segunda-feira, 8 de setembro de 2025

Os três golpistas do 8/1 que Moraes mandou prender


       O ministro Alexandre de Moraes, do STF – Foto: Reprodução

Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a prisão de três condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023, em Brasília.

Os mandados foram expedidos contra Evandro Ericson Vieira de Medeiros, Márcio Castro Rodrigues e Jorgeleia Schmoeler, todos considerados foragidos. A decisão foi comunicada à Polícia Federal (PF), que ficou encarregada de cumprir as ordens.

Segundo o STF, Evandro e Márcio receberam penas de 2 anos e 5 meses de prisão em regime semiaberto. Já Jorgeleia foi condenada a 14 anos em regime fechado, em razão de sua participação direta na invasão às sedes dos Três Poderes. Os ministros da Corte entenderam que as provas apresentadas nos processos foram suficientes para a condenação.

Atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 – Foto: Reprodução

No caso de Jorgeleia, a sentença foi baseada em vídeos que mostram sua presença no Congresso Nacional e no próprio STF durante a invasão. Nas imagens, ela aparece afirmando: “O Brasil é nosso, não é dos petralhas. Tá tudo invadido. Tá invadido. Tá tudo invadido”. Em outro momento, completa: “Gente, eu e a jaeque tá fazendo parte dessa história. Tamo ajudando a invadir os Três Poderes. Tá cheio. Bomba, tiro. Lá embaixo. Mas o Brasil é nosso (sic)”.

De acordo com levantamento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), há atualmente 235 mandados de prisão em aberto no país relacionados aos ataques de 8 de janeiro.

Desses, 234 foram determinados por Alexandre de Moraes, que conduz a maioria dos processos ligados ao caso no Supremo.

Fonte: DCM

Confiança dos brasileiros cai nas instituições democráticas, aponta pesquisa Genial/Quaest

Estudo mostra que igrejas, polícias e Forças Armadas seguem mais confiáveis que Congresso, STF e partidos políticos

Praça dos Três Poderes vista do Palácio do Planalto (Foto: ABR)

A mais recente pesquisa Genial/Quaest, divulgada por Felipe Nunes, diretor do instituto, revela uma queda significativa na confiança dos brasileiros em instituições democráticas, como Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal (STF) e partidos políticos. O levantamento, realizado entre os dias 13 e 17 de agosto com 12.150 pessoas, mostra que a credibilidade segue maior em igrejas, forças de segurança e militares. A margem de erro é de dois pontos percentuais e o índice de confiança é de 95%.

Segundo a Genial/Quaest, a desconfiança aumentou de forma generalizada nos últimos quatro anos. O estudo aponta alta de 10 pontos percentuais na desconfiança em relação à Polícia Militar, às Forças Armadas e ao Congresso. Nos partidos políticos, a percepção negativa cresceu 9 pontos, enquanto no STF a alta foi de 7 pontos e, na imprensa, de 6 pontos.

◈ Confiança religiosa e militar supera a democrática

O ranking de confiança é liderado pela Igreja Católica, com saldo positivo de 48 pontos, seguida pela Polícia Militar (+43) e pelas Forças Armadas (+42). As igrejas evangélicas aparecem com saldo de +33, ainda entre as instituições mais bem avaliadas. Já os partidos políticos estão na última posição, com -27 pontos, atrás até mesmo das redes sociais (-16).

Prefeitos (+28), bancos (+27) e a Presidência da República (+10) apresentam índices intermediários. O STF registra leve saldo positivo de +3, enquanto o Congresso Nacional aparece no negativo, com -7 pontos.

◈ Polarização no comportamento dos eleitores

A pesquisa evidencia um viés claro entre os diferentes grupos eleitorais. Entre os que votaram no presidente Lula (PT) em 2022, há maior confiança na imprensa, no STF e na Presidência. Nesse segmento, 67% dizem confiar na imprensa e 73% no STF. Já entre os eleitores de Jair Bolsonaro (PL), a tendência é oposta: 59% não confiam na imprensa e 76% desconfiam do STF.

Outro dado relevante é que a desconfiança nas igrejas evangélicas cresceu entre os eleitores de Lula, especialmente entre 2024 e 2025, já no terceiro mandato do presidente. No caso das Forças Armadas, a perda de confiança ocorreu apenas entre apoiadores de Bolsonaro, sobretudo entre 2022 e 2024.

◈ Desgaste atinge o Congresso em todos os grupos

O Congresso Nacional é uma das instituições que mais perdeu credibilidade entre todos os grupos. Eleitores de Lula, de Bolsonaro e até os que se abstiveram no segundo turno de 2022 aumentaram sua desconfiança no Legislativo. Entre os que não votaram, 60% afirmam hoje não confiar no Congresso.

Esse desgaste atinge também eleitores que se abstiveram ou anularam o voto em 2022. Nesse grupo, a confiança nas instituições democráticas apresenta queda constante desde 2022, reforçando a percepção de descontentamento generalizado.

◈ Impacto econômico e político da crise de confiança

Felipe Nunes, diretor da Quaest, destacou que essa baixa confiança institucional tem consequências graves para o país: "Essa baixa e enviesada confiança nas instituições democráticas custa caro ao Brasil: aumenta o prêmio de risco, trava investimentos, amplia incerteza e abre espaço para experiências populistas e não democráticas".

Fonte: Brasil 247

Barroso reage a ataques de Tarcísio e defende transparência nos julgamentos do STF: 'tudo tem sido feito à luz do dia'


Presidente do Supremo rebate ataques feitos em ato pró-Bolsonaro e afirma que ditadura foi um “mundo de sombras” sem devido processo legal

Ministro do STF Luís Roberto Barroso (Foto: Gustavo Moreno/STF)

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, reagiu nesta segunda-feira (8) às críticas feitas contra a Corte durante as manifestações de 7 de setembro, em São Paulo. Durante o ato, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e autoridades políticas acusaram o STF de agir de forma arbitrária no julgamento da trama golpista.

O principal ataque partiu do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que chamou o ministro Alexandre de Moraes de “ditador” e “tirano”. Em resposta, Barroso ressaltou que a Justiça brasileira atua de forma pública e transparente. “Não gosto de ser comentarista do fato político do dia e estou aguardando o julgamento para me pronunciar em nome do Supremo Tribunal Federal. A hora para fazê-lo é após o exame da acusação, da defesa e apresentação das provas, para se saber quem é inocente e quem é culpado. Processo penal é prova, não disputa política ou ideológica”, afirmou o ministro em mensagem enviada à coluna da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo..

Barroso destacou a diferença entre o funcionamento da democracia e o período da ditadura militar. “Por ora, o que posso dizer é que, tendo vivido e combatido a ditadura, nela é que não havia devido processo legal público e transparente, acompanhado pela imprensa e pela sociedade em geral. Era um mundo de sombras. Hoje, tudo tem sido feito à luz do dia. O julgamento é um reflexo da realidade. Na vida, não adianta querer quebrar o espelho por não gostar da imagem”, declarou.

Durante a ditadura militar, apoiada por Jair Bolsonaro, ministros do STF foram cassados, o habeas corpus foi suspenso e opositores políticos sofreram prisões arbitrárias, tortura e até assassinatos. Barroso ressaltou que o atual modelo de julgamento garante o acompanhamento da sociedade e da imprensa, reforçando a legitimidade das decisões.

No ato de 7 de setembro, realizado na avenida Paulista, Tarcísio de Freitas disse que Bolsonaro não estaria recebendo um julgamento justo e classificou como “mentirosa” a delação do tenente-coronel Mauro Cid, que citou o ex-mandatário no planejamento de um golpe de Estado. Segundo o governador, a delação teria sido feita sob coação.

“Não vamos aceitar a ditadura de um Poder sobre o outro. Chega”, afirmou o governador em tom de desafio ao Supremo. Diante da multidão, que exibiu bandeiras de Israel e dos Estados Unidos, Tarcísio voltou a atacar Moraes: “Não vamos aceitar que nenhum ditador diga o que temos que fazer”.

Quando o público entoou gritos de “fora, Moraes”, o governador reforçou as críticas: “Por que é que vocês estão gritando isso? Talvez porque ninguém aguente mais. Ninguém aguenta mais a tirania de um ministro como Moraes. Ninguém aguenta mais o que está acontecendo neste país”.

As declarações do governador aumentaram a tensão entre os poderes e colocaram ainda mais pressão sobre o STF no julgamento que envolve Jair Bolsonaro e a acusação de tentativa de golpe. O julgamento será retomado nesta terça-feira (9).

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Tebet, Alckmin e Haddad lideram disputa pelo Senado em SP, diz Atlas


         Simone Tebet, Geraldo Alckmin e Fernando Haddad – Foto: Reprodução

Simone Tebet (MDB) e Fernando Haddad (PT) aparecem à frente em um dos cenários testados pela pesquisa AtlasIntel para a disputa ao Senado por São Paulo em 2026.

O levantamento, divulgado nesta segunda-feira (8), mostra a ministra do Planejamento com 22,1% das intenções de voto e o ministro da Fazenda com 19,7%. Na sequência, estão Eduardo Bolsonaro (PL-SP), com 14,8%, e Guilherme Derrite (PP), atual secretário da Segurança Pública, com 14,4%.

Gráfico da pesquisa AtlasIntel mostra Simone Tebet e Fernando Haddad na liderança das intenções de voto para o Senado por São Paulo em 2026 – Foto: Reprodução

O estudo ouviu 2.059 pessoas entre 29 de agosto e 3 de setembro por meio de questionários on-line, utilizando o método de recrutamento digital aleatório (Atlas RDR). A margem de erro é de dois pontos percentuais e o nível de confiança é de 95%. No mesmo cenário, Ricardo Salles (Novo-SP) soma 7,5%, Rodrigo Manga (Republicanos) aparece com 5,5% e Mara Gabrilli (PSD-SP) tem 5,4%. Robson Tuma (Republicanos) registra 0,6% e o senador Giordano (MDB-SP) aparece com 0,1%.

Ainda nesse quadro, 5,7% dos eleitores indicaram a opção “outro”, enquanto votos em branco e nulos totalizaram 3%. Além disso, 1,9% dos entrevistados não souberam responder. A pesquisa reforça que a eleição ao Senado tem regras específicas: cada estado elege dois senadores em 2026, e no total 54 das 81 cadeiras estarão em disputa.

Em outro cenário testado, Geraldo Alckmin (PSB), atual vice-presidente, lidera com 23,1% das intenções de voto. Marina Silva (Rede), ministra do Meio Ambiente, aparece em segundo lugar com 17,7%, seguida por Guilherme Derrite (PP), com 15,5%, e Ricardo Salles (Novo-SP), com 12%.

Na mesma simulação, Rodrigo Manga (Republicanos) registra 7,9%, Mara Gabrilli (PSD-SP) aparece com 4,9% e Rodrigo Garcia (sem partido), ex-governador de São Paulo, tem 4,3%. Robson Tuma (Republicanos) aparece com 1,2% e Giordano (MDB-SP) novamente com 0,1%.

Fonte: DCM

Tarcísio tem aprovação de 53% e Lula de 42% em SP, diz AtlasIntel

Pesquisa ouviu 2.059 pessoas em São Paulo por meio da internet

Lula e Tarcísio de Freitas (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil | Marcelo S. Camargo/Governo do Estado de SP)

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), mantém índices mais altos de aprovação do que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no estado, segundo pesquisa AtlasIntel divulgada nesta segunda-feira (8). De acordo com a CNN Brasil, o levantamento aponta que, 53% dos entrevistados disseram aprovar a gestão de Tarcísio, enquanto 42% demonstraram satisfação com o governo federal sob Lula.

A pesquisa também mostrou que 43% dos paulistas desaprovam o trabalho do governador, e 4% não souberam avaliar. No caso do presidente, a desaprovação chega a 56%, restando 2% de indecisos.

Além da análise sobre os governos estadual e federal, o levantamento ouviu os entrevistados sobre a administração municipal em suas cidades. Ao todo, 44% aprovam a gestão de seus prefeitos, 45% a desaprovam e 11% não souberam responder.

O estudo foi realizado com 2.059 pessoas em São Paulo entre os dias 29 de agosto e 3 de setembro, por meio da metodologia de recrutamento digital aleatório (Atlas RDR). Os questionários foram aplicados online, com margem de erro de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, e nível de confiança de 95%.

Fonte: Brasil 24'7 com informações da CNN Brasil

Mercado mantém previsão de inflação em 4,85%, diz Boletim Focus


Já projeção do PIB caiu de 2,19% para 2,16%

Sede do Banco Central, em Brasília - 17/12/2024 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

Por Felipe Moreira, do Infomoney - As projeções de mercado para a inflação em 2025 permaneceram estáveis nesta segunda-feira (8), após 14 semanas consecutivas de queda, segundo o Relatório Focus divulgado pelo Banco Central. A estimativa para o IPCA no ano manteve-se em 4,85%.

A mediana para o câmbio em 2025 recuou de R$ 5,56 para R$ 5,55.

Já projeção do PIB caiu de 2,19% para 2,16%.

Enquanto isso, a previsão para taxa básica de juros neste ano ficou em 15% pela décima primeira semana seguida.

☆ Inflação

A projeção para inflação no próximo ano caiu de 4,31% para 4,30%. A projeção para 2027 saiu de 3,94% para 3,93%, enquanto para 2028, a estimativa recuou de 3,80% para 3,70%.

Para o IGP-M, as projeções para 2025 subiram de 1,14% para 1,15%, enquanto a estimativa para 2026 ficou em 4,23%. Para 2027, a projeção de inflação ficou em 4%, enquanto para 2028 caiu de 3,98% para 3,96%.

As expectativas para a variação dos preços administrados dentro do IPCA em 2025 permaneceu em 4,68%. As projeções para 2026 ficaram em 4,00%. Para 2027, a estimativa ficou em 4,00%, enquanto para 2028, a estimativa subiu de 3,69% para 3,70%.

☆ Câmbio

Para 2026, a estimativa caiu de R$ 5,62 para R$ 5,60, enquanto a projeção para 2027 também recuou de R$ 5,62 para R$ 5,60. Para 2028, a estimativa caiu de R$ 5,60 para R$ 5,56.

☆ PIB

Para o produto interno bruto (PIB), a mediana das projeções de 2026 subiu de 1,87% em 1,85%. A projeção passou de 1,89% para 1,88% em 2027. Para 2028, a projeção continuou em 2%, há 78 semanas.

☆ Selic

A projeção para 2026 ficou em 12,50%, enquanto para 2027 permaneceu em 10,50%. Para 2028, a estimativa permaneceu em 10% por 37 semanas.

Fonte: Brasil 247 com Infomoney

Imprensa internacional destaca uso da bandeira dos EUA em atos bolsonaristas no 7 de setembro

Veículos internacionais destacaram o apelo a Donald Trump e a presença maciça de símbolos dos EUA nas manifestações pró-Bolsonaro

       Ato extremista na paulista (Foto: Reprodução)

As manifestações de 7 de setembro realizadas em todo o Brasil tiveram forte repercussão na imprensa internacional, segundo reportagem do jornal O Globo. Jornais e agências estrangeiras registraram a mobilização de apoiadores de Jair Bolsonaro, os ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF) e os pedidos de apoio ao atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

De acordo com a cobertura do The New York Times, símbolos norte-americanos estiveram entre os elementos mais visíveis durante os atos. O diário destacou uma bandeira gigante dos EUA estendida na Avenida Paulista, camisetas estampadas com a imagem de Trump no Rio de Janeiro e máscaras com o rosto dele em Brasília. O jornal avaliou que, mesmo inelegível até 2030, Bolsonaro segue sendo considerado uma força política relevante por seus seguidores. “Embora o Bolsonaro tenha sido impedido de ocupar cargos públicos até 2030, manifestantes de direita ainda mantêm a esperança de que seus direitos políticos sejam de alguma forma restaurados. Muitos depositam sua fé na Casa Branca”, relatou o NYT.

☉ Apelos a Trump e críticas ao STF

O The Guardian, do Reino Unido, também deu destaque à pressão exercida pelos bolsonaristas contra o governo brasileiro e o Judiciário, além do pedido explícito de apoio internacional. Em Brasília, um manifestante afirmou ao jornal britânico: “Ele é o único que pode nos salvar... Trump é a nossa única salvação”. O periódico ressaltou ainda as críticas feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que condenou a interferência estrangeira e classificou como “traidores” os políticos de direita que buscam apoio de Washington.Já a rede de notícias Al Jazeera salientou que o julgamento de Bolsonaro no STF pode resultar em penas superiores a 40 anos de prisão. A emissora destacou a presença da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro em São Paulo e do senador Flávio Bolsonaro no Rio de Janeiro, que vestia uma camisa com a inscrição “Bolsonaro 2026”, em defesa da anistia política ao pai.

☉ Repercussão na Europa e nas agências internacionais

A Associated Press estimou que “dezenas de milhares” de manifestantes tomaram as ruas neste 7 de setembro, apontando que a data se consolidou como demonstração anual de força política da direita brasileira. A agência ressaltou ainda os ataques direcionados ao ministro do STF Alexandre de Moraes, relator do processo contra o ex-presidente.Na Europa, o francês Le Monde descreveu os protestos como uma “última resistência ou contra-ataque” bolsonarista, enquanto o espanhol El País destacou a atuação do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que classificou Moraes como “tirano” e defendeu a volta de Bolsonaro em 2026.

Fonte: Brasil 247

Efeito Lula: 14 milhões de brasileiros superam linha da pobreza em dois anos


O presidente Lula – Foto: Reprodução

Em dois anos da terceira gestão do presidente Lula (PT), cerca de 14 milhões de brasileiros superaram a linha da pobreza, segundo dados do Cadastro Único (CadÚnico). O avanço está ligado ao crescimento da renda gerada pelos lares, em meio a um cenário de baixo desemprego.

Em março de 2023, o país tinha 26 milhões de famílias em situação de pobreza. Em agosto deste ano, esse número caiu para 19,5 milhões, uma redução de 25%, representando menos da metade dos 41,1 milhões de domicílios inscritos no programa.

O levantamento mostra ainda que o contingente de baixa renda caiu 20%, enquanto o grupo com renda acima de meio salário mínimo por integrante aumentou 67%.

Para Marcelo Neri, diretor da FGV Social, os números confirmam uma melhora significativa para os mais pobres: “Há um boom trabalhista na metade mais pobre do país. É um crescimento com mais fermento para os mais pobres, o que significa redução de desigualdade”. Ele destaca que o movimento é resultado tanto da queda no desemprego quanto do aumento da escolaridade.

Vale lembrar que o orçamento do Bolsa Família tem acompanhado a ampliação do programa nos últimos anos.

Foram R$ 113,5 bilhões em 2022, ainda sob o nome Auxílio Brasil, valor que chegou a R$ 166,9 bilhões em 2023 e deve ficar em R$ 159,5 bilhões em 2025. A chamada regra de proteção garante que famílias que ultrapassem a renda de R$ 218 per capita continuem recebendo metade do benefício por um período, mecanismo ajustado recentemente para tornar a transição mais rápida e direcionar os recursos a quem mais precisa.

Pessoa segura cartão do programa Bolsa Família – Foto: Reprodução

Com o mercado de trabalho aquecido, o número de lares na faixa de proteção vem diminuindo. Em julho de 2023, 2,1 milhões de famílias estavam nessa condição, mas em dois anos mais de 1,4 milhão saíram definitivamente do programa. A redução foi acelerada após o governo encurtar o prazo da regra de proteção de dois anos para um, permitindo concentrar recursos nos mais vulneráveis.

Para o Ministério do Desenvolvimento Social, o momento reflete também maior precisão nos dados do CadÚnico, que passou a integrar informações do Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS). Desde 2023, sete ações de integração atualizaram informações de renda de 33 milhões de pessoas. Segundo o secretário Rafael Osório, “a redução das famílias em situação de pobreza é reflexo da melhoria de vida da população, mas não estaríamos vendo isso se refletir no Cadastro como hoje se não fosse a integração de dados”.

Fonte: DCM

Marinha define penteado, cortes e cores de cabelos e unhas das mulheres em 50 regras


Portaria da marinha que define como as mulheres devem usar seus cabelos, unhas e acessórios (crédito: Marinha do Brasil)
A Marinha do Brasil publicou um manual de vestimenta que determina em detalhes como as mulheres pertencentes à corporação devem ou não devem cortar e pentear seus cabelos, pintar e cortar suas unhas, usar ou não usar brincos, piercings, colares, relógios, pulseiras e maquiagens. São mais de 50 regras.

No mesmo manual, há ainda questões de regramento do penteado e do uso de barba e bigode por parte dos homens, com apenas oito instruções.

Tudo ganhou força de norma militar e foi publicado no Diário Oficial da União, com o nome de Portaria MB/MD Nº 51, de 30 de Julho de 2025. O novo regramento desce a detalhes jamais antes regulados. Há exigências minuciosas sobre aparência, vestimentas e cores.

Marinheiras e oficiais não podem mais, por exemplo, manter o cabelo aparado rente à cabeça, aos moldes dos penteados utilizados pelos homens da Marinha. Já franjas são permitidas (mas não topete!), desde que não cheguem às sobrancelhas. Coques, por sua vez, estão autorizados, desde que não excedam 50% do tamanho do cránio.

Marinha determina o tamanho da franja das mulheres da corporação (crédito: Marinha do Brasil)

As regras para os cabelos femininos são tão detalhadas que foram divididas em 45 subitens. Sim, há 45 normas sobre como as muheres devem usar o cabelo na marinha. Veja, abaixo, algumas delas:

– Franjas podem ser usadas, sendo que seu comprimento não deve ultrapassar a linha das sobrancelhas, bem como não deverão estar visíveis com o uso da cobertura.

– Quando utilizando cobertura, as orelhas devem permanecer sempre à mostra, independente da arrumação ou do tipo do cabelo.

– A tintura dos cabelos deverá ser da mesma cor do cabelo apresentado na identificação da militar e restringir-se-á às cores naturais do cabelo humano (loiro, loiro escuro, ruivo, castanho, castanho escuro, preto, grisalho e branco), sendo vedada a alternância de cores na coloração artificial, exceto nas técnicas conhecidas como luzes, balaiagem ou reflexos. A coloração artificial do cabelo deve ser em tonalidades discretas e compatíveis com o uso do uniforme militar.

– É vedado raspar a cabeça ou adotar corte de cabelo com máquina inferior a nº 5, exceção feita à recomendação médica, durante a realização de curso ou estágio de caráter voluntário ou calvície.

– É vedado o uso de corte de cabelo tipo “moicano” ou “topete”, além do penteado com o cabelo levantado na parte anterior da cabeça, com ou sem gel fixador.

CLASSIFICAÇÃO DE CABELOS QUANTO À ARRUMAÇÃO

– As arrumações de cabelos autorizadas são: soltos, presos em coque, presos em “rabo de cavalo”, presos em trança única (simples ou embutida) e preso em tranças múltiplas.

– Os cabelos soltos são aqueles que se encontram em suas condições naturais, sem arrumações, presilhas, elásticos, penteados e acessórios.

– Os cabelos presos em coque devem possuir as seguintes características:

a) o cabelo deve ser preso firmemente, sem pontas soltas, devendo ser fixado por elásticos, grampos ou presilhas, bem como redes para cabelos, mantendo a tonalidade da cor do cabelo e a discrição;

b) o coque não deve ultrapassar os limites do rosto e do pescoço na vista frontal;

c) o coque deve ser centralizado, em altura que atenda ao preconizado no inciso 4.1.3;

d) é vedada a utilização de coque no topo da cabeça ou lateralizado; e

e) o volume do coque não deve ser maior que 50% da dimensão do crânio.

As seis formas de unha da mulher de bem da Marinha

De acordo com a Marinha, as unhas femininas “devem ser tratadas, mantidas permanentemente aparadas e com comprimento reduzido”.

A força naval assevera ainda que “unhas das mãos podem ser pintadas com esmalte em cores discretas ou base incolor, devendo ser evitadas as cores luminosas ou chamativas.”

É autorizada a pintura das unhas com a técnica conhecida como “francesinha” (unha com esmalte branco transparente e extremidade da unha com esmalte branco). Já quando pintadas ou com base incolor, a cor das unhas deve ser única para todos os dedos das mãos.

É vedado, ainda, o uso de adornos, como apliques desenhados, colados ou sobrepostos. Já a aplicação de esmalte nas unhas dos pés é facultada, desde que obedecido ao estipulado para as mãos.

O tamanho das unhas, tanto naturais quanto alongadas artificialmente, medido a partir da ponta dos dedos, não deverá exceder cinco milímetros.

Por fim, “são autorizados os formatos de unhas comumente conhecidos como quadrada, arredondada nos cantos, oval, redonda, amendoada e bailarina”. Veja o desenho abaixo, publicado pela Marinha.
Os formatos de unha permitidos pela Marinha (crédito: MB)
A portaria se encerra com algumas regras para o cabelo masculino, barba e bigode. Em uma delas, se lê que marinheiros e cabos estão proibidos de usar bigode. Os fios entre o nariz e a boca só podem ser cultivados por terceiros-sargentos e seus superiores hierárquicos.

Bigode não e coisa de militar de baixa patente na Marinha do Brasil (crédito: MB) 


Fonte: DCM

Convocados por Lula, líderes do BRICS realizam hoje reunião virtual em oposição às políticas unilaterais de Trump

Reunião do BRICS convocada por Lula realça força do multilateralismo

      Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou formalmente uma reunião virtual dos líderes do BRICS para esta segunda-feira (8). A iniciativa ocorre em meio ao aumento das tarifas impostas pelos Estados Unidos, o “tarifaço de 50%”, e busca promover uma plataforma coletiva em defesa do multilateralismo. .

Apesar de não ter sido definida oficialmente como pauta única, é esperado que o encontro — articulado pelo governo brasileiro — aborde as políticas comerciais restritivas de Washington e pressione pela reforma da Organização Mundial do Comércio (OMC). A cúpula deve também tratar de temas geopolíticos, como os conflitos em curso, além da COP 30.

Entre os participantes previstos estão presidentes e primeiros-ministros de países-membros do BRICS, incluindo o presidente chinês, Xi Jinping, o presidente russo, Vladimir Putin e o primeiro-ministro indiano Narendra Modi ou seu representante diplomático de alto nível.

Essa convocação evidencia a relevância estratégica do multilateralismo, especialmente contra a crescente postura unilateral dos EUA sob o governo de Donald Trump. O encontro reforça o papel do BRICS como um importante fórum de países emergentes que buscam equilíbrio geopolítico e cooperação institucional.

Significado geopolítico

A reunião reforça a visão do Brasil liderando esforços pelo multilateralismo e pela cooperação entre economias emergentes, sinalizando resistência às políticas protecionistas e unilaterais de Washington. A estratégia também visa preparar posicionamentos conjuntos para eventos internacionais relevantes, como a Assembleia Geral da ONU (setembro), a COP 30 e a cúpula do G20.

Além disso, demonstra como o BRICS segue consolidando-se como canal significativo de diálogo Sul-Sul e como plataforma diplomática com influência crescente frente ao desequilíbrio do sistema internacional.

A convocação da reunião virtual do BRICS pelo presidente Lula para esta segunda-feira configura-se como um dos acontecimentos diplomáticos mais expressivos da semana. Ela marca a intensificação de ações multilaterais em contraponto às medidas protecionistas dos EUA sob o governo de Donald Trump, presidente dos EUA. Com a participação de líderes como Putin, Xi Jinping e Modi (mesmo que via representante), o encontro destaca o protagonismo do BRICS no cenário global e sua relevância na defesa de uma ordem internacional multipolar mais equilibrada e cooperativa.

Fonte: Brasil 247

VÍDEO: Cristina Kirchner comemora vitória do peronismo nas eleições da Argentina


Cristina Kirchner aparece na sacada de sua casa em Buenos Aires comemorando a vitória do peronismo nas eleições legislativas – Foto: Reprodução

Cristina Kirchner foi flagrada comemorando a vitória arrasadora do peronismo nas eleições legislativas de Buenos Aires. Da sacada de seu apartamento, onde cumpre prisão domiciliar, a ex-presidente da Argentina acenou e celebrou junto a apoiadores que se reuniram diante de sua residência para festejar o resultado.

O Fuerza Patria, partido peronista de oposição, conquistou 46,95% dos votos na província de Buenos Aires, contra 33,86% do La Libertad Avanza, legenda de Javier Milei. O Somos Buenos Aires alcançou 5,41% e o Fuerza de Izquierda 4,37%, segundo dados preliminares da apuração. A vitória fortaleceu a base peronista e isolou o governo central em um segundo lugar distante.

Nas redes sociais, Cristina Kirchner publicou uma mensagem direta a Milei: “Você viu, Milei? Banalizar e vandalizar o ‘Nunca Mais’, que representa o período mais negro e trágico da história argentina, não sai de graça. Rir da morte e da dor dos seus oponentes, também não”.

Fonte: DCM

Ataques de Tarcísio ao STF são alvo de pedido de investigação do PSOL


O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: Reprodução

O PSOL protocolou na Procuradoria-Geral de Justiça de São Paulo um pedido de investigação contra o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) por declarações em que coloca em dúvida a confiabilidade do Judiciário e defende um eventual indulto a Jair Bolsonaro (PL), conforme informações da colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo.

O ofício foi assinado na última sexta-feira (4) pelo deputado estadual Carlos Giannazi (PSOL-SP), pela deputada federal Luciene Cavalcante (PSOL-SP) e pelo vereador paulistano Celso Giannazi (PSOL).

Em entrevista ao Diário do Grande ABC, Tarcísio comentou o julgamento de Bolsonaro, acusado de tentar um golpe de Estado, e disse não poder confiar na Justiça. “Não acredito em elementos para ele ser condenado, mas infelizmente hoje eu não posso falar que confio na Justiça, por tudo que a gente tem visto”, afirmou.

O governador também declarou que, se eleito presidente, concederia perdão imediato a Bolsonaro. “Na hora. Primeiro ato. Porque eu acho que tudo isso que está acontecendo é absolutamente desarrazoado”, disse.

No documento enviado ao Ministério Público, os parlamentares afirmam que as falas representam “obstrução à Justiça” e “ataque às instituições do Poder Judiciário”. Eles ainda questionam a postura do governador.

“Se o governador não acredita na Justiça, acredita em quê? Em milícia, nos golpistas e criminosos? Não é aceitável que um governador do estado questione a seriedade, a integridade e a confiabilidade no Poder Judiciário”, diz o documento.

No último domingo (7), Tarcísio também elevou o tom durante manifestação bolsonarista na Avenida Paulista. Ele defendeu o pacote da anistia em tramitação no Congresso e criticou diretamente o ministro Alexandre de Moraes, a quem chamou de “tirano”.

“Não vamos aceitar a ditadura de um Poder sobre o outro. Chega”, discursou o governador. Ao ouvir o coro de “fora, Moraes” vindo do público, reforçou os ataques: “Talvez porque ninguém aguente mais. Ninguém aguenta mais a tirania de um ministro como Moraes. Ninguém aguenta mais o que está acontecendo neste país”.

Fonte: DCM com informações da Folha de S. Paulo