A taxa de desemprego no Brasil se manteve em 5,6% no trimestre encerrado em setembro, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (31) pelo IBGE. O índice repete o menor nível da série histórica, iniciada em 2012, e marca o terceiro mês consecutivo de estabilidade no patamar recorde.
De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), a taxa de desocupação manteve-se estável em relação ao trimestre anterior, quando estava em 5,8%. No mesmo período de 2023, o índice era de 6,4%.
O número de pessoas desocupadas caiu para 6,045 milhões, o menor já registrado desde o início da pesquisa. Isso representa uma redução de 209 mil pessoas em relação ao trimestre encerrado em junho e 809 mil a menos em comparação com o ano anterior.
Renda e emprego formal em alta
O levantamento também apontou avanço em outros indicadores. A renda média real cresceu 4% em um ano, e o número de trabalhadores com carteira assinada atingiu 39,229 milhões, o maior patamar da série histórica.
Além disso, a taxa de subutilização da força de trabalho, que inclui pessoas que gostariam de trabalhar mais horas ou que desistiram de procurar emprego, caiu para 13,9%, também a menor já registrada.

Brasil cria 213 mil empregos formais em setembro
Economistas avaliam que os dados reforçam o cenário de mercado de trabalho aquecido e favorável ao trabalhador, impulsionado pela recuperação da renda e pela expansão do emprego formal.
O resultado, obtido a partir de 2,29 milhões de admissões e 2,07 milhões de demissões, ficou acima da projeção de 170 mil vagas feita por analistas consultados pela Bloomberg.
O desempenho também foi superior ao registrado em agosto, quando o saldo foi de 147,4 mil vagas, mas inferior ao de setembro de 2024, que havia somado 252,2 mil novos postos de trabalho. No acumulado de 2025, o país registra 1,717 milhão de vagas criadas, ligeiramente abaixo do resultado de 1,743 milhão no mesmo período do ano anterior.
Durante a divulgação dos dados, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, ironizou as previsões do mercado. “Não sei se tão especialistas assim, porque projetaram no máximo 175 mil, e o número é de 213 mil postos de trabalho”, afirmou.
Fonte: DCM
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