domingo, 3 de agosto de 2025

Congresso retoma debates sobre cassação de Zambelli, isenção do IR e regras para inteligência artificial

Parlamentares voltam do recesso com pautas como restrições ao STF, novo código eleitoral e proposta que amplia isenção do Imposto de Renda

Hugo Motta e Davi Alcolumbre (Foto: Andressa Anholete/Agência Senado)

Com o fim do recesso informal de meio de ano, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal retomam na segunda-feira (4) suas atividades legislativas com uma agenda carregada de propostas decisivas. Segundo o g1, entre os temas que dominarão os debates estão a possível cassação da deputada Carla Zambelli (PL-SP), a nova faixa de isenção do Imposto de Renda e a regulamentação do uso da inteligência artificial no país.

O semestre legislativo também será marcado por discussões sobre medidas que visam limitar a atuação de partidos no Supremo Tribunal Federal (STF), alterações no Código Eleitoral, além da análise da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2026, que ainda não foi votada pelo Congresso.

◈ Restrições ao STF em pauta - Um dos temas que deve ganhar força nos próximos meses é a proposta que restringe o número de partidos autorizados a ingressar com ações no STF. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), já se manifestou favorável à medida, classificando a situação atual como um “problema seríssimo”, já que qualquer sigla pode recorrer à Corte.

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara deverá ser a primeira a analisar o texto. A proposta limita o acesso ao STF apenas aos partidos que tenham superado a cláusula de barreira, além de alterar os procedimentos de julgamento de ações como ADIs, ADCs, ADOs e ADPFs.

◈ Cassação de Zambelli e outros - Outro ponto sensível da pauta é a tramitação do processo de cassação da deputada licenciada Carla Zambelli. Condenada a 10 anos de prisão pelo STF por envolvimento em ataques cibernéticos ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Zambelli está detida na Itália, à espera de decisão sobre possível extradição. Em junho, a Câmara aprovou uma licença de 127 dias para a parlamentar, incluindo sete dias por motivo de saúde e outros 120 por interesse pessoal.

A CCJ já recebeu o processo e deve apresentar em breve um cronograma de trabalho. A expectativa é que a análise seja concluída até setembro.

Além de Zambelli, outros parlamentares também estão na mira do Conselho de Ética:

    • André Janones (Avante-MG): acusado de ofensas homofóbicas ao deputado Nikolas Ferreira (PL-MG);
      • Gilvan da Federal (PL-ES): por declarações ofensivas à ministra Gleisi Hoffmann;
       • Glauber Braga (PSOL-RJ): acusado de agressão contra um militante do MBL.

Janones e Gilvan já estão com os mandatos suspensos. No caso de Glauber, o Conselho recomendou a cassação ao plenário, mas a análise foi adiada para este semestre, após acordo entre o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e aliados do parlamentar.

◈ Nova faixa de isenção do Imposto de Renda - Outro tema prioritário para o governo é a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda. A proposta prevê isenção para brasileiros que recebem até R$ 5 mil mensais e, segundo o Palácio do Planalto, a expectativa é que as novas regras entrem em vigor até 2026, ano eleitoral.

O projeto, que também inclui descontos progressivos para quem ganha até R$ 7.350, já foi aprovado por uma comissão especial e está pronto para ser votado em plenário na Câmara. Em seguida, seguirá para apreciação no Senado, que promete agilidade na tramitação.

◈ Regulamentação da inteligência artificial - A criação de um marco legal para o uso da inteligência artificial (IA) no Brasil é outro desafio do segundo semestre. A proposta, aprovada no Senado em dezembro de 2024, está sob análise de uma comissão especial na Câmara. De acordo com o relator Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), a votação no plenário deve ocorrer em dezembro deste ano.

O texto estabelece categorias de risco, obriga transparência no uso de IA e responsabiliza empresas e desenvolvedores por danos causados pela tecnologia. No entanto, a proposta enfrenta resistências: 

   Empresas de tecnologia alegam que a regulação pode engessar a inovação e elevar custos.
      ● Juristas e defensores de direitos digitais cobram mais rigor no uso da IA por órgãos públicos, especialmente na segurança.

◈ LDO de 2026 ainda sem previsão de votação - Mesmo com o prazo constitucional expirado desde 17 de julho, o Congresso ainda não votou a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2026. A proposta, enviada pelo governo federal em abril, está parada na Comissão Mista de Orçamento, sob relatoria do deputado Gervásio Maia (PSB-PB).

A LDO define metas fiscais, critérios de reajuste de servidores e execução de emendas parlamentares. Apenas após a aprovação pela comissão o texto poderá ser apreciado pelo Congresso em sessão conjunta, exigindo maioria simples.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Em meio à crise do tarifaço, bolsonarismo entra em modo "cada um por si"

Racha se aprofunda com críticas a Eduardo Bolsonaro, prisão de Carla Zambelli e isolamento de Tarcísio de Freitas, além das tarifas impostas pelos EUA

Ex-presidente Jair Bolsonaro chega para colocação de tornozeleira eletrônica em Brasília 18/07/2025 REUTERS/Adriano Machado (Foto: Adriano Machado)

A direita brasileira enfrenta uma onda de desarticulação política que se intensificou nas últimas semanas e, segundo a Coluna do Estadão, do Jornal O Estado de S. Paulo, governadores, deputados e senadores que orbitam o bolsonarismo avaliam individualmente os impactos de cada movimento político sobre suas próprias trajetórias rumo às eleições de 2026. O cenário de fragmentação ganhou contornos mais nítidos com atitudes consideradas personalistas de dois dos nomes mais conhecidos do grupo: os deputados federais Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Carla Zambelli (PL-SP).

Uma das evidências mais recentes deste descompasso foi o cancelamento de uma reunião entre governadores de direita e o vice-presidente Geraldo Alckmin, que trataria do aumento de tarifas imposto ao Brasil pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Mesmo relutando em endossar o governo Lula, que surfou na popularidade do embate com Washington, os governadores não puderam ignorar os prejuízos econômicos nos estados que governam.

A ausência do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), em um ato bolsonarista neste domingo (3), ainda que justificada por motivos médicos, também foi interpretada como um esforço para se distanciar de desgastes políticos. Líderes do campo conservador apontam que Eduardo Bolsonaro parece mais empenhado em se alinhar a Trump e em manter sua presença nos EUA do que em liderar uma articulação política no Brasil.

Eduardo gerou desconforto até entre seus aliados ao declarar que torcia contra a missão de senadores brasileiros que buscavam aliviar as tarifas impostas por Trump. O ex-comentarista da Jovem Pan, Paulo Figueiredo, aliado próximo de Eduardo, já havia antecipado o tom hostil em entrevista anterior, afirmando que os parlamentares iriam "quebrar a cara".

O filho de Jair Bolsonaro passou a atacar figuras da própria direita. Primeiro, voltou suas críticas ao governador Tarcísio, que buscava negociar com os EUA pressionado por empresários paulistas. Depois, mirou no deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), considerado o principal ativo do bolsonarismo nas redes sociais.

Já Carla Zambelli protagonizou um dos episódios mais constrangedores para o grupo desde 2022, quando sua perseguição armada a um homem nas vésperas do segundo turno foi apontada como fator de desgaste para Bolsonaro. Agora, ao contrário de outros bolsonaristas que conseguiram evitar a prisão, como o senador Marcos do Val, Zambelli não teve o mesmo êxito. Sua tentativa de fugir para a Itália foi vista por aliados como o golpe final nos réus do 8 de janeiro.

Ainda de acordo com a reportagem, em meio a este desmanche político, Tarcísio vive o dilema mais delicado. Considerado uma opção viável à Presidência em 2026 por setores do empresariado e do agronegócio, viu este entusiasmo arrefecer após se alinhar, no início da crise tarifária, de forma considerada excessiva ao bolsonarismo. Foi necessário recalibrar o discurso, buscar diálogo com empresários e até anunciar medidas de apoio antes do próprio governo federal.

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), chegou a responsabilizar Eduardo Bolsonaro pelo "problema para a direita" causado com a articulação das tarifas. Em resposta, Eduardo atacou Zema, chamando-o de representante da "turminha da elite financeira".

Já o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), tem evitado confronto direto com Eduardo, preferindo direcionar suas críticas ao governo Lula pela forma como tem conduzido a crise com os EUA. No Paraná, Ratinho Júnior (PSD) reuniu-se com empresários em São Paulo, buscando atrair investimentos e se posicionar como uma possível alternativa conservadora para a sucessão presidencial.

Diante do esfacelamento do bloco político de direita, cada liderança tenta assegurar sua sobrevivência. Tarcísio, no entanto, buscou minimizar a divisão. Durante participação na Expert XP 2025, ele declarou que não acredita em uma ruptura entre os conservadores em 2026.

"A união faz a força. A boa notícia é que temos um grupo que tem o caminho para o Brasil que passa pela reforma administrativa e pela desvinculação das receitas. O projeto nacional está acima de todas as vaidades. O Brasil merece isso, é um país que está vocacionado para dar certo e pode explorar os seus diferenciais competitivos", afirmou.

Fonte: Brasil 247 com informações da Coluna do Estadão

Zanin será relator da ação que tenta impedir sanção de Trump contra Moraes

       O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF). Foto: Reprodução

O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi sorteado relator da ação que tenta impedir instituições financeiras que atuam no Brasil de aplicarem sanções ao também ministro da Corte, Alexandre de Moraes. A medida foi proposta após o governo de Donald Trump impor punições a Moraes por meio da Lei Magnitsky, no dia 30 de julho.

A ação foi protocolada nesta sexta-feira (1º) pelo deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), líder do partido na Câmara, e pede que o STF proíba que bancos, operadoras de cartão e serviços financeiros que atuam no Brasil deem qualquer tipo de cumprimento às determinações da legislação americana.

“Requer-se liminarmente que Vossa Excelência proíba qualquer instituição financeira que opere no Brasil de executar, replicar, aderir ou aplicar, de forma direta ou indireta, quaisquer efeitos das sanções impostas ao ministro Alexandre de Moraes por decisão do governo dos Estados Unidos, para preservar a autoridade e independência da jurisdição constitucional brasileira e a soberania do Estado brasileiro diante de interferências internacionais inaceitáveis”, diz o documento.

Zanin foi definido como relator por sorteio eletrônico, como ocorre na Corte, e já encaminhou o caso à Procuradoria-Geral da República (PGR), que deve se manifestar antes da análise do mérito. Como relator, ele poderá tomar uma decisão provisória se entender que o caso exige urgência, mesmo antes do parecer do Ministério Público.

◉ Sanção contra Moraes

A sanção contra Moraes foi aplicada pelo governo Trump e incluiu o bloqueio de bens e contas vinculadas à jurisdição americana. A medida pode afetar instituições com conexões com o sistema financeiro dos Estados Unidos, como bancos internacionais, operadoras de cartão de crédito e plataformas digitais com sede ou vínculo jurídico no país.

EUA anunciam sanção a Alexandre de Moraes com Lei Magnitsky e agravam tensão diplomática - Brasil de Fato
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Foto: Reprodução

Segundo Lindbergh, a decisão estrangeira não pode ter efeitos no Brasil sem um processo formal de homologação. “É dever do STF, como guardião da Constituição, reafirmar que nenhuma autoridade brasileira pode sofrer efeitos jurídicos dentro do território nacional por decisão estrangeira não homologada e sem amparo no ordenamento interno”, escreveu o deputado.

O governo americano justificou a medida com base no processo que corre no STF contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que virou réu por tentativa de golpe de Estado após perder as eleições de 2022 para o presidente Lula (PT). Trump chegou a acusar o Judiciário brasileiro de promover uma “caça às bruxas” contra Bolsonaro.

Mesmo com a sanção, Moraes pediu à Advocacia-Geral da União (AGU) que não apresente, por ora, nenhum recurso na Justiça dos Estados Unidos. A orientação de Lula era que a AGU atuasse na defesa de Moraes.

Segundo interlocutores, o ministro preferiu não se posicionar diretamente na Justiça americana por desconfiança quanto ao sistema local. Na própria AGU, a avaliação é de que não há, neste momento, necessidade de ação na Justiça brasileira, embora isso possa mudar.

Fonte: DCM

Fux será o relator de pedido de prisão domiciliar do bolsonarista Daniel Silveira


O ministro Luis Fux, do STF, sorteado relator do pedido de prisão domiciliar de Daniel Silveira. Reprodução

O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi sorteado relator de um habeas corpus apresentado pela defesa do ex-deputado Daniel Silveira. A peça foi protocolada nesta sexta-feira (1º) e solicita a conversão da prisão preventiva em domiciliar, com o argumento de que o ex-parlamentar precisa continuar um tratamento pós-cirúrgico que o sistema prisional não estaria apto a oferecer.

Silveira está preso na Colônia Agrícola Marco Aurélio Vergas Tavares de Mattos, em Magé (RJ), unidade apontada pela defesa como carente de estrutura médica adequada. Os advogados afirmam que a situação representa risco à saúde do ex-deputado, que passou recentemente por uma cirurgia no joelho direito.

O procedimento foi necessário em razão de uma lesão antiga no membro inferior, segundo relatado pela defesa no habeas corpus. Os advogados sustentam que o problema de saúde se agravou por conta das sucessivas ordens de prisão e transferências a que Silveira foi submetido nos últimos anos, o que teria postergado o início do tratamento.

O presidiário Daniel Silveira, ex-deputado bolsonarista cassado. Divulgação

“Destaca-se a urgência do requerente no tratamento pós-cirúrgico de modo a evitar complicações de saúde”, afirma a defesa no documento enviado ao Supremo. Os advogados alegam que o ex-parlamentar precisa realizar fisioterapia diária, em ambiente domiciliar e com acompanhamento profissional, para garantir a plena recuperação.

O habeas corpus solicita que a prisão preventiva seja substituída por prisão domiciliar com monitoramento, medida que permitiria a continuidade do tratamento em uma clínica especializada. O pedido ainda não tem prazo definido para ser analisado por Fux, que poderá decidir de forma monocrática ou encaminhar para julgamento na Turma.

Daniel Silveira foi condenado pelo STF em abril de 2022 a 8 anos e 9 meses de prisão, além de multa superior a R$ 1,1 milhão, por incitação a atos antidemocráticos e ameaças a ministros da Corte. Apesar do indulto concedido por Jair Bolsonaro à época, Silveira voltou a ser alvo de novas investigações e descumpriu medidas judiciais posteriores.

No final de 2024, na véspera do Natal, o ex-deputado teria violado regras impostas pela Justiça e, desde então, voltou a cumprir pena em regime fechado. A defesa tenta reverter essa condição com base no estado de saúde e na necessidade de reabilitação cirúrgica.

Aliado do ex-presidente Bolsonaro, Silveira tem acumulado enfrentamentos com o Judiciário e responde por múltiplos processos. O habeas corpus relatado por Fux é mais uma tentativa da equipe jurídica de reverter a permanência dele no sistema prisional.

Fonte: DCM

Com Bolsonaro de tornozeleira, aliados temem atos flopados neste domingo


       O deputado federal bolsonarista Nikolas Ferreira – Foto: Reprodução

Bolsonaristas articulam atos por todo o país neste domingo (3), mas já circula entre eles o temor de fracasso na mobilização. A ausência de Jair Bolsonaro (PL) nos eventos preocupa organizadores, que contavam com o impacto das sanções dos Estados Unidos ao ministro Alexandre de Moraes para animar a base. No entanto, sem o ex-presidente nas ruas, cresce o medo de que os protestos tenham baixa adesão e flopem.

Com o slogan “Reaja, Brasil”, as manifestações pretendem descentralizar os atos anteriores e dar protagonismo a parlamentares em suas bases. Mas os bolsonaristas reconhecem sinais de cansaço da militância. O ex-presidente está proibido de sair de casa aos fins de semana por ordem do STF e não poderá nem discursar em vídeo. O uso da tornozeleira eletrônica também gerou desgaste entre os apoiadores.

A manifestação na Avenida Paulista, considerada a principal, também será esvaziada de nomes de peso. Tarcísio de Freitas (Republicanos) fará um procedimento médico, e Michelle Bolsonaro (PL) estará em agenda no Pará. A ausência dessas figuras ampliou a movimentação de deputados como Nikolas Ferreira (PL-MG) e Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), que vão tentar sustentar o ato ao lado de Silas Malafaia.


O pastor Silas Malafaia – Foto: Reprodução


Atos foram convocados após Moraes determinar uso de tornozeleira eletrônica para Bolsonaro. A operação da Polícia Federal autorizada pelo ministro ocorreu por suspeita de crimes de coação no curso do processo, obstrução à Justiça e ataque à soberania nacional. As ações de Eduardo Bolsonaro (PL) nos EUA provocaram a decisão.

Nikolas gravou um vídeo convocando a base, já antecipando um possível público reduzido. “Só vale quando tem multidões e multidões? Jesus, apenas com 12, mudou a história dele”, disse. Ele reforçou o apelo: “Não estamos numa corrida de 100 metros, estamos numa maratona”.

Os bolsonaristas também pretendem pressionar o Congresso com pedidos de “anistia ampla, geral e irrestrita” para Bolsonaro e seus aliados, e pelo impeachment de Moraes. Mas, internamente, já admitem que as duas pautas têm chance quase nula de avançar com os atuais presidentes da Câmara e do Senado, Hugo Motta e Davi Alcolumbre.

Os atos também devem intensificar ataques ao presidente Lula (PT). Bolsonaristas tentam responsabilizar o mandatário pelos efeitos do tarifaço de Trump contra produtos brasileiros.

Veja o cronograma completo:


Sudeste

  • São Paulo – Avenida Paulista – 14h
  • Sorocaba – Campolim – 10h
  • São José do Rio Preto – Praça Dom José Marcondes – 15h
  • Bauru – Avenida Getúlio Vargas, quadra 19 – 10h
  • Araçatuba – Avenida Pompeu – 10h
  • Rio de Janeiro – Copacabana – 11h
  • Cabo Frio – Praia do Forte – 10h
  • Belo Horizonte – Praça da Liberdade – 10h
  • Uberlândia – Praça Tubal Vilela – 10h
  • Vila Velha – Posto Moby Dick – 12h

Centro-Oeste

  • Brasília – Banco Central – 10h
  • Goiânia – Praça Tamandaré – 10h
  • Campo Grande – Praça do Rádio – 10h
  • Dourados – Parque do Lago – 10h
  • Bonito – Praça do Rotary – 10h
  • Rondonópolis – Avenida Lions – 16h
  • Cuiabá – Praça do Chopão – 16h

Sul

  • Curitiba – Boca Maldita – 14h
  • Porto Alegre – Parção – 15h
  • Erechim – Praça da Bandeira – 15h
  • Florianópolis – Trapiche da Beiramar – 16h
  • Joinville – Praça da Bandeira – 15h
  • Blumenau – Alameda Duque de Caxias – 15h
  • Chapecó – Avenida Getúlio Vargas – 9h
  • Criciúma – Ao lado do Criciúma Shopping – 10h
  • Balneário Camboriú – Praça Tamandaré – 10h
  • Itajaí – Praça da Beira Rio – 15h
  • Brusque – Praça do Sesquicentenário – 15h
  • São João Batista – Trevo da Via Scarpa – 15h
  • Itapema – Trevo das Peixarias – 9h30
  • Rio do Sul – Praça Emerbengo Pellizetti – 16h
  • Concórdia – Parque de Exposições – 9h
  • Caçador – Parque Central – 15h
  • São José do Cedro – Frente à Churrascaria Gerelli – 15h
  • Joaçaba – Praça da Catedral – 14h
  • São Bento do Sul – Praça Central – 14h
  • Lages – Praça da Bandeira – 14h
  • São Francisco do Sul – Trevo do Rocio Grande – 10h
  • Imbituba – Passarela do KM 290 – 15h
  • Campos Novos – Em frente à Rodoviária – 10h
  • Indaial – Em frente à Havan – 15h
  • Timbó – Saída do Parque Central para Indaial – 14h30
  • Rio dos Cedros – Em frente à Igreja Matriz – 14h
  • Rodeio – Saída do Posto Rodeio – 14h
  • Pedrinho – Em frente ao Centro de Eventos – 13h30
  • Benedito Novo – Praça Central – 14h

Nordeste

  • Salvador – Farol da Barra – 9h
  • Simões Filho – Vila Serena Cia 1 – 9h
  • Feira de Santana – Avenida Getúlio Vargas – 15h
  • Fortaleza – Praça Portugal – 15h
  • Juazeiro do Norte – Praça do Giradouro – 16h
  • Recife – Padaria Boa Viagem – 14h
  • São Luís – Praça do Foguete – 9h
  • João Pessoa – Busto de Tamandaré – 14h
  • Natal – Shopping Midway – 14h
  • Teresina – Avenida Raul Lopes (Ponte Estaiada) – 16h
  • Aracaju – Arcos da Orla – 14h
  • Maceió – Corredor Vera Arruda – 9h

Norte

  • Rio Branco – Em frente ao Palácio Rio Branco – 8h
  • Manaus – Ponta Negra – 16h
  • Boa Vista – Praça do Centro Cívico – 17h
  • Belém – Sede do Novo – 8h
  • Palmas – Praça dos Girassóis – 16h
  • Porto Velho – Espaço Alternativo (sem horário informado)

Plano B: Cresce apoio a Alckmin como sucessor de Lula, aponta Datafolha


       O vice-presidente Geraldo Alckmin – Foto: Adriano Machado/Reuters


Mesmo com Lula (PT) favorito, a nova pesquisa Datafolha, divulgada neste sábado (03), mostra que o nome do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) ganhou força como plano B para a sucessão do atual mandatário em 2026.

De acordo com os dados, o vice saltou de 18% para 26% das menções entre os eleitores que acreditam que o chefe de Estado brasileiro deveria indicar um sucessor. No mesmo período, Fernando Haddad, ministro da Fazenda, caiu de 37% para 29%. O movimento foi interpretado como um reflexo direto do protagonismo recente de Alckmin na crise diplomática com os Estados Unidos, após o tarifaço anunciado por Donald Trump contra produtos brasileiros.

Alckmin recebeu atenção positiva por sua atuação na negociação com autoridades americanas, mesmo sem conseguir barrar as tarifas. Para integrantes do governo, o episódio fortaleceu a imagem do vice como liderança confiável e moderada dentro do Planalto.

Já Fernando Haddad enfrenta desafios com o Congresso e com o desgaste gerado por medidas como o aumento do IOF. Além disso, outros nomes cotados como alternativas dentro da base aliada aparecem bem atrás: Simone Tebet (13%), Rui Costa (5%) e Gleisi Hoffmann (3%).

Fernando Haddad, ministro da Fazenda – Foto: Reprodução

No campo da direita, Jair Bolsonaro (PL) continua inelegível até 2030, mas ainda tem 30% dos eleitores que o veem como candidato. A maioria, no entanto, quer que ele passe o bastão: 67% defendem que apoie outro nome. Os mais citados são Michelle Bolsonaro (23%) e Tarcísio de Freitas (21%), seguidos por Eduardo (11%) e Flávio Bolsonaro (9%).

A pesquisa ouviu 2.004 pessoas com 16 anos ou mais em 130 municípios brasileiros entre os dias 29 e 30 de julho. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Fonte: DCM

Liga das Nações: Brasil conquista o bronze no vôlei e volta ao pódio após quatro anos

Seleção brasileira masculina de vôlei. Foto: Reprodução

Neste domingo (3), a seleção brasileira masculina de vôlei conquistou a medalha de bronze da Liga das Nações ao vencer a Eslovênia por 3 sets a 1 em Ningbo, na China. Em partida iniciada às 4h (horário de Brasília) se deu pela disputa ao terceiro lugar e marcou o retorno do Brasil ao pódio da competição após quatro anos. A última medalha havia sido o ouro, em 2021.

Depois de uma derrota por 3 a 0 para a Polônia na semifinal, o time comandado por Bernardinho sofreu no primeiro set diante da Eslovênia, que contou com grande atuação de Mozic e T. Stern. A dupla somou 11 pontos na parcial inicial e ajudou os eslovenos a abrirem 1 a 0 com vitória por 25 a 23.

O Brasil reagiu no segundo set e conseguiu controlar melhor a partida, apesar do equilíbrio em alguns momentos. Com boa vantagem nos momentos finais, a equipe brasileira empatou o jogo e cresceu a partir daí, mesmo enfrentando instabilidades como erros de saque no terceiro set, vencido por 25 a 23 após um ace decisivo de Darlan.

No quarto e último set, o time brasileiro teve atuação mais sólida, chegou a abrir oito pontos e encerrou a disputa com vitória por 25 a 19. O oposto Alan foi o maior pontuador da equipe, com 18 pontos. Com o resultado, o Brasil finalmente conquistou um bronze inédito na Liga das Nações, após perder a mesma disputa em 2018 e 2019.

Fonte: DCM

Datafolha: 71% veem Lula candidato à reeleição e presidente mantém favoritismo sobre o bolsonarismo

Pesquisa mostra que Lula lidera cenários para 2026 e fortalece Geraldo Alckmin como principal plano B do governo

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva durante cerimônia de anúncio dos projetos habilitados pelo Novo PAC Seleções 2025 - Urbanização de Favelas, no âmbito (Foto: Ricardo Stukert)

Sete em cada dez eleitores (71%) acreditam que o presidente Lula (PT) disputará a reeleição em 2026, segundo levantamento do Datafolha, divulgado neste sábado pela Folha de S.Paulo. A percepção de que o petista será candidato cresceu em relação aos meses anteriores, mesmo diante de um governo que enfrenta desgaste natural e pressões econômicas. Em paralelo, Lula mantém seu favoritismo nas simulações de primeiro e segundo turnos, liderando contra Jair Bolsonaro (PL) e outros nomes da direita, inclusive membros da família do ex-presidente, hoje inelegível.

A pesquisa, realizada em 29 e 30 de julho com 2.004 entrevistados em 130 municípios, mostra que Lula ampliou sua vantagem sobre o bolsonarismo, em um cenário político marcado por crises diplomáticas e disputas internas na oposição. No primeiro turno, o presidente aparece com 39% das intenções de voto contra 33% de Jair Bolsonaro, abrindo cinco pontos de diferença. Contra os filhos e aliados do ex-presidente, a liderança também é folgada: 39% x 20% contra Eduardo Bolsonaro (PL-SP), 40% x 18% contra Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e 39% x 24% diante de Michelle Bolsonaro (PL-DF).

No segundo turno, Lula mantém a dianteira: 47% x 43% contra Jair Bolsonaro, 45% x 41% contra Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e 48% x 40% contra Michelle Bolsonaro. Fora do núcleo bolsonarista, o petista vence com ainda mais folga: 47% x 35% contra Ronaldo Caiado (União Brasil-GO) e 46% x 36% diante de Romeu Zema (Novo-MG). Esses números consolidam o favoritismo de Lula, que segue líder absoluto nas simulações mesmo diante do aumento de sua rejeição para 47%.

◎ Plano B governista e fortalecimento de Alckmin

Embora a percepção de que Lula será candidato seja majoritária, 54% dos eleitores dizem que o presidente deveria abrir mão da reeleição. Nesse cenário, Geraldo Alckmin (PSB) surge fortalecido como o principal plano B do governo, subindo de 18% para 26% como o nome que Lula deveria apoiar, enquanto Fernando Haddad (PT) caiu de 37% para 29%. A ascensão de Alckmin se relaciona ao protagonismo em negociações internacionais após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, impor tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, justificando a medida como retaliação à perseguição judicial a Bolsonaro.

Alckmin, que também comanda o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, buscou minimizar o impacto das medidas e ganhou exposição positiva, reforçando sua imagem de articulador confiável. Enquanto isso, Haddad enfrenta dificuldades com o Congresso e a pressão fiscal, além da polêmica em torno do aumento do IOF, fatores que reduzem sua força política no tabuleiro eleitoral.

◎ Oposição fragmentada e desgaste bolsonarista

O levantamento também mostra que o bolsonarismo permanece enfraquecido. Jair Bolsonaro, inelegível até 2030, tem 44% de rejeição, enquanto os nomes de sua família variam entre 36% e 38%. Entre os governadores aliados, Tarcísio de Freitas (17%), Ratinho Jr. (21%) e Romeu Zema (22%) ainda mantêm baixa rejeição, mas carecem de maior expressão nacional. Sem Lula na disputa, Tarcísio desponta como o candidato mais competitivo da oposição, chegando a superar Haddad por 43% a 37% e empatando tecnicamente com Alckmin (40% x 38%).

O cenário traçado pelo Datafolha indica que, apesar do desgaste do governo e da tensão com Trump, Lula segue como favorito absoluto para 2026, liderando em praticamente todas as combinações testadas e reforçando sua centralidade no jogo político brasileiro.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Maioria dos brasileiros quer que Bolsonaro desista da candidatura à Presidência, aponta Datafolha

Levantamento revela que 67% defendem que o ex-mandatário abra mão da disputa e apoie outro nome para 2026

       Jair Bolsonaro à mesa (Foto: Carlos Moura / Ag. Senado)

Pesquisa do instituto Datafolha divulgada neste sábado (2) indica que a maior parte da população brasileira acredita que Jair Bolsonaro (PL) não deveria voltar a disputar a Presidência da República. Segundo o levantamento, 67% dos entrevistados afirmaram que o ex-presidente deveria desistir de concorrer ao Palácio do Planalto e apoiar outro candidato em 2026. Apenas 30% acreditam que ele deve manter a intenção de disputar o cargo, enquanto 3% não souberam opinar. as informações são da CNN Brasil.

Bolsonaro está atualmente inelegível até 2030 em decorrência de condenações impostas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Além disso, é réu em ação que investiga sua participação em uma tentativa de golpe de Estado, em 2022, e cumpre medidas restritivas determinadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Em um cenário no qual Bolsonaro não possa disputar as eleições, o instituto questionou os entrevistados sobre quem ele deveria apoiar. Os nomes mais citados foram o da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), mencionada por 23%, e o do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), com 21%. Eduardo Bolsonaro (PL), deputado federal e filho do ex-mandatário, aparece com 11%, seguido pelo governador por Ratinho Júnior (PSD-PR), com 10%, e o senador Flávio Bolsonaro (PL), que teve 9% das menções. Na sequência estão os governadores Ronaldo Caiado (União Brasil-GO), com 6%, e Romeu Zema (Novo-MG), com 5%. Outros nomes não somaram percentuais expressivos. Já 8% afirmaram que Bolsonaro não deveria apoiar ninguém, e 7% disseram não saber.

O levantamento também mostra estabilidade em relação à pesquisa anterior, realizada em junho, quando os mesmos 67% defenderam que Bolsonaro deveria abrir mão da candidatura. O índice dos que acham que ele deve manter a postulação era de 29% naquele mês — um ponto percentual abaixo do atual.

A pesquisa Datafolha ouviu 2.004 pessoas, em entrevistas presenciais realizadas entre os dias 29 e 30 de julho. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Lula participa de encerramento de encontro do PT com foco em alianças e articulação para eleições

Documento que servirá de base para a nova gestão do PT, sob o comando de Edinho Silva, será aprovado neste domingo

      Lula (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou presença no encerramento do Encontro Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), neste domingo (3). O evento, que teve início na sexta-feira (1), marca a posse da nova direção do partido e a definição das estratégias políticas para os próximos anos. As informações são do g1.

A reunião, que ocorre em meio às articulações para as eleições de 2026, resulta na aprovação de um documento que servirá de base para a nova gestão do PT, agora sob comando de Edinho Silva, ex-prefeito de Araraquara (SP), eleito em julho para um mandato de quatro anos à frente da legenda. Lula, que apoiou Edinho na disputa interna, participa do ato de posse neste domingo.

Além de Edinho, também serão empossados outros dirigentes da sigla, entre eles o ex-ministro José Dirceu, que retorna à direção nacional do PT após um longo período afastado. Segundo afirmou Edinho ao portal g1, Dirceu ocupará uma das vagas reservadas à corrente interna Construindo um Novo Brasil (CNB), majoritária na composição do diretório.

Dirceu, que voltou a ser elegível em outubro de 2024 por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), vem sendo saudado com entusiasmo pelas bases petistas e já articula uma possível candidatura à Câmara dos Deputados em 2026.

Durante o encontro, os delegados debateram o conteúdo de um documento que delineia a linha de atuação do PT para o próximo período. O texto reconhece que a eleição presidencial de 2026 será uma das mais desafiadoras da história recente e propõe uma aliança que vá além do campo político tradicional.

“Além de fazer a mais ampla aliança democrática possível, de partidos e organizações sociais, precisamos constituir um vasto movimento popular, que vá além do campo político e incorpore milhões de pessoas comuns que acreditam na liberdade e na democracia”, afirma um dos trechos.

O partido sinaliza, ainda, a intenção de se aproximar de parcelas da população que tradicionalmente não integram a esquerda. O texto orienta a militância a manter vínculos com setores católicos e a aprofundar o diálogo com o eleitorado evangélico, segmento que, em grande medida, tem aderido a candidatos da direita.

Outro ponto de destaque é a cobrança para que o PT participe de forma mais incisiva do debate sobre segurança pública. O documento reconhece os esforços do governo Lula, mas ressalta que “o problema continua em aberto e parece exigir uma nova abordagem”.

O documento a ser aprovado também inclui críticas contundentes às recentes decisões do governo dos Estados Unidos, liderado pelo presidente Donald Trump. A gestão norte-americana anunciou, nesta semana, a imposição de uma tarifa de 50% sobre a importação de produtos brasileiros e tomou medidas contra o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.

O texto também acusa membros da família Bolsonaro de atuarem em favor do chamado “tarifaço” norte-americano. Ao mesmo tempo, o documento manifesta repúdio ao que o partido classifica como “genocídio” na Faixa de Gaza, reiterando sua posição contrária à escalada da violência na região.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Edinho Silva diz que PT deve conquistar eleitor que não votou em Lula

Novo presidente do partido alerta para desafios da polarização e defende diálogo com eleitores do centro e do bolsonarismo

     Lula e Edinho Silva (Foto: Ricardo Stuckert)

Ex-prefeito de Araraquara (SP) e ex-ministro, Edinho Silva assume neste domingo, 3, a presidência do Partido dos Trabalhadores (PT) para um mandato de quatro anos. Em entrevista às Páginas Amarelas da revista Veja, o ex-coordenador da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva em 2022 destacou que o grande desafio do partido será ampliar seu alcance para além da base tradicional e enfrentar o ambiente de polarização que marcou os últimos pleitos.

Edinho, que foi responsável pela articulação da “frente ampla” que garantiu o apoio de setores do centro à candidatura de Lula, avaliou que o processo eleitoral de 2022 foi o mais difícil de sua trajetória política e que a eleição presidencial de 2026 tende a ser ainda mais desafiadora.

“O desafio é furar a bolha da polarização e dialogar com quem não escolheu Lula por alguma circunstância, mas que já votou no PT em eleições anteriores”, disse o novo presidente do PT durante a entrevista ao programa Amarelas On Air.

Segundo Edinho, a estratégia do partido precisa mirar não apenas o eleitorado de centro, mas também aqueles que, nos últimos anos, se aproximaram do bolsonarismo. Ele defende que o diálogo com esses setores é fundamental para garantir competitividade em 2026 e consolidar a reeleição do presidente Lula.

O novo dirigente petista reforçou que o partido deve equilibrar a mobilização de sua base histórica com uma abordagem mais ampla, capaz de conquistar o eleitor que se afastou da legenda em meio ao acirramento político. Para ele, o sucesso do PT dependerá da capacidade de se apresentar como alternativa confiável e de romper com a lógica de radicalização que tem dominado o cenário eleitoral brasileiro.

Fonte: Brasil 247

"Estamos enfrentando o império norte-americano", diz José Dirceu sobre tarifaço de Trump

Durante encontro do PT, ex-ministro criticou tarifaço dos EUA e defendeu o governo Lula e o STF contra ataques antidemocráticos

       (Foto: Lula Marques/ Agência Brasil)

Durante participação no 17º Encontro Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), em Brasília, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu afirmou que o Brasil vive uma ofensiva internacional liderada pelos Estados Unidos, em referência ao recente aumento de tarifas sobre produtos brasileiros.

“Estamos enfrentando o império norte-americano, estamos enfrentando um ataque ao Supremo Tribunal Federal e à nossa democracia, que visa a dar anistia e inocentar os golpistas”, afirmou Dirceu, em referência aos desdobramentos do 8 de janeiro e às iniciativas legislativas para beneficiar envolvidos na tentativa de golpe, de acordo com o Estadão Conteúdo.

Diante desse cenário, o ex-ministro defendeu que o PT não adotasse uma posição contrária ao novo arcabouço fiscal proposto pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tem sido alvo de críticas internas. A legenda, após debate, rejeitou uma emenda que ia contra as regras fiscais. Dirceu sustentou que a medida é parte de um projeto maior de reconstrução do Estado brasileiro após os desmontes da era bolsonarista.

Na avaliação do dirigente histórico petista, a atual gestão federal se estrutura em três frentes centrais: a reindustrialização nacional, por meio do programa Nova Indústria Brasil; o reforço aos investimentos em infraestrutura por meio do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC); e a transição energética, pilar estratégico para o futuro sustentável do país.

Fonte: Brasil 247 com informações do Estadão Conteúdo