quarta-feira, 8 de outubro de 2025

Quaest: 79% dos brasileiros são a favor da isenção de IR até R$ 5 mil

Medida defendida por Lula foi aprovada na Câmara e aguarda votação no Senado

        São Paulo (SP) 29.06.2024 - Lula, Alckmin e Haddad (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

Pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (8), revela que 79% dos brasileiros apoiam a isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil por mês. Apenas 17% se dizem contrários, enquanto 4% não souberam ou preferiram não responder.

☉ Apoio à isenção cresce

O apoio à ampliação da faixa de isenção subiu de 75% em julho para 79% em outubro, um aumento de quatro pontos percentuais. Já o percentual de quem se opõe à proposta caiu de 21% para 17% no mesmo período, indicando maior adesão popular à medida.

A ampliação da isenção é uma das promessas de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e vem sendo defendida pelo governo como uma forma de corrigir distorções no sistema tributário e aliviar a carga fiscal sobre a classe média e os trabalhadores de baixa renda.

☉ Câmara aprova por unanimidade; Senado analisa

O projeto que amplia a isenção foi aprovado por unanimidade na Câmara dos Deputados, com 493 votos favoráveis. Agora, o texto segue para análise no Senado Federal.

A proposta prevê isenção total para quem recebe até R$ 5 mil mensais e isenção parcial para rendas de até R$ 7.350. Para compensar a perda de arrecadação, o governo determinou que contribuintes com rendimentos superiores a R$ 600 mil por ano pagarão mais imposto.

☉ Lula confia em aprovação no Senado

Na segunda-feira (6), o presidente Lula demonstrou otimismo quanto ao andamento do projeto. “A gente acredita que o Senado vai entender a importância dessa medida para o trabalhador brasileiro”, afirmou. Mesmo com o avanço no Congresso, os efeitos práticos da mudança devem começar a valer apenas em 2026, conforme estimativas do governo federal.

☉ Metodologia

A pesquisa da Genial/Quaest entrevistou 2.004 pessoas com 16 anos ou mais, em formato presencial, entre os dias 2 e 5 de outubro. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.

Fonte: Brasil 247

Conselho de Ética abre processos contra deputados bolsonaristas que fizeram motim na Câmara

Câmara avalia suspensão e censura de Marcos Pollon, Marcel Van Hattem e Zé Trovão após ocupação da Mesa em protesto contra a prisão de Bolsonaro

      Deputados bolsonaristas em motim na Câmara (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

Luciano Nascimento - Repórter da Agência Brasil

O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados aprovou hoje (7) a instauração de processo disciplinar contra os deputados Marcos Pollon (PL-MS), Marcel Van Hattem (Novo-RS) e Zé Trovão (PL-SC), em razão da participação do motim realizado no plenário da Casa, no início de agosto. Os processos foram apresentados pela Mesa Diretora da Câmara e receberam parecer favorável do corregedor da casa, deputado Diego Coronel (PSD-BA).

O corregedor sugeriu ao Conselho de Ética da Câmara a suspensão do deputado Pollon por 90 dias e de Marcel Van Hattem e Zé Trovão por 30 dias. Todos são acusados de obstrução da cadeira da Presidência durante a ocupação.

☉ Representações apensadas

O presidente do Conselho de Ética, Fábio Schiochet (União-SC), informou que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), apensou as três representações e que, em razão disso, será escolhido um único relator para analisar os pedidos.

Foram sorteados para relatar o procedimento os deputados Castro Neto (PSD-PI), Albuquerque (Republicanos-RR) e Zé Haroldo Catedral (PSD-RR). O presidente do colegiado disse que escolherá o relator posteriormente.

Van Hattem questionou o apensamento das representações, com o argumento de que elas são diferentes, apesar de remeterem a um fato acontecido no mesmo dia.
“Não há um liame subjetivo específico entre os três casos. Apensá-las todas cria um expediente ruim para esse conselho”, disse.

O presidente do Conselho destacou que a questão de apensar é "prerrogativa única e exclusivamente do presidente da Câmara”.

☉ Outras representações

Além da obstrução o deputado Pollon ainda responderá a outra representação, pois a falta foi considerada mais grave em razão de ter feito declarações ofensivas ao presidente da Câmara. O presidente do Conselho irá escolher o relator a partir de uma lista tríplice formada por Castro Neto (PSD-PI), Moses Rodrigues (União-CE) e Ricardo Maia (MDB-BA), selecionados por sorteio.

O corregedor também concordou com a aplicação de censura escrita para 14 parlamentares da oposição que participaram do motim.

Caberá à Mesa Diretora a aplicação da penalidade aos deputados Allan Garcês (PP-MA), Bia Kicis (PL-DF), Carlos Jordy (PL-RJ), Caroline de Toni (PL-SC), Domingos Sávio (PL-MG), Julia Zanatta (PL-SC), Nikolas Ferreira (PL-MG), Paulo Bilynskyj (PL-SP), Marco Feliciano (PL-SP), Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e Zucco (PL-RS), além de Pollon, Van Hattem e Zé Trovão.

Segundo Diego Coronel, as solicitações de punição ocorreram a partir da análise das imagens internas da Câmara e com base nas argumentações das defesas dos parlamentares.

☉ Relembre o caso

Na madrugada do dia 6 de agosto, deputados e senadores de oposição pernoitaram nos plenários da Câmara e do Senado para manter a ocupação das mesas diretoras das Casas, inviabilizando a retomada dos trabalhos legislativos. Os parlamentares, em sua maioria do Partido Liberal (PL), protestam contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, decretada dois dias antes. Para partidos da base governista, a ação é ilegal e representaria novo ataque às instituições da República.

Eles também exigiam que fosse pautado o projeto de anistia geral e irrestrita aos condenados por tentativa de golpe de Estado no julgamento da trama golpista, e que também seja pautado o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

Lula endurece relação com o Centrão e mira em divisões no PP e União Brasil

 

O presidente Lula (PT). Foto: Reprodução

O presidente Lula (PT) decidiu endurecer o tom com o Centrão e deixou claro que não pretende “implorar” por apoio político. Com a popularidade em alta e vitórias recentes no Congresso, o petista aposta em divisões internas do PP e do União Brasil para fortalecer alianças regionais com vistas a 2026, mesmo sem o apoio das cúpulas partidárias, conforme informações do Globo.

“Eu não vou implorar para nenhum partido estar comigo. Vai estar comigo quem quiser estar comigo. Não sou daqueles que ficam tentando comprar deputado. Vai ficar comigo quem quiser, quem quiser ir para o outro lado que vá, e que tenha sorte, porque nós temos certeza de uma coisa: a extrema direita não voltará a governar esse país”, afirmou Lula à TV Mirante, do Maranhão.

Mesmo com o ultimato de PP e União Brasil, que pedem a saída dos ministros Celso Sabino (Turismo) e André Fufuca (Esporte), Lula não dá sinais de que fará mudanças no primeiro escalão. No Planalto, a avaliação é que o presidente sai fortalecido por conquistas recentes — como a aprovação da nova faixa de isenção do Imposto de Renda e o diálogo direto com Donald Trump, visto como fator de pressão sobre o bolsonarismo.

Sabino e Fufuca, por sua vez, reafirmam o apoio a Lula e tentam se manter no governo de olho em projetos eleitorais locais. Assessores do Planalto dizem que o presidente enxerga vantagem em mantê-los, pois isso acentua o racha dentro das legendas.

“Se as coisas estão dando certo, por que mexer? Por que essa pequenez de atrapalhar um bom ministro que está fazendo um bom trabalho? Foi raiva? Foi inveja?”, questionou Lula.



☉ Palanques regionais e disputa por 2026

Nos bastidores, o governo vê alas simpáticas ao PT dentro do PP e do União em estados como Maranhão, Ceará, Paraíba, Bahia, Pará e Amapá. O Republicanos também mantém relações próximas em Pernambuco e Piauí. Essa estratégia mira palanques estaduais, especialmente diante de uma possível candidatura de Tarcísio de Freitas (Republicanos) apoiada por Jair Bolsonaro.

Apesar do momento favorável, Lula reconhece a necessidade de manter o ritmo: “Se a gente brincar em serviço, acaba dando ao adversário a chance de ganhar que ele não tem hoje. É muito difícil alguém ganhar as eleições de nós em 2026. O governo vai terminar muito bem, o Brasil está vivendo um momento excepcional.”

☉ Crise nos partidos e resistência a expulsões

O União Brasil tenta punir Sabino, mas descarta expulsá-lo de imediato. O deputado Fábio Schiochet (União-SC), relator do caso, afirmou: “Sou contra cautelar para expulsão. Acho muito frágil, acaba cerceando o direito de defesa do ministro. Em uns 40 dias deve haver uma conclusão.”

Já no PP, o presidente Ciro Nogueira (PI) havia dado prazo para Fufuca deixar o governo, o que não ocorreu. O ministro, no entanto, reafirmou lealdade ao presidente: “Eu estou com o Lula do Bolsa Família, do Mais Médicos, do Fies, do Prouni. O Lula que tirou o filho do pobre da rua e colocou para fazer medicina. É esse o Lula que estou ao lado.”

Sem consenso interno, o PP avalia retirar de Fufuca o comando do diretório estadual do Maranhão e apoiar outro nome para o Senado em 2026. Assim como no União Brasil, o partido evita romper completamente com o governo — mantendo aberta a disputa interna que Lula pretende explorar politicamente até a eleição.

Ministros do Turismo, Celso Sabino, e do Esporte, André Fufuca. Foto: Ronaldo Caldas

Fonte: DCM com informações do jornal O Globo

Quaest: Aprovação ao governo Lula cresce e atinge melhor resultado do ano

      O presidente Lula – Foto: Reprodução


A aprovação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a empatar com a desaprovação pela primeira vez desde janeiro, segundo pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (8). O levantamento, encomendado pela Genial Investimentos, mostra que 49% dos brasileiros desaprovam a gestão petista, enquanto 48% aprovam. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.


Aprovação do governo Lula – Foto: Quaest



No início do ano, a diferença era pequena — 49% desaprovavam e 47% aprovavam o governo. A última vez em que Lula havia registrado vantagem foi em dezembro de 2024, com 52% de aprovação contra 47% de desaprovação. Desde então, o índice negativo manteve-se à frente, chegando ao pico em maio, quando a desaprovação alcançou 57% e a aprovação caiu a 40%.

Entre os segmentos analisados, as mulheres voltaram a demonstrar maior apoio ao presidente: 52% aprovam a gestão e 45% desaprovam. Entre os homens, o cenário permanece de maior desaprovação. Já entre os católicos, Lula recuperou vantagem, com 54% de aprovação e 44% de rejeição.

Aprovação do governo Lula por gênero – Foto: Quaest

A pesquisa indica ainda que a faixa etária de 35 a 59 anos passou a aprovar mais o governo — 51% de aprovação e 46% de desaprovação — invertendo os percentuais de setembro. Entre os idosos, de 60 anos ou mais, os índices estão empatados em 50% e 46%, respectivamente.

Entre os mais ricos, com renda familiar acima de cinco salários mínimos, o empate também se repete: 52% desaprovam e 45% aprovam. O cenário difere do registrado em setembro, quando a desaprovação era de 60%. Já entre os beneficiários do Bolsa Família, a aprovação chega a 67%, com 31% de rejeição.

O levantamento também questionou os entrevistados sobre temas econômicos e diplomáticos. Para 49%, Lula saiu fortalecido do encontro com Donald Trump na ONU, enquanto 27% acham que o presidente brasileiro saiu mais fraco. Além disso, 79% apoiam a proposta de isentar o Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil.

49% dos entrevistados avaliaram que Lula saiu “mais forte” politicamente após o encontro com Trump – Foto: Quaest
79% dos brasileiros são a favor de isentar do Imposto de Renda quem ganha até R$ 5 mil por mês – Foto: Quaest

Na avaliação geral do governo, 33% classificam a gestão como positiva, 37% como negativa e 27% como regular. Esses números representam uma leve melhora em relação a setembro, quando 31% consideravam a administração positiva e 38% negativa.

37% dos brasileiros avaliam o governo Lula de forma negativa, 33% de forma positiva e 27% consideram regular – Foto: Quaest
A pesquisa Quaest entrevistou 2.004 pessoas entre os dias 2 e 5 de outubro em todo o país. O nível de confiança é de 95%, e a margem de erro é de dois pontos percentuais.

Fonte: DCM

Quaest: 52% dos brasileiros são contra reduzir penas de golpistas

Levantamento indica ainda que 47% são contra anistia a Bolsonaro

      Jair Bolsonaro, em prisão domiciliar, em Brasília - 14/08/2025 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

A pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (8) revelou que a maioria da população brasileira é contrária à redução das penas dos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023, quando bolsonaristas invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes em Brasília.

De acordo com o levantamento, publicado pelo g1, 52% dos entrevistados afirmaram que as condenações foram proporcionais e não devem ser alteradas. Por outro lado, 37% disseram acreditar que as punições foram severas demais e deveriam ser diminuídas, enquanto 11% não souberam ou preferiram não responder.

◈ Posição sobre anistia e impacto político

Além do tema da dosimetria das penas, a pesquisa também investigou a opinião pública sobre a possibilidade de anistia a Jair Bolsonaro (PL) e a outros condenados. O resultado mostra que 47% dos brasileiros seguem contrários a essa medida, reforçando a resistência da maioria em flexibilizar as punições impostas.

Outro ponto de destaque é o reflexo direto na avaliação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Após nove meses de vantagem da aprovação sobre a desaprovação, o cenário voltou a um empate técnico, indicando maior polarização na percepção popular sobre a gestão federal.

◈ Detalhamento da pergunta aplicada

A questão apresentada pela Quaest buscava medir a reação ao projeto alternativo à anistia, que propõe apenas a redução das penas dos condenados:

Contra, porque as penas foram justas: 52%
A favor, porque as penas foram muito duras: 37%
Não souberam ou não responderam: 11%

◈ Contexto nacional

O debate sobre punições aos envolvidos nos atos antidemocráticos segue no centro das discussões políticas em Brasília. A pesquisa reforça que, embora exista uma parcela expressiva da população favorável a uma flexibilização, a maioria ainda entende que as penas aplicadas pela Justiça foram adequadas diante da gravidade dos crimes cometidos.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

terça-feira, 7 de outubro de 2025

Beto Preto indica Paulo Vital para a chefia da 16ª Regional de Saúde


       Foto: Divulgação

O advogado Paulo Sérgio Vital, ex-vice-prefeito de Apucarana, e ex-Procurador Geral do Município foi confirmado nesta terça-feira (7), para ocupar o cargo de diretor da 16ª Regional de Saúde de Apucarana. O anúncio foi feito, em Curitiba, durante audiência no gabinete do secretário de estado da saúde e deputado federal licenciado, Beto Preto.

Vital que já havia exercido outras funções na Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), vai suceder o agora vereador Lucas Leugi, no comando da Regional de Saúde, que mantém dezessete municípios da região na sua área de abrangência.

Ao indicar Paulo Vital para o cargo de diretor, o secretário Beto Preto disse que a proposta é reforçar e dar continuidade às ações que já vem sendo desenvolvidas. “As prioridades são a decentralização da saúde pública, ampliar a oferta de serviços aos municípios, buscar mais eficiência nas campanhas de vacinação e acelerar ainda mais as cirurgias não eletivas – não emergenciais – via Programa Opera Paraná que, em Apucarana, vem funcionando muito bem com o funcionamento do Hospital Toral Tokuda”, comentou Beto Preto.

Paulo Vital diz que já conhece bem os serviços e programas mantidos pela Secretaria de Estado da Saúde, nas vinte e duas regionais de saúde. “Também acompanhei de perto o trabalho coordenado pelo ex-diretor da 16ª RS, Lucas Leugi que, acaba de deixar o cargo para assumir uma cadeira na Câmara de Vereadores. Com o apoio de todos chefes de seções da Regional de Saúde, e também dos demais servidores, espero manter e, se possível, até ampliar as ações e resultados dos programas”, pontuou Vital.

Fonte: Assessoria

Diálogo Lula-Trump pode pôr fim a sanções, avaliam ministros do STF

Diálogo entre presidentes pode reverter sanções impostas a autoridades e evidencia o isolamento de Eduardo Bolsonaro

        Donald Trump e Alexandre de Moraes (Foto: Reuters/Kevin Lamarque | Luiz Silveira/STF)

A conversa telefônica entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi bem recebida por ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), segundo O Globo. O diálogo é considerado estratégico e abre caminho para a possível reversão de sanções americanas contra o Brasil, enquanto evidencia o isolamento político do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

☉ Diplomacia evita confronto e sinaliza aproximação comercial

O encontro, que durou cerca de 30 minutos, foi descrito pelo próprio Trump como “muito boa”, indicando interesse em estreitar relações comerciais com o Brasil. Para integrantes da Corte, a postura de Lula de priorizar a diplomacia em vez do confronto direto representa um acerto estratégico, sobretudo diante de medidas como o aumento de tarifas e a aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes.

☉ STF observa enfraquecimento da narrativa bolsonarista

Segundo magistrados, o gesto diplomático enfraquece a narrativa de perseguição judicial promovida por aliados de Jair Bolsonaro (PL) no exterior. “O que vinha sendo dito pelos representantes do bolsonarismo, sobretudo por Eduardo Bolsonaro, não estava de todo correto”, afirmou um integrante do STF. O ex-mandatário foi condenado a 27 anos e três meses de prisão por tramar um golpe de Estado após ser derrotado no pleito presidencial de 2022.

☉ Proposta “antiembargo” perde força com retomada do diálogo

A iniciativa diplomática ocorre paralelamente à discussão de uma proposta legislativa “antiembargo”, envolvendo Judiciário, Executivo e Congresso, que buscava proteger autoridades brasileiras de sanções internacionais. No entanto, o projeto perdeu força diante do diálogo direto com Washington.

☉ Fachin reforça soberania brasileira

Em pronunciamento público, o presidente do STF, Edson Fachin, criticou a interferência de potências estrangeiras: “Nenhum país está legitimado a ferir a autodeterminação de outro” e classificou qualquer tentativa de ingerência externa como “atentado à soberania”.

☉ Interlocutores dos EUA não representam obstáculo

Embora a escolha do senador Marco Rubio como interlocutor nas negociações tenha sido celebrada por Eduardo Bolsonaro, os ministros do STF avaliam que isso não representa um impedimento às negociações.

A avaliação interna da Corte é de que a iniciativa de Lula reforça a eficácia da diplomacia brasileira, aumenta as chances de reposicionamento dos EUA em relação às tarifas e fortalece a posição do Brasil em relações bilaterais estratégicas.

Fonte: Brasil 247

Moraes autoriza visitas de Valdemar, Ciro Nogueira e outros cinco a Bolsonaro


O ex-presidente Jair Bolsonaro e Valdemar Costa Neto, presidente do PL. Foto: Aloisio Mauricio/Estadão Conteúdo

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou o senador Ciro Nogueira (PP-PI) a visitar o ex-presidente Jair Bolsonaro, que cumpre prisão domiciliar desde 4 de agosto. A decisão também libera o acesso de outros aliados próximos, incluindo o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto.

Além de Ciro, o ministro permitiu que os senadores Marcos Pontes (PL-SP) e Márcio Bittar (PL-AC) façam visitas ao ex-presidente, bem como o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e o dirigente partidário Bruno Scheid. As autorizações seguem um cronograma estabelecido para o mês, com visitas entre os dias 9 e 20 de outubro.

O calendário prevê que Ciro Nogueira visite Bolsonaro no dia 9, seguido pelo assessor do PL Marcus Antonio Ibiapina no dia 10. Bruno Scheid, vice-presidente do partido em nível estadual, fará a visita no dia 13. Marcos Pontes foi autorizado para o dia 14, Márcio Bittar no dia 16, Sóstenes Cavalcante no dia 17 e Valdemar Costa Neto encerrará a agenda no dia 20.

Os pedidos de visita foram protocolados pela defesa de Bolsonaro em 2 de outubro. Os advogados alegaram que as reuniões com Valdemar Costa Neto são essenciais para o ex-presidente manter contato político e discutir assuntos partidários. Segundo a defesa, as visitas semanais seriam “indispensáveis” para a coordenação interna do PL.

O ex-presidente Jair Bolsonaro na garagem da casa em que cumpre prisão domiciliar, em Brasília. Foto: Cristiano Mariz/Agência O Globo

Bolsonaro também solicitou autorização para receber Gilson Machado Guimarães, vereador do Recife e aliado de longa data, mas esse pedido ainda não foi analisado por Moraes. O ministro manteve o controle sobre o número e a frequência das visitas, restringindo o acesso à residência do ex-presidente a nomes previamente aprovados.

O ex-presidente cumpre prisão domiciliar por ter desobedecido determinação do próprio Moraes em uma investigação que apura coação praticada por seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). A medida impôs restrições de comunicação e visitas desde o início da pena.

Em setembro, Bolsonaro foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão pelo STF por liderar a trama golpista após sua derrota nas eleições de 2022.

Fonte: DCM

VÍDEO – “Muito difícil alguém ganhar as eleições de nós em 2026”, diz Lula


     O presidente Lula em entrevista à TV Mirante, afiliada da Rede Globo no Maranhão. Foto: Reprodução

O presidente Lula afirmou que considera “muito difícil” que a oposição consiga derrotá-lo nas eleições de 2026. A declaração foi feita em entrevista à TV Mirante, afiliada da Rede Globo no Maranhão, veiculada nesta terça (7). O petista está em agenda no estado desde segunda (6), para inaugurações e anúncios de programas federais.

“Se a gente brincar em serviço, a gente termina dando para os adversários a chance de ganhar que eles não têm hoje. É muito difícil alguém ganhar as eleições de nós em 2026. O governo vai terminar muito bem. O Brasil está vivendo um momento excepcional”, disse Lula.

Durante a entrevista, Lula também afirmou que não pretende “implorar” pelo apoio de partidos que atualmente integram a base, mas já se distanciaram politicamente, como União Brasil e PP. “Quando chegar a época das eleições, cada um vai para o canto que quiser. Eu não vou implorar para nenhum partido estar comigo. Vai estar comigo quem quiser estar comigo”, declarou.

O presidente reforçou que não pretende negociar apoio com legendas que optarem por apoiar a oposição. “Eu não sou daqueles que ficam tentando comprar deputado, não. Vai ficar comigo quem quiser e quem quiser ir para o outro lado que vá e que tenha sorte, porque acho que nós temos certeza de uma coisa: a extrema direita não voltará a governar esse país”, prosseguiu.


Em outro trecho, o chefe do Executivo comentou a decisão das direções nacionais do PP e do União Brasil de pressionar pela saída de seus ministros do governo. Os partidos têm André Fufuca (PP) no Esporte e Celso Sabino (União Brasil) no Turismo, ambos deputados licenciados.

“Acho que é um equívoco do PP querer expulsar o Fufuca, da mesma forma que acho que é um equívoco do União Brasil querer expulsar o Celso Sabino. Acho um erro, uma bobagem”, avaliou.

Segundo o presidente, o tema ainda será discutido diretamente com os ministros. “De qualquer forma, eu vou conversar com eles, eles são deputados, eles têm mandato, eles sabem também o que decidir, têm maioridade para isso”, concluiu.

Fonte: DCM

Rede social diz a Moraes que não vai desbloquear perfil de Zambelli


         A deputada federal bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP) com celular na mão. Foto: Reprodução

O LinkedIn comunicou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que não vai desbloquear o perfil da deputada Carla Zambelli (PL-SP), atualmente presa na Itália e condenada a 15 anos de prisão. A decisão da plataforma contraria uma determinação do magistrado, que havia autorizado a reativação das contas da parlamentar em 25 de setembro.

Em ofício enviado ao gabinete do ministro, o escritório jurídico do LinkedIn no Brasil afirmou que a conta de Zambelli foi removida por “violações das políticas da plataforma”. A empresa anexou o conteúdo publicado pela deputada e reiterou que o perfil não poderá ser reativado “diante da violação de natureza contratual cometida”.

O LinkedIn explicou que a conta de Zambelli já estava indisponível antes mesmo da decisão judicial que determinou o desbloqueio. “Visando ao pronto atendimento da ordem, o LinkedIn Brasil contatou o provedor de aplicações do LinkedIn, que forneceu o documento contendo o conteúdo preservado da conta”, informou a plataforma.

A parlamentar teve suas redes bloqueadas por determinação de Moraes em 4 de julho, após deixar o Brasil. Segundo a decisão, as postagens da deputada indicavam tentativa de obstrução da Justiça. Em setembro, o ministro reverteu parte das restrições, atendendo a um relatório da Polícia Federal que recomendava a exclusão das postagens ilegais, mas não o bloqueio das contas.

Site do LinkedIn ao mostrar resultados da busca pelo perfil de Carla Zambelli. Foto: Reprodução

Na decisão do dia 25, Moraes autorizou a reativação dos perfis de Zambelli no Facebook, Instagram, Gettr, LinkedIn, TikTok, X (antigo Twitter), Telegram e YouTube, determinando apenas a exclusão de publicações consideradas ilícitas.

O ministro também manteve a multa de R$ 20 mil por dia caso novos conteúdos contra o Estado Democrático fossem postados.

Zambelli cumpre pena em regime inicialmente fechado e a condenação também inclui a perda do mandato, inelegibilidade e multa de R$ 2 milhões por invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ela ainda responde a um processo de extradição para o Brasil.

Fonte: DCM

Alckmin pede cautela sobre próximos passos nas relações com os EUA

Vice-presidente afirma que é preciso “aguardar um pouquinho” após telefonema entre Lula e Donald Trump

      O vice-preisdente Geraldo Alckmin (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou nesta terça-feira (7) que ainda é cedo para definir os próximos passos nas relações entre Brasil e Estados Unidos. A declaração foi feita após o telefonema entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente estadunidense, Donald Trump.

☉ “Vamos aguardar um pouquinho”, diz Alckmin

“Vamos aguardar um pouquinho. O telefonema do presidente Lula e do presidente Trump foi ontem, foi muito bom, vamos aguardar agora os próximos passos”, disse Alckmin após uma reunião com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, de acordo com o Estadão Conteúdo. O contato entre Lula e Trump foi visto como um passo relevante para destravar pautas econômicas e ambientais que vinham sendo discutidas de forma indireta.

☉ Haddad prevê diálogo técnico antes de encontro presidencial

Mais cedo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que as conversas entre Brasil e Estados Unidos devem avançar primeiro em nível ministerial. Segundo ele, o governo estuda a possibilidade de uma reunião com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, durante sua viagem a Washington na próxima semana.“Essa aproximação é importante para alinhar visões sobre investimentos e comércio”, disse Haddad em declaração anterior.

Fonte: Brasil 247