sexta-feira, 28 de novembro de 2025

The Guardian: apoio a Bolsonaro 'se desfaz como espuma' após prisão

Jornal britânico analisa reação tímida da direita e aponta erosão da força política do clã Bolsonaro após início da pena de 27 anos

Bolsonaristas em frente a sede da Polícia Federal em Brasília (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

A cena que marcou os primeiros dias de Jair Bolsonaro (PL) atrás das grades foi bem diferente das manifestações que marcaram sua trajetória nos últimos anos. Em reportagem publicada nesta sexta-feira (28), o jornal britânico The Guardian descreve a solidão que cerca o ex-presidente neste início de cumprimento da pena de 27 anos por tentativa de golpe.

Segundo a análise do The Guardian, apenas algumas dezenas de apoiadores apareceram diante da base da Polícia Federal em Brasília, onde Bolsonaro ocupa uma pequena sala usada como cela. Entre eles estava Arley Xavier, de 21 anos, que insistia em negar o fim do ciclo bolsonarista: “Não acabou. Ainda há muito que Jair Messias Bolsonaro precisa fazer no Brasil … Não, não acabou”, declarou o jovem, conclamando conservadores a irem à capital em protesto.

Durante seu governo, entre 2019 e 2023, Bolsonaro mobilizava multidões em cidades como Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo. Mas a energia que antes impulsionava sua militância não apareceu desta vez. Com chuva e clima frio no Centro-Oeste, o ambiente ao redor do ex-chefe do Executivo refletiu desânimo e desarticulação.

A prisão de Bolsonaro e de cinco aliados — enquanto o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) fugiu pela Amazônia rumo aos Estados Unidos — não encerra a extrema direita brasileira, segundo a análise britânica. Seus seguidores ainda alimentam a esperança de um eventual indulto, sobretudo se um conservador vencer as eleições presidenciais do próximo ano. Apesar disso, o jornal destaca que a reação quase inexistente ao encarceramento surpreendeu até analistas experientes.

Um dos trechos centrais da reportagem cita o cientista político Christian Lynch, que avalia que o domínio da família Bolsonaro sobre a direita perdeu força: “Eu diria que a liderança da família Bolsonaro na direita está chegando ao fim e você poderia dizer que o bolsonarismo está chegando ao fim”, afirmou. Ele comparou a cena atual com o momento em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se entregou à polícia em 2018, recebido por uma multidão de apoiadores que o carregou nos ombros. Para Lynch, a diferença está na capacidade histórica do PT de organizar uma base sólida, algo que Bolsonaro nunca construiu de forma consistente. “O bolsonarismo é como espuma que se desfaz… A direita vai permanecer. Mas o bolsonarismo vai passar”, completou.

A análise também lembra que aliados próximos enfrentam seus próprios dilemas. O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) vive nos Estados Unidos desde fevereiro e pode ser preso se retornar ao Brasil, por causa de uma investigação sobre interferência no julgamento do pai.

Brian Winter, editor-chefe da Americas Quarterly, afirmou ao Guardian que a atual fase é “muito perigosa” para a família. Segundo ele, Bolsonaro e seus filhos teriam cometido um “erro crítico” ao concentrar sua comunicação na ideia de perseguição política e ao pressionar Donald Trump — presidente dos Estados Unidos — a impor sanções ao Brasil. “A comunicação deles tem sido tão focada na própria vitimização … que fica a dúvida se deixaram de falar o suficiente sobre os desafios enfrentados pelos brasileiros. Talvez, como resultado, tenham perdido o contato com o povo”, avaliou.

A reportagem recorda ainda que prognósticos sobre o fim de lideranças políticas no Brasil costumam falhar. Lula, por exemplo, foi tido como politicamente morto após sua prisão injusta, mas retornou ao Planalto em 2022. O jornalista e escritor Bernardo Mello Franco destacou casos como o de Getúlio Vargas, deposto em 1945 e eleito novamente cinco anos depois. Mesmo assim, ele ponderou: “Não estou comparando Bolsonaro com Getúlio ou Lula, porque acho que ele é uma figura politicamente menor, em todos os sentidos”, observou, lembrando que as regras de progressão de pena podem permitir que Bolsonaro deixe a prisão em seis ou sete anos — ainda mais jovem que Lula hoje.

Já o comentarista Octavio Guedes, da GloboNews, avalia que o retorno político de Bolsonaro é improvável. Para ele, a “reação zero” à prisão mostra que o país vive uma fase “pós-Bolsonaro”, embora as ideias que marcaram o movimento permaneçam vivas e possam ser canalizadas por novas lideranças. Ele citou uma frase atribuída a Benito Mussolini: o líder fascista dizia não ter criado o fascismo, mas apenas extraído as ideias já presentes no inconsciente coletivo italiano — analogia que Guedes enxerga no bolsonarismo.

Dois dias após o início da pena, a promessa de uma reação expressiva se desfez tão rápido quanto a “espuma” que inspirou o título da análise britânica. Apenas um manifestante tentou se acorrentar a uma pilastra do Congresso — e acabou preso, numa cena que sintetizou o esvaziamento da força popular que um dia acompanhou o ex-presidente.

Fonte: Brasil 247

Nunes Marques e Mendonça divergem de Moraes em julgamento de golpista do 8/1

Os ministros Nunes Marques e André Mendonça, indicados de Bolsonaro, em solenidade no TSE. Foto: Antônio Augusto/TSE

O julgamento do bolsonarista Renato Marchesini Figueiredo no Supremo Tribunal Federal (STF) expôs um novo embate entre Alexandre de Moraes e os ministros Kassio Nunes Marques e André Mendonça. Ele, que foi preso em frente ao Quartel-General do Exército um dia após os atos de 8 de Janeiro, foi condenado pela Corte, mas a decisão ocorreu em meio a críticas da ala indicada por Jair Bolsonaro.

As divergências envolveram desde o enquadramento criminal até a própria competência do STF para julgar o caso. Nunes Marques abriu a divergência defendendo a absolvição. Para ele, o Supremo “não pode se arvorar de juízo universal” em processos ligados ao 8 de Janeiro.

O ministro afirmou que não havia vínculo entre o réu e autoridades com foro privilegiado e que o caso deveria tramitar em instâncias inferiores. O magistrado também ressaltou o fluxo constante de pessoas no acampamento militar, onde muitos “apenas pernoitavam”.

Em sua avaliação, esse cenário enfraqueceria a acusação por associação criminosa e incitação, já que não seria possível afirmar que todos os presentes tinham envolvimento estável com o movimento golpista. Mendonça acompanhou a divergência com críticas ao conteúdo da denúncia. Ele afirmou que a peça acusatória era genérica e não individualizava condutas, além de carecer do nível de prova exigido para condenação.

Plenário do Supremo Tribunal Federal. Foto: Kebec Nogueira/Metrópoles

No voto vencedor, Moraes sustentou que Marchesini aderiu de forma “consciente” às finalidades do acampamento e integrou uma associação “estavelmente organizada”, voltada à “abolição do Estado Democrático de Direito”. O ministro destacou que o réu incitou a animosidade das Forças Armadas contra os Poderes da República e permaneceu no local mesmo após a depredação em Brasília.

A pena imposta foi de um ano de reclusão, convertida em 225 horas de serviços comunitários, além de um curso presencial de 12 horas sobre democracia e golpe de Estado. O réu também ficou proibido de sair da comarca, acessar redes sociais e manter passaporte ativo. O eventual porte de arma deverá ser revisto.

O STF ainda determinou o pagamento de 20 dias-multa e fixou indenização de R$ 5 milhões por danos morais coletivos, quantia que será dividida entre os condenados nos processos dos atos golpistas. A condenação foi acompanhada por Gilmar Mendes, Edson Fachin, Luiz Fux, Flávio Dino, Cármem Lúcia e Dias Toffoli.

Fonte: DCM

VÍDEO – Paula Fernandes diz que resistiu à pressão do mercado: “Não me prostituí”


     A cantora Paula Fernandes. Foto: Reprodução

Paula Fernandes revisitou a pressão que enfrentou no auge da carreira e voltou a afirmar que manteve o próprio ritmo criativo. Em entrevista ao g1, ela disse: “Eu não me vendi, eu não me prostituí, eu não quis acelerar algo que não era o momento. O meu timing é diferente e eu acho que os meus fãs já entenderam isso”.

A cantora relembrou que, em 2011, vivia uma rotina de mais de 200 shows pelo país após o sucesso de seu álbum ao vivo, impulsionado por músicas como “Pássaro de fogo” e “Jeito de mato”. Com o passar dos anos, Paula adotou visuais mais modernos, mergulhou em sonoridades pop e até explorou uma fase mais sensual em 2024. Agora, em 2025, ela busca retomar a essência daquele período inicial.

Segundo Paula, essa desaceleração foi decisiva para reencontrar o próprio estilo. “Acho que isso era essencial que acontecesse. Esse equilibrar a vida pessoal com a vida profissional, porque eu estava trabalhando como uma camela. E eu precisava desse desacelerar justamente para resgatar a alma da obra”, disse.

A artista também comentou a cobrança constante por novos hits, que considera descolada da forma como trabalha. “As pessoas começaram a me cobrar: ‘tem que ter o hit, o próximo hit’. Espera aí, mas eu não preciso de tempo. Eu não sou assim, sabe?”. Para ela, essa pressão afetou a carreira, embora tenha tentado resistir.

Fonte: DCM

APUCARANA: Capacitação fortalece rede especializada que atende a cada mês 250 situações de violência contra a mulher

Encontro reuniu órgãos de proteção para alinhar procedimentos, reforçar o fluxo de atendimento e a atuação coordenada


Apucarana promoveu nesta sexta-feira (28/11) uma capacitação para a rede especializada de atendimento e enfrentamento à violência contra a mulher, que atende mensalmente cerca de 250 situações de violência. O encontro reuniu órgãos que recebem denúncias e acolhem vítimas, como Polícia Militar, Polícia Civil, Delegacia da Mulher, Guarda Civil Municipal (GCM), Patrulha Maria da Penha, Defensoria Pública e equipe do Centro de Atendimento à Mulher (CAM). O objetivo é alinhar procedimentos, apresentar detalhes dos serviços e fortalecer a articulação entre os setores.

O prefeito Rodolfo Mota salientou o compromisso da gestão com a proteção e o cuidado das mulheres, destacando a importância de políticas públicas integradas. “É preciso prevenir, acolher e ajudar as mulheres a reconstruir suas vidas. A violência doméstica é um problema que exige coordenação entre todos os setores, com um fluxo de atendimento ágil, humanizado e eficiente, para que nenhuma mulher que sofre qualquer tipo de violência fique desamparada”, afirmou.

A secretária da Mulher e Assuntos da Família, Karine Mota, afirma que o objetivo do treinamento é fazer cada órgão compreender o papel do outro e saber exatamente como encaminhar a mulher em situação de violência. “A rede atende, em média, cerca de 250 situações de violência contra a mulher mensalmente, casos que chegam por meio de denúncias em canais como o 153, 180, 100 e 190, Delegacia da Mulher ou diretamente no CAM. Somente ontem foram registrados seis novos casos”, revelou Karine Mota.

A diretora do Centro de Atendimento à Mulher (CAM), advogada Fernanda de Freitas Araújo, explicou como funciona o atendimento psicossocial e jurídico no CAM, reforçando a importância do trabalho integrado da rede. “O CAM, por exemplo, recebe boletins de ocorrência e as medidas protetivas decretadas pelo Judiciário, iniciando imediatamente a busca ativa para ofertar apoio”, explicou.

Segundo Fernanda, a articulação imediata entre os órgãos garante agilidade e proteção contínua. Ao registrar o boletim de ocorrência, a mulher solicita a medida protetiva, que segue para análise do Judiciário. Quando deferida, a medida é integrada automaticamente ao sistema da rede especializada, permitindo o acompanhamento sigiloso de toda a situação. Além da medida protetiva, a rede mantém monitoramento constante, enquanto o Judiciário pode, conforme a gravidade do caso, determinar a prisão em flagrante ou a prisão preventiva do agressor.

FLUXO DE ATENDIMENTO – como a rede funciona na prática


1 – Acolhimento inicial: a mulher chega a qualquer ponto da rede.
2 – Notificação e avaliação de risco: registro no sistema e identificação do grau de perigo.
3 – Denúncia e proteção legal: encaminhamento para a Delegacia da Mulher, boletim de ocorrência e pedido de medida protetiva.
4 – Acompanhamento integrado: inclusão no CAM, com apoio social, psicológico e jurídico.
5 – Monitoramento: Patrulha Maria da Penha verifica o cumprimento das medidas.
6 – Autonomia: suporte contínuo para reconstrução da vida com segurança e independência.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

Moraes vota para condenar 5 PMs por atos golpistas


Bolsonaristas durante o ataque golpista de 8 de janeiro de 2023 em Brasília. Foto: Sergio Lima/AFP

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes votou nesta sexta (28) para condenar cinco dos sete integrantes da antiga cúpula da Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF) por omissão nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. O julgamento, conduzido pela Primeira Turma da Corte, vai até 5 de dezembro e inclui ainda os votos de Flávio Dino, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.

Todos analisam a conduta dos oficiais que ocupavam cargos de comando durante a invasão e depredação das sedes dos Três Poderes. Moraes propôs pena de 16 anos para Fábio Augusto Vieira, Klepter Rosa Gonçalves, Jorge Eduardo Barreto Naime, Paulo José Ferreira de Sousa Bezerra e Marcelo Casimiro Vasconcelos. Ele também pediu a perda dos cargos públicos desses réus.

Já Flávio Silvestre de Alencar e Rafael Pereira Martins foram absolvidos pelo ministro. Segundo Moraes, a análise se baseou em mensagens, depoimentos e comparações entre as medidas adotadas pela PMDF e os protocolos que deveriam ter sido seguidos.

Para Moraes, houve “condutas omissivas de contribuição relevante” e “anuência tácita” da cúpula da PMDF diante do risco já conhecido. Ele afirmou que “não houve só falhas pontuais” e que a polícia tinha plena consciência do potencial de violência antes dos eventos. O ministro classificou a omissão como “dolosa e estruturada”, iniciada ainda no período eleitoral de 2022.

O relator votou pela condenação dos réus por tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. Para Moraes, a resposta estatal deve ser firme para evitar a repetição histórica de movimentos que tentam, segundo ele, “obstruir a manutenção da normalidade democrática”.

Ex-membros da cúpula da PM do DF, réus em ação por omissão no STF. Foto: TV Globo/Reprodução

O ministro escreveu que condenações proporcionais servem para desencorajar a transformação de grupos políticos apoiados por setores militares em organizações criminosas.

Os sete policiais seguem em liberdade provisória com tornozeleiras eletrônicas e uma série de restrições: não podem deixar a cidade, devem permanecer em casa à noite e aos fins de semana e precisam se apresentar à Justiça toda segunda-feira.

Estão proibidos de sair do país, de portar armas, de usar redes sociais e de ter contato com outros investigados. Em outubro, Moraes determinou que o governo do DF envie atualizações diárias sobre as tornozeleiras.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) sustenta que os comandantes se omitiram deliberadamente, mesmo com informações prévias sobre o risco de invasões e destruição. Para o órgão, eles não reforçaram o policiamento, não impediram a invasão e nem atuaram para contê-la, contribuindo para o avanço dos grupos golpistas.

Fonte: DCM

Pátio de máquinas da Prefeitura de Apucarana vai receber investimento de R$ 1 milhão em obras da reconstrução

Ordem de serviço para construção do refeitório e área de repouso foi assinada nesta quinta-feira e prevê investimentos com recursos próprios do município


O prefeito Rodolfo Mota autorizou nesta quinta-feira (27/12) o início das obras de construção do refeitório e área de repouso destinada aos servidores municipais lotados na Secretaria de Serviços Públicos. A ordem de serviço foi assinada em evento no pátio de máquinas da Prefeitura de Apucarana. O início dos trabalhos está previsto para o dia 5 de janeiro, com prazo de 10 meses para conclusão. A licitação, vencida pela Construtora Canterteze Ltda, de Arapongas, prevê investimento na ordem de R$ 994.999,90 em recursos municipais. Além de membros do secretariado municipal, prestigiou o ato o vereador Pablo da Segurança.

A reconstrução do local de trabalho dos operários havia sido anunciada pelo prefeito em abril, quando esteve no pátio para inaugurar a sede operacional da Defesa Civil Municipal. Na oportunidade, Rodolfo Mota observou que por décadas os servidores vinham desempenhando suas funções em condições inadequadas de descanso e alimentação, comprometendo não apenas o bem-estar dos trabalhadores, mas também a eficiência e a segurança na execução das atividades diárias.

“O pátio de máquinas foi um dos primeiros lugares que visitei no início do mandato. A situação que encontramos era tão crítica que pedi à equipe de comunicação para não expor todas as imagens. Eu tinha vergonha de mostrar as condições a que os servidores da minha cidade estavam submetidos. Banheiros, cozinha e área de descanso eram ambientes totalmente inadequados, e o vídeo que publicamos na época repercutiu porque muita gente não acreditava que aquilo era a realidade dos trabalhadores que cuidam da nossa cidade”, lembrou Mota, relatando que ainda nos primeiros meses foi realizada uma intervenção emergencial nos banheiros, executada pela própria equipe do pátio.

“Mas eu sabia que aquilo não era suficiente. Por isso determinei a elaboração de um projeto completo de reconstrução. Agora, com investimento de quase R$ 1 milhão em recursos próprios, viabilizamos uma obra que vai garantir um espaço digno para refeições, repouso, organização dos pertences e convivência, tudo dentro das normas sanitárias”, disse o prefeito, agradecendo a cada servidor do pátio de máquinas. “Vocês trabalham sob sol e chuva, muitas vezes sem o reconhecimento que merecem, e ainda assim seguem cuidando da cidade com dedicação. Essa obra é para vocês. A construtora tem o compromisso de executar com qualidade e dentro do prazo, e nós vamos acompanhar de perto. Depois de tantos anos esperando, é hora de entregar um pátio à altura do trabalho que vocês realizam todos os dias”, concluiu.

O secretário municipal de Serviços Públicos, Wendel Metta, salienta que a construção de um refeitório permitirá que os servidores tenham acesso a um ambiente adequado para realizar suas refeições, atendendo às exigências sanitárias e proporcionando maior dignidade no ambiente de trabalho. “A área de repouso, por sua vez, atenderá à demanda dos servidores que atuam em regime de plantão ou que, devido à distância entre sua residência e o local de trabalho, necessitam permanecer na sede da Secretaria por longos períodos”, observa o secretário.

Segundo ele, devido ao aumento da demanda operacional da Secretaria de Serviços Públicos, frequentemente é necessário mobilizar equipes para ações emergenciais (como quedas de árvores, limpeza urbana intensiva e manutenção de vias) fora do horário comercial, exigindo maior permanência dos servidores nas dependências da secretaria. “Quero agradecer ao prefeito pelo olhar atento à Secretaria de Serviços Públicos. O pátio é um setor desafiador, e tenho muito orgulho de, após 11 meses de gestão, dizer que sou secretário desses servidores. Mesmo diante de dificuldades, especialmente nos episódios recentes de fortes chuvas e tempestades, a equipe nunca deixou de atender a população, de cuidar da cidade e de estar à disposição. Essa obra vai trazer mais qualidade de trabalho e mais dignidade para todos. Eles não apenas precisam, como merecem essa melhoria. Em nome dos servidores, agradeço ao prefeito pelo investimento e pelo compromisso com o nosso setor”, destacou Metta.

Segundo explica o secretário Municipal de Obras, engenheiro civil Mateus Franciscon Fernandes, o projeto prevê a reforma integral da área existente, de 640 metros quadrados, e a ampliação de mais 158,47 metros quadrados, totalizando 798,47 metros quadrados de estrutura. A ampliação inclui um novo refeitório com cozinha industrial, área de descanso com dormitórios, reforma do antigo escritório e novos banheiros com vestiários.

“Vamos reconstruir o refeitório, instalar uma cozinha moderna, criar um espaço adequado para repouso e construir um quiosque que incluirá churrasqueira para momentos de confraternização. O novo bloco de banheiros terá cerca de 70 metros quadrados, com chuveiros, sanitários, armários e vestiários. É uma intervenção completa, pensada para oferecer um ambiente digno e funcional para os servidores que atuam diariamente no pátio de máquinas”, comunicou o secretário.


Fonte: Prefeitura de Apucarana

Rodolfo Mota anuncia abono natalino de R$250 para os servidores, o valor é 56,25% maior do que em 2024

O benefício visa valorizar o funcionalismo municipal, sendo um reconhecimento da sua dedicação e empenho na prestação de serviços à comunidade


A Prefeitura de Apucarana anunciou nesta quinta-feira (27/11) o pagamento do abono natalino de R$250 para todos os 3.758 servidores municipais. O crédito será realizado no dia 19 de dezembro, junto com a folha salarial, garantindo que os trabalhadores recebam o benefício antes do Natal.

O anúncio foi feito pelo prefeito Rodolfo Mota após a assinatura da ordem de serviço de obras no pátio de máquinas, ao lado dos secretários municipais Rogério Ribeiro (Fazenda) e Robson de Souza Cruz (Gestão Pública) e do vereador Pablo da Segurança. De acordo com ele, o valor – superior aos R$160 pagos no ano passado – só foi possível graças ao esforço coletivo dos servidores para reduzir despesas ao longo de 2025, e representa um acréscimo de 56,25% em relação ao pago em 2024.

“Apucarana sempre ofereceu algum incentivo de fim de ano aos servidores e este será o maior valor da história até aqui. E só estamos conseguindo entregar isso porque a maioria dos servidores entendeu e ajudou a economizar. Pedimos ações simples: apagar a luz, desligar tela de computador, evitar desperdício de água, cuidar da manutenção. Isso é o que qualquer família faz em casa. Essa economia coletiva permitiu transformar essa economia de quase um R$1 milhão no maior abono natalino da história da prefeitura”, destacou o prefeito, frisando que o incentivo é dinheiro que volta para a economia local.

Mota lembrou que a atual gestão herdou dívidas previdenciárias dos servidores acumuladas ao longo de até dez anos, hoje estimadas em R$100 milhões, com impacto direto no orçamento. Segundo ele, desde janeiro o município vem adotando medidas para reorganizar as contas públicas e corrigir distorções históricas. “Nós encontramos uma cidade com dívidas pesadas. Só na Educação vamos pagar R$24 milhões de INSS neste ano, algo que não era quitado desde 2014. Se esse valor estivesse disponível, reformaríamos todos os 24 CMEIs com um investimento de R$1 milhão cada. Mas, mesmo diante desse cenário, estamos corrigindo distorções, garantindo piso municipal digno e valorizando quem faz a máquina pública funcionar”, afirmou o prefeito.

Ele lembrou que as correções recentes incluem o complemento do piso municipal de R$2.100, o reajuste da data-base, e o ajuste das gratificações dos motoristas, medidas que somam impacto superior a R$18 milhões neste ano. Ao confirmar o abono, o prefeito reforçou que parte significativa do recurso veio da economia obtida em 2025.

“Economizamos em combustível, material de limpeza, manutenção de veículos, água e energia. Cada gesto de cuidado fez diferença. É essa responsabilidade coletiva que nos permite anunciar o maior abono natalino já pago pela prefeitura. Aqui ninguém recebe panetone, nem cesta. Aqui são R$250 na conta, no dia 19 de dezembro. É reconhecimento, é respeito, é responsabilidade com quem levanta cedo e faz a cidade acontecer”, finalizou Rodolfo Mota, agradecendo ao empenho das equipes. “Isso é mérito de todos nós: gestão, secretarias e servidores. Cuidar do que é público é cuidar das pessoas. Que Deus abençoe cada família e que todos tenham um bom Natal”, declarou.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

A tese da defesa de Bolsonaro para o novo pedido de prisão domiciliar


       O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em prisão domiciliar. Foto: Reprodução

A defesa de Jair Bolsonaro (PL) prepara uma nova tese jurídica para embasar um pedido de prisão domiciliar que deve ser apresentado na próxima semana. O foco dos advogados é contestar a interpretação de que o dano à tornozeleira eletrônica indicaria automaticamente uma tentativa de fuga, conforme informações do colunista Caio Junqueira, da CNN Brasil.

Segundo a estratégia em elaboração, os advogados pretendem argumentar que o episódio não comprova intenção de escapar e que há precedentes semelhantes. A comparação usada é com o ex-presidente Fernando Collor, que permaneceu 36 horas com a tornozeleira desligada sem ter a medida revogada.

A narrativa que será levada ao Supremo pretende sustentar que o ocorrido com Bolsonaro foi um “surto” relacionado a novos medicamentos incluídos em sua prescrição médica. A defesa também planeja reforçar que uma fuga nunca esteve nos planos do ex-presidente e que sua execução seria “muito difícil”.

Condições médicas devem ser incluídas no pedido

O novo requerimento deve incluir ainda argumentos sobre a necessidade de atendimento médico contínuo. Na quinta-feira (27), Bolsonaro recebeu atendimento após os filhos relatarem nas redes sociais uma crise de soluços. Na audiência de custódia, ele afirmou sofrer de refluxo e apneia e fazer uso de cinco medicamentos.

Para a defesa, um plantão médico 24 horas é assegurado pela decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Levar Bolsonaro de volta à prisão domiciliar é hoje a prioridade absoluta de sua defesa — mais do que tentar alterar a condenação já imposta.

Por isso, os embargos infringentes que devem ser apresentados nesta sexta-feira (28) são tratados mais como uma forma de registrar discordância com a decisão do que como um instrumento com chance real de mudar a pena.

Fonte: DCM

Líder do MBL, sonegador alvo de operação contra a Refit foi o maior “doador” do partido Missão

Kataguiri, Arthur do Val e Beraldo em podcast

A Operação Poço de Lobato, deflagrada na quinta-feira (27) pelo Ministério Público de São Paulo e pela Receita Federal, teve como alvo o empresário Ricardo Magro, controlador do Grupo Refit e da antiga Refinaria de Manguinhos, investigado por um esquema bilionário de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro.

Além de Magro e dos familiares, a investigação chegou ao influenciador e comentarista político da Jovem Pan Cristiano Moreira Pinto Beraldo.

Beraldo é acusado de administrar offshores nos Estados Unidos usadas para movimentar recursos ligados ao dono da Refit. Uma dessas empresas, a Cascais Bay LLC, tem como gerente Alessandra Engel Magro, esposa de Magro. Outra, a Oceana KB Real Estate LLC, está registrada em nome do próprio empresário.

Ele foi candidato a deputado estadual em 2022 pelo União Brasil e declarou patrimônio de R$ 1.852.750 à Justiça Eleitoral. Nas redes sociais, apresenta-se como “brasileiro indignado”, detona o governo federal e o STF e ataca concorrentes.

Os investigadores apontam que Beraldo colaborou para blindar o patrimônio do empresário, que deve R$ 9,6 bilhões em impostos apenas em São Paulo.

Em 2021, o sujeito virou uma liderança do MBL. Participou de congressos do movimento e de podcasts com seus próceres, como o deputado federal Kim Kataguiri. Segundo Arthur do Val, deputado estadual cassado, era o maior doador do partido Missão. É suspeito de ter pagado coletores profissionais de assinaturas, entre outras coisas.


“Minha família tem uma longa tradição de participação na vida pública do país. Desde Delfim Moreira, irmão de meu bisavô que foi Presidente da República, até meu saudoso avô Bilac Pinto, que foi deputado federal, Presidente da Câmara dos Deputados e Ministro do Supremo Tribunal Federal. Apesar do meu gosto pela política ter se manifestado desde cedo, aprendi com meu avô que o bom político não pode depender da política para viver”, disse em entrevista.

Assim fui à luta na iniciativa privada e ao longo de 20 anos consegui conquistar uma certa estabilidade financeira que hoje me permite dedicar aos projetos que me motivem e apaixonem. Meu objetivo agora é contribuir com um projeto transformador para São Paulo com o Arthur do Val, não necessariamente sendo candidato a algum cargo”.

A operação desta quinta-feira envolveu 190 mandados de busca e apreensão em cinco estados — SP, RJ, MG, BA e MA — e no Distrito Federal, com participação da Receita, PGFN, Secretaria Municipal da Fazenda de SP, Polícias Civil e Militar.

Ele disputou vaga de deputado federal em 2022 pelo União Brasil. Dois dias antes da operação, a emissora veiculou um vídeo em que ele comentava a prisão preventiva de Jair Bolsonaro. A Jovem Pan não se manifestou sobre seu afastamento.

Membros da cúpula da MBL em evento patrocinado pela Refit em Nova York
Em maio deste ano, membros da cúpula do MBL compareceram em peso ao Brazil Insights, evento organizado pela revista Veja no hotel St. Regis, em Nova York, patrocinado pela própria Refit. O encontro reuniu empresários e políticos brasileiros. Na ocasião, figuras centrais do movimento participaram de painéis e circulavam como convidados do fórum, que, ironicamente, tinha como um dos principais apoiadores justamente a empresa agora envolvida no esquema bilionário de sonegação fiscal.

Em nota, o MBL alega que o “compliance” do grupo “tomou ciência, na tarde desta quinta-feira (27), da inclusão do nosso amigo e colaborador Cristiano Beraldo, que também é apresentador de TV na Jovem Pan, em investigação concernente a empresa em que ele presta serviços nos Estados Unidos”.

“Aceitamos a decisão de Beraldo de se desligar do Movimento e mantemos assim o mais alto padrão de lisura da política brasileira, como visto em toda a história do MBL”.

Falta agora devolver o dinheiro.

Fonte: DCM

Efeito Lula: Desemprego cai a 5,4% e atinge menor patamar da história

 

O presidente Lula (PT). Foto: Reprodução

O desemprego voltou a cair no Brasil e atingiu 5,4% no trimestre encerrado em outubro, marcando o menor nível da série histórica iniciada em 2012, segundo o IBGE. Após três meses de estabilidade no piso histórico, o indicador renovou o recorde e surpreendeu analistas, que esperavam recuo para 5,5%.

De acordo com a Pnad Contínua, divulgada nesta sexta-feira, a taxa de 5,4% ficou abaixo das projeções do mercado coletadas pelo Valor Data. Na comparação com o mesmo período de 2024, quando o desemprego estava em 6,2%, houve queda de 0,7 ponto percentual.

A pesquisa mostra que o número de desempregados caiu para 5,910 milhões, o menor contingente desde o início da série. O recuo foi de 3,4% na comparação com o trimestre móvel encerrado em julho (menos 207 mil pessoas) e de 11,8% em relação ao ano anterior (menos 788 mil pessoas).

Mesmo com a redução do desemprego, o total de pessoas ocupadas permaneceu estável em 102,5 milhões, mantendo o maior nível já registrado. Já o número de trabalhadores com carteira assinada chegou ao recorde de 39,182 milhões.

Segundo Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, o elevado número de ocupados tem reduzido a pressão sobre o mercado de trabalho.

“O elevado contingente de pessoas ocupadas nos últimos trimestres contribui para a redução da pressão por busca por ocupação e, como resultado, a taxa de desocupação segue em redução, alcançando, nesse trimestre, o menor valor da série histórica”, explicou.

A renda média real atingiu R$ 3.528, acima dos R$ 3.507 registrados no trimestre encerrado em setembro, também renovando recorde. A massa de rendimento alcançou R$ 357,3 bilhões, com estabilidade no trimestre e alta de 5,0% em relação ao ano (mais R$ 16,9 bilhões).

Fonte: DCM

Na contramão de bolsonaristas, Anitta recusa show que seria pago com dinheiro público


      A cantora Anitta. Foto: reprodução

A secretária de Cultura de Natal, Iracy Azevedo, revelou que Anitta recusou um show na capital potiguar por não aceitar cachê pago com verba pública. De acordo com a gestão municipal, a cantora mantém princípios firmes sobre a origem do dinheiro. “Anitta poderia até vir, mas ela tem algumas restrições com relação a pagamento de dinheiro público. Ela não faz show para prefeituras”, explicou a secretária.

Iracy Azevedo demonstrou respeito pela posição da artista, afirmando: “Eu acho até nobre da parte dela, ela defende algum princípio, e ela se mantém nesse princípio”. A declaração reacendeu o debate sobre cachês de artistas financiados por recursos públicos, tema que já havia sido abordado pela própria Anitta em entrevista anterior.

Em conversa com o Fantástico, a cantora já havia relatado receber propostas irregulares. “Eu já recebi propostas, eu e meu irmão. ‘Você cobra tanto, aí eu vou e pego um pedaço.’ Eu falei ‘não'”, contou Anitta na época. A equipe da artista não se manifestou oficialmente sobre a recusa específica do show em Natal.

O assunto ganhou contornos adicionais após a polêmica envolvendo o sertanejo Zé Neto, que criticou a Lei Rouanet enquanto seu show em Sorriso (MT) era bancado com R$ 400 mil da prefeitura. A posição de Anitta contrasta com a de outros artistas bolsonaristas, que aceitam cachês provenientes de verbas públicas municipais e fizeram fortuna, como Gusttavo Lima, Leonardo e Zezé Di Camargo.

Fonte: DCM

VÍDEO: Prefeita de direita do RS agradece Lula por apoio após enchentes e se emociona


      Carine Schwingel, prefeita de Estrela. Foto: reprodução

Em cerimônia realizada na tarde da última quinta-feira (27), o presidente Lula (PT) anunciou um novo pacote de investimentos voltado à reconstrução do Rio Grande do Sul, estado que ainda enfrenta os impactos das enchentes de 2024. O evento ganhou forte repercussão após um discurso emocionado da prefeita de Estrela, Carine Schwingel (União Brasil), consefque agradeceu publicamente ao governo federal pelo apoio ao município.

Estrela, cidade com pouco mais de 30 mil habitantes, viu cerca de 1.500 famílias perderem suas casas durante a tragédia climática. A prefeita, que se define como conservadora e pertence a um partido de oposição ao governo Lula, relatou ter recebido assistência integral por parte dos ministérios e disse nunca ter enfrentado discriminação política no processo de reconstrução.

Em sua fala, Schwingel destacou a postura republicana do governo federal: “Eu estou aqui para dizer muito obrigada, gratidão! E dizer para vocês que eu não sou do partido do presidente, mas nunca o presidente, ninguém da sua equipe, perguntou isso. E depois da eleição do ano passado, eu participei de um evento em que o senhor palestrou e o senhor disse que trabalhava pela política pública para as pessoas, não olhando o lado político. Eu sou testemunha disso”.

A prefeita explicou que cidades pequenas possuem limitações financeiras severas e dependem de articulação direta com a União para viabilizar obras estruturantes.

No relato, reforçou que a relação com todos os ministérios foi marcada pelo foco nas vítimas e na urgência humanitária: “Em todos os ministérios que a gente foi, sempre foi o pensar na pessoa que estava lá. Os municípios pequenos… a gente tem uma grande dificuldade, porque o nosso orçamento não permite grandes investimentos […] Estrela é uma cidade de 35 mil habitantes, onde 1.500 famílias perderam as suas casas”.

Em resposta, o presidente Lula anunciou que, “ao todo, os recursos destinados pelo Governo do Brasil para apoiar a população gaúcha somam cerca de R$ 111 bilhões, dos quais R$ 90 bilhões já foram concedidos”.

“No meu governo, não perguntamos a qual partido o prefeito ou prefeita pertence. E sim o que é que o povo de sua cidade está precisando. Pois é este o nosso modo de governar. Do lado do Povo Brasileiro”, completou Lula em publicação no X.

O governo já havia anunciado, ainda em 2024, um conjunto de medidas emergenciais, incluindo créditos extraordinários, linhas de financiamento com juros reduzidos, liberação de FGTS e envio de equipes da Defesa Civil. Agora, o novo pacote amplia o foco em infraestrutura, habitação e reconstrução de equipamentos públicos destruídos pelas cheias.

Fonte: DCM