domingo, 8 de junho de 2025

Quem é o extremista Miguel Uribe, pré-candidato à Presidência da Colômbia baleado em Bogotá


Miguel Uribe, candidato presidencial colombiano de extrema-direita, foi baleado durante um evento em Bogotá, neste sábado (7). Foto: Reprodução

O senador e candidato presidencial colombiano de extrema-direita, Miguel Uribe Turbay, de 39 anos, foi baleado durante um evento em Bogotá, neste sábado (7). O estado de saúde do político é considerado delicado.

O político realizava um evento de campanha em um parque público no bairro de Fontibón, região próxima ao Aeroporto Internacional El Dorado, na capital, quando “sujeitos armados atiraram em suas costas”. Imagens que circulam nas redes sociais mostram Miguel Uribe com a cabeça e as costas cobertas de sangue.

Quem é Miguel Uribe?

Nascido em 28 de janeiro de 1986, em Bogotá, Uribe faz parte do Centro Democrático, partido liderado pelo ex-presidente de direita Álvaro Uribe. Ele é neto do ex-presidente Julio César Turbay Ayala, que governou a Colômbia de 1978 a 1982.

É a figura que representa o papel da extrema direita colombiana, em defesa do liberalismo econômico, com redução de impostos para empresas e cortes em programas sociais. Defende escolas militares e faz críticas ostensivas a qualquer política progressista e com teor social, como por exemplo a defesa do meio ambiente e povos originários.

Fustiga o tempo todo o presidente Gustavo Petro.

Compartilha imagens em suas redes sociais que retratam a esquerda como inimiga da liberdade, alinhando-se com uma narrativa anticomunista e antissocialista. Esse tipo de retórica é característico de movimentos de extrema direita na América Latina, visto não só no Brasil, na figura de Jair Bolsonaro e seus seguidores como também na Argentina, liderada pelo presidente Javier Milei.

Além disso, é filho de Diana Turbay, jornalista sequestrada por Pablo Escobar em 1990 e assassinada no ano seguinte. A família Turbay é de ascendência libanesa.

Na época, os narcotraficantes colombianos realizaram uma campanha violenta contra o Estado para evitar a extradição de criminosos para os Estados Unidos.

Uribe, de extrema-direita, é um forte crítico do presidente da Colômbia, o esquerdista Gustavo Petro.

Antes do atentado, Uribe reagiu à intenção de Petro de convocar, por decreto, uma consulta popular para uma reforma trabalhista, algo que exigiria a assinatura de todos os ministros do gabinete. O senador afirmou que processaria os ministros por prevaricação, caso agissem contra a lei.

Reação das autoridades

Em nota, a Presidência da Colômbia se manifestou no X, rejeitando “de forma categórica e contundente o ataque” deste sábado. “Esse ato de violência é um ataque não apenas à integridade pessoal do senador, mas também à democracia, à liberdade de pensamento e ao exercício legítimo da política na Colômbia”, acrescentou.

Em resposta ao ataque, o ministro da Defesa, Pedro Sanchez, anunciou uma recompensa de US$ 728 mil (COP 3 bilhões) por informações que ajudem a identificar e prender os responsáveis pela tentativa de assassinato.

Sanchez também ordenou que “os militares, a Polícia Nacional e os serviços de inteligência mobilizassem todas as suas capacidades para esclarecer os fatos com urgência”.

Petro, alvo de críticas de Uribe, também reagiu ao ataque nas redes sociais: “‘Ai’ Colômbia e sua violência eterna. Querem matar o filho de uma árabe em Bogotá, que já haviam assassinado, e não se deve matar no coração do mundo. Matam o filho e a mãe”, declarou no X.

Fonte: DCM

VÍDEO – Lula cobra ação global e mais recursos para proteger oceanos: “O planeta corre risco”


Presidente Lula discursa no Fórum Economia Azul e Finanças, na França – Foto: Reprodução

Neste domingo (8), o presidente Lula (PT) fez um apelo por mais compromisso internacional com a preservação dos oceanos. Em discurso no Fórum de Economia e Finanças Azuis, na França, o chefe de Estado destacou que os mares ainda não recebem o reconhecimento nem o investimento necessário. Ele cobrou mais responsabilidade dos líderes mundiais e criticou o baixo financiamento dedicado ao tema.

Lula lembrou que o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) ligado à proteção marinha é um dos que menos recebem recursos dentro da Agenda 2030 da ONU (Organização das Nações Unidas). Ele apontou que o déficit pode chegar a US$ 150 bilhões por ano.

Comparou os baixos investimentos ambientais com os gastos crescentes em armamentos. Para ele, o que falta não é dinheiro, e sim disposição e compromisso político para financiar.

O chefe de Estado também mencionou a palavra “mutirão” para simbolizar a importância da ação conjunta.

“No Brasil, quando queremos mobilizar esforços em torno de um objetivo comum, utilizamos uma palavra de origem indígena chamada ‘mutirão’. Esse fórum renova a convocatória para o aumento dos compromissos financeiros com o oceano. O planeta não aguenta mais promessas não cumpridas. Não há saída isolada para os desafios que requerem ação coletiva. Ou nós agimos, ou o planeta corre risco”, declarou.

O presidente ainda destacou o papel das instituições financeiras internacionais nesse processo. Lula sugeriu medidas como a troca de dívidas por desenvolvimento e a emissão de direitos especiais de saque. Ele defendeu que o acesso a fundos climáticos seja facilitado. “É urgente desburocratizar o acesso a esses recursos”, afirmou.

Fonte: DCM

EUA acusam “esquerda colombiana” por atentado contra senador


        Os senadores americano Marco Rubio (EUA) e Miguel Uribe (Colômbia). Fotomontagem: reprodução

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, culpou a “retórica violenta da esquerda” pelos disparos contra o senador colombiano Miguel Uribe Turbay, ligado à direita.

Segundo ele, esse tipo de discurso parte “dos mais altos escalões do governo colombiano”.

“Trata-se de uma ameaça direta à democracia e resultado de uma retórica inflamável da esquerda que vem do topo do governo colombiano”, afirmou Rubio em comunicado oficial.
Ele pediu ao presidente colombiano, Gustavo Petro, que “reduza o tom dos discursos” e garanta a segurança das autoridades públicas do país.

Miguel Uribe Turbay, de 39 anos, foi baleado enquanto participava de um comício em um parque da cidade de Fontibón, na zona oeste de Bogotá. Segundo socorristas, o senador foi atingido por vários tiros, incluindo dois na cabeça, e foi levado com urgência a um centro médico.

Rubio também comentou o caso na rede social X, condenando “veementemente” o ataque. Ele destacou que os Estados Unidos acompanharam de perto o avanço da Colômbia em segurança e democracia nas últimas décadas e alertou que o país “não pode voltar aos tempos sombrios da violência política”.

Richard Grenell, aliado de Donald Trump e ex-enviado especial da Casa Branca, chamou o atentado de “horror” e se referiu a Uribe como “candidato conservador à presidência da Colômbia”.

Outros políticos republicanos da Flórida também se manifestaram. O senador Rick Scott pediu que Petro “faça tudo ao seu alcance para proteger os cidadãos colombianos”, citando ainda as ameaças recorrentes contra o ex-presidente Álvaro Uribe, que “jamais devem ser toleradas”.

Em resposta ao ataque, o presidente Gustavo Petro cancelou a viagem que faria a Nice, na França, onde participaria da Cúpula dos Oceanos da ONU.

O governo colombiano ofereceu uma recompensa de até 3 milhões de pesos (cerca de 640 mil euros) por informações que levem aos autores do atentado.

Veja o post do senador estadunidense:

Fonte: DCM

Autor de atentado contra senador colombiano diz que revelará mandantes

Miguel Uribe Turbay e o momento em que a ambulância levou o senador após os disparos. Foto: Reprodução/Sebastián Barros

Neste sábado (7), um adolescente foi detido em Modelia, bairro da zona oeste de Bogotá, após tentar assassinar a tiros o senador e pré-candidato à presidência Miguel Uribe Turbay na Colômbia. O ataque ocorreu por volta das 17h30 durante um evento público. O menor foi capturado por membros da equipe de segurança de Uribe Turbay e agentes da Unidade de Proteção Nacional (UNP).

Segundo informações iniciais, o jovem prometeu entregar os nomes e números de telefone das pessoas que o mandaram cometer o crime. Testemunhas relataram que o suspeito chegou ao local como passageiro de uma motocicleta. Ele desceu do veículo, se aproximou a cerca de um metro e meio do senador e disparou ao menos seis vezes. O diretor do UNP, Augusto Rodríguez, afirmou que existe a possibilidade de o atirador ter atuado com um cúmplice.

De acordo com o general Triana, da Polícia Nacional, o jovem tem apenas 15 anos e foi agredido por populares após os disparos. No momento, ele permanece hospitalizado devido aos ferimentos causados pela reação das pessoas que presenciaram o ataque.

Imagens logo após os tiros onde o senador foi socorrido. Fotos: Reprodução/El País

O senador Miguel Uribe Turbay foi baleado e recebeu os primeiros socorros em uma unidade médica local. Posteriormente, foi transferido para a Fundação Santa Fé, também em Bogotá, onde passará por cirurgia. Ainda não há um boletim oficial sobre seu estado de saúde.

O prefeito da capital colombiana, Carlos Galán, informou pelas redes sociais que toda a rede hospitalar da cidade está em alerta para atender eventuais emergências. Ele confirmou que o agressor foi detido e que o senador está sob cuidados médicos.

O ex-presidente Álvaro Uribe Vélez, correligionário de Miguel Uribe, também se manifestou pela rede social X. Ele prestou solidariedade à família e pediu celeridade das autoridades na apuração dos fatos. “Atacaram uma esperança para a nação”, escreveu.

O atual presidente da Colômbia, Gustavo Petro, repudiou o ataque e fez menção ao assassinato de Diana Turbay, mãe do senador. “Respeitem a vida. A Colômbia não deve matar suas crianças”, escreveu o mandatário, condenando as máfias e pedindo paz para todas as famílias do país.

Fonte: DCM

Após ataque, Petro promete ‘caçar’ mandantes de atentado contra Miguel Uribe

     O presidente da Colômbia, Gustavo Petro – Foto: Reprodução


O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, prometeu encontrar os responsáveis pelo ataque a Miguel Uribe, baleado durante um evento de campanha em Bogotá no sábado (7). O senador e candidato presidencial de 39 anos foi atingido por dois disparos enquanto discursava para apoiadores. Segundo as autoridades, um adolescente de 15 anos foi capturado com uma pistola Glock. O político segue em estado crítico.

Petro afirmou que “nenhum recurso deve ser poupado” para localizar os autores intelectuais do ataque. O presidente sugeriu que o crime pode ter sido planejado por chefes de organizações criminosas, que estariam usando menores de idade para executar ações violentas. “Onde quer que eles vivam, seja na Colômbia ou no exterior”, declarou em pronunciamento transmitido à noite.

Uribe, representante da extrema-direita colombiana, é figura carimbada da oposição ao governo Petro. Ele é membro do partido Centro Democrático, fundado pelo ex-presidente Álvaro Uribe, e neto do ex-presidente Julio César Turbay Ayala.

A esposa do senador, Maria Claudia Tarazona, pediu orações em suas redes sociais. “Miguel está lutando por sua vida neste momento. Peçamos a Deus que guie as mãos dos médicos que o estão tratando”, escreveu.

Segundo o hospital, ele passa por cirurgias neurocirúrgicas e vasculares, e seu estado é estável, porém delicado.

O ataque foi condenado por outras lideranças políticas do país e do exterior. O partido Centro Democrático classificou o ocorrido como “um ato de violência inaceitável”.

A presidência também divulgou nota oficial, chamando o ato de ameaça à liberdade política e à segurança dos cidadãos.

Fonte: DCM

Miguel Uribe, pré-candidato da extrema-direita à Presidência da Colômbia, é baleado em Bogotá

O senador e candidato presidencial colombiano de extrema-direita, Miguel Uribe. Foto: Reprodução

O senador e candidato presidencial colombiano de extrema-direita, Miguel Uribe, foi baleado durante um evento em Bogotá, neste sábado (7). O político, de 39 anos, foi atingido por um homem enquanto participava de um evento no Parque El Golfito, na capital colombiana, conforme informações da imprensa local.

Imagens que circulam nas redes sociais mostram Miguel Uribe com a cabeça e as costas cobertas de sangue. Após o ataque, ele foi rapidamente levado para um centro médico na cidade.

Uribe faz parte do Centro Democrático, partido liderado pelo ex-presidente de direita Álvaro Uribe. Ele também é filho de Diana Turbay, jornalista sequestrada por Pablo Escobar em 1990 e assassinada no ano seguinte. Além disso, é neto do ex-presidente Julio César Turbay Ayala, que governou a Colômbia de 1978 a 1982.

Em resposta ao ataque, o ministro da Defesa, Pedro Sanchez, anunciou uma recompensa de US$ 728 mil (COP 3 bilhões) por informações que ajudem a identificar e prender os responsáveis pela tentativa de assassinato.

Sanchez também ordenou que “os militares, a Polícia Nacional e os serviços de inteligência mobilizassem todas as suas capacidades para esclarecer os fatos com urgência”.

O Governo da Colômbia também escreveu no X que “rejeita de forma categórica e contundente o ataque” deste sábado.

Fonte: DCM

Bolsonaro e Moraes frente a frente: STF ouve ex-presidente sobre trama golpista

O ex-presidente Jair Bolsonaro e o ministro Alexandre de Moraes, do STF – Foto: Reprodução

Nesta segunda (10), começa a fase dos interrogatórios dos réus da tentativa de golpe bolsonarista, com destaque para o primeiro encontro direto entre o ex-mandatário e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O magistrado é o relator da ação penal que investiga o caso. O ex-presidente afirmou que não pretende “lacrar” em seu depoimento e convocou apoiadores para acompanhar a sessão, que será transmitida.

Os interrogatórios acontecerão até sexta-feira (14) na sala da Primeira Turma do STF. O primeiro a depor será o tenente-coronel Mauro Cid. A presença dos demais réus e seus advogados está confirmada para o local, com exceção de Walter Braga Netto, que está preso e participará por videoconferência.

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) – Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

Após Cid, os depoimentos seguirão em ordem alfabética: Alexandre Ramagem, Almir Garnier, Anderson Torres, Augusto Heleno, Jair Bolsonaro, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto. Moraes fará as perguntas diretamente aos réus, que terão a opção de permanecer em silêncio, conforme a lei.

O ex-mandatário, durante evento do PL Mulher, em Brasília, chegou a comentar sobre o depoimento que prestará. “Estarei lá com a verdade ao nosso lado. Não fugimos de qualquer chamamento”, disse. Ele afirmou que sua participação será respeitosa: “Não vou lá para lacrar, para querer crescer, para querer desafiar quem quer que seja”.

O encontro entre Bolsonaro e Moraes será o primeiro com contato direto. Em março, eles estiveram na mesma sessão no STF durante o julgamento da denúncia, mas sem interação. Agora, o relator assumirá a condução dos questionamentos.

As datas dos interrogatórios foram definidas pelo ministro ao fim da fase de depoimentos das testemunhas. Nos últimos dias, 52 pessoas foram ouvidas, indicadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e pelas defesas dos acusados.

Fonte: DCM

Cidades paulistas terão nova votação após cassação de prefeitos; veja quais


                      Urna eletrônica utilizada nas eleições. Foto: Reprodução

Neste domingo (8), eleitores das cidades paulistas de Panorama, Bocaina e Mongaguá voltam às urnas para escolher novos prefeitos e vices. A Justiça Eleitoral determinou novas eleições após cassar os registros dos prefeitos eleitos em 2024, todos considerados inelegíveis por condenações e atos de improbidade administrativa.

Em Panorama, a disputa ocorre entre as chapas de Dr. Giulio Pires (PL) com Valdez de Brito (União Brasil) e Daniel Genova (PSB) com Inês Chiararia (Republicanos). Em Bocaina, quatro chapas estão na disputa, e em Mongaguá, duas duplas concorrem ao Executivo municipal.

As cassações ocorreram por diferentes motivos. Em Panorama, Edson Maldonado (PP) foi considerado inelegível por condenação por falso testemunho. Em Bocaina, Moacir Donizete Gimenez (Republicanos) teve a candidatura anulada por improbidade administrativa com dolo e lesão ao patrimônio público.

Já em Mongaguá, Paulo Wiazowski Filho (PP) teve as contas rejeitadas pela Câmara Municipal referentes ao mandato de 2012. A Justiça apontou ato doloso de improbidade, o que levou à cassação de seu registro. Com isso, os três municípios realizam nova votação para definir os chefes do Executivo.

Essas novas eleições reafirmam o papel da Justiça Eleitoral na fiscalização da ficha dos candidatos e no cumprimento da Lei da Ficha Limpa. Dessa forma, os eleitores têm a oportunidade de eleger outros representantes que realmente estejam comprometidos com a legalidade e a gestão pública responsável.

Fonte: DCM

VÍDEO – Após viralizar, prefeita ajuda em obra: “Hoje não tem biquíni”

        A prefeita de Marituba Patrícia Alencar ao acompanhar obras pela cidade. Foto: Reprodução/Instagram


Nesta sexta-feira (06), a prefeita Patrícia Alencar, de Marituba, no Pará, voltou a movimentar as redes sociais ao postar um novo vídeo. Na publicação, um operário segura um biquíni e pergunta: “E o vídeo de biquíni, prefeita?”, arrancando risos e ganhando destaque pelo tom bem-humorado. Patrícia responde em tom de brincadeira que “não vai ter vídeo de biquíni” e corta para outras cenas.

No restante do vídeo, ela aparece mostrando obras públicas e interagindo com operários, operando máquinas pesadas e até comendo pão com margarina ao lado dos trabalhadores. O conteúdo segue a linha descontraída que lhe rendeu fama na internet dias antes, quando viralizou ao dançar de biquíni ao som de “Que Pancada de Mulher”.

A gravação anterior causou grande repercussão nas redes ao mostrar a prefeita dançando com roupa de banho. O vídeo foi um dos fatores que alavancaram sua popularidade online. O conteúdo dividiu opiniões, mas garantiu visibilidade nacional à gestora paraense.

Veja o novo vídeo:

Fonte: DCM

Globo tira do ar fofoca entre Daniela Lima e ministro do STF que ela contou ao vivo; VEJA

Daniela Lima na GloboNews

Um programa da GloboNews transmitido na noite de quinta, 5, mostra momentos constrangedores da relação entre jornalista e fonte.

Num determinado momento, a comentarista Daniela Lima, deslumbrada, conta uma fofoca para a apresentadora Natuza Nery.

— Eu posso ler aqui a mensagem que eu troquei com um integrante do Supremo? Eu escrevi… Ai, gente, desculpa… Dez e meia da manhã. “A Zambelli fugiu, ministro”, relata Daniela, aos risos.

— Você que informou, acrescenta Natuza.

— Aí, às onze e vinte e cinco, o ministro responde: “Pois é, mas se tivesse preventiva, iam dizer que é ditadura.” Aí eu falei: “É, mas isso ela está dizendo de todo jeito, a deputada, né?” Ele respondeu: “Se eu fosse relator, estava todo mundo preso. Mas Alexandre está muito emparedado pelos isentos da mídia, do mercado e do Congresso. Apanha demais.’”

Os bolsonaristas estão fazendo a festa com essa confissão, fruto da falta de noção e de decoro. O trecho foi cortado da Globoplay.

É uma demonstração de promiscuidade entre poderosos que só a Globo, com sua legião de jornalistas que vivem simulando eficiência — o tempo todo se jactando ao vivo de conversas de bastidores —, é capaz de produzir.

Fonte: DCM

Site de prostituição compra capa da Folha e ombudsman passa pano


             Publicidade da ‘Fatal Model’ na capa da Folha – Foto: Reprodução

Alexandra Moraes, ombudsman da Folha, minimizou as críticas à decisão do jornal de estampar na capa uma publicidade do site de prostituição “Fatal Model”, publicada em 2 de junho.

Apesar da repercussão negativa, ela classificou, em sua coluna neste domingo, 8, a ação como “histórica” e destacou que a capa impõe uma “discussão necessária”, amenizando o impacto da escolha editorial.

Pela primeira vez, a Folha publicou em sua capa anúncio de uma plataforma de “acompanhantes”. O termo é um eufemismo para prostituição, e a suavidade do texto do anúncio chegou a fazer leitores tomarem “acompanhante” por cuidador de idosos.

Mas o cabeçalho do jornal era a moldura de uma propaganda institucional da Fatal Model, empresa que reúne anúncios e vídeos de profissionais do sexo em sua plataforma. Ganha dinheiro vendendo aos profissionais o destaque desses anúncios e “conteúdo premium” aos clientes.

A Fatal Model vem firmando patrocínios milionários no futebol, modelo dominado pelas “bets”. As investidas renderam à empresa contratos e exposição nas séries A, B e C do Campeonato Brasileiro. A cartada mais recente foi a oferta de R$ 250 milhões pelos “naming rights” do estádio do Athletico-PR, segundo o jornal Lance.

Enquanto a plataforma esbanja dinheiro, a crise do modelo de negócios do jornalismo virou regra. Vender espaço às marcas tornou-se mais difícil. Recusar uma boa oferta (ou mesmo uma mais ou menos boa) parece uma possibilidade distante. Além disso, o jornal está vacinado contra eventuais espantos morais: ainda que em escala menor, os classificados com os quais os veículos ganharam dinheiro em décadas passadas tinham suas seções de “acompanhantes” e “massagistas”.

A peça da Fatal Model na Folha destacava dados sobre a atividade sexual remunerada sem mencioná-la explicitamente e fazia alertas contra o preconceito. “1.400.000 mães, filhas, irmãs e esposas. Esse é o número de profissionais que trabalham como acompanhantes no Brasil. Está na hora da gente falar sobre isso.”

O pretexto era chamado de “Dia da Acompanhante”, 2 de junho, Dia Internacional da Prostituta ou Dia Internacional da Trabalhadora Sexual. O site indicado no anúncio não tinha link de conteúdo sexual, só nome e endereço da plataforma.

Não resta dúvida da respeito da necessidade de discussão sóbria sobre preconceito e dignidade (embora a origem do número apresentado no anúncio, 1,4 milhão, não ficasse clara). Em suas redes, a Fatal Model comemorou a “capa histórica”. Mas a questão é outra.

Logo da Fatal Model – Foto: Reprodução

O principal argumento de quem se opõe à publicidade da marca no futebol é a eventual exposição de crianças ao conteúdo. “Quem digita Fatal Model no buscador consegue chegar, com apenas dois cliques, em fotos e vídeos explícitos”, informa texto da BBC News Brasil reproduzido na Folha. Para a Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor), do Ministério da Justiça, “é publicidade inadequada”. (…)

O conteúdo jornalístico da Folha, porém, tem sido no geral condescendente com a plataforma. “O rufianismo (…), que é o aliciamento, exploração sexual e participação nos lucros, é ilegal. No caso do Fatal Model, a companhia não está enquadrada na prática”, definiu de modo peremptório o jornal em reportagem de 2023. Em outras ocasiões, já noticiou que o site cortara o patrocínio do podcast Flow após o apresentador Monark defender a existência de partido nazista e anunciou a chegada da plataforma à Europa.(…)

Para Luciana Temer, advogada e presidente do Instituto Liberta (que combate violência sexual contra crianças e adolescentes e também é anunciante da Folha), houve “desconforto” ao ver “o jornal ‘encapado’ com uma propaganda de site de prostituição”.


“Aqui não vai nenhum julgamento moral de quem, por opção ou falta de, está exercendo esse trabalho. Mas nos incomoda muito que pessoas estejam ganhando dinheiro em cima disso”, afirma ela.

A Fatal Model declara “fornecer segurança, qualidade e liberdade” a acompanhantes e clientes.

A Folha argumenta que o objetivo do anúncio não é vender serviço de acompanhantes, e sim abrir a discussão sobre respeito, e que a publicação passou por avaliação jurídica. O jornal afirma que não restringe anunciantes, desde que não pertençam a segmento de mercado vedado em lei ou pelas normas éticas do Conar (Conselho Nacional Autorregulamentação Publicitária). (…)

Se a capa é histórica para a Fatal Model, não deixa de sê-lo também para a Folha, tanto no ineditismo quanto na discussão que impõe.

Fonte: DCM

“Rota dos ratos” e Argentina: fuga de Zambelli e outros bolsonaristas copia a dos nazistas

                            A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). Foto: Gabriela Biló/Folhapress


A trajetória da deputada Carla Zambelli (PL-SP), foragida da Justiça após ser condenada a 10 anos de prisão, remete a uma fuga que tem ecos históricos nas “ratlines” utilizadas por nazistas após a Segunda Guerra Mundial.

A escapada da deputada, que passou pela Argentina, Estados Unidos e seguiu para a Itália, revela uma estratégia de mobilidade e articulação internacional que repete as de oficiais do regime de Hitler que, décadas atrás, também buscaram governos de extrema-direita.

Ao passar por Foz do Iguaçu e Puerto Iguazú, Zambelli tomou um voo até Buenos Aires e de lá para os Estados Unidos, antes de seguir para a Itália, onde afirmou ter confiança na justiça local, considerando-se “intocável” por ser cidadã daquele país.

A declaração dela sobre “pagar para ver” é um reflexo da confiança que esses fugitivos, tanto nazistas originais quanto seus sucessores, depositam em sistemas jurídicos de países dispostos a conceder proteção, em um cenário de instabilidade internacional.

As “ratlines” utilizadas pelos nazistas para escapar para a América do Sul tiveram sustentação poderosa. A Igreja Católica e a Cruz Vermelha Internacional, no pós-guerra, desempenharam papéis importantes ao fornecerem documentos falsos e apoio logístico.

Aredita-se que até 90% dos nazistas que fugiram da Europa continental o fizeram pela Itália, principal aliada da Alemanha durante a guerra. Cerca de dez mil optaram pela “rota ibérica”, com a mãozinha de colaboradores que viviam na Espanha e utilizavam portos como os da Galícia, com a aprovação do ditador espanhol Francisco Franco.

O governo de Juan Domingo Perón, simpatizante do Terceiro Reich, facilitou a chegada desses criminosos. Mas o jornalista argentino Uki Goñi, um dos principais investigadores do tema, revela que a relação entre a Argentina e a Alemanha de Hitler antecede Perón.

A “rota dos ratos” nazista

Goñi aponta que, já em 1943, existia um acordo secreto entre a Schutzstaffel (SS), as forças de segurança alemãs, e o serviço secreto da Marinha argentina.

Esse acordo permitia que agentes das SS recebessem documentos de identidade argentinos, facilitando sua circulação livre pela América do Sul, onde operavam uma extensa rede de espionagem. Em troca, a Argentina obteve informações confidenciais sobre seus vizinhos.

A Argentina de Milei foi escolhida por Zambelli, Léo Índio e mais 61 brasileiros condenados por participação nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, em Brasília. Os EUA dão abrigo hoje a fascistas como Eduardo Bolsonaro, Paulo Figueiredo e Allan dos Santos.

A rota dos ratos nunca parou de funcionar.

Fonte: DCM