sexta-feira, 22 de agosto de 2025

Malafaia desafia e pede a Moraes devolução de passaporte: ‘não sou fujão nem tenho medo do senhor’

O pastor aproveitou para acusar o ministro do STF de cometer crimes. Vídeo

Silas Malafaia e o ministro do STF Alexandre de Moraes (Foto: Isac Nóbrega/PR |Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O pastor Silas Malafaia pediu ao ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes nesta sexta-feira (22) que determine a investigadores a devolução do passaporte do religioso apreendido durante uma ação da Polícia Federal na quarta-feira (20).

“Se eu tivesse medo do senhor, eu ficava lá (Portugal), eu ia para a América, que eu tenho igrejas. Eu voltei. Isso é um absurdo: apreender meu passaporte. Se eu fugir, eu estou destruído e desmoralizado diante da sociedade brasileira, diante da igreja evangélica, da igreja que eu sou pastor e da minha família. O senhor acha que eu vou jogar minha reputação na lama depois desses quatro anos denunciando seus crimes?”, questionou Malafaia em vídeo publicado nas redes sociais.

Na gravação, o pastor pediu também que o ministro do STF determine a devolução dos cadernos que, segundo o religioso, tem esboços bíblicos.“Eu sei que a PF digitaliza tudo. Quem sabe o senhor pode fazer um favor, além de devolver meus cadernos, me dá uma cópia digitalizada. São os dois pedidos que eu faço. E olha, parece incrível. Mas eu vou te agradecer, ministro. Eu vou dizer muito obrigado, se o senhor fizer esses dois favores, porque uma coisa eu não sou, covarde, medroso e fujão. Eu vou estar aqui”, completou.

O religioso foi alvo de mandados de busca e apreensão no âmbito das investigações que apuram obstrução judicial do inquérito da trama golpista. A PF indiciou Jair Bolsonaro (PL) e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Investigadores apuram se Malafaia deu orientações para que a família bolsonarista pressionasse o STF a anistiar pessoas envolvidas em tentativas de golpe. O religioso não é investigado no inquérito do plano golpista, mas tem dado várias demonstrações de apoio a Jair Bolsonaro nos últimos anos.

Já na investigação sobre a tentativa de golpe, as apurações estão no STF, onde Jair Bolsonaro será julgado no dia 2 de setembro. Ele está em prisão domiciliar e também cumpre algumas medidas cautelares por risco de fuga para o exterior e obstrução judicial.

As investigações da PF apontam que Eduardo e Jair Bolsonaro continuam fazendo articulações com o governo Donald Trump (EUA), para aplicar sanções à economia brasileira e ao STF. Uma das retaliações foi o tarifaço de 50% sobre as exportações brasileiras aos EUA.

A outra sanção foi a suspensão de vistos de ministros do STF brasileiro para os EUA. Contra o ministro Alexandre de Moraes, especificamente, os EUA usam a Lei Magnitsky. O magistrado é um dos principais alvos da extrema direita trumpista e bolsonarista por ser o relator do inquérito do plano golpista no STF e também teve atuação de destaque nos últimos anos em investigações contra milícias digitais.

Fonte: Brasil 247

Nenhum comentário:

Postar um comentário