quarta-feira, 24 de setembro de 2025

Bolsonaristas temem trégua nas sanções após gesto de Trump a Lula

Elogio de Donald Trump ao presidente na ONU gera apreensão entre aliados de Bolsonaro

             Deputado Eduardo Bolsonaro - 24/02/2024 (Foto: REUTERS/Elizabeth Frantz)

A declaração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, elogiando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante a Assembleia Geral da ONU, repercutiu fortemente no meio político brasileiro. A informação foi publicada pelo jornal O Globo, que ouviu lideranças bolsonaristas preocupadas com a possibilidade de que esse movimento resulte no enfraquecimento das sanções impostas a autoridades brasileiras ligadas ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Trump afirmou ter sentido “afinidade recíproca” com Lula e adiantou que pretende conversar com o presidente nos próximos dias. Para a ala bolsonarista no Congresso, esse aceno pode representar um processo de reaproximação entre os dois governos, capaz de alterar o cenário de punições aplicadas por Washington a figuras centrais da política brasileira.

☉ O temor bolsonarista e o cálculo político

Atualmente, além da sobretaxa de 50% sobre parte das exportações brasileiras, os Estados Unidos mantêm sanções individuais contra autoridades, entre elas o ministro Alexandre de Moraes e sua esposa, a advogada Viviane Barci de Moraes, atingidos pela Lei Magnitsky. Essa medida, usada para casos de corrupção e violações de direitos humanos, impede o acesso a serviços financeiros nos EUA e restringe a concessão de vistos.

Apesar disso, o discurso oficial de bolsonaristas tem sido de cautela. O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), principal articulador das sanções contra o Brasil, minimizou os elogios de Trump a Lula, afirmando que a postura do republicano segue uma lógica estratégica. Segundo ele, Trump “aumentou a tensão, aplicou sanções e depois se recolocou à mesa em posição de força”.

Para Eduardo, a conversa anunciada não representa uma vitória para Lula:

“O que se vê é a marca registrada de Trump: ele entra na mesa quando quer, da forma que quer e na posição que quer”.

O parlamentar reforçou ainda que cabe ao presidente brasileiro tentar extrair algum benefício diante da dependência econômica do Brasil em relação aos Estados Unidos:

“Ao final, Trump ainda disse que sem os EUA o Brasil vai mal. Não há para onde correr: o Brasil precisa dos EUA, reconheça isto ou não”.

☉ Reações no Congresso e entre partidos

A aproximação entre Trump e Lula dividiu opiniões no Congresso. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), elogiou o discurso de Lula na ONU e defendeu o diálogo como solução para superar as barreiras comerciais:

“Sempre defendo que o governo brasileiro possa, em diálogo com o governo americano, deixar para trás essa questão das tarifas e sanções. O Brasil precisa de instituições sólidas, democracia forte e soberania preservada”.

Lindbergh Farias (PT-RJ) destacou que Lula adota postura altiva diante dos EUA, comparando-a à relação construída no passado com George W. Bush:

"Fico vendo como essa turma bolsonarista deve estar desesperada. Lula é genial. Maior orgulho de seguir esse cara”.

A deputada Erika Hilton (Psol-SP) avaliou que Trump “recalculou a rota” após falhas em medidas anteriores contra o Brasil, enquanto a bolsonarista Júlia Zanatta (PL-SC) afirmou que “a narrativa de Lula de que Trump não queria negociar cai por terra”.

Já o deputado Filipe Barros (PL-PR) ironizou:

“Trump quer falar com o Lula. O problema é que, do outro lado, há o Lula”.

☉ Um novo capítulo nas relações bilaterais

O gesto de Donald Trump sinaliza a possibilidade de mudança no clima entre os governos de Washington e Brasília. Para aliados de Lula, abre-se espaço para uma recomposição diplomática; para bolsonaristas, instala-se a incerteza sobre a manutenção das sanções.

Com Lula defendendo soberania e diálogo em seu discurso na ONU e Trump acenando positivamente, o cenário entre Brasil e Estados Unidos entra em uma fase de expectativa, que pode redefinir os rumos da política externa brasileira e suas relações comerciais com uma das maiores potências do planeta.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Defesa de Bolsonaro pede ao STF a suspensão da prisão domiciliar e das medidas cautelares

Advogados alegam que restrições não têm mais fundamento jurídico

Ex-presidente Jair Bolsonaro em sua casa em Brasília onde cumpre prisão domiciliar - 03/09/2025 (Foto: REUTERS/Diego Herculano)

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro protocolou no Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para revogar a prisão domiciliar e as demais medidas cautelares que lhe foram impostas. A informação foi divulgada na noite de terça-feira (23) pelo advogado Paulo Cunha Bueno em uma rede social.

De acordo com o advogado, o pedido se dá no contexto da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, e o blogueiro Paulo Figueiredo. Ambos são acusados de atuar nos Estados Unidos para pressionar autoridades brasileiras e tentar paralisar processos contra Jair Bolsonaro, condenado no início de setembro a 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe de Estado.

☉ Prisão domiciliar e restrições

As primeiras medidas restritivas contra Bolsonaro foram determinadas em julho, após suspeitas de que ele estaria financiando ações de Eduardo Bolsonaro e interferindo nas investigações. O relator do caso no STF, ministro Alexandre de Moraes, decretou então a prisão domiciliar, citando risco de fuga e descumprimento das condições impostas, como a proibição de uso de redes sociais.

Segundo a defesa, com a denúncia da PGR não incluindo Jair Bolsonaro como réu, perde sentido manter as restrições. “Com o oferecimento de denúncia, na qual o Presidente Bolsonaro não foi acusado, esvazia-se a necessidade de quaisquer medidas cautelares, já que não há ação penal”, afirmou Paulo Cunha Bueno. Ele acrescentou que as medidas vêm “subtraindo-lhe a liberdade de ir e vir e de livre manifestação”.

☉ Denúncia contra Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo

Na segunda-feira (22), a PGR apresentou ao STF denúncia contra Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo pelo crime de coação em processo judicial. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, sustentou que os dois “induziram a adoção de medidas retaliatórias pelo governo norte-americano contra o Brasil e contra autoridades brasileiras, no intuito de compelir o Supremo Tribunal a encerrar os processos sem condenações, especialmente de Jair Bolsonaro”.

A denúncia cita a suspensão de vistos de oito ministros do STF, celebrada por Eduardo Bolsonaro em uma rede social com a frase “tem muito mais por vir”. Já Paulo Figueiredo publicou um vídeo no mesmo período afirmando que “era só o começo”. Para a PGR, as manifestações foram parte de uma estratégia para induzir a população a acreditar que as sanções internacionais decorreriam das decisões do Supremo contra o ex-presidente.

Fonte: Brasil 247

Paulo Bilynskyj defende dividir o país em “Brasil do Norte” e “Brasil do Sul”

Em podcast, parlamentar do PL-SP sugeriu a separação por diferenças políticas e afirmou que o Sul votaria em Bolsonaro

          Delegado Paulo Bilynskyj (Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados)

O deputado federal Paulo Bilynskyj (PL-SP) defendeu, durante participação no podcast Redcast, a divisão do Brasil em dois países, batizados por ele de “Brasil do Norte” e “Brasil do Sul”. A declaração foi feita na última quinta-feira (18/9) e repercutiu amplamente nas redes sociais e na imprensa, de acordo com informações do Metrópoles.

Ao discutir a desproporção entre o número de senadores e a população dos estados, Bilynskyj surpreendeu o apresentador Junior Masters ao propor que “vamos dividir o Brasil? A gente recorta Norte e Nordeste, passa a ser Brasil do Norte. E todos os estados do Centro-Oeste, Sudeste e Sul passam a ser Brasil do Sul”. O entrevistador reagiu chamando a ideia de separatista, mas o deputado questionou: “Sabia que, historicamente, quanto maior a extensão territorial, maior a tendência a ditadura? Quanto menor o país, mais democrático ele é”.

O parlamentar prosseguiu argumentando que a divisão refletiria diferenças políticas. “Eles [Norte] votam no Lula, nós [Sul] votamos no Bolsonaro, pronto, acabou”, afirmou. A fala, no entanto, apresenta erro factual: no segundo turno da eleição presidencial de 2022, o ex-presidente Jair Bolsonaro obteve 51,03% dos votos no Norte, contra 48,97% de Luiz Inácio Lula da Silva.Bilynskyj, de 38 anos, é delegado licenciado da Polícia Civil de São Paulo e integra a chamada bancada da bala na Câmara.

Sua carreira policial é marcada por diversos processos disciplinares, incluindo advertências, suspensões e pedidos de demissão ainda em análise. Um relatório da corporação afirma que ele “já causou diversos problemas e transtornos, inclusive, durante o estágio probatório”.

Entre os casos mais graves está a publicação, em sua conta no Instagram, de um material publicitário que fazia alusão a abuso sexual e continha conteúdo racista. A postagem levou o Ministério Público de São Paulo a abrir inquérito por apologia ao estupro e racismo, resultando em processo contra o deputado e dois representantes da escola de concursos envolvida.

A fala separatista de Bilynskyj gerou críticas de políticos e usuários nas redes sociais, que apontaram risco de incitação ao ódio regional. Até o momento, o parlamentar não recuou de suas declarações, que reacendem o debate sobre responsabilidade de autoridades eleitas em discursos que podem estimular divisões no país.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

PT se posiciona contra redução de penas e reforça oposição à anistia


MilitanteS petista em protesto contra a anistia e a PEC da Blindagem no Rio de Janeiro – Pilar Olivares/Reuters

A executiva nacional do PT aprovou nesta terça-feira (23) uma resolução em que se posiciona contra a proposta de redução de penas para condenados por ataques à democracia. O documento também formaliza a oposição da legenda à PEC da Blindagem, que avançou na Câmara dos Deputados com votos de parte da bancada petista.

A decisão segue orientação direta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e foi comunicada após reunião em Brasília. O texto afirma que não deve haver “qualquer redução de pena para quem planejou golpe de Estado e tentativa de assassinato do presidente da República, do vice-presidente e do presidente do Tribunal Superior Eleitoral”.

Segundo a ministra Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais), a posição do partido coincide com a do governo federal. Ela destacou que Lula já havia orientado a bancada a votar contra a anistia e contra o requerimento de urgência para projetos nesse sentido. “Achamos que o processo contra Bolsonaro está em andamento no STF, dentro das regras processuais, e não há por que mexer nele agora”, declarou.

ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, sentada, de vestido verde e cabelo solto, olhando para o lado, séria
A ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann – Gil Ferreira/SRI

A manifestação do PT ocorre após críticas recebidas pelo apoio de 14 deputados da legenda à PEC da Blindagem, que prevê restrições a investigações contra parlamentares e dirigentes partidários. A decisão da direção tem o objetivo de alinhar a atuação da bancada no Senado e evitar novos desgastes políticos.

O partido também defendeu que o Congresso priorize pautas ligadas à população, como a isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil. A nota ressalta que a discussão sobre anistia ou redução de penas não faz parte das prioridades nacionais.

A posição do PT surge em um momento de tensão entre o Supremo Tribunal Federal e o Congresso, intensificado pelas recentes sanções dos Estados Unidos contra autoridades brasileiras. Internamente, a avaliação é de que a pressão popular e o desgaste do centrão devem dificultar a tramitação de projetos ligados à blindagem ou à redução de penas.

Fonte: DCM

CCJ do Senado vota parecer contra a PEC da Blindagem nesta quarta

 

Sessão da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado Federal. Foto: Pedro França/Agência Senado

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado vota nesta quarta-feira (24) o parecer do relator Alessandro Vieira (MDB-SE), que recomenda a rejeição da PEC da Blindagem. A proposta prevê que o Congresso tenha poder de autorizar ou barrar a abertura de processos contra parlamentares, mas foi classificada como inconstitucional pelo relator.

Em seu parecer, Vieira afirmou que a proposta abre espaço para impunidade. “[A PEC] configura portas abertas para a transformação do Legislativo em abrigo seguro para criminosos de todos os tipos”, declarou. A expectativa é de que a CCJ rejeite o texto e encerre a tramitação da medida.

A oposição à PEC vai da base ao PL. Para o líder da sigla, Carlos Portinho (RJ), o projeto não deve prosperar. “Isso não é uma questão de esquerda ou direita. Ninguém está aqui para defender bandido. O texto deve ser derrubado amanhã”, disse.

Portinho acrescentou que a proposta já se encontra “desvirtuada” e defendeu que a discussão sobre garantias parlamentares diante do Judiciário seja retomada em outro projeto.

A Câmara havia aprovado a matéria de forma repentina na semana passada, mas a pressão popular cresceu após atos contrários realizados em todas as 27 capitais no domingo (21).

Protesto contra a PEC da Blindagem no domingo (21). Foto: AFP

Caminhos possíveis após a votação

Se a CCJ rejeitar a PEC, o texto pode ser arquivado de forma definitiva ou ainda ser levado ao plenário do Senado. Nesse caso, um recurso assinado por nove senadores poderia forçar a votação em plenário, desde que a rejeição não seja unânime.

Outra possibilidade é o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), decidir pautar a matéria diretamente no plenário. Contudo, aliados avaliam que ele pode optar por encerrar o assunto na CCJ, preservando o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).

Há ainda a chance de pedido de vista, que adiaria a votação, ou da apresentação de um voto alternativo por algum dos 27 membros da comissão. Senadores como Sérgio Moro (União-PR) apresentaram emendas para restringir o alcance da PEC, limitando a autorização do Congresso apenas a processos por crimes contra a honra.

No entanto, como o relator defendeu a rejeição integral do texto, as emendas não poderão ser votadas separadamente.

Fonte: DCM

Planalto faz pente-fino em indicações de Rueda e pode entregar Turismo à base

Planalto avalia redistribuir cargos após saída do União Brasil e avaliar usar o Ministério do Turismo para prestigiar siglas da base

           Celso Sabino e Lula (Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados | Ricardo Stuckert/PR)

O Palácio do Planalto prepara um amplo levantamento das indicações feitas por integrantes do União Brasil em cargos federais, após a sigla antecipar a decisão de desembarcar do governo, informa a Folha de S.Paulo. Segundo auxiliares do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a estratégia mira especialmente os apadrinhados políticos do presidente da legenda, Antonio Rueda, um dos principais defensores da ruptura com o Executivo.

Rueda, que já foi citado por Lula em reunião ministerial como um opositor, vem se aproximando da oposição e defende a construção de uma candidatura de centro-direita ao Planalto em 2026. O mapeamento busca identificar todos os nomes ligados ao dirigente, ainda que algumas nomeações tenham sido formalizadas por parlamentares alinhados ao governo.

☉ Saída de Celso Sabino e futuro do Ministério do Turismo

Com a decisão da Executiva Nacional do União Brasil de antecipar o desembarque, o ministro do Turismo, Celso Sabino, deverá deixar o cargo. Ele havia sido indicado pela bancada do partido na Câmara. Sabino se reuniu com Lula na última sexta-feira (19) e acertou que sua saída será oficializada após a volta do presidente de Nova York. A expectativa é que a conversa ocorra na quinta-feira (25).

Apesar da saída, o Planalto avalia que a gestão de Sabino no Turismo foi positiva. De acordo com relatos, Lula afirmou que continuará apoiando o ministro em sua provável candidatura ao Senado em 2026, pelo Pará, onde preside o diretório estadual do União Brasil.

☉ Disputa interna por espaço na Esplanada

Com a vaga em aberto, partidos da base governista já se movimentam para ocupar o Turismo. Siglas como PSB, PDT, PSD e até o próprio PT manifestaram interesse. A avaliação entre aliados do presidente é que a redistribuição deve prestigiar legendas comprometidas com a pauta governista no Congresso.

O PSD, por exemplo, já reivindicou o comando do ministério, embora a possível troca implique a perda de outra pasta da legenda, provavelmente a Pesca, hoje chefiada por André de Paula (PE). O PDT também pressiona por mais espaço e, em agosto, indicou o deputado André Figueiredo (CE) como nome para assumir um ministério. Figueiredo já foi ministro das Comunicações no governo Dilma Rousseff e atuou como líder da maioria na Câmara no ano passado.

Já o PSB, que teve espaço reduzido após a ida de Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal (STF), aparece como interessado, mas sem intenção de entrar em embate político. Atualmente, os ministros Geraldo Alckmin (Indústria e Comércio) e Márcio França (Empreendedorismo e Microempresa) representam a sigla no governo.

☉ Exceção para Alcolumbre

A ofensiva do Planalto para retirar indicados do União Brasil, contudo, não deve atingir as nomeações feitas pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (AP). Considerado um dos principais aliados de Lula no Congresso, Alcolumbre foi responsável por indicar os ministros Frederico de Siqueira Filho (Comunicações) e Waldez Góes (Desenvolvimento Regional), ambos mantidos em seus cargos.

O redesenho no Ministério do Turismo abre uma nova rodada de negociações políticas dentro da base do governo, em meio ao esforço do presidente Lula para recompor apoios e consolidar uma aliança sólida rumo a 2026.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

PGR conclui alegações em casos de tentativa de golpe e poupa um réu

Procuradoria pede condenação de 30 acusados. Julgamento deve ser concluído pelo STF ainda em 2025

     Paulo Gonet (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil)

A Procuradoria-Geral da República (PGR) encerrou sua participação nas ações sobre a tentativa de golpe que buscava manter Jair Bolsonaro (PL) no poder. De acordo com o Metrópoles, a PGR apresentou as alegações finais do chamado núcleo 2, pedindo a condenação de 30 dos 31 réus processados nos quatro grupos investigados. Apenas um dos acusados não teve pedido de condenação total por parte do procurador-geral da República, Paulo Gonet.

Ao todo, Gonet denunciou 33 pessoas, mas a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) aceitou as acusações contra 31, rejeitando as denúncias contra dois militares ligados ao núcleo 3, conhecido como “kids pretos”. Nesse mesmo núcleo, o tenente-coronel Ronald Ferreira de Araújo Júnior foi poupado de parte das acusações e responde apenas por incitação ao crime.

⊛ O caso do tenente-coronel Ronald Araújo

Segundo o procurador-geral, o militar admitiu ter ajudado na redação e divulgação da chamada “carta do golpe”, documento interpretado como tentativa de pressionar as Forças Armadas a aderirem à ruptura institucional. Um trecho dizia: “Covardia, injustiça e fraqueza são os atributos mais abominados para um soldado. Nossa nação (...) sabe que seus militares não a abandonarão”.

Apesar de inicialmente acusado pelos mesmos cinco crimes que levaram à condenação de Bolsonaro, Araújo teve as imputações reduzidas e responderá apenas por incitação à animosidade das Forças Armadas contra os Poderes Constitucionais — crime com pena de três a seis meses de detenção. Como a sanção prevista é branda, a PGR sugeriu a possibilidade de um Acordo de Não Persecução Penal (ANPP).

⊛ Réus dos núcleos investigados

  • Núcleo 2: inclui Silvinei Vasques, ex-diretor da PRF, e Filipe Martins, ex-assessor da Presidência.
  • Núcleo 3: reúne militares como Bernardo Romão Correa Netto, general Estevam Theophilo e outros oficiais de alta patente.
  • Núcleo 4: chamado “núcleo da desinformação”, conta com Ailton Barros, Ângelo Denicoli e membros ligados à disseminação de notícias falsas.

O núcleo 1, considerado central, já resultou na condenação de Bolsonaro e seus aliados mais próximos.

⊛ Julgamentos previstos até o fim de 2025

O ministro Alexandre de Moraes, relator das ações, destacou que o STF pretende encerrar ainda neste ano os julgamentos de todos os núcleos, seja para condenar ou absolver. O núcleo 4 já aguarda definição de calendário, enquanto o núcleo 3 se encontra na fase final das defesas.

Bolsonaro foi condenado a 27 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado e atualmente cumpre prisão domiciliar em Brasília. A PGR não recorrerá das penas já fixadas pela Corte, mesmo em casos que geraram divergências internas, como o do ex-ajudante de ordens Mauro Cid, condenado a dois anos de prisão em regime aberto.

⊛ Recursos das defesas

Embora a PGR tenha encerrado sua atuação, as defesas ainda podem apresentar recursos. Esse prazo, contudo, só passa a valer após a publicação do acórdão da sentença do núcleo 1, o que deve ocorrer nos próximos meses.

Enquanto isso, Bolsonaro segue em prisão domiciliar e só poderia ser transferido para regime fechado caso descumpra as medidas impostas no processo que apura coação processual envolvendo sanções internacionais ao Brasil.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Eduardo sobre 2026: "Com meu pai fora, eu sou candidato à Presidência"

Deputado afirmou em entrevista que será candidato se Jair Bolsonaro não puder disputar e criticou o que considera tentativa de torná-lo inelegível

          Eduardo Bolsonaro - 14/08/2025 (Foto: REUTERS/Jessica Koscielniak)

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) declarou que pretende disputar a Presidência da República em 2026 caso seu pai, Jair Bolsonaro, esteja fora das eleições. A fala foi feita em entrevista ao Contexto Metrópoles, publicada nesta terça-feira (23/9).

Segundo Eduardo, a inelegibilidade de Jair Bolsonaro até 2062 — consequência da condenação pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 27 anos e 3 meses de prisão — abre espaço para sua própria candidatura. “Eu sou, na impossibilidade de Jair Bolsonaro, candidato a presidente da República; por isso que o sistema corre e se apressa para tentar me condenar em algum colegiado, que seja na Primeira Turma do STF, para tentar me deixar inelegível”, afirmou.

⊛ Denúncia da PGR contra Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo

Na véspera, a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou denúncia contra Eduardo e o influenciador Paulo Figueiredo, acusando ambos de coação em processo judicial. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, sustentou que os denunciados “empenharam-se, de forma reiterada, em submeter os interesses da República e de toda a coletividade aos seus próprios desígnios pessoais e familiares”.

De acordo com a denúncia, eles teriam articulado junto ao governo dos Estados Unidos para que fossem impostas sanções a autoridades brasileiras, com o objetivo de beneficiar Jair Bolsonaro. Caso a acusação seja aceita pelo STF, os dois responderão pelo crime de coação, previsto no artigo 344 do Código Penal, que prevê pena de 1 a 4 anos de reclusão e multa.

⊛ Risco de inelegibilidade e pressão internacional

Durante a entrevista, Eduardo Bolsonaro também projetou o impacto de uma eventual condenação sobre sua própria carreira política. Ele sugeriu que, se ficar inelegível, os Estados Unidos poderiam questionar a legitimidade do pleito brasileiro. “Vamos combinar que seria um tanto quanto humilhante para o presidente Trump permitir que um brasileiro, por ter ido à Casa Branca, onde não se sabe sequer com quem ele encontrou ou o conteúdo das suas conversas, seja tido inelegível numa eleição do Brasil”, disse.

⊛ Contexto político

As falas de Eduardo Bolsonaro reforçam a estratégia da família de manter protagonismo político mesmo diante das dificuldades jurídicas enfrentadas por Jair Bolsonaro. O embate no STF e a denúncia da PGR adicionam novos elementos de tensão à disputa eleitoral de 2026, em que o campo da extrema direita já se organiza para definir seu candidato.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

terça-feira, 23 de setembro de 2025

Lula anunciará Boulos como ministro da Secretaria-Geral após viagem aos EUA


      Lula e Boulos durante comício na campanha de 2024, em São Paulo – Adriano Vizoni/Folhapress

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comunicou a auxiliares que Guilherme Boulos, deputado federal do PSOL por São Paulo, será anunciado como novo ministro da Secretaria-Geral da Presidência ao retornar de sua viagem oficial aos Estados Unidos. A decisão já foi discutida com ministros e dirigentes do PT no fim de semana, antes do embarque de Lula para Nova York. Com informações da Folha de S.Paulo.

A mudança implica a saída de Márcio Macêdo (PT), que deixará o cargo para disputar as eleições de 2026. A pedido de Lula, o PT de Sergipe e o senador Rogério Carvalho se comprometeram a apoiar a candidatura de Macêdo ao Legislativo. O presidente também destacou a lealdade do aliado, considerado um quadro próximo de sua família.

A nomeação de Boulos é vista como estratégia para reforçar a base histórica da esquerda e ampliar a interlocução com movimentos sociais, já que a Secretaria-Geral tem gabinete no Palácio do Planalto e atua diretamente nesse campo. Lula também busca reanimar a militância e ampliar sua presença junto à juventude, com foco no cenário político de 2026.

Para Boulos, a ida ao governo representa oportunidade de retomar fôlego político após a derrota para Ricardo Nunes (MDB) na eleição municipal de 2024. Deputado mais votado por São Paulo em 2022, ele terá agora espaço de destaque no Planalto, com a chance de reconstruir sua trajetória nacional.

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB). Foto: Danilo Verpa/Folhapress
Essa será a 13ª mudança ministerial desde o início do terceiro mandato de Lula, em 2023. Além da troca na Secretaria-Geral, o presidente deve negociar a saída de Celso Sabino do Turismo, por exigência do União Brasil. O governo projeta ainda uma reforma maior no primeiro semestre de 2026, quando ao menos 20 ministros devem se desincompatibilizar para concorrer às eleições.

A escolha de Boulos reforça a aproximação entre PT e PSOL, já ensaiada nas eleições de 2024, quando Lula interveio para que os petistas apoiassem a candidatura do psolista à prefeitura de São Paulo. Agora, a entrada de Boulos no ministério simboliza a consolidação dessa aliança e a tentativa do Planalto de fortalecer sua base de esquerda diante do avanço da direita no Congresso.

Fonte: DCM com informações da Folha de S. Paulo

Estátua da Havan é incendiada em Petrolina; polícia investiga crime

Monumento pegou fogo durante a madrugada desta terça (23); câmeras flagraram dois suspeitos. Fogo destruiu a estrutura e se espalhou para terreno vizinho

Incêndio em estátua da Havan (Foto: Reprodução)

A estátua símbolo da loja Havan, réplica da Estátua da Liberdade, foi incendiada na madrugada desta terça-feira (23) em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, de acordo com o portal g1. O crime ocorreu na unidade da rede localizada na Avenida Honorato Viana, uma das principais da cidade.

Segundo a Polícia Civil, um inquérito foi instaurado para apurar os crimes de dano e incêndio dolosos, quando há intenção de provocar destruição. Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que dois suspeitos chegam ao local, por volta das 2h, e ateiam fogo ao monumento.

O Corpo de Bombeiros foi acionado às 3h14 e conseguiu controlar as chamas, que chegaram a se espalhar para um terreno ao lado da loja. A réplica, porém, ficou totalmente destruída, restando apenas a estrutura metálica.

Em nota, a Havan classificou o episódio como “incêndio criminoso” e disse que está colaborando com as autoridades para identificar e responsabilizar os envolvidos.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

PGR se posiciona a favor da progressão de Daniel Silveira para regime aberto

O ministro do STF Alexandre de Moraes analisará o posicionamento da Procuradoria

Deputado Daniel Silveira e o ministro Alexandre de Moraes (Foto: Agência Cãmara / Agência Brasil)

A Procuradoria-Geral da República (PGR) afirmou nesta terça-feira (23) ser favorável à progressão de pena do ex-deputado federal Daniel Silveira, que pode passar do regime semiaberto para o aberto. O ex-congressista cumpre pena na Colônia Agrícola Marco Aurélio Vergas Tavares de Mattos, em Magé, na Baixada Fluminense (RJ). O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes analisará o posicionamento da PGR.

No regime semiaberto, a pessoa trabalha e retorna para a cela no final do dia. No regime aberto, o preso trabalha ou estuda durante o dia, e depois recolhe-se para regime domiciliar ou para alguma Casa de Albergado (unidade prisional).

No parecer, o vice-procurador-geral da República, Hindenburgo Chateaubriand Pereira Diniz Filho, alegou que o ex-parlamentar apresenta bom comportamento na prisão e cumpre outros requisitos exigidos por investigadores para a mudança de regime. 

O Supremo Tribunal Federal condenou o ex-parlamentar a 8 anos e 9 meses de prisão, mais o pagamento de R$ 192,5 mil. A Corte anunciou a decisão em abril de 2022. Silveira ficou inelegível por oito anos.

Naquele mesmo ano, Jair Bolsonaro (PL) concedeu indulto presidencial a Silveira, o que, na prática, anularia a pena. Mas, em 2023, o STF derrubou o indulto, alegando que a medida é inconstitucional, e determinou a prisão imediata do ex-deputado.

Fonte: Brasil 247

Apucarana busca solução para maior dívida municipal do país em reunião no Ministério da Fazenda

Comitiva liderada pelo prefeito Rodolfo Mota é recebida em Brasília para discutir dívida superior a R$ 1,3 bilhão


Em uma demonstração de união política, o prefeito de Apucarana, Rodolfo Mota (União Brasil), esteve nesta terça-feira (23/09) no Ministério da Fazenda, em Brasília, para tratar da maior dívida municipal do Brasil: mais de R$ 1,3 bilhão. Acompanhado do deputado estadual Arilson Chiorato (PT) responsável pelo agendamento, da deputada federal Lenir de Assis (PT) e do vereador Odarlone Orente (PT) que representou os vereadores da cidade, o prefeito busca alternativas para renegociar o débito que ameaça comprometer as finanças do município.

A comitiva foi recebida pelo chefe de gabinete do ministro Fernando Haddad, Laio Correia Morais. Morais se comprometeu a realizar um estudo detalhado da dívida e a articular tratativas com a Advocacia-Geral da União (AGU) para tentar viabilizar uma solução para este problema que assombra a cidade e se arrasta desde os anos de 1.990, quando o município fez empréstimos junto aos extintos bancos Santos e Itamaraty.

A articulação em conjunto entre representantes de diferentes esferas e partidos políticos é vista como um sinal de maturidade política e compromisso com o futuro de Apucarana. “Essa união é fundamental para buscarmos alternativas reais e responsáveis para essa dívida histórica”, destacou o prefeito Rodolfo Mota.

A iniciativa ocorre em um momento oportuno. Recentemente foi promulgada a Emenda Constitucional 136, que abre espaço para a renegociação de dívidas de municípios com a União. No entanto, a regulamentação por parte do governo federal ainda está pendente.

Na semana passada, a Justiça Federal concedeu uma liminar suspendendo por seis meses a cobrança da dívida, o que impede temporariamente o bloqueio dos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) — um alívio momentâneo que dá fôlego à administração municipal para articular uma solução definitiva.

A expectativa da Prefeitura de Apucarana é que o apoio federal e a regulamentação da emenda possibilitem um acordo que viabilize a continuidade dos serviços públicos essenciais e a retomada dos investimentos no município.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

Ministro Flávio Dino é eleito presidente da 1ª Turma do STF

Ele sucede o ministro Cristiano Zanin e ocupará o cargo por um ano
     Foto: Gustavo Moreno/STF

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) escolheu, por unanimidade, o ministro Flávio Dino para o cargo de presidente do colegiado. A eleição foi realizada na sessão desta terça-feira (23).

Rodízio de presidentes

Dino integra a Turma desde fevereiro de 2024. O sistema de rodízio de presidentes está previsto no Regimento Interno do STF. O artigo 4º estabelece que a Turma é presidida pelo ministro mais antigo dentre seus membros, por um período de um ano, e a recondução é vedada até que todos os seus integrantes tenham exercido a presidência, observando-se a ordem decrescente de antiguidade.

Ao agradecer aos integrantes da Primeira Turma pela eleição, o ministro ressaltou a importância da colegialidade na atuação da Corte e se comprometeu a dar continuidade ao trabalho do ministro Cristiano Zanin, que presidiu com “serenidade e tranquilidade” os trabalhos da equipe no último ano.

Fonte: STF

UBS Takaiti Miyadi promove ações do “Setembro Amarelo” com foco em saúde e bem-estar da comunidade

Atividades reuniram idosos, crianças e adolescentes em um dia de cuidados, orientações e integração


A Unidade Básica de Saúde (UBS) Takaiti Miyadi realizou uma programação especial em alusão ao “Setembro Amarelo”, mês de prevenção ao suicídio e promoção da saúde mental. A iniciativa contou com grande participação da comunidade do Núcleo Dom Romeu Alberti e envolveu desde atendimentos clínicos até atividades educativas e culturais. O evento aconteceu no último sábado (20/9).

Durante a manhã, as ações foram voltadas aos idosos. Os participantes tiveram acesso a consultas médicas e odontológicas, preenchimento da caderneta do idoso, coleta de exames preventivos, testes rápidos, avaliação fisioterapêutica e orientações nutricionais. Houve ainda um café da manhã coletivo e a entrega de lembranças confeccionadas pela própria equipe de profissionais da unidade.

À tarde, a programação contemplou crianças, adolescentes e seus responsáveis. A equipe promoveu um “cine debate” com a exibição do filme Viva – a vida é uma festa, proporcionando momentos de reflexão e diálogo sobre a importância da vida e dos vínculos afetivos. O acolhimento contou também com pipoca e chá gelado, preparados especialmente para os participantes.

Segundo a coordenação da UBS, a proposta alcançou plenamente seus objetivos. O evento fortaleceu o vínculo entre equipe e usuários, promoveu a integração da comunidade e ampliou a oferta de cuidados em saúde preventiva e mental.


Fonte: Prefeitura de Apucarana

Apucarana anuncia construção de novo Centro de Referência da Assistência Social

Unidade será viabilizada com recursos do Fundo Estadual de Assistência Social, em investimento de R$ 1,2 milhão


O prefeito de Apucarana, Rodolfo Mota, e a secretária de Assistência Social, Fabíola Carrero (foto), anunciaram a construção de um novo Centro de Referência da Assistência Social (CRAS), durante coletiva nesta segunda-feira (22/09) no gabinete municipal. A obra será custeada com recursos do Fundo Estadual de Assistência Social, no valor de R$ 1,2 milhão.

O prefeito destacou a relevância da nova unidade para a rede de proteção social do município. “Hoje enfrentamos limitações de estrutura na Assistência Social. Nossa equipe precisa de condições adequadas de trabalho para atender e acolher bem a população em situação de vulnerabilidade. Agradeço ao governador Ratinho Junior, ao secretário do Desenvolvimento Social, Rogério Carboni, e aos conselheiros do Conselho Estadual de Assistência Social, que analisaram nosso pedido e aprovaram a liberação dos recursos para esta obra”, afirmou.

A secretária de Assistência Social participará da assinatura do termo de convênio com o vice-governador Darcy Piana e com o secretário Carboni, na quarta-feira (24/9). “A partir disso, vamos redefinir os territórios de atendimento e escolher o local mais adequado para a instalação do novo CRAS, de forma a garantir proximidade com as comunidades que mais necessitam”, explicou.

Desde o início do ano, a Prefeitura de Apucarana já confirmou a execução de obras em diversas áreas. “Anunciamos a construção de novas sedes para o Corpo de Bombeiros e a Polícia Científica, a reforma de Unidades Básicas de Saúde e a retomada de obras de CMEIs paralisados. Entre esses investimentos, agora celebramos também a construção de um novo CRAS, que ampliará a capacidade de atendimento da Assistência Social no município”, concluiu o prefeito.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

Ratinho Junior sanciona lei que reduz IPVA no Paraná e garante menor alíquota do Brasil

Alíquota foi reduzida de 3,5% para 1,9% sobre o valor venal dos veículos, o que significa uma redução de 45% no valor a ser pago pelos proprietários a partir de 2026. Medida beneficia 3,4 milhões de paranaenses.

Ratinho Junior sanciona lei que reduz IPVA no Paraná e garante menor alíquota do Brasil
Foto: Ari Dias/AEN


Agora é lei ( nº 22.645/2025 ): o Paraná tem o menor IPVA do Brasil. A nova alíquota do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores foi reduzida de 3,5% para 1,9% do valor venal de automóveis, motocicletas e caminhonetes nesta terça-feira (23) após a sanção pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior, em Curitiba. A medida beneficia cerca de 3,4 milhões de proprietários de veículos em todo o Estado, que pagarão 45% a menos de imposto anualmente.

“Essa é a maior redução de IPVA do Brasil e faz do Paraná o Estado com a menor alíquota do País. Esse dinheiro que deixa de ir para o imposto vai aliviar o bolso das famílias e circular na economia dos municípios. Vai ajudar no pagamento do IPTU, do material escolar, de uma prestação da casa, de uma viagem em família, das compras no mercado, no açougue ou na mercearia. É um benefício direto para a população e que movimenta os setores produtivos”, afirmou Ratinho Junior.

Segundo o governador, a medida só foi possível graças à organização financeira do Estado, que hoje tem a melhor saúde fiscal do Brasil segundo avaliação do Tesouro Nacional. “Mostramos que é possível ter responsabilidade fiscal e, ao mesmo tempo, reduzir tributos. O Paraná já possui a maior cesta básica isenta de ICMS, a menor tributação para os pequenos comerciantes do Simples Nacional e agora passa a ter o menor IPVA do Brasil. É uma sequência de ações que refletem planejamento, gestão e compromisso com quem vive e trabalha aqui”, acrescentou.

Atualmente, a frota tributada do Paraná é de 4,1 milhões de veículos, sendo que 3,4 milhões deles serão beneficiados com a redução – ou seja, quase 83% do total. Entre os veículos contemplados estão automóveis, motocicletas acima de 170 cilindradas, caminhonetes, camionetas, ciclomotores, motonetas, utilitários, motorhomes, triciclos, quadriciclos e caminhões-tratores. Os automóveis representam o maior grupo, com mais de 2,5 milhões de unidades. Em seguida, aparecem motocicletas (268,7 mil), caminhonetes (244,7 mil) e camionetas (225,1 mil).

Para se ter uma ideia do impacto, o proprietário de um carro avaliado em R$ 50 mil, que pagava R$ 1.750 de imposto, pagará apenas R$ 950 em 2026. De acordo com a Receita Estadual, mais de 68% da frota tributada do Paraná se enquadra nessa faixa de valor. Pegando o estado catarinense para comparação, onde o IPVA é de 2%, o imposto ficaria em R$ 1.000, enquanto que o carro emplacado em São Paulo teria de arcar R$ 2.000 por causa da alíquota de 4%.

A alíquota diferenciada não altera a cobrança para veículos especiais, como ônibus, caminhões, utilitários de carga, veículos de aluguel ou movidos a gás natural veicular (GNV), que permanecem tributados em apenas 1%. Além disso, a lei mantém a isenção de IPVA para motocicletas de até 170 cilindradas, sancionada pelo governador em dezembro de 2024.

O cálculo do IPVA continua a ser feito sobre o valor venal dos veículos, estabelecido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) a partir de uma análise regional dos preços praticados no Estado, cuja divulgação dos valores é feita sempre no final de cada ano. No site do Governo do Paraná, é possível simular a aplicação dos novos valores a serem pagos em 2026.

IMPACTO AOS PARANAENSES – O secretário de Estado da Fazenda, Norberto Ortigara, explicou que a redução do IPVA não beneficia apenas os cidadãos, mas também os municípios e a economia estadual. “Com o menor IPVA do Brasil, o paranaense terá mais dinheiro para fazer compras, viajar de férias com a família ou pagar outras contas, como o IPTU, que também é cobrado no início do ano. É dinheiro no bolso que impulsiona o consumo e movimenta a economia”, afirmou.

Segundo Ortigara, a menor alíquota também deve incentivar a repatriação de veículos registrados em outros estados e o aumento da frota dentro do Paraná, seja com aquisição de veículos novos ou transferências de pessoas que hoje emplacam em estados vizinhos, como Santa Catarina, onde a alíquota é de 2%. “Tudo isso representa mais recursos entrando nos cofres paranaenses”, explicou.

Mesmo antes da sanção, a expectativa de queda do imposto já teve efeitos práticos no mercado. Dados do Departamento de Trânsito do Estado (Detran-PR) apontam que, nos 10 dias seguintes ao anúncio da nova alíquota, os emplacamentos cresceram 11%, com 11.807 registros – uma média de 1.118 por dia. “Essa movimentação confirma uma das estratégias da Secretaria da Fazenda e da Receita Estadual para garantir equilíbrio fiscal mesmo com o corte de impostos: o aumento da frota tributada contribui para manter a arrecadação do Estado estável”, afirmou Ortigara.

O diretor-presidente do Detran-PR, Santin Roveda, enfatizou o crescimento no registro de emplacamentos e as condições propícias que a redução de imposto traz para o empreendedorismo paranaense. “Essa diminuição do IPVA é uma retribuição, uma devolução de dinheiro para o bolso de quem faz o Estado acontecer, que é a classe média, o trabalhador, os empresários, a indústria e o agronegócio”, pontuou.

Para o presidente do Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos do Paraná (Sindicovi-PR), Marcos da Silva Ramos, a medida trará impacto positivo para o setor. “A redução do IPVA deve estimular a volta de empresas e frotistas que migraram para outros estados em busca de alíquotas menores. Isso garante que veículos de maior valor e motocicletas permaneçam registrados no Paraná e fortalece a cadeia automotiva ao permitir que concessionárias locais recuperem volume de vendas e bônus das montadoras”, avaliou.

      Foto: Ari Dias/AEN

EQUILÍBRIO FISCAL – Para assegurar a saúde fiscal do Estado, a lei sancionada traz algumas alterações no IPVA 2026. Entre elas, o aumento da multa por atraso no pagamento, que passa de 10% para 20%. A regra de cobrança de juros de mora e multa diária (0,33% ao dia, acrescida da Selic) será mantida, com a multa fixa de 20% sendo aplicada após 30 dias de atraso.

Com essas medidas, o Estado garante que a redução do imposto não comprometa os recursos necessários para investimentos, manutenção de serviços e equilíbrio das contas públicas.

A sanção marca ainda a segunda grande alteração do IPVA promovida pela gestão do governador Ratinho Junior. Em 2024, o Estado isentou motocicletas de até 170 cilindradas, beneficiando mais de 732 mil proprietários, principalmente motoboys e entregadores, sem comprometer a arrecadação estadual.

Confira a alíquota do IPVA em cada estado brasileiro:

PR - 1,9%
SC - 2%
ES - 2%
TO - 2%
AC - 2%
PE - 2,4%
PB - 2,5%
PA - 2,5%
BA - 2,5%
MA - 2% a 3%
MT - 2% a 3%
PI - 2,5% a 3%
SE - 2,5% a 3%
CE - 2,5% a 3,5%
AL - 2,75% a 3,25%
RR - 3%
RO - 3%
RS - 3%
RN - 3%
MS - 3%
AP - 3%
GO - 3% a 3,75%
AM - 3% a 4%
DF - 3,5%
RJ - 4%
MG - 4%
SP - 4%

PRESENÇAS – Também acompanharam a sanção o vice-governador Darci Piana; chefe da Casa Civil, João Carlos Ortega; chefe da Casa Militar, Marcos Tordoro; secretários estaduais das Cidades, Guto Silva; Planejamento, Ulisses Maia; Trabalho, Qualificação e Renda, Do Carmo; Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa, Leandre Dal Ponte; Agricultura e Abastecimento, Marcio Nunes; Inovação e Inteligência Artificial, Alex Canziani, da Comunicação, Cleber Mata, da Infraestrutura e Logística, Sandro Alex, da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Bona; presidente do Ipardes, Jorge Callado; presidente da Invest Paraná, Eduardo Benin; presidente do Detran-PR, Santin Roveda; o comandante-geral da Polícia Militar, Jefferson Silva; o defensor público-geral do Paraná, Matheus Munhoz; o presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, Alexandre Curi; o líder do Governo na Alep, Hussein Bakri; o senador Sérgio Moro; os deputados estaduais Cloara Pinheiro, Ademar Traiano, Gugu Bueno, Anibelli Neto, Marcelo Rangel, Alisson Wandscheer, Matheus Vermelho, Luiz Fernando Guerra, Flávia Francischini, Denian Couto, Márcia Huçulak, Artagão Júnior, Mabel Canto, Mauro Moraes, Tito Barrichelo e Luis Corti; o presidente da Associação dos Municípios do Paraná (AMP), Marcel Micheletto; o presidente do Sindicato dos Despachantes do Estado do Paraná (Sindepar), Marcos dos Santos Júnior; prefeitos, secretários municipais, vereadores e representantes do setor produtivo.

Fonte: AEN