segunda-feira, 8 de setembro de 2025

Marinha define penteado, cortes e cores de cabelos e unhas das mulheres em 50 regras


Portaria da marinha que define como as mulheres devem usar seus cabelos, unhas e acessórios (crédito: Marinha do Brasil)
A Marinha do Brasil publicou um manual de vestimenta que determina em detalhes como as mulheres pertencentes à corporação devem ou não devem cortar e pentear seus cabelos, pintar e cortar suas unhas, usar ou não usar brincos, piercings, colares, relógios, pulseiras e maquiagens. São mais de 50 regras.

No mesmo manual, há ainda questões de regramento do penteado e do uso de barba e bigode por parte dos homens, com apenas oito instruções.

Tudo ganhou força de norma militar e foi publicado no Diário Oficial da União, com o nome de Portaria MB/MD Nº 51, de 30 de Julho de 2025. O novo regramento desce a detalhes jamais antes regulados. Há exigências minuciosas sobre aparência, vestimentas e cores.

Marinheiras e oficiais não podem mais, por exemplo, manter o cabelo aparado rente à cabeça, aos moldes dos penteados utilizados pelos homens da Marinha. Já franjas são permitidas (mas não topete!), desde que não cheguem às sobrancelhas. Coques, por sua vez, estão autorizados, desde que não excedam 50% do tamanho do cránio.

Marinha determina o tamanho da franja das mulheres da corporação (crédito: Marinha do Brasil)

As regras para os cabelos femininos são tão detalhadas que foram divididas em 45 subitens. Sim, há 45 normas sobre como as muheres devem usar o cabelo na marinha. Veja, abaixo, algumas delas:

– Franjas podem ser usadas, sendo que seu comprimento não deve ultrapassar a linha das sobrancelhas, bem como não deverão estar visíveis com o uso da cobertura.

– Quando utilizando cobertura, as orelhas devem permanecer sempre à mostra, independente da arrumação ou do tipo do cabelo.

– A tintura dos cabelos deverá ser da mesma cor do cabelo apresentado na identificação da militar e restringir-se-á às cores naturais do cabelo humano (loiro, loiro escuro, ruivo, castanho, castanho escuro, preto, grisalho e branco), sendo vedada a alternância de cores na coloração artificial, exceto nas técnicas conhecidas como luzes, balaiagem ou reflexos. A coloração artificial do cabelo deve ser em tonalidades discretas e compatíveis com o uso do uniforme militar.

– É vedado raspar a cabeça ou adotar corte de cabelo com máquina inferior a nº 5, exceção feita à recomendação médica, durante a realização de curso ou estágio de caráter voluntário ou calvície.

– É vedado o uso de corte de cabelo tipo “moicano” ou “topete”, além do penteado com o cabelo levantado na parte anterior da cabeça, com ou sem gel fixador.

CLASSIFICAÇÃO DE CABELOS QUANTO À ARRUMAÇÃO

– As arrumações de cabelos autorizadas são: soltos, presos em coque, presos em “rabo de cavalo”, presos em trança única (simples ou embutida) e preso em tranças múltiplas.

– Os cabelos soltos são aqueles que se encontram em suas condições naturais, sem arrumações, presilhas, elásticos, penteados e acessórios.

– Os cabelos presos em coque devem possuir as seguintes características:

a) o cabelo deve ser preso firmemente, sem pontas soltas, devendo ser fixado por elásticos, grampos ou presilhas, bem como redes para cabelos, mantendo a tonalidade da cor do cabelo e a discrição;

b) o coque não deve ultrapassar os limites do rosto e do pescoço na vista frontal;

c) o coque deve ser centralizado, em altura que atenda ao preconizado no inciso 4.1.3;

d) é vedada a utilização de coque no topo da cabeça ou lateralizado; e

e) o volume do coque não deve ser maior que 50% da dimensão do crânio.

As seis formas de unha da mulher de bem da Marinha

De acordo com a Marinha, as unhas femininas “devem ser tratadas, mantidas permanentemente aparadas e com comprimento reduzido”.

A força naval assevera ainda que “unhas das mãos podem ser pintadas com esmalte em cores discretas ou base incolor, devendo ser evitadas as cores luminosas ou chamativas.”

É autorizada a pintura das unhas com a técnica conhecida como “francesinha” (unha com esmalte branco transparente e extremidade da unha com esmalte branco). Já quando pintadas ou com base incolor, a cor das unhas deve ser única para todos os dedos das mãos.

É vedado, ainda, o uso de adornos, como apliques desenhados, colados ou sobrepostos. Já a aplicação de esmalte nas unhas dos pés é facultada, desde que obedecido ao estipulado para as mãos.

O tamanho das unhas, tanto naturais quanto alongadas artificialmente, medido a partir da ponta dos dedos, não deverá exceder cinco milímetros.

Por fim, “são autorizados os formatos de unhas comumente conhecidos como quadrada, arredondada nos cantos, oval, redonda, amendoada e bailarina”. Veja o desenho abaixo, publicado pela Marinha.
Os formatos de unha permitidos pela Marinha (crédito: MB)
A portaria se encerra com algumas regras para o cabelo masculino, barba e bigode. Em uma delas, se lê que marinheiros e cabos estão proibidos de usar bigode. Os fios entre o nariz e a boca só podem ser cultivados por terceiros-sargentos e seus superiores hierárquicos.

Bigode não e coisa de militar de baixa patente na Marinha do Brasil (crédito: MB) 


Fonte: DCM

Convocados por Lula, líderes do BRICS realizam hoje reunião virtual em oposição às políticas unilaterais de Trump

Reunião do BRICS convocada por Lula realça força do multilateralismo

      Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou formalmente uma reunião virtual dos líderes do BRICS para esta segunda-feira (8). A iniciativa ocorre em meio ao aumento das tarifas impostas pelos Estados Unidos, o “tarifaço de 50%”, e busca promover uma plataforma coletiva em defesa do multilateralismo. .

Apesar de não ter sido definida oficialmente como pauta única, é esperado que o encontro — articulado pelo governo brasileiro — aborde as políticas comerciais restritivas de Washington e pressione pela reforma da Organização Mundial do Comércio (OMC). A cúpula deve também tratar de temas geopolíticos, como os conflitos em curso, além da COP 30.

Entre os participantes previstos estão presidentes e primeiros-ministros de países-membros do BRICS, incluindo o presidente chinês, Xi Jinping, o presidente russo, Vladimir Putin e o primeiro-ministro indiano Narendra Modi ou seu representante diplomático de alto nível.

Essa convocação evidencia a relevância estratégica do multilateralismo, especialmente contra a crescente postura unilateral dos EUA sob o governo de Donald Trump. O encontro reforça o papel do BRICS como um importante fórum de países emergentes que buscam equilíbrio geopolítico e cooperação institucional.

Significado geopolítico

A reunião reforça a visão do Brasil liderando esforços pelo multilateralismo e pela cooperação entre economias emergentes, sinalizando resistência às políticas protecionistas e unilaterais de Washington. A estratégia também visa preparar posicionamentos conjuntos para eventos internacionais relevantes, como a Assembleia Geral da ONU (setembro), a COP 30 e a cúpula do G20.

Além disso, demonstra como o BRICS segue consolidando-se como canal significativo de diálogo Sul-Sul e como plataforma diplomática com influência crescente frente ao desequilíbrio do sistema internacional.

A convocação da reunião virtual do BRICS pelo presidente Lula para esta segunda-feira configura-se como um dos acontecimentos diplomáticos mais expressivos da semana. Ela marca a intensificação de ações multilaterais em contraponto às medidas protecionistas dos EUA sob o governo de Donald Trump, presidente dos EUA. Com a participação de líderes como Putin, Xi Jinping e Modi (mesmo que via representante), o encontro destaca o protagonismo do BRICS no cenário global e sua relevância na defesa de uma ordem internacional multipolar mais equilibrada e cooperativa.

Fonte: Brasil 247

VÍDEO: Cristina Kirchner comemora vitória do peronismo nas eleições da Argentina


Cristina Kirchner aparece na sacada de sua casa em Buenos Aires comemorando a vitória do peronismo nas eleições legislativas – Foto: Reprodução

Cristina Kirchner foi flagrada comemorando a vitória arrasadora do peronismo nas eleições legislativas de Buenos Aires. Da sacada de seu apartamento, onde cumpre prisão domiciliar, a ex-presidente da Argentina acenou e celebrou junto a apoiadores que se reuniram diante de sua residência para festejar o resultado.

O Fuerza Patria, partido peronista de oposição, conquistou 46,95% dos votos na província de Buenos Aires, contra 33,86% do La Libertad Avanza, legenda de Javier Milei. O Somos Buenos Aires alcançou 5,41% e o Fuerza de Izquierda 4,37%, segundo dados preliminares da apuração. A vitória fortaleceu a base peronista e isolou o governo central em um segundo lugar distante.

Nas redes sociais, Cristina Kirchner publicou uma mensagem direta a Milei: “Você viu, Milei? Banalizar e vandalizar o ‘Nunca Mais’, que representa o período mais negro e trágico da história argentina, não sai de graça. Rir da morte e da dor dos seus oponentes, também não”.

Fonte: DCM

Ataques de Tarcísio ao STF são alvo de pedido de investigação do PSOL


O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: Reprodução

O PSOL protocolou na Procuradoria-Geral de Justiça de São Paulo um pedido de investigação contra o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) por declarações em que coloca em dúvida a confiabilidade do Judiciário e defende um eventual indulto a Jair Bolsonaro (PL), conforme informações da colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo.

O ofício foi assinado na última sexta-feira (4) pelo deputado estadual Carlos Giannazi (PSOL-SP), pela deputada federal Luciene Cavalcante (PSOL-SP) e pelo vereador paulistano Celso Giannazi (PSOL).

Em entrevista ao Diário do Grande ABC, Tarcísio comentou o julgamento de Bolsonaro, acusado de tentar um golpe de Estado, e disse não poder confiar na Justiça. “Não acredito em elementos para ele ser condenado, mas infelizmente hoje eu não posso falar que confio na Justiça, por tudo que a gente tem visto”, afirmou.

O governador também declarou que, se eleito presidente, concederia perdão imediato a Bolsonaro. “Na hora. Primeiro ato. Porque eu acho que tudo isso que está acontecendo é absolutamente desarrazoado”, disse.

No documento enviado ao Ministério Público, os parlamentares afirmam que as falas representam “obstrução à Justiça” e “ataque às instituições do Poder Judiciário”. Eles ainda questionam a postura do governador.

“Se o governador não acredita na Justiça, acredita em quê? Em milícia, nos golpistas e criminosos? Não é aceitável que um governador do estado questione a seriedade, a integridade e a confiabilidade no Poder Judiciário”, diz o documento.

No último domingo (7), Tarcísio também elevou o tom durante manifestação bolsonarista na Avenida Paulista. Ele defendeu o pacote da anistia em tramitação no Congresso e criticou diretamente o ministro Alexandre de Moraes, a quem chamou de “tirano”.

“Não vamos aceitar a ditadura de um Poder sobre o outro. Chega”, discursou o governador. Ao ouvir o coro de “fora, Moraes” vindo do público, reforçou os ataques: “Talvez porque ninguém aguente mais. Ninguém aguenta mais a tirania de um ministro como Moraes. Ninguém aguenta mais o que está acontecendo neste país”.

Fonte: DCM com informações da Folha de S. Paulo

Ministros do STF apontam "vassalagem" de Tarcísio a Bolsonaro e aos EUA após ataques no 7 de Setembro

Governador de São Paulo adota postura “Bolsonaro acima de tudo”, de olho nas eleições de 2026

Michelle Bolsonaro e Tarcísio de Freitas (Foto: Reuters/Amanda Perobelli)

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), reforçou sua submissão política a Jair Bolsonaro (PL) em discurso na Avenida Paulista, no domingo (7). Segundo Andréia Sadi, do g1, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) avaliaram que o gesto equivale a um slogan informal de “Bolsonaro acima de tudo”, interpretado como sinal de vassalagem em busca do apoio do ex-presidente para a disputa presidencial de 2026.

Tarcísio tem radicalizado o discurso contra a Corte, sobretudo contra o ministro Alexandre de Moraes, relator de investigações que envolvem Bolsonaro e aliados. No evento, o governador chamou Moraes de “tirano”, declaração que gerou forte reação no STF, inclusive entre magistrados que até então mantinham boa relação com ele.

☉ Estratégia eleitoral e articulações de bastidores

A leitura de ministros do Supremo é de que Tarcísio partiu para uma aposta de “tudo ou nada” ao alinhar-se de forma explícita a Bolsonaro, com o objetivo de consolidar-se como candidato da direita em 2026. Esse movimento, avaliam, não se restringe a uma submissão a Bolsonaro, mas também simbolizaria uma “vassalagem” diante dos Estados Unidos, que impuseram tarifas com impacto direto na economia paulista em reação ao julgamento de Bolsonaro pelo STF.

Nos bastidores, aliados de Tarcísio confirmam que sua pré-candidatura já está em curso, em articulação conduzida pelo presidente do PP, Ciro Nogueira. Um interlocutor próximo afirmou: Ele já é candidato. A operação está em andamento. A resistência maior não é de Jair, mas do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). "Mas vai ser goela abaixo, porque o centrão está fechado com ele”.

☉ Disputa pelo vice e possíveis rumos partidários

De acordo com líderes do centrão ouvidos pelo portal, a escolha do vice ainda está em aberto. Caso se confirme a candidatura presidencial, Tarcísio deve migrar para o PL, conforme sinalizou Valdemar Costa Neto em entrevista na semana passada. Nesse cenário, a vaga de vice será negociada entre PP e União Brasil, que formam federação.

O discurso na Paulista também reforçou o alinhamento de Tarcísio às pautas defendidas pelos bolsonaristas, como a anistia para investigados pelos atos de 8 de janeiro de 2023. A presença do governador no ato consolidou a percepção de que ele definitivamente vestiu o figurino de candidato nacional.

A ofensiva política, no entanto, tem provocado reações negativas entre ministros do STF, que veem no movimento um risco de tensionamento institucional e um sinal claro de que Tarcísio está disposto a radicalizar em busca de espaço na corrida presidencial.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Pressão sobre Alcolumbre por anistia a Bolsonaro é inócua, dizem aliados

Segundo aliados do presidente do Senado, ele também não cederá a pedidos de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do STF

      Davi Alcolumbre (Foto: Gustavo Moreno/STF)

Aliados do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), consideram pouco provável que as manifestações do 7 de Setembro provoquem qualquer mudança em sua postura no comando da Casa. A avaliação foi publicada por Igor Gadelha, do Metrópoles, que ouviu interlocutores próximos ao parlamentar sobre a possibilidade de o movimento pressionar pela abertura de pedidos de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Mesmo com a pressão das ruas, Alcolumbre mantém a decisão de não dar andamento aos processos que pedem a derrubada de Moraes. Fontes ligadas ao senador dizem que sua posição é definitiva e que não será alterada pela mobilização de apoiadores de Jair Bolsonaro (PL).

◎ Anistia

Além de rejeitar os pedidos de impeachment, aliados avaliam que Alcolumbre também não deve ceder em relação à anistia a Bolsonaro e outros acusados de participação na tentativa de golpe de 8 de janeiro de 2023. De acordo com essas fontes, o máximo que o senador admite é discutir a redução de penas para manifestantes de menor envolvimento, sem incluir o núcleo considerado central das investigações, no qual Bolsonaro está inserido.

◎ Pressão bolsonarista

Do lado oposto, parlamentares ligados a Bolsonaro entendem que a rejeição de Alcolumbre não encerra o debate. Para eles, o tema da anistia deve ganhar força no Congresso. O líder do PL no Senado, Carlos Portinho (RJ), afirmou:

“A cabeça do presidente Davi Alcolumbre, nesse momento, é o que menos importa. Ele apenas reagiu ao que percebeu que estava acontecendo: será inevitável a aprovação da anistia. Então ele já reage fora do tempo, o assunto está na Câmara. Me parece que esse tema, pelas ruas, vai ganhando cada vez mais eco, mais apoio”.

◎ Relação com o governo

Embora o União Brasil tenha anunciado oficialmente o desembarque da base governista, Alcolumbre mantém proximidade com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O senador tem influência sobre dois ministérios estratégicos: Integração Nacional, comandado por Waldez Góes, e Comunicações, sob Frederico Siqueira.

Mesmo após a saída formal do partido da coalizão, a expectativa é de que os dois aliados de Alcolumbre permaneçam em seus cargos na Esplanada, reforçando o peso político do senador no tabuleiro do governo federal.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

"Tarcísio passou dos limites, e isso tem consequências", dizem ministros do STF após ataques do governador a Moraes

Tarcísio parte para o ‘tudo ou nada em busca da bênção do Bolsonaro para concorrer à Presidência’, afirmam os magistrados

      Tarcísio de Freitas (Foto: Reprodução Youtube)

Os ataques feitos pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ao ministro Alexandre de Moraes durante o ato de 7 de Setembro na Avenida Paulista foram interpretados como um marco negativo na relação entre ele e o Supremo Tribunal Federal (STF), relata Bela Megale, do jornal O Globo.

Pelo menos três ministros da Suprema Corte consideraram que Tarcísio ultrapassou "limites institucionais" ao classificar Moraes como “ditador” e “tirano” em seu discurso. Um dos magistrados avaliou: “Ele foi para o tudo ou nada. Um ataque tão virulento dirigido ao ministro Alexandre de Moraes atinge todo o tribunal. Tarcísio passou dos limites institucionais, e isso tem consequências. Certamente, o diálogo dele fica prejudicado com uma boa parcela dos ministros”.

◆ Movimentos políticos e cálculo eleitoral

Dentro do STF, a leitura é de que o governador radicalizou seu discurso como parte de uma estratégia política. Segundo outro integrante da Corte, a postura de Tarcísio visa agradar a Jair Bolsonaro (PL) e consolidar-se como o nome da direita na disputa presidencial de 2026. “Obviamente, o discurso do Tarcísio não é um sinal de quem queira construir diálogo com o Judiciário. O que eu vejo é ele radicalizando em busca da bênção do Bolsonaro para concorrer à Presidência”, afirmou.

◆ A reação do STF

Após as declarações de Tarcísio, o decano do Supremo, ministro Gilmar Mendes, reagiu publicamente pelas redes sociais. Ele rechaçou a acusação de “ditadura da toga” e defendeu a atuação da Corte: “Não há no Brasil ditadura da toga, tampouco ministros agindo como tiranos. O STF tem cumprido seu papel de guardião da Constituição e do Estado de Direito, impedindo retrocessos e preservando as garantias fundamentais”.

Mendes destacou ainda que as ameaças à democracia não vieram do Judiciário, mas de episódios recentes da política nacional. Ele citou a negligência na condução da pandemia, a mobilização em frente a quartéis pedindo intervenção militar e a tentativa de golpe de 8 de janeiro de 2023. “Se quisermos falar sobre os perigos do autoritarismo, basta recordar o passado recente de nosso país: milhares de mortos em uma pandemia, vacinas deliberadamente negligenciadas por autoridades, ameaças ao sistema eleitoral e à separação de Poderes, acampamentos diante de quartéis pedindo intervenção militar, tentativa de golpe de Estado com violência e destruição do patrimônio público, além de planos de assassinato contra autoridades da República”, reforçou o ministro.

◆ Isolamento político no horizonte

A avaliação predominante entre os ministros do STF é de que, ao adotar uma postura de confronto direto com Alexandre de Moraes e, por extensão, com a Corte, Tarcísio de Freitas pode enfrentar dificuldades para manter interlocução institucional com o Supremo. O gesto, visto como um movimento de cálculo eleitoral, amplia sua identificação com a base bolsonarista, mas tende a restringir canais de diálogo em Brasília em um momento crucial de articulações para 2026.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Gilmar rebate Tarcísio, acusa golpistas e lista crimes de Bolsonaro


O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes. Foto: Divulgação

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, se pronunciou neste domingo (7) após as declarações do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, durante uma manifestação pró-anistia na avenida Paulista. O decano da Corte negou a existência de uma “ditadura da toga” no Brasil e defendeu o papel do STF como guardião da Constituição. Ele também citou episódios recentes que, em sua avaliação, representam os verdadeiros riscos autoritários enfrentados pelo país:

No Dia da Independência, é oportuno reiterar que a verdadeira liberdade não nasce de ataques às instituições, mas do seu fortalecimento. Não há no Brasil “ditadura da toga”, tampouco ministros agindo como tiranos. O STF tem cumprido seu papel de guardião da Constituição e do Estado de Direito, impedindo retrocessos e preservando as garantias fundamentais.

Se quisermos falar sobre os perigos do autoritarismo, basta recordar o passado recente de nosso país: milhares de mortos em uma pandemia, vacinas deliberadamente negligenciadas por autoridades, ameaças ao sistema eleitoral e à separação de Poderes, acampamentos diante de quartéis pedindo intervenção militar, tentativa de golpe de Estado com violência e destruição do patrimônio público, além de planos de assassinato contra autoridades da República.

O que o Brasil realmente não aguenta mais são as sucessivas tentativas de golpe que, ao longo de sua história, ameaçaram a democracia e a liberdade do povo. É fundamental que se reafirme: crimes contra o Estado Democrático de Direito são insuscetíveis de perdão! Cabe às instituições puni-los com rigor e garantir que jamais se repitam.

Confira o pronunciamento de Tarcísio:

Fonte: DCM

Após desfile de 7 de Setembro, Lula afirma que Brasil é soberano e “tem lado, o do povo”

Neste ano, a data ganhou caráter político explícito, com forte apelo à ideia de patriotismo e independência

                    Lula participa do desfile de 7 de setembro (Foto: Reprodução)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva usou as redes sociais, neste 7 de setembro, para reafirmar a mensagem de soberania nacional. “O Brasil é independente e tem lado, o do povo brasileiro”, escreveu após participar do tradicional desfile cívico-militar em Brasília.

Neste ano, a data ganhou caráter político explícito, com forte apelo à ideia de patriotismo e independência. Segundo o governo, o objetivo foi marcar posição diante da oposição bolsonarista e também em meio às reações ao tarifaço anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Conforme dados da Secretaria de Comunicação Social (Secom), cerca de 45 mil pessoas acompanharam o evento na Esplanada dos Ministérios, número superior ao de 2024, quando foram registradas 30 mil presenças.

O cenário montado para a celebração destacou cartazes e bonés com o slogan “Brasil Soberano”, reforçando o tom político da solenidade.

● Governo promove programas e símbolos nacionais

Além do desfile militar, o governo aproveitou a data para promover políticas públicas e programas estratégicos. O mascote Zé Gotinha foi destaque na defesa da vacinação, enquanto painéis apresentaram iniciativas como o Novo PAC e a futura realização da COP30 em Belém.Um dos momentos simbólicos foi a apresentação de uma música de exaltação patriótica, interpretada pela ministra da Cultura, Margareth Menezes. A letra dizia: “Bate forte coração, orgulho verdadeiro/ É o governo do Brasil, do povo brasileiro”.

● Pronunciamento e críticas a adversários

Na noite anterior, em pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV, Lula defendeu a independência do país frente a pressões externas e ataques políticos. “O Brasil não será colônia de ninguém. O único dono deste país é o povo brasileiro”, declarou. Ele também classificou adversários que, segundo ele, agem contra interesses nacionais como “traidores da pátria”, afirmando que “a história não os perdoará”.

O presidente destacou ainda propostas como a regulação das redes sociais, a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil e a valorização do Pix.

Fonte: Brasil 247

Entra na reta final julgamento do STF que pode condenar Bolsonaro à prisão

Ex-presidente é o principal alvo da ação sobre a trama golpista

Ex-presidente Jair Bolsonaro em casa, em Brasília, durante prisão domiciliar determinada pelo STF 14/08/2025 REUTERS/Adriano Machado (Foto: Reuters)

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pode ser condenado a uma pena de prisão severa no julgamento da trama golpista em curso no Supremo Tribunal Federal (STF). O caso, em análise pela Primeira Turma, envolve oito réus, mas Bolsonaro é apontado como a figura central na tentativa de abalar o sistema democrático e o resultado das eleições de 2022.

De acordo com reportagem da Folha de S. Paulo, embora generais e ex-ministros militares também estejam entre os acusados, como Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira, suas situações jurídicas parecem menos graves na reta final do processo. O julgamento será retomado na terça-feira (10) e a expectativa é de que seja concluído na próxima sexta-feira (12), quando serão definidas as sentenças de todos os envolvidos.

◈ A ameaça de condenação para Bolsonaro

Bolsonaro responde às acusações de ter arquitetado e incentivado planos para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. A Procuradoria-Geral da República sustenta que o ex-presidente utilizou a máquina pública, a influência sobre militares e sua base política para tentar corroer a confiança nas urnas eletrônicas e abrir espaço para uma ruptura institucional.

Ministros do Supremo ouvidos pela reportagem afirmaram que as provas contra Bolsonaro são mais consistentes do que as apresentadas contra os demais réus. O ex-presidente é acusado de liderar reuniões em que se discutiram alternativas ilegais para questionar o resultado eleitoral, além de estimular desinformação sobre a Justiça Eleitoral.

Segundo interlocutores da Corte, a possibilidade de condenação com pena pesada não está descartada.. Uma eventual decisão nesse sentido reforçaria o entendimento de que Bolsonaro foi além do discurso político e atuou diretamente para tentar inviabilizar a transição de poder.

◈ Situação dos generais no processo

Em contraste, os generais Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira chegam à fase final do julgamento em posição relativamente mais favorável. Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional, foi acusado de construir a narrativa contra as urnas, mas sua defesa conseguiu fragilizar as provas apresentadas pela Polícia Federal. Já Paulo Sérgio, ex-ministro da Defesa, apresentou testemunhos que o colocam como figura contrária a planos golpistas, embora ainda pese contra ele a postura crítica em relação ao TSE em 2022.

Outros réus —como Alexandre Ramagem, Almir Garnier, Anderson Torres, Mauro Cid e Walter Braga Netto— também aguardam a definição de seus destinos jurídicos. Contudo, nenhum deles reúne tanto protagonismo quanto Bolsonaro, que permanece no centro do processo.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

CPMI do INSS ouve ex-ministro da Previdência Carlos Lupi nesta segunda


Lupi comandou a pasta entre janeiro de 2023 e maio de 2025 Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

A CPMI do INSS ouve nesta segunda-feira (8) o ex-ministro da Previdência Social Carlos Lupi. A reunião está marcada para as 16h.

Lupi comandou a pasta entre janeiro de 2023 e maio de 2025. O convite ao ex-ministro foi proposto pelo relator da comissão parlamentar mista de inquérito, deputado federal Alfredo Gaspar (União-AL).

Segundo o parlamentar, o ex-ministro “detém informações imprescindíveis” para esclarecer quais medidas foram adotadas para evitar o desconto ilegal nos benefícios de aposentados.

Essa CPMI, comissão que investiga fraudes a aposentados e pensionistas no âmbito do INSS, é presidida pelo senador Carlos Viana (Podemos-MG).

Fonte: Agência Senado

Milei é atropelado em Buenos Aires: peronismo abre 13 pontos nas eleições legislativas


Javier Milei foi eleito em 2023 com um discurso de usar uma “motosserra” contra gastos públicos. Foto: Marcos Gomez/AFP

Na noite deste domingo (7), a partir das 21h, foram divulgados os primeiros resultados das eleições legislativas na Província de Buenos Aires, a mais populosa da Argentina, onde mais de 14 milhões de eleitores estavam aptos a votar.

O peronismo, reunido na frente Fuerza Patria — que une kirchneristas, aliados do governador Axel Kicillof e o setor de Sergio Massa — aparecia com uma vantagem de 13 pontos sobre o partido La Libertad Avanza, ligado ao presidente Javier Milei.

O pleito renova parte das cadeiras das duas câmaras legislativas da província: 46 assentos de deputados e 23 de senadores, além de vagas em câmaras municipais e conselhos escolares. A participação eleitoral superou 60% do eleitorado. Cerca de 70% dos votos se concentraram nas duas maiores regiões eleitorais, chamadas de Primeira e Terceira Seção.

Na Primeira Seção, onde concorria Gabriel Katopodis (Fuerza Patria), a coalizão peronista ultrapassou os 47% dos votos, contra 37,15% da lista de Diego Valenzuela, de La Libertad Avanza. Trata-se da primeira vitória clara do peronismo em uma eleição legislativa nessa região desde 2009. Mais atrás ficaram o Frente de Izquierda (4,28%) e o bloco Somos Buenos Aires, que reuniu radicais, setores da Coalizão Cívica e peronistas não kirchneristas, com 4,16%.

No bunker em La Plata, a deputada nacional Cecilia Moreau (kirchnerista) agradeceu a Juan Grabois, Máximo Kirchner, Sergio Massa, Axel Kicillof e também a Cristina Kirchner pelo resultado.

Cristina Kirchner, ex-presidente da Argentina. Foto: Reprodução

“A militância fez possível esse triunfo. A província marcou um caminho de esperança e futuro”, disse.

O governador de Tierra del Fuego, Gustavo Melella, celebrou o resultado como um “freio a Milei”, afirmando que o eleitorado escolheu uma província mais preocupada com trabalho, produção e inclusão.

Já Axel Kicillof comemorou ao lado de Sergio Massa, reforçando a unidade do peronismo diante do governo nacional.

O deputado e líder do PJ bonaerense, Máximo Kirchner, aproveitou o embalo para ironizar o presidente. Em uma publicação no Instagram, escreveu: “Pediste para tirar o pingüim do caixão e aí está. O povo não muda de ideia, segue com as bandeiras de Evita e Perón”.

Fonte: DCM