domingo, 19 de outubro de 2025

“Tiranos e jagunços”: Eduardo Bolsonaro se diz ameaçado e chama polícia nos EUA

 

O deputado Eduardo Bolsonaro (PL) acionou a polícia nos Estados Unidos na sexta-feira (17), após afirmar que se sentiu ameaçado em frente à residência onde mora, no Texas. “Minha esposa perdeu o direito de ter paz de espírito, de viver sem preocupações com tiranos e seus jagunços”, escreveu o parlamentar ao relatar o episódio em que disse ter visto dois homens com óculos escuros dentro de um carro preto com vidros escurecidos, parados diante da casa. Ele afirmou que os ocupantes observavam o imóvel e mexiam no celular “de forma estranha”.

Eduardo disse que, ao sair de casa, percebeu que o veículo deu meia-volta em vez de seguir o trajeto normal pela rua. “Ontem, minha esposa viu um carro em uma postura incomum, quando eu não estava em casa. Ela ficou com muito medo e eu voltei às pressas para casa. Graças a Deus, depois de apuração detalhada, constatamos que não era uma ameaça a nossa família”, disse.

O deputado fotografou o carro e publicou a imagem nas redes sociais, junto com um relato sobre o caso. Horas depois, já durante a madrugada deste sábado (18), apagou a postagem.

Na publicação, Eduardo Bolsonaro escreveu que, caso a ação tenha sido realizada por pessoas ligadas a alguma autoridade estrangeira, a situação poderia configurar crime segundo a legislação norte-americana. O parlamentar, porém, não informou se houve confirmação da presença policial no local.

Carro fotografado por Eduardo Bolsonaro. Foto: Reprodução

O deputado vive nos Estados Unidos desde março e tem mantido contato com aliados do ex-presidente Donald Trump. Ele atua em articulações para que Washington adote sanções contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Eduardo relatou que preferiu não alarmar familiares durante o episódio, mas que a sogra percebeu a movimentação. Segundo ele, o objetivo de acionar a polícia foi garantir segurança e registrar o ocorrido oficialmente.

Até o momento, nem o parlamentar nem as autoridades norte-americanas divulgaram detalhes sobre eventuais desdobramentos do caso. Eduardo Bolsonaro mantém residência fixa nos Estados Unidos e atua politicamente em eventos ligados à extrema-direita internacional.

Leia o relato na íntegra:

Ontem, minha esposa viu um carro em uma postura incomum, quando eu não estava em casa. Ela ficou com muito medo e eu voltei às pressas para casa. Graças a Deus, depois de apuração detalhada, constatamos que não era uma ameaça a nossa família. Contudo, isso me faz pensar na extensão do mal que o regime de exceção fez e faz na minha família.

Minha esposa é uma boa pessoa, nunca fez mal a ninguém, não merece viver em estado perpétuo de medo e apreensão. Ela não merece viver desconfiando de cada detalhe incomum e não corriqueiro de sua rotina. Essa é um lado de minha vida que não exponho em público, mas que marcará para sempre minha família.

Minha esposa perdeu o direito de ter paz de espírito, de viver sem preocupações com tiranos e seus jagunços, pois está sempre com medo da maldade que o regime de exceção é capaz de fazer. Esse tipo de coisa muda para sempre a vida de uma pessoa. Eu só posso tentar mitigar isso, como homem e marido dela, mas, infelizmente, jamais irei conseguir sarar essa ferida na alma dela.

Foi negado a ela ter uma vida normal, o regime de exceção brasileiro lhe tirou isso pelo o resto da vida. Mas vocês irão pagar por esse e todos os demais crimes e crueldade que cometeram.

Fonte: DCM

“Mulher não é saco de pancada”: o forte discurso de Lula em defesa das brasileiras

           Lula discursa durante o evento em São Bernardo do Campo (SP). Foto: Reprodução/YouTube


Neste sábado (18), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que ter uma profissão é algo “quase sagrado” para as mulheres. A declaração ocorreu durante um encontro com alunos da rede de cursinhos populares em São Bernardo do Campo (SP), e destacou que o trabalho garante independência financeira e liberdade às mulheres em um cenário de crescente violência doméstica no país.

O evento foi realizado no Ginásio Poliesportivo Adib Moysés Dib, que recebeu milhares de estudantes, educadores e apoiadores. Ao lado de ministros de seu governo, Lula defendeu o respeito e a autonomia feminina, reforçando que “mulher não é saco de pancada de homem nenhum”.

A fala acontece em um momento em que o presidente é cobrado a indicar uma mulher para a vaga do ministro Luís Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal (STF). No palco, Lula usou sua base política no ABC paulista para ressaltar a importância da educação e da igualdade de oportunidades.

Durante o discurso, o presidente contou que aprendeu com a mãe, analfabeta, a nunca levantar a mão contra uma companheira. Ele afirmou que a violência doméstica tem aumentado e reforçou que uma mulher com profissão conquista respeito e dignidade, sem depender financeiramente de ninguém.

Lula chegou ao evento de camisa vermelha e chapéu panamá, sendo recebido com aplausos e palavras de ordem. O ambiente lembrou um comício, com o público respondendo a animadores e levantando as luzes dos celulares enquanto aguardava o presidente.

Ao tratar de políticas públicas, Lula defendeu a expansão do programa Pé-de-Meia, incentivo financeiro voltado a estudantes do ensino médio da rede pública. Segundo ele, o objetivo é reduzir a evasão escolar e garantir oportunidades. “Não estamos gastando, estamos investindo na sobrevivência da juventude”, disse.

O presidente explicou que cerca de 480 mil jovens abandonaram os estudos para ajudar nas despesas de casa e que o governo quer reverter esse quadro. Ele também afirmou que deseja um país que exporte “conhecimento, e não apenas soja, milho e minério”.

No encerramento, Lula e os ministros da Educação e da Fazenda assinaram um termo de compromisso para abrir novo edital de apoio a 500 cursinhos populares em 2026, com investimento estimado em R$ 108 milhões. O ato faz parte de uma sequência de agendas em São Paulo, estado governado por Tarcísio de Freitas, potencial adversário do presidente nas eleições de 2026.

Veja o vídeo completo:

Fonte: DCM

VÍDEO – “Vai trabalhar”: Vereadora do PT reage a provocação bolsonarista e viraliza


      A vereadora Luna Zarattini (PT-SP) e o ex-deputado Douglas Garcia. Foto: Reprodução

O ato de mulheres realizado em São Paulo na sexta-feira (17) ganhou destaque após um confronto entre a vereadora Luna Zarattini (PT-SP) e o ex-deputado bolsonarista Douglas Garcia. A mobilização, organizada por movimentos feministas, reivindicava mais segurança nas ruas e melhorias em serviços públicos voltados às mulheres.

Durante a manifestação, Douglas Garcia apareceu no local tentando interromper falas e gravar vídeos com tom provocativo. A presença dele gerou tensão entre os participantes, mas a situação foi contornada pela postura firme de Luna Zarattini, que manteve a calma e respondeu às provocações diante do público.

O ex-deputado questionou a vereadora sobre os efeitos práticos do protesto para a cidade. Em resposta, Luna afirmou que a luta das mulheres é por políticas públicas concretas. “Aumentou o feminicídio aqui no estado de São Paulo. A gente está fazendo a luta por melhores serviços públicos, de saúde, de assistência… mas eu gostaria de te pedir um favor: não enche o saco. Vai trabalhar um pouco, vai trabalhar um pouco pro povo”, disse.

A fala provocou aplausos das pessoas presentes. Mesmo após insistir em novas provocações, Douglas Garcia não conseguiu manter o embate. Em determinado momento, Luna respondeu com ironia e tranquilidade: “Eu estou te pedindo com tranquilidade, eu podia estar em outro nível.”

O vídeo do episódio foi publicado nas redes sociais e rapidamente viralizou. Internautas destacaram o tom firme e direto da vereadora do PT, enquanto Garcia acabou deixando o local sob vaias. A gravação circulou entre apoiadores e parlamentares progressistas.

O ato em São Paulo fez parte de uma série de mobilizações realizadas por grupos de mulheres em defesa da vida, contra o feminicídio e pela ampliação de políticas de proteção e atendimento. A manifestação reuniu centenas de pessoas no centro da capital e contou com a presença de lideranças políticas e sindicais.

Fonte: DCM

VÍDEOS: Com gritos de “sem anistia”, Gil canta com Roberto Carlos em show de despedida em SP


O cantor Roberto Carlos participa de show de Gilberto Gil, no Allianz Parque em São Paulo – Reprodução/Multishow

Com gritos de “sem anistia”, Gilberto Gil encerrou a turnê “Tempo Rei” neste sábado (18) em São Paulo, em um show histórico que contou com a participação surpresa de Roberto Carlos no Allianz Parque. O público reagiu com aplausos e emoção, enquanto Gil chorou ao lembrar da filha Preta Gil, morta em julho deste ano, encerrando a noite com um abraço em Roberto e um coro coletivo de “sem anistia”.

Diante de 50 mil pessoas, os dois cantaram juntos “A Paz”, repetindo o dueto que haviam feito no especial de fim de ano de Roberto Carlos, em 2024, e depois interpretaram “Além do Horizonte”, um clássico do repertório de Roberto. “Você veio mesmo, hein?”, disse Gil, sorrindo. “Não podia deixar de vir”, respondeu o cantor, arrancando aplausos do público.

A turnê marca a despedida de Gilberto Gil dos grandes palcos. Desde março, o projeto percorre várias capitais brasileiras e conta com participações de nomes consagrados da MPB, como Chico Buarque, Caetano Veloso, Marisa Monte, Lulu Santos, Anitta e Djavan. O encerramento da série de apresentações está previsto para 2026, em Belém.



Um dos momentos mais intensos da noite foi durante “Cálice”, quando o público gritou “sem anistia” antes da música. Um vídeo de Chico Buarque explicando a composição foi exibido nos telões, reforçando o caráter político do show.



Após interpretar “Realce”, Gil lembrou da filha, Preta Gil, que morreu em julho deste ano, e se emocionou. Chorando, o artista dedicou o momento à memória da cantora. “Pretinha, onde quer que esteja ou não esteja, estará sempre conosco”, afirmou, sob aplausos e coro do público repetindo o nome da filha.

A apresentação foi transmitida pelo canal Multishow e marcou o fim da passagem de “Tempo Rei” por São Paulo. Aos 82 anos, Gilberto Gil reafirmou no palco a força de uma trajetória que atravessa gerações e consolidou sua despedida em SP com um encontro histórico com Roberto Carlos.

Fonte: DCM

Lula cutuca Faria Lima ao defender expansão do Pé-de-Meia

Presidente diz que mercado vai reclamar, mas afirma que investir na juventude é mais importante do que agradar ao sistema financeiro

       Presidente Lula com estudantes em Campos dos Goytacazes (RJ) (Foto: Ricardo Stuckert)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a defender a universalização do programa Pé-de-Meia para todos os estudantes do ensino médio da rede pública a partir de 2026. A fala ocorreu neste sábado (18), durante encontro com alunos e professores da Rede Nacional de Cursinhos Populares (Cpop) em São Bernardo do Campo (SP).

Diante do público, Lula reconheceu críticas do mercado financeiro e ironizou a resistência de setores da elite econômica. “É difícil, a Faria Lima vai reclamar, o mercado vai reclamar. Mas nós não estamos gastando, estamos investindo na sobrevivência da nossa juventude”, afirmou. Segundo estimativas do Ministério da Educação (MEC), a ampliação do programa exigirá cerca de R$ 5 bilhões adicionais do orçamento público.

☆ Educação como política de estado

Lula explicou que o Pé-de-Meia foi criado após o governo constatar que cerca de 480 mil jovens abandonavam o ensino médio para ajudar no sustento das famílias. “Nós aprovamos o Pé-de-Meia porque descobrimos que 480 mil jovens estavam desistindo do ensino médio para ajudar no orçamento familiar. E um governo que deixa isso acontecer não é um governo”, disse.

O presidente afirmou ainda que tem “obsessão pela educação”, lembrando que não teve acesso adequado aos estudos. Para Lula, investir na formação da juventude é condição para transformar o país. “Eu não quero que o Brasil seja só exportador de soja, milho e minério de ferro. Quero exportar conhecimento”, declarou.

☆ Apoio a cursinhos populares e novas metas

No evento, Lula, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o ministro da Educação, Camilo Santana, assinaram um termo de compromisso para abrir, até dezembro, um novo edital para apoiar até 500 cursinhos populares em 2026. Estão previstos R$ 108 milhões para o projeto. Em 2025, já foram destinados R$ 74 milhões para 384 cursinhos.

O governo quer expandir o Pé-de-Meia para todos os alunos do ensino médio da rede pública a partir de 2026. O programa concede apoio financeiro a estudantes de baixa renda para estimular a permanência na escola e reduzir a evasão.

Fonte: Brasil 247

Fachin propõe levar ao plenário decisão de Barroso sobre aborto

Presidente do STF rejeita referendo à liminar e defende debate presencial sobre atuação de enfermeiros em abortos legais; placar parcial é de 8 a 1

      Edson Fachin (Foto: Gustavo Moreno/STF)

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Edson Fachin, votou neste sábado (18) para não referendar decisões liminares do ministro Luís Roberto Barroso que autorizavam a participação de enfermeiros em procedimentos de aborto nos casos previstos em lei. As informações são do Metrópoles.

Ao defender que o tema seja analisado em sessão presencial do plenário, Fachin ressaltou a necessidade de transparência e de sustentações orais antes da definição de mérito.

Segundo a reportagem, Fachin escreveu em seu voto: “A matéria em questão também recomenda debate em sessão presencial, com sustentações orais no Plenário físico e a respectiva publicidade e transparência, o que poderá ocorrer no julgamento do mérito da ação. Por essa razão, deixo por ora de referendar a decisão monocrática. É como voto”.

O julgamento ocorre após Barroso, em seu último dia na Corte — ele se aposentou neste sábado —, conceder liminares que ampliavam a possibilidade de atuação de profissionais de enfermagem em procedimentos de aborto legal. A divergência foi aberta por Gilmar Mendes. Até o voto de Fachin, o placar estava em 8 a 1 para derrubar as cautelares, acompanhando a posição de Gilmar os ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin, André Mendonça, Nunes Marques, Alexandre de Moraes e Dias Toffoli.

Em sua manifestação, Gilmar Mendes reconheceu o “inegável relevo jurídico” do tema, mas disse não ver urgência para manter a cautelar de Barroso. “Por não vislumbrar a presença, no caso, do periculum in mora, nego referendo à medida cautelar concedida pelo ministro Roberto Barroso”, registrou. Para o decano, o processo pode tramitar sem medida excepcional, uma vez que matéria semelhante (ADPF 989) foi ajuizada em 2022 e segue em curso regular, sem fatos novos que justifiquem providência imediata.

O caso em análise foi apresentado pelo PSol e pela Associação Brasileira de Enfermagem (Aben). As entidades pedem que o STF reconheça o direito de enfermeiros e demais profissionais da saúde a realizar abortos nos três cenários previstos pela legislação brasileira: risco de morte para a gestante, gravidez resultante de estupro e anencefalia fetal. Hoje, a regra limita o procedimento a médicos.

Os autores sustentam que a restrição atual dificulta o acesso ao serviço, sobretudo em regiões com escassez de médicos, e citam orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS) de que o aborto legal, quando amparado pela lei, é procedimento de baixa complexidade que pode ser realizado por profissionais de enfermagem treinados. A mudança, defendem, reduziria barreiras e a burocracia enfrentada por mulheres — especialmente meninas e adolescentes em situação de vulnerabilidade — nas unidades básicas de saúde.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Em crise, Bolívia vai às urnas neste domingo com dois candidatos de direita


      Bolivianos votam nas eleições em 2019. Foto: Reprodução/AFP

Neste domingo (19), os bolivianos vão às urnas para escolher o novo presidente do país. A eleição, em segundo turno, encerra um ciclo de 20 anos de governos de esquerda e ocorre em meio à mais grave crise econômica das últimas quatro décadas.

Disputam o cargo Rodrigo Paz, do Partido Democrata Cristão (PDC), de centro-direita, e o ex-presidente Jorge “Tuto” Quiroga, da Aliança Livre, de direita. O país tem 7,9 milhões de eleitores, e a votação ocorrerá entre 9h e 17h, pelo horário de Brasília. O novo governo eleito nas urnas, tomará posse em 8 de novembro.

O pleito marca o fim da era iniciada por Evo Morales em 2006 e encerrada pelo atual presidente, Luis Arce. Durante esse período, a Bolívia viveu prosperidade com a nacionalização do gás, mas agora enfrenta desabastecimento e filas para conseguir combustível e produtos básicos, reflexo da escassez de divisas e da inflação que já supera 23% em 12 meses.

Segundo pesquisa da Ipsos-Ciesmori divulgada no último domingo (12), Quiroga lidera as intenções de voto com 44,9%, enquanto Paz aparece com 36,5%. A diferença indica uma disputa apertada em um cenário de forte descontentamento popular.

Os candidatos Rodrigo Paz e Jorge ‘Tuto’ Quiroga. Foto: Reprodução/AFP

O governo de Arce praticamente esgotou as reservas internacionais para sustentar os subsídios aos combustíveis. Com recessão prevista pelo Banco Mundial, o próximo presidente herdará um quadro fiscal crítico. Quiroga, engenheiro de 65 anos formado nos Estados Unidos, propõe injetar US$ 12 bilhões na economia com recursos de organismos multilaterais. “Os dólares vêm de fora. Se isso não for feito, não há solução”, afirmou o candidato, que promete restabelecer o fluxo de divisas em até três meses.

Rodrigo Paz, economista de 58 anos e filho do ex-presidente Jaime Paz Zamora (1989-1993), defende um caminho mais cauteloso. “O problema é pedir crédito sem organizar a casa. O outro está indo estender a mão, esperando que chegue o dinheiro em condições muito duras”, declarou. Ele propõe reestruturar o orçamento público antes de buscar novos empréstimos e reduzir gradualmente o déficit, que já leva a dívida externa ao patamar de 30% do PIB.

Ambos os candidatos concordam em manter os subsídios aos combustíveis apenas para o transporte público e setores mais vulneráveis, além de preservar programas sociais e bônus. Para economistas locais, essas promessas são difíceis de conciliar com o esforço de estabilização fiscal. “As pessoas têm suas esperanças depositadas em promessas eleitorais muito difíceis de cumprir ou talvez impossíveis”, avaliou o analista econômico Gonzalo Velasco.

Mesmo fora da disputa, Evo Morales segue como figura influente. Impedido de concorrer por decisão judicial e alvo de uma ordem de prisão por suposto abuso de menor — acusação que nega —, o ex-presidente incentivou o voto nulo no primeiro turno. O Movimento ao Socialismo (MAS) perdeu quase toda sua representação legislativa, e parte do eleitorado indígena pode ficar sem representação no novo cenário político.

Fonte: DCM

Lula mira 2026 e faz limpeza em cargos para fortalecer palanques do PT nos estados


        Lula, presidente do Brasil. Foto: Brenno Carvalho/Agência O Globo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) intensificou a reorganização dos palanques estaduais do partido para as eleições de 2026, em meio à disputa pela vaga deixada por Luís Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal (STF). O foco é garantir candidaturas competitivas em estados estratégicos, especialmente Minas Gerais e no Nordeste, e sinalizar mais rigor com parlamentares que se afastaram da linha do governo. O movimento ocorre após demissões de indicados políticos ligados ao Centrão e partidos que contrariaram o Planalto em votações recentes. Com informações do Globo.

Em Minas, Lula tenta convencer o ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD-MG) a disputar o governo estadual, apesar da pressão de ministros do STF e lideranças do Congresso para que ele seja indicado ao Supremo. O presidente avalia que Pacheco, caso concorra, poderá montar um palanque forte, com apoio de diferentes legendas, e abrir espaço para reforçar sua campanha à reeleição. Há ainda a possibilidade de o senador migrar para o MDB, dentro de uma aliança nacional com o PT.

      Alexandre Kalil. Foto: Divulgação

Como alternativa, o governo voltou a cortejar o ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (PDT), que recentemente se reuniu com a ministra Gleisi Hoffmann. Kalil, que disputou o governo mineiro em 2022, mantém boa relação com Pacheco, mas resiste a uma campanha colada à imagem de Lula. O cenário mineiro ainda conta com adversários ligados ao bolsonarismo, como o vice-governador Mateus Simões (Novo) e o senador Cleitinho Azevedo (Republicanos).

No Nordeste, o Planalto também realiza cortes em cargos federais ocupados por aliados que se distanciaram do governo. Foram exonerados superintendentes da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), ligados a deputados do União Brasil e do Solidariedade. O objetivo é conter avanços de grupos que ameaçam o espaço do PT nas alianças regionais.

Entre os atingidos está o deputado Pedro Lucas Fernandes (União-MA), que perdeu o controle da superintendência estadual do Iphan após votar contra o governo. No Maranhão, Lula pediu ao governador Carlos Brandão que pacifique a base e garanta unidade em torno do senador Weverton (PDT-MA). Em Sergipe e no Rio Grande do Norte, as demissões também afetaram aliados de adversários locais, como o ex-deputado André Moura (União-SE) e o ex-prefeito Álvaro Dias (Republicanos).

Com o cenário eleitoral se desenhando, Lula busca equilibrar a construção dos palanques regionais com a escolha de um nome para o STF. O presidente quer evitar desgaste com o Congresso e, ao mesmo tempo, garantir que as alianças estaduais fortaleçam sua base rumo à disputa presidencial de 2026.

Fonte: DCM com informações do jornal O Globo

Silas Malafaia investigado: PF vê suas digitais em ataques ao STF

Investigação autorizada por Alexandre de Moraes indica atuação organizada do pastor em campanhas contra ministros do Supremo

    Silas Malafaia e o ministro do STF Alexandre de Moraes (Foto: Isac Nóbrega/PR |Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A investigação da Polícia Federal sobre o pastor Silas Malafaia avançou e já possui elementos considerados robustos, de acordo com informações divulgadas pelo jornal Metrópoles. Na segunda-feira (20/11), completaram-se dois meses da operação autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que apreendeu o celular, documentos e o passaporte do líder religioso. O material foi periciado e embasa relatórios recentes da PF.

Malafaia é investigado por suspeita de integrar um núcleo que teria articulado ataques sistemáticos ao STF, além de participar de tratativas para que os Estados Unidos adotassem “atos hostis” contra o Brasil. Por decisão de Moraes, ele está proibido de manter contato com Jair Bolsonaro e com o deputado Eduardo Bolsonaro, também alvos do inquérito.

✲ Relatórios indicam atuação coordenada

Em relatório encaminhado ao Supremo, a PF afirmou que “identificou-se que Malafaia atuou em ações de criação, produção e divulgação de ataques a ministros do STF, de forma previamente ajustada, por multicanais, em alto volume e direcionada a parcela do público sob sua influência”.

O ministro Alexandre de Moraes destacou que mensagens apreendidas indicam que o pastor “exerce papel de liderança nas ações planejadas pelo grupo investigado, que tem por finalidade coagir os ministros do Supremo e outras autoridades brasileiras, com claros atos executórios no sentido de coação no curso do processo e tentativa de obstrução à Justiça”.

✲ Defesa alega perseguição religiosa

Silas Malafaia nega qualquer envolvimento em atos antidemocráticos e afirma ser alvo de “perseguição religiosa” conduzida por Moraes. Pastor da Assembleia de Deus Vitória em Cristo e figura de grande influência no meio evangélico, ele foi um dos principais aliados de Jair Bolsonaro durante o governo e nas eleições.

✲ Contexto político e desdobramentos

As suspeitas contra Malafaia se inserem no conjunto de investigações sobre a articulação de ataques contra instituições brasileiras após as eleições de 2022. A PF apura ações de deslegitimação do sistema eleitoral, estímulo a manifestações antidemocráticas e tentativas de pressionar o STF por meio de campanhas digitais e mobilizações públicas.

O avanço das investigações deve definir se o Ministério Público Federal apresentará denúncia formal contra o pastor.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles