quinta-feira, 12 de junho de 2025

Lula chama Bolsonaro de "covardão" e diz que ex-presidente quase se "borrou" em depoimento ao STF

Durante evento em Minas Gerais, presidente criticou postura "pacífica" de Bolsonaro no STF e atacou também Nikolas Ferreira, Zema e Cleitinho

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante Cerimônia de certificação do Brasil como país livre de febre aftosa sem vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) - 06/06/2025 (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

Em pronunciamento realizado nesta quinta-feira (12) durante a entrega de máquinas agrícolas em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não poupou críticas ao seu antecessor, Jair Bolsonaro (PL), ao comentar o interrogatório do ex-presidente no Supremo Tribunal Federal (STF), ocorrido na última terça-feira (10).

Sem citar nomes diretamente, Lula ironizou a postura do ex-presidente ao classificar como “desfaçatez” a conduta adotada durante o depoimento. "O ex-presidente mentia 11 vezes por dia. Vocês viram a desfaçatez dele no depoimento? Ou seja, o país não merece isso. Este país é um país de gente séria", afirmou.

A fala foi um ataque direto à maneira com que Bolsonaro se comportou durante cerca de duas horas de interrogatório na Primeira Turma do STF, onde responde como réu por tentativa de golpe de Estado.

Segundo relatos da imprensa, o ex-presidente surpreendeu ao adotar uma postura pacífica, inclusive brincando com o ministro Alexandre de Moraes e pedindo desculpas por críticas anteriores dirigidas a integrantes da Corte.

A reação de Lula foi ácida. “Você viu que ele é um covardão? Você viu o depoimento dele, né? Ele estava com os lábios secos e estava quase se borrando. É muito fácil ser corajoso dentro de casa, no celular, falando mal dos outros”, disse o presidente, arrancando aplausos da plateia.
Ataques à oposição em Minas

O discurso de Lula também foi marcado por críticas a outros nomes da oposição em Minas Gerais. O presidente apontou diretamente contra o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), o governador Romeu Zema (Novo) e o senador Cleitinho (Republicanos-MG), embora tenha evitado nomear Zema explicitamente.

“Gente, depois desse governador que eu não vou falar o nome, esse estado não merece um Nikolas ou um Cleitinho. Não merece. Não é possível”, declarou Lula, criticando a representação política da direita mineira.

As falas do presidente ocorreram um dia após um acalorado embate entre Nikolas Ferreira e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), durante sessão de comissão na Câmara dos Deputados. O episódio provocou tensão entre governo e oposição no Congresso. Mais cedo, Lula já havia feito referência ao "clima ruim" na Câmara, sem mencionar nomes, mas indicando sua insatisfação com o comportamento de certos parlamentares.

Fonte: Brasil 247

Datafolha mostra que recuperação do governo Lula perde fôlego: aprovação é de 28%, enquanto 40% desaprovam

Pesquisa revela dificuldade do Planalto em despertar confiança após denúncias de fraude na Previdência


A recuperação na avaliação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) perdeu fôlego, segundo nova pesquisa do Instituto Datafolha divulgada nesta quinta-feira (12). De acordo com os dados, 40% dos brasileiros classificam sua gestão como ruim ou péssima, enquanto 28% a consideram ótima ou boa — o mesmo patamar negativo já registrado anteriormente e o mais baixo desde o início do atual mandato.

O levantamento, divulgado pela Folha de S.Paulo, mostra que o avanço observado na pesquisa de abril — quando a aprovação subiu para 29% e a reprovação recuou para 38% — foi interrompido. A principal mudança de cenário no período foi a crise envolvendo o INSS, marcada por revelações de fraudes bilionárias que atingiram em cheio a imagem do governo.


Apesar de oscilarem dentro da margem de erro de dois pontos percentuais, os números refletem estagnação ou leve reversão na percepção popular. Para o Planalto, o fato de os índices não terem piorado ainda mais diante do escândalo é visto como um alívio parcial.

A crise eclodiu em 23 de abril, quando a Polícia Federal deflagrou a Operação Sem Desconto e revelou que cerca de R$ 6 bilhões foram desviados por meio de descontos indevidos em aposentadorias, beneficiando entidades ligadas a políticos. O governo tentou atribuir o esquema à gestão de Jair Bolsonaro (PL), já que a fraude teve início em 2019.

Escândalo levou à exoneração do ministro da Previdência

A reação inicial foi considerada desorganizada, com a exoneração do ministro da Previdência, Carlos Lupi, e troca de acusações entre setores do Executivo. A crise teve impacto direto em bases populares tradicionalmente ligadas a Lula, que sentiram a gravidade do escândalo rotulado como “roubo de velhinhos”.

Entre os eleitores com renda de até dois salários mínimos, a reprovação recuou de 36% para 33%, enquanto a aprovação subiu de 30% para 32%. Já entre os que têm ensino superior, a queda foi mais brusca: a avaliação positiva caiu de 31% para 25%.

No recorte que mede diretamente a aprovação do desempenho do presidente — independentemente da classificação ótima, boa ou ruim — 50% dos entrevistados afirmam desaprovar Lula, ante 46% que o aprovam. Os percentuais são praticamente os mesmos da pesquisa anterior (49% e 48%, respectivamente), sinalizando estabilidade dentro da margem de erro.

A pesquisa foi realizada nos dias 10 e 11 de junho, com 2.004 eleitores em 136 municípios. O índice dos que avaliam o governo como regular ficou em 31%, e 1% não soube responder.

Fonte: Agenda do Poder

VÍDEO – Senador dos EUA é algemado e preso em audiência com secretária de Trump

Senador Alex Padilla sendo detido por agentes do Serviço Secreto dos EUA. Foto: AFP


O senador democrata Alex Padilla foi retirado à força de uma coletiva de imprensa e algemado na manhã desta quinta-feira (12). A cena de violência aconteceu enquanto a secretária de Segurança Nacional do governo de Donald Trump, Kristi Noem, discursava sobre operações de imigração em Los Angeles, nos Estados Unidos.

A cidade da Califórnia é o ponto central de protestos contra operações da Serviço Imigração e Alfândega (ICE), que vêm ocorrendo há dias e se espalharam para as principais cidades do país. Padilla foi retirado do local após dizer a Kristi Noem: “Você insiste em exagerar”. Pelo menos dois homens identificados como agentes do Serviço Secreto abordaram o democrata e o empurraram para fora da sala.

Antes de ser retirado, Padilla foi ouvido dizendo: “Eu sou o senador Alex Padilla e tenho perguntas para a secretária”. Ele foi algemado e mantido de bruços no chão de um corredor, enquanto Noem continuou seu discurso para jornalistas e autoridades presentes.

Vídeos mostram o momento em que Padilla é liberado das algemas e se levanta. Questionado sobre o ocorrido, o senador respondeu: “Teremos bastante tempo para suas perguntas após a coletiva”.


Pouco antes da interrupção, Noem criticou a liderança local: “Não vamos embora. Vamos libertar a cidade da liderança opressora do prefeito e do governador”.

Após a confusão, o escritório de Padilla emitiu um comunicado sobre o episódio. Ele estava no local para uma reunião com o general Gregory Michael Guillot, comandante do Comando Norte dos EUA, que supervisiona operações da Guarda Nacional.

“O senador Padilla estava exercendo seu dever de fiscalizar as operações do governo federal em Los Angeles e na Califórnia. Ele tentou fazer uma pergunta à secretária Noem e foi removido à força por agentes, jogado no chão e algemado”, disse o comunicado.

Já o Departamento de Segurança Nacional (DHS) afirmou em publicação no X que agentes do Serviço Secreto pensaram que Padilla “era um agressor”.

“O senador Padilla optou por um teatro político desrespeitoso e interrompeu uma coletiva ao vivo sem se identificar ou usar o pin de segurança do Senado, enquanto se dirigia à secretária Noem”, argumentou o DHS. “Ele foi repetidamente orientado a recuar e não cumpriu as ordens. Os agentes agiram de forma apropriada”.

O DHS informou ainda que Noem e Padilla se reuniram por 15 minutos após o incidente, mas detalhes do encontro não foram divulgados.

Kristi Noem, secretária de Segurança Nacional dos EUA. Foto: reprodução

Conflitos na Califórnia

Autoridades estaduais e locais da Califórnia têm se confrontado com o governo federal sobre as operações da ICE e a federalização da Guarda Nacional e dos fuzileiros navais em resposta aos protestos contra as ações de imigração.

As operações fazem parte do plano de deportações em massa do ex-presidente Donald Trump, um dos pontos centrais de sua campanha. A ativação de militares em Los Angeles sem consulta prévia às autoridades locais deve ser questionada judicialmente nesta quinta-feira, em audiência marcada para as 13h30 em San Francisco.

Padilla, primeiro latino a representar a Califórnia no Senado, foi eleito em 2022. Sua família imigrou do México para Los Angeles nos anos 1960.

Imigrantes protestam contra o ICE nos EUA. Foto: reprodução

Fonte: DCM

Embaixador do Brasil na Itália diz que Zambelli pode ser presa a qualquer momento


Carla Zambelli, bolsonarista foragida da Justiça. Foto: reprodução


A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) está sujeita a ser detida a qualquer momento em território italiano, conforme declarou o embaixador brasileiro na Itália, Renato Mosca, em entrevista à GloboNews. O alerta ocorre após a validação, pelas autoridades italianas, do pedado de inclusão da parlamentar na lista de difusão vermelha da Interpol.

“Evidente que há uma mobilização para deter deputada porque ela está na lista de difusão vermelha da Interpol. As autoridades judiciais italianas acataram o pedido e, hoje, ela poderá ser presa a qualquer momento”, afirmou Mosca. Segundo ele, a polícia italiana já atua para localizar Zambelli, considerada foragida da Justiça brasileira.

O embaixador ainda explicou que, embora não haja um mandado de busca e apreensão, a deputada pode ser detida em qualquer local público. “Ela não pode ser presa dentro do que é considerado um domicílio dela, como uma casa ou um hotel”, disse. No entanto, um mandado de prisão provisória para fins extradicionais, decorrente do pedido brasileiro à Interpol, já foi reconhecido pela Justiça italiana.

Mosca destacou que a legislação italiana permite a extradição de cidadãos ítalo-brasileiros, com base em um tratado bilateral. “Nossa cooperação penal e jurídica é muito eficaz. Temos 14 pedidos de extradição de brasileiros, sendo quatro de ítalo-brasileiros. Em 2025, tivemos a extradição de um”, afirmou. A decisão final, no entanto, cabe às autoridades italianas.

O pedido formal de extradição foi encaminhado ao governo italiano nesta quinta-feira (12). Agora, o processo tramitará na Justiça local, e Zambelli terá direito à defesa. O embaixador estimou que o trâmite pode levar menos de um ano.

Zambelli foi condenada pelo STF a 10 anos e 8 meses de prisão em regime fechado por invadir sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e inserir dados falsos, incluindo um mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes. Após a condenação, ela deixou o Brasil pela Argentina, seguiu para os EUA e depois para a Itália, onde permanece.

Licenciada do mandato por 127 dias, Zambelli afirmou ao blog da jornalista Natuza Nery que não quer ser considerada foragida e busca se “regularizar” na Itália. Ela alega ter deixado o Brasil para se proteger de suposta perseguição política.

Fonte: DCM com informações da GloboNews

VÍDEO – Policiais xingam delegado de “arrombado” e se esquecem de apagar áudio


A 5ª Delegacia de Polícia, em Brasília. Foto: Reprodução


Agentes da Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF) enviaram um vídeo a um delegado e xingaram o superior, mas se esqueceram de apagar o áudio do conteúdo. No arquivo, ele é chamado de “filho da puta” e “arrombado” pelos policiais.

O vídeo gravado mostrava traficantes comercializando drogas na região central de Brasília. O conteúdo com o flagrante seria usado para orientar uma abordagem e dar provas à acusação contra o grupo. O registro ocorreu após uma confusão entre agentes da PM.

Segundo a coluna Na Mira no Metrópoles, os policiais e um dos delegados de plantão na 5ª DP divergiam sobre a prisão de suspeitos. Eles tentaram apresentar um homem detido por tráfico de drogas sem a presença dos entorpecentes e tiveram que gravar o flagrante.

Os xingamentos foram motivados pela confusão com o delegado. No vídeo enviado para a análise do superior, um deles sugere “mandar uma foto do saco”. Veja:

Fonte: DCM

VÍDEO – Moraes detona “modelo de negócio agressivo e perverso” das big techs


O ministro Alexandre de Moraes durante julgamento sobre o Marco Civil da Internet. Foto: Reprodução/TV Justiça

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, detonou as big techs durante a votação sobre o Marco Civil da Internet, nesta quinta (12). A Corte retomou a análise do caso, que já tem maioria a favor de ampliar a responsabilização de plataformas digitais por conteúdos de terceiro, na tarde de hoje.

“Nós temos que nos perguntar se as big techs podem impor a todos os países, inclusive ao Brasil, o seu modelo de negócio agressivo e perverso, contrário à Constituição Federal, contrário à legislação brasileira, tão somente porque ela é multinacional ou internacional”, disse o magistrado.

Favorável à responsabilização das plataformas por posts de usuários, o ministro questionou os modelos adotados pelas big techs e disse que elas não são “depositárias neutras de conteúdos alheios”, mas promovem, direcionam e lucram com publicações.

Ele ainda relembrou do ataque golpista de 8 de janeiro de 2023 em Brasília e citou a chamada “Festa da Selma”, expressão usada por bolsonaristas para burlar o monitoramento nas redes sociais. Para Moraes, não podemos “aceitar crimes nas redes sociais sob a falsa alegação de liberdade de expressão”.


O Supremo tem discutido o artigo 19 do Marco Civil da Internet, que define que as empresas só deverão indenizar usuários ofendidos por conteúdos de terceiros se descumprirem ordem judicial para remover publicações.

Os ministros formaram maioria nesta terça (11) para alterar o regime de responsabilização das redes sociais por conteúdos de usuários. Com a mudança, as plataformas terão que fiscalizar e remover publicações criminosas do ar, mesmo sem notificação do Judiciário.

Dias Toffoli e Luiz Fux (os dois relatores de processos relacionados ao tema), Luís Roberto Barroso, Cristiano Zanin, Flávio Dino e Gilmar Mendes votaram a favor de manter a responsabilização. Somente André Mendonça se manifestou contra a alteração. Restam os votos de Kassio Nunes Marques, Edson Fachin e Cármen Lúcia.

Fonte: DCM

VÍDEO – “Tem deputado que só fala bobagem”, diz Lula após briga de Nikolas e Haddad


O presidente Lula durante discurso em Mariana (MG) nesta quinta (12). Foto: Reprodução

O presidente Lula reclamou do “clima ruim” na Câmara dos Deputados após briga do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com os deputados bolsonaristas Nikolas Ferreira (PL-MG) e Carlos Jordy (PL-RJ), que fizeram provocações e fugiram da audiência. A declaração foi dada durante evento de anúncio de investimentos pelo acordo de reparação da Bacia do Rio Doce, nesta quinta (12), em Mariana (MG).

“Estamos vivendo momento muito desagradável no mundo, há certa raiva no ar, há um certo desconforto entre a humanidade, muita intriga, ódio e xingamento. Mesmo na Câmara o clima é muito ruim. Tem deputado que não quer falar, só quer pegar celular, olhar na cara dele, falar uma bobagem e passar pra frente. As pessoas estão aprendendo a viver de mentiras”, disse o petista.

A briga entre os deputados e o ministro ocorreu nesta quarta (11), durante audiência conjunta das Comissões de Finanças e Tributação e de Fiscalização Financeira e Controle. Nikolas e Jordy criticaram o governo Lula e disseram que o ex-presidente Jair Bolsonaro tinha resultados econômicos melhores.

A dupla, no entanto, fugiu do debate após as provocações e Haddad esclareceu que Bolsonaro só conseguiu o índice positivo após “calote, torrar patrimônio público e tomar dinheiro de governadores”. Ele ainda detonou Jordy e Nikolas pela fuga, apontando que eles só queriam “aparecer”.

“Fazem as perguntas e correm do debate. Nikolas sumiu, perguntou só para aparecer. Pessoas falaram, agora tenha maturidade. E corre daqui, não quer ouvir explicação, quer ficar com o argumento dele. Não quer dar chance de o diálogo fazer ele mudar de ideia”, afirmou na ocasião.

O presidente Lula foi acompanhado por ministros, como Rui Costa (Casa Civil), Marina Silva (Meio Ambiente) e Alexandre Silveira (Minas e Energia), além de deputados e senadores de Minas Gerais, como Rodrigo Pacheco (PSD), ex-presidente da Casa Legislativa.

Na abertura do evento, o prefeito Juliano Duarte (PSB) foi vaiado e Lula interrompeu sua fala para pedir respeito. “Eu queria que os companheiros que estão se manifestando contra, deixem acabar o ato. Quando começar campanha política, faça sua campanha, seja contra. Mas hoje não”, disse o petista.

Fonte: DCM

Enquanto chantageia o governo, Motta propõe que deputado acumule aposentadoria e salário

Hugo Motta e seus mandriões

Enquanto o governo Lula (PT) é constantemente pressionado a implementar cortes de gastos, a Câmara dos Deputados avança com uma proposta que busca aumentar as despesas públicas em benefício dos próprios parlamentares.

O presidente da casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), apresentou na terça-feira (10) um projeto de lei que permite que deputados acumulem a aposentadoria com o salário de parlamentar, além de propor uma gratificação de fim de ano para aposentados e pensionistas do Congresso.

Atualmente, a lei de 1997 impede que parlamentares em mandato acumulem os dois benefícios. Deputados com mais de 65 anos, por exemplo, não podem somar os R$ 46.366,19 do salário com a aposentadoria, que pode ultrapassar esse valor dependendo do tempo de contribuição.

Em vez de acumular, o parlamentar deve escolher entre um dos dois pagamentos. No entanto, o novo projeto apresentado por Motta defende a flexibilização dessa regra, argumentando que a restrição é “incompatível com os princípios constitucionais da isonomia e da legalidade” e representa uma “exceção arbitrária, sem respaldo constitucional”.

Se aprovado, o projeto permitiria que deputados já aposentados voltassem a acumular o benefício com o salário de parlamentar, além de permitir que prefeitos, deputados estaduais e vereadores que abriram mão do salário para receber a aposentadoria como parlamentar federal, frequentemente mais alta, passassem a acumular ambos os pagamentos.

Se não bastasse, o projeto prevê ainda uma gratificação natalina para aposentados e pensionistas do regime de previdência do Congresso, algo que até agora não existia para essa categoria, mas que, segundo a justificativa da Câmara, seria “justo” já que outras categorias e beneficiários de programas sociais também recebem.

O projeto não especifica o impacto financeiro, mas é claro que ele resultará em um aumento substancial de despesas públicas. O regime de previdência dos parlamentares é bancado por contribuições dos próprios beneficiários e pelo Congresso, mas isso não parece ser suficiente para Motta e os outros membros da Mesa Diretora, que assinam a proposta, incluindo representantes do PT, PL, União Brasil, PP e PSD. O fato de que, no mesmo momento, representantes do União Brasil e PP estão cobrando do governo Lula medidas para cortar gastos e se opõem ao aumento de impostos, torna a proposta ainda mais contraditória.

Este projeto não só revela o cinismo de um Congresso que clama por austeridade enquanto aumenta seus próprios privilégios, mas também reforça o descompasso entre as necessidades da população e os interesses de uma classe política que parece cada vez mais distante da realidade do país.

Fonte: Brasil 247

Haddad esculacha Nikolas após fuga de debate: “Moleque de rua”

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante audiência na Câmara dos Deputados, nesta quarta (11). Foto: Diogo Zacarias/MF

Fernando Haddad, ministro da Fazenda, voltou a detonar o deputado bolsonarista Nikolas Ferreira (PL-MG), que fez provocações e fugiu de debate na Câmara dos Deputados nesta quarta (11). Ele voltou ao Congresso Nacional para defender a aprovação do conjunto de medidas para compensar o recuo do aumento sobre o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).

“Eu estou sempre disposto ao debate. Mas, se xingar e sair correndo não dá. É coisa de rua, de moleque de rua. Eu estou discutindo no Congresso Nacional. Estou 100% disponível para visitar os presidentes, os líderes, as bancadas. Quantas horas precisar”, disse o ministro a jornalistas, sem citar o nome do bolsonarista.

Ele ainda disse acreditar que “não vai faltar apoio” à medida provisória e chamou de “desleal” os ataques que vem sofrendo da oposição no Congresso, apontando que está disposto a dialogar com líderes e bancadas partidárias.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e os deputados bolsonaristas Carlos Jordy (PL-RJ) e Nikolas Ferreira (PL-MG). Foto: Reprodução

Nesta quarta, durante audiência conjunta das comissões de Finanças e Tributação (CFT) e Fiscalização Financeira e Controle (CFFC) na Câmara, Nikolas e Carlos Jordy (PL-RJ) fizeram provocações a Haddad e fugiram para não ouvir suas respostas.

A dupla tentava tumultuar a sessão, dizendo que a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro teve um superávit nas contas públicas em 2022. Haddad esclareceu que o resultado positivo só foi obtido após “calotes” e esculachou os parlamentares.

“Agora aparecem dois deputados, fazem as perguntas e correm do debate. Nikolas sumiu, perguntou só para aparecer. Pessoas falaram, agora tenha maturidade. E corre daqui, não quer ouvir explicação, quer ficar com o argumento dele. Não quer dar chance de o diálogo fazer ele mudar de ideia”, disse o ministro.

O pacote apresentado nesta quinta pode gerar uma arrecadação extra de até R$ 20 bilhões para os cofres públicos, segundo cálculos do governo. O texto inclui antecipação de dividendos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e medidas no setor de petróleo e gás natural.

Fonte: DCM

VÍDEO – Único sobrevivente de acidente de avião na Índia é resgatado

O britânico Ramesh Vishwakumar (40), único sobrevivente de acidente de avião nesta quinta (12). Foto: Reprodução


Um homem sobreviveu à queda de avião na Índia, que matou mais de 200 pessoas nesta quinta (12), segundo autoridades. Identificado como Ramesh Vishwakumar (40), o britânico estava no assento 11A e foi levado a um hospital para tratamento após a descoberta.

A vítima teve ferimentos no peito, nos olhos e nos pés, e foi visto caminhando até uma ambulância após ser resgatado. “Trinta segundos após a decolagem, houve um barulho alto e o avião caiu. Tudo aconteceu muito rápido”, relatou. Ramesh conseguiu escapar após pular do avião, segundo a revista India Today.


O avião da Air India tinha como destino o Aeroporto de Gatwick, em Londres, e caiu logo após a decolagem no aeroporto de Ahmedabad. O piloto perdeu o contato com o controle de tráfego aéreo menos de um minuto após deixar o solo, a 190 metros de altitude.

O acidente ocorreu em uma área residencial chamada Meghani Nagar e os destroços atingiram um alojamento de médicos. Segundo testemunhas, moradores entraram em pânico e um jovem chegou a pular do segundo andar do prédio para escapar do local.

A aeronave transportava mais de 240 passageiros, sendo 169 indianos, 53 britânicos, 7 portugueses e 1 canadense, além de 2 pilotos e 10 tripulantes. Segundo lista divulgada pela imprensa indiana, havia ao menos 121 homens, 91 mulheres e 11 crianças, sendo 2 bebês, no voo.

O avião era um Boeing 787-8 Dreamliner, modelo que entrou em operação há 14 anos. Não havia nenhum acidente desta magnitude envolvendo esse tipo de aeronave até então.

As operações do aeroporto Ahmedabad foram suspensas logo após o acidente e o governo indiano mobilizou equipes de resgate e emergência para o local. As causas do acidente serão investigadas e a Air India disse estar colaborando integralmente com as investigações.

Fonte: DCM

INSS deve corresponder à confiança de aposentados, diz ministro

Ministério da Previdência lançou hoje Plano de Integridade

                                                Wolney Queiroz (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)

Agência Brasil - O ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, afirmou nesta quinta-feira (12) que muitos aposentados e pensionistas demoraram a identificar os descontos ilegais em seus benefícios previdenciários por confiarem no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Ao participar da cerimônia de lançamento do Plano de Integridade do Ministério da Previdência, Queiroz acrescentou ser necessário fazer jus a tal confiança:

“Uma constatação a que eu cheguei é que o aposentado foi descontado durante cinco, seis, sete anos e não percebeu. Como é que pode? A resposta é a confiança que o aposentado tem no INSS. Ele não se dá ao trabalho de checar quanto tem na conta, quanto foi depositado, porque ele tem certeza de que o dinheiro que ele vai ao caixa sacar é o que lhe é devido. E nós temos que corresponder a esta confiança.”

Wolney Queiroz está há pouco mais de um mês à frente do ministério ao qual a autarquia está subordinada.

Plano de Integridade

O plano é a concretização do Programa de Integridade que a pasta instituiu em setembro de 2024, sete meses antes da Polícia Federal (PF) e da Controladoria-Geral da União (CGU) deflagrarem a chamada Operação Sem Desconto, para aprofundar as investigações sobre um esquema nacional de descontos de mensalidades associativas não autorizados em milhões de aposentadorias e pensões pagas pelo INSS.

O plano contém as diretrizes e mecanismos de controle que todos os servidores e prestadores de serviço da estrutura ministerial deverão cumprir para prevenir, detectar, remediar e punir de práticas de corrupção, fraudes, irregularidades e desvios éticos e de conduta.

O ministro disse esperar que, dentro de poucos meses, o Ministério da Previdência Social se torne um exemplo em termos de controle interno e integridade.

“Para isso, vamos ter que suar a camisa e superar as dificuldades”, advertiu o ministro aos gestores e servidores presentes à cerimônia.

“A gente precisa reaprender a lidar com algumas questões dentro do ministério. A primeira delas, que eu acho central, é a questão da ausculta do controle social. Para isso, temos que ressuscitar [fortalecer] a ouvidoria”, declarou o ministro, referindo-se à instância ministerial responsável por receber, examinar e encaminhar as reclamações, sugestões, denúncias e pedidos dos cidadãos.

Durante o evento, o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinicius de Carvalho, destacou que o lançamento do Plano de Integridade do Ministério da Previdência se dá em meio a uma “crise” e “muitas dificuldades”.

“Este é um momento que, para o bem e para o mal, é histórico para a Previdência Social e do INSS, abrindo um espaço – não pela via que esperávamos – que temos que aproveitar para reconstruirmos algumas agendas dentro do INSS, principalmente esta da integridade. Este é um caminho sem volta. De aprimoramento da defesa dos aposentados e pensionistas.”

Consultas

Até às 17h desta quarta-feira (11), mais de 3,115 milhões beneficiários da Previdência Social consultaram o INSS acerca de valores descontados de seus benefícios em favor de 43 associações, sindicatos e outras entidades. Destes, pouco mais de 3,069 milhões afirmaram não ter autorizado as deduções.

A partir dos questionamentos às cobranças, o INSS acionou as organizações sociais, que têm 15 dias úteis a partir da notificação para responder às reclamações e denúncias de que promoveram cobranças ilegais.

Para isso, as entidades precisam encaminhar ao instituto a documentação que comprove que os aposentados e pensionistas se filiaram de livre e espontânea vontade e que autorizaram os descontos diretamente de seus benefícios.

Na última segunda-feira (9), o INSS começou a enviar aos beneficiários as primeiras respostas das entidades sobre os descontos. Se a legalidade do desconto não for comprovada – seja porque a entidade alega não possuir os documentos necessários ou porque ela não respondeu ao instituto – o INSS vai iniciar um processo para que os valores sejam integralmente restituídos.

Neste caso, a pessoa deve continuar acompanhando o andamento de seu pedido pelo aplicativo Meu INSS ou ligando, gratuitamente, para o telefone 135.

Caso a entidade responda que tem como comprovar que a cobrança da mensalidade associativa foi feita legalmente, com o aval do beneficiário do INSS, este precisa se manifestar em até 30 dias, pelo Meu INSS ou, a partir de 16 de junho, nas agências dos Correios.

Não é possível contestar a informação da entidade pelo telefone 135.

Fonte: Brasil 247

Lula sinaliza para reeleição em 2026 e diz que Brasil "não vai cair na mão da extrema direita"

Em evento em Minas Gerais, presidente ainda chamou o senador Rodrigo Pacheco de “futuro governador”

                                               Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

Durante evento em Mariana (MG), nesta quinta-feira (12), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um discurso com forte teor político, no qual sinalizou, de forma clara, a possibilidade de disputar a reeleição em 2026. Ao afirmar que ainda não concluiu tudo o que deseja para o país, o chefe do Executivo afirmou que chegar à presidência foi um "milagre": "virar presidente uma, duas e três vezes, e se brincar, vai ser a quarta vez. Se preparem. Se preparem porque esse país não vai cair na mão da extrema direita”.

O discurso ocorreu em tom de celebração, mas também de alerta sobre os riscos à democracia. “Esse país aprendeu a gostar de democracia e vamos fazer a democracia permanecer”, disse Lula, ao reafirmar sua disposição de impedir que setores extremistas voltem ao poder.

◆ “Duvido que tenha um presidente que tenha feito metade” - Lula fez um balanço da própria trajetória, destacando as dificuldades enfrentadas desde a infância e o que considera "milagres" em sua vida. “Nascer onde eu nasci, as crianças morrem até cinco anos de idade de fome. Escapar de morrer de fome já foi um milagre para mim”, disse. E completou: “um cara, filho da dona Lindu, com diploma primário e um curso técnico virar presidente da República, só pode ser milagre”.

O presidente ainda expressou confiança no legado de sua gestão. “Tenho certeza que ainda não fiz tudo que quero fazer, mas se você pegar desde a proclamação da República até hoje, duvido que tenha um presidente que tenha feito metade do que eu fiz para o povo desse país".

◆ Pacheco é chamado de “futuro governador” - Em mais um gesto político durante o evento, Lula se dirigiu ao senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presente no palanque, com uma sinalização sobre seu futuro político. “Futuro governador”, disse o petista, ao cobrar apoio para a nova política de controle do preço do gás de cozinha.

O tema foi abordado com forte crítica à atual cadeia de distribuição do botijão de gás. “É uma roubalheira esse negócio do gás. A Petrobras entrega o botijão de gás de cozinha a R$ 37. Quanto vocês pagam aqui?”, questionou o presidente. Em seguida, lançou um alerta: “você acha que é normal a Petrobras entregar o gás a R$ 37 e ele chegar para os pobres consumidores a R$ 140? Alguém está ganhando dinheiro no meio”.

Lula reforçou a proposta do governo para enfrentar a distorção de preços, com foco nas famílias de baixa renda. “Vamos fazer uma política de gás. A ideia é a gente fazer chegar na casa de todas as pessoas do CadÚnico de graça".

Fonte: Brasil 247