motta precisa cassar o Eduardo Bolsonaro”, disse Lula.

Ao lado de Lula, o presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Edinho Silva, elevou o tom das críticas e acusou Trump de “ameaçar” a América do Sul e a Venezuela, classificando a postura norte-americana como “inaceitável”.

“Nós estamos vendo as ofensivas que o Brasil tem sofrido por meio do governo Trump e estamos vendo as ameaças que a América do Sul tem sofrido, que a América Latina tem sofrido. É inaceitável, por exemplo, as ameaças que foram dadas ontem contra o governo da Venezuela, contra o povo venezuelano. É inaceitável, é inaceitável a execução de cidadãos venezuelanos sem qualquer processo legal que caracterize a atividade criminosa, sem qualquer processo, inclusive do direito ao contraditório. E quando não tem direito ao contraditório. Isso se chama execução. Isso é crime internacional”, afirmou.

As críticas de Edinho Silva fazem referência ao aumento das tensões no Caribe, após Trump enviar cerca de 4 mil marinheiros e fuzileiros navais para águas internacionais próximas à Venezuela, sob a justificativa de combater o narcotráfico na região.

A ministra da Ciência e Tecnologia, Luciana Santos, filiada ao PCdoB, também participou do evento e reforçou o discurso do presidente e de Edinho.

“Nós estamos sob ataque de um país que se julga o dono do mundo. Devemos manifestar, diante da situação que temos assistido nas últimas horas, que precipita cada vez mais um clima de guerra na região do Caribe e da América Latina, o nosso repúdio veemente às ameaças diretas e às ingerências realizadas contra o irmão povo da Venezuela”, declarou a ministra.

Os discursos ocorreram no mesmo dia em que o chanceler Mauro Vieira se reuniu com o secretário de Estado americano, Marco Rubio, em Washington, para dar início às negociações em torno do tarifaço e das sanções impostas contra autoridades brasileiras.

Fonte: Brasil 247