segunda-feira, 8 de setembro de 2025

Pressão sobre Alcolumbre por anistia a Bolsonaro é inócua, dizem aliados

Segundo aliados do presidente do Senado, ele também não cederá a pedidos de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do STF

      Davi Alcolumbre (Foto: Gustavo Moreno/STF)

Aliados do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), consideram pouco provável que as manifestações do 7 de Setembro provoquem qualquer mudança em sua postura no comando da Casa. A avaliação foi publicada por Igor Gadelha, do Metrópoles, que ouviu interlocutores próximos ao parlamentar sobre a possibilidade de o movimento pressionar pela abertura de pedidos de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Mesmo com a pressão das ruas, Alcolumbre mantém a decisão de não dar andamento aos processos que pedem a derrubada de Moraes. Fontes ligadas ao senador dizem que sua posição é definitiva e que não será alterada pela mobilização de apoiadores de Jair Bolsonaro (PL).

◎ Anistia

Além de rejeitar os pedidos de impeachment, aliados avaliam que Alcolumbre também não deve ceder em relação à anistia a Bolsonaro e outros acusados de participação na tentativa de golpe de 8 de janeiro de 2023. De acordo com essas fontes, o máximo que o senador admite é discutir a redução de penas para manifestantes de menor envolvimento, sem incluir o núcleo considerado central das investigações, no qual Bolsonaro está inserido.

◎ Pressão bolsonarista

Do lado oposto, parlamentares ligados a Bolsonaro entendem que a rejeição de Alcolumbre não encerra o debate. Para eles, o tema da anistia deve ganhar força no Congresso. O líder do PL no Senado, Carlos Portinho (RJ), afirmou:

“A cabeça do presidente Davi Alcolumbre, nesse momento, é o que menos importa. Ele apenas reagiu ao que percebeu que estava acontecendo: será inevitável a aprovação da anistia. Então ele já reage fora do tempo, o assunto está na Câmara. Me parece que esse tema, pelas ruas, vai ganhando cada vez mais eco, mais apoio”.

◎ Relação com o governo

Embora o União Brasil tenha anunciado oficialmente o desembarque da base governista, Alcolumbre mantém proximidade com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O senador tem influência sobre dois ministérios estratégicos: Integração Nacional, comandado por Waldez Góes, e Comunicações, sob Frederico Siqueira.

Mesmo após a saída formal do partido da coalizão, a expectativa é de que os dois aliados de Alcolumbre permaneçam em seus cargos na Esplanada, reforçando o peso político do senador no tabuleiro do governo federal.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

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