quinta-feira, 25 de setembro de 2025

Motta desmente Paulinho da Força e diz que votação do IR não está condicionada à anistia

Presidente da Câmara garante que análise da isenção do IR ocorrerá na data prevista e nega vínculo com projeto que beneficia Bolsonaro

     Hugo Motta (Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados)

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta quinta-feira (25) que a votação do projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda ocorrerá na próxima quarta-feira (1º), como já estava previsto, sem qualquer relação com outras pautas em discussão no Congresso.

Segundo destacou o jornal Folha de S.Paulo, a declaração foi uma resposta direta ao relator da proposta, Paulinho da Força (Solidariedade-SP), que havia sugerido na véspera (24) que a análise da matéria poderia ser afetada caso não houvesse acordo para votar o projeto que reduz penas de condenados por crimes de golpismo, medida que alcançaria o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e os réus do 8 de Janeiro.

☆ Declarações de Hugo Motta

No plenário da Câmara, Motta foi enfático ao descartar a vinculação entre os dois temas. “Entendemos que a matéria [do IR] está madura. Já anunciamos a pauta para a próxima quarta-feira, independentemente de qualquer outra matéria. Não há vinculação da matéria do Imposto de Renda com qualquer outra. Essa associação foi feita de maneira incorreta”, afirmou.

A fala do presidente da Câmara reforça a prioridade do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em avançar com a proposta de ajuste no Imposto de Renda, considerada central na agenda econômica.

☆ Contexto político

O projeto de anistia, apontado por Paulinho da Força como possível entrave, tem provocado divisões na base parlamentar. Enquanto setores mais conservadores pressionam por sua aprovação, parte da oposição e aliados críticos ao bolsonarismo resistem em apoiar medidas que beneficiem diretamente condenados pelos atos de 8 de janeiro.

Já a ampliação da isenção do IR é vista como medida de impacto direto para a população e, por isso, ganha prioridade na pauta legislativa, com potencial para consolidar apoio popular ao governo.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Moraes libera perfis de Carla Zambelli nas redes sociais

Deputada, que está presa em Roma, terá perfis reativados, mas multa de R$ 20 mil será aplicada em caso de novos ataques às instituições

Carla Zambelli e Alexandre de Moraes (Foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputados | Carlos Moura/SCO/STF)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu suspender o bloqueio dos perfis da deputada federal bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP) nas redes sociais. A medida havia sido imposta como parte das investigações sobre ataques às instituições democráticas. De acordo com o g1, Moraes avaliou que, no momento atual do processo, não há necessidade de manter a suspensão completa das contas. No despacho, destacou que “devem ser excluídas apenas as postagens ilícitas que motivaram a decisão judicial”.

☆ Multa diária e advertência de Moraes

A liberação veio acompanhada de restrições. Caso Zambelli volte a divulgar conteúdos com discursos de ódio ou que atentem contra o Estado Democrático de Direito, será aplicada uma multa de R$ 20 mil por dia. A penalidade tem caráter imediato e visa coibir reincidência.

☆ Condenação e fuga para a Itália

Carla Zambelli foi condenada pelo STF por invadir os sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Antes de a sentença se tornar definitiva, deixou o Brasil e fugiu para a Itália. Por isso, passou a figurar na lista de difusão vermelha da Interpol.

☆ Prisão em Roma e processo de extradição

Em julho, a parlamentar foi presa nos arredores de Roma. Atualmente, ela está detida na penitenciária feminina de Rebibbia, aguardando decisão sobre o processo de extradição solicitado pelo governo brasileiro.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

PF apreende 14 carros de luxo do “Careca do INSS” avaliados em R$ 6,3 milhões


PF afirma que o Careca do INSS é o principal responsável pelo esquema de desvio de recursos de aposentados e pensionistas. Foto: Reprodução

A Polícia Federal apreendeu 14 veículos de luxo avaliados em R$ 6,3 milhões em operações contra fraudes no INSS. Os bens, registrados em nome de Antônio Carlos Camilo Antunes, o Careca do INSS, ou de empresas ligadas a ele, foram confiscados em três fases da Operação Sem Desconto. Os valores foram calculados a partir da Tabela Fipe, que define preços médios de mercado.

Na primeira etapa, em 23 de abril, foram levados oito veículos, entre eles um Porsche Taycan Turbo S, avaliado em R$ 770,2 mil, e um Audi RS5, de R$ 463,7 mil. Na mesma ocasião, três motocicletas de alto desempenho, como uma BMW S 1000 RR e uma Suzuki Hayabusa, também foram incluídas na lista.

Em 20 de maio, a PF apreendeu outros cinco carros, incluindo um Porsche 911 Carrera GTS, avaliado em R$ 1,2 milhão, além de uma BMW M3 Competition e um Porsche Panamera 4S híbrido. Na terceira fase, em 12 de setembro, quando Antunes foi preso, a PF apreendeu um Porsche Cayenne S Coupe de R$ 932,7 mil.

Um detalhe chamou a atenção: o BMW X1 apreendido em abril havia pertencido à esposa do ministro do TCU, Jhonatan de Jesus, que alegou já ter vendido o carro em março, por meio de terceiros, sem contato direto com Antunes.

Fonte: DCM

Eduardo chama senadores de “serviçais” após derrota da PEC da Blindagem na CCJ


      O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) – Reprodução

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) reagiu nesta quarta-feira (24) à derrota da PEC da Blindagem no Senado. Em publicação nas redes sociais, ele chamou os senadores que rejeitaram o texto de “serviçais” e afirmou que a proposta representava mecanismos de proteção contra o que classificou como “um Judiciário corrupto e aparelhado”.

A Proposta de Emenda à Constituição nº 3 de 2021 foi rejeitada por unanimidade pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, em votação de 26 a 0. O relator, senador Alessandro Vieira (MDB-SE), apontou que a matéria era inconstitucional e ressaltou que a sociedade brasileira exige o fim da impunidade.

No relatório, Vieira destacou que a PEC não poderia ser confundida com prerrogativas parlamentares legítimas, mas sim como um instrumento que ampliaria a proteção de quem comete crimes. “A sociedade brasileira grita em sentido oposto, almeja o fim da impunidade”, afirmou.



Após a votação, o presidente da CCJ, senador Otto Alencar (PSD-BA), anunciou que havia acordo com Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) para arquivar a proposta. Pelo regimento interno, matérias rejeitadas de forma unânime pela comissão não podem ser levadas ao plenário.

Eduardo Bolsonaro criticou a decisão, afirmando que os senadores estavam “complacentes dos tiranos” e “desconectados do povo”. Para ele, a rejeição manteve o que chamou de “poderes ilimitados da burocracia não eleita”.

O arquivamento da PEC ocorreu dois dias depois de protestos em todas as capitais do país contra a medida e contra a possibilidade de anistia a envolvidos nos atos de 8 de janeiro. Segundo monitoramento da USP, mais de 80 mil pessoas participaram das manifestações em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Fonte: DCM

Nova operação mira esquema bilionário do PCC em combustíveis e jogos de azar em SP

 

Ministério Público de SP e Polícia Militar realizam a Operação Spare na manhã desta quinta-feira (25). Foto: Reprodução/PMSP


O Ministério Público de São Paulo (MP-SP), a Polícia Militar e a Receita Federal deflagraram nesta quinta-feira (25) a Operação Spare, que tem como alvo um esquema do Primeiro Comando da Capital (PCC) nos setores de combustíveis e jogos de azar.

A ação é um desdobramento da Operação Carbono Oculto, que revelou movimentações do crime organizado dentro do mercado financeiro da Faria Lima.

Foram cumpridos 25 mandados de busca e apreensão em seis cidades: São Paulo (19), Santo André (2), Barueri, Bertioga, Campos do Jordão e Osasco.

As investigações apontam como líder do esquema de combustíveis adulterados o empresário Flávio Silvério Siqueira, conhecido como Flavinho, suspeito há anos de lavar dinheiro do PCC por meio de postos de combustíveis e empresas associadas a ele.

Segundo o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), as buscas ocorreram em endereços ligados a Flávio Siqueira e à empresa BK Bank.

O empresário Flávio Silvério Siqueira, conhecido como Flavinho, é o principal alvo da Operação Spare desta quinta-feira (25). — Foto: Reprodução/TV Globo
O empresário Flávio Silvério Siqueira, conhecido como Flavinho, é o principal alvo da Operação Spare desta quinta-feira (25). Foto: Reprodução/TV Globo

✲ Esquema bilionário em postos de combustíveis

A Receita Federal identificou pelo menos 267 postos de combustíveis ainda ativos, que movimentaram mais de R$ 4,5 bilhões entre 2020 e 2024, mas recolheram apenas R$ 4,5 milhões em tributos federais — cerca de 0,1% do total movimentado, percentual muito inferior à média do setor.

Também foram encontradas administradoras de postos que registraram movimentações de R$ 540 milhões no mesmo período. Além dos postos, o grupo utilizava imobiliárias, motéis e lojas de franquia como instrumentos para lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio.

O MP informou que a ação deveria ter acontecido junto com a Carbono Oculto, mas a Justiça de 1º grau indeferiu inicialmente as medidas cautelares pedidas pelos promotores. Foi necessário recorrer ao Tribunal de Justiça de São Paulo para conseguir autorização.

✲ Relembre a Operação Carbono Oculto

A megaoperação foi a junção de três investigações, com alvos em São Paulo, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná, Rio de Janeiro e Santa Catarina. Mais de 350 pessoas físicas e jurídicas foram investigadas por crimes como adulteração de combustíveis, fraudes fiscais, estelionato, crimes ambientais e lavagem de dinheiro.

De acordo com a Polícia Federal, o esquema usava fundos de investimentos controlados pelo PCC, avaliados em R$ 30 bilhões, para ocultar patrimônio ilícito. Transações de compra e venda de imóveis e títulos eram realizadas entre empresas do mesmo grupo, aproveitando brechas da regulação financeira por meio de fintechs.

Na ocasião, foram emitidos 14 mandados de prisão e 42 de busca e apreensão em três estados. Bens e valores de 41 pessoas físicas e 255 jurídicas foram bloqueados, somando mais de R$ 1 bilhão em patrimônio.

Fonte: DCM

STF ganha aprovação após condenação de Bolsonaro e Câmara se desgasta com PEC da Blindagem


O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante julgamento no STF sobre a trama golpista. Foto: Reprodução

A pesquisa Pulso Brasil-Ipespe, divulgada nesta terça-feira (23), mostra que a aprovação ao Supremo Tribunal Federal (STF) subiu de 43% para 46% após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outros envolvidos na trama golpista. Já a desaprovação caiu de 49% para 45% em comparação com o levantamento de julho.

Em contrapartida, a Câmara dos Deputados registrou queda de imagem. A desaprovação saltou de 63% para 70%, enquanto a aprovação caiu de 24% para 18%.

Segundo o cientista político Antonio Lavareda, que coordena a pesquisa, a PEC da Blindagem e o motim realizado por bolsonaristas após a condenação de Bolsonaro provocaram um “desgaste significativo” na avaliação da Casa.

✲ Desgaste da Câmara após PEC da Blindagem

O levantamento aponta que, mesmo entre os eleitores de Bolsonaro, 59% desaprovam a atuação da Câmara, contra 24% que aprovam. Entre os entrevistados que se declaram de direita, os índices são semelhantes: 58% desaprovam e 28% aprovam. Já no eleitorado de Lula, a rejeição chega a 77%, enquanto apenas 16% aprovam a atuação dos deputados.

Entre os eleitores de Bolsonaro, 93% desaprovam o STF e apenas 2% aprovam. Já entre os que apoiam Lula, 87% aprovam a atuação da Corte, enquanto 6% desaprovam.

Parlamentares de extrema-direita comemorando a urgência na votação da anistia e a PEC da Blindagem. Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

✲ Senado mantém estabilidade

O Senado apresentou leve melhora: a aprovação oscilou de 25% para 26%, e a desaprovação caiu de 61% para 59%, dentro da margem de erro.

✲ Opinião sobre anistia

A pesquisa também questionou os brasileiros sobre uma possível anistia. Do total, 46% se dizem contra qualquer proposta, 28% apoiam uma anistia geral que inclua Jair Bolsonaro e 18% são favoráveis a uma anistia parcial, com redução de pena apenas para os condenados que participaram do ataque de 8 de janeiro.

O levantamento entrevistou 2.500 pessoas em todo o país entre os dias 19 e 22 de setembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Fonte: DCM

Aprovação de Lula chega a 50% e ultrapassa desaprovação, diz pesquisa Ipespe


    O presidente Lula (PT). Foto: Reprodução

A nova pesquisa Pulso Brasil-Ipespe, realizada entre 19 e 22 de setembro, mostra que a aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) subiu de 43% para 50%, enquanto a desaprovação caiu de 51% para 48%.

Segundo o levantamento, a aprovação é ampla entre os eleitores de esquerda, chegando a 95%. Entre os que se identificam como de centro, 49% aprovam a gestão de Lula, superando os 45% que desaprovam. Já no eleitorado de direita, o cenário é oposto: 88% desaprovam e apenas 10% aprovam.

Na análise por classes sociais, o governo tem melhor avaliação entre os pobres (52%) e a classe média (51%). Entre os mais ricos, a desaprovação chega a 84%.

✲ STF ganha apoio após julgamento de Bolsonaro

A pesquisa também aponta que a aprovação do Supremo Tribunal Federal (STF) cresceu de 43% para 46% após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outros envolvidos na trama golpista. A desaprovação caiu de 49% para 45% em relação ao levantamento anterior.

Entre os eleitores de Bolsonaro, 93% desaprovam a Corte e apenas 2% aprovam. Já entre os que apoiam Lula, a aprovação chega a 87%, enquanto 6% desaprovam.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante julgamento no STF sobre a trama golpista. Foto: Reprodução

✲ Câmara tem desgaste com PEC da Blindagem

Em contrapartida, a Câmara dos Deputados registrou piora em sua imagem. A desaprovação subiu de 63% para 70%, enquanto a aprovação caiu de 24% para 18%.

De acordo com o cientista político Antonio Lavareda, que coordena a pesquisa, a PEC da Blindagem e o motim realizado por bolsonaristas após a condenação de Bolsonaro provocaram um “desgaste significativo” na imagem da Casa.

Mesmo entre eleitores de Bolsonaro, a avaliação negativa da Câmara atinge 59%, contra 24% de aprovação. Entre os de direita, os índices são semelhantes: 58% desaprovam e 28% aprovam. Já entre os eleitores de Lula, a rejeição chega a 77%, enquanto apenas 16% aprovam a atuação dos deputados.

✲ Senado mantém estabilidade

O Senado apresentou uma leve melhora: a aprovação oscilou de 25% para 26%, e a desaprovação caiu de 61% para 59%, variação dentro da margem de erro.

A pesquisa contou 2.500 entrevistados e a margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.

Fonte: DCM

Deputados bolsonaristas acusam Alcolumbre de traição e prometem “troco”; entenda


            Os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre, e da Câmara, Hugo Motta. Foto: Reprodução

Deputados bolsonaristas da Câmara estão em clima de revolta e acusam o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), de “traição” após o arquivamento da PEC da Blindagem e o avanço, na Comissão de Assuntos Econômicos, de uma proposta paralela de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, conforme informações da colunista Vera Magalhães, do Globo.

Segundo caciques da Casa comandada por Hugo Motta (Republicanos-PB), havia um acordo político que previa aprovar a PEC da Blindagem junto a uma versão mais “light” da anistia para condenados do 8 de Janeiro. Deputados afirmam que a ideia de substituir a anistia ampla por mudanças nas penas partiu do próprio Alcolumbre e que a Câmara seguiu essa linha.

Agora, diante da movimentação no Senado, aliados de Motta sustentam que apenas a Câmara pode propor projetos que renunciem receitas e aumentem gastos, como o da isenção de IR. Por isso, cobram do governo que desautorize o texto relatado por Renan Calheiros (MDB-AL) e reafirme a validade da proposta relatada por Arthur Lira (PP-AL).

Nos bastidores, os aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro interpretam a postura de Alcolumbre como sinal de que ele recebeu garantias do governo de que não haverá investigações contra senadores. Diante disso, prometem dar o “troco” em matérias vindas da Casa vizinha.

PEC da Blindagem arquivada

Na última terça-feira (24), a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado rejeitou por unanimidade a PEC da Blindagem, que previa dar ao Congresso o poder de suspender processos contra parlamentares. Foram 26 votos contrários e nenhum favorável, o que resultou no arquivamento definitivo, já que o regimento do Senado não permite recurso em casos de rejeição unânime.

Na Câmara, a proposta havia sido aprovada em dois turnos com apoio do centrão e do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, mas enfrentou forte rejeição no Senado, além de protestos em todo o país no último domingo (21).

Fonte: DCM com informações do jornal O Globo

“Falando muito”: a insatisfação de Bolsonaro com o filho Eduardo

 

Eduardo e Jair Bolsonaro. Foto: Reprodução
Jair Bolsonaro (PL) tem demonstrado incômodo com a postura pública de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e pediu a aliados que transmitam um recado ao filho. O ex-presidente avalia que o “Bananinha” está “falando muito” e que suas manifestações acabam prejudicando ainda mais sua situação política, conforme informações da colunista Bela Megale, do Globo.

Em prisão domiciliar e proibido de manter contato direto com Eduardo, Bolsonaro pediu que um aliado viaje aos Estados Unidos para conversar pessoalmente com o deputado federal. A missão seria tentar moderar o tom das falas do filho.

Essa não foi a primeira tentativa de frear Eduardo. Algumas semanas atrás, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) já havia conversado com o irmão a pedido do pai, alertando sobre a “forma de comunicação” que vinha adotando.

Instituto Vladimir Herzog repudia declaração de Eduardo Bolsonaro - Instituto Vladimir Herzog
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Foto: Reprodução

Irritação com o tom de ameaças

Parlamentares do PL relataram que Bolsonaro está incomodado principalmente com o excesso de exposição de Eduardo e com o tom ameaçador de algumas declarações. O deputado tem feito críticas duras a parlamentares, membros do Judiciário e até a aliados do pai, como o presidente do partido, Valdemar Costa Neto.

Apesar das pressões, Eduardo Bolsonaro já deu sinais de que não pretende se submeter integralmente à orientação do pai.

O parlamentar tem indicado que pretende disputar a Presidência da República mesmo sem o apoio de Jair Bolsonaro. Ele cogita, inclusive, enfrentar um nome lançado pelo próprio ex-presidente, caso Bolsonaro decida apoiar Tarcísio de Freitas em 2026.

Fonte: DCM com informações do jornal O Globo

Janones explica por que Trump se encantou com Lula na ONU

Deputado afirma que presidente dos EUA foi conquistado assim como ele pelo carisma de Lula

     André Janones (Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados)

O deputado federal André Janones (Avante-MG) compartilhou em seu perfil no X (antigo Twitter) um relato pessoal sobre como foi “seduzido” pela presença magnética de Luiz Inácio Lula da Silva — e usou essa narrativa para sugerir que nem Donald Trump resistiu ao mesmo encanto. A postagem original é do próprio perfil de Janones.

Essa narrativa ecoa declarações recentes de Lula em Nova York. Durante coletiva de imprensa na sede da ONU, o presidente afirmou: “Acho que pintou uma química mesmo”. Ele ainda completou: “Foi uma surpresa boa” ao comentar o breve encontro com Trump às margens da sessão plenária da Assembleia Geral.

Janones explica que, ao se aproximar de Lula como pré-candidato à presidência, tentou manter uma postura dura por influência do cenário político, mas acabou rendido rapidamente:

“Quando fui conhecer Lula, tentei ser durão, afinal, apesar dele ter sido desde sempre minha inspiração e referência na política, eu estava como pré candidato a presidência e, portanto, deveria manter a pose. Todos me avisaram: é inútil, ninguém resiste ao poder de sedução dele.”

Mesmo com essa tentativa de distanciamento, Janones admite que não resistiu:

“Eu disse que comigo seria diferente. Duas semanas depois de conhecê-lo eu estava no debate da TV Bandeirantes, saindo no tapa com o Ricardo Salles por ter xingado o presidente durante o debate!”

E ele faz a comparação com o presidente dos Estados Unidos:

“Hoje fiquei um pouco mais aliviado, se nem o Trump resistiu, acho que tô perdoado!”

Para Janones, o que torna Lula tão influente é sua combinação de simplicidade, generosidade e empatia:

“Para entender nosso Lulindo de uma vez por todas: ele é desses caras que divide a merenda com os coleguinhas. Meus caros, é muito difícil não ser seduzido por Lula, mas confesso, essa foi a sedução mais rápida da história.”

A química entre Lula e Trump também de fora

O episódio em que Lula reconhece uma “química” entre ele e Trump não é isolado nas peças de discurso sobre a diplomacia brasileira. As declarações feitas na ONU reforçam a narrativa de que, apesar das diferenças políticas e dos impasses globais, o encontro entre os dois atraiu atenção justamente por essa proximidade inesperada.

Lula chegou a sugerir que essa “química” poderia servir de inspiração para mediações com outros líderes mundiais:

“Quem sabe nossa química (com Trump) não possa ser levada a Putin e Zelensky”, disse, apontando para potenciais papéis de interlocução do Brasil nas tensões globais.

Assim, ao reinterpretar sua própria experiência com Lula, Janones reforça uma narrativa de que até líderes poderosos podem ser impactados pelo carisma e pela presença política que o presidente brasileiro projeta — uma narrativa agora corroborada, segundo ele, pelo fato de Trump também haver sido “seduzido”.
Fonte: Brasil 247

Michelle promete atuar como "leoa" caso consiga disputar a Presidência



Ex-primeira-dama critica julgamento de Bolsonaro e admite possível candidatura presidencial em 2026

     Michelle Bolsonaro (Foto: Reuters/Amanda Perobelli)

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) afirmou que está disposta a “se erguer como uma leoa” em defesa dos valores conservadores, após a condenação de seu marido, Jair Bolsonaro (PL), a 27 anos e 3 meses de prisão por liderar uma trama golpista em 2022. As declarações foram dadas em entrevista ao jornal britânico The Telegraph, repercutida pelo portal Metrópoles.

Durante a conversa com o veículo britânico, Michelle declarou que poderá disputar as eleições presidenciais de 2026 caso seja “a vontade de Deus”. Segundo ela: “Eu me erguerei como uma leoa para defender nossos valores conservadores, a verdade e a justiça. Se, para cumprir a vontade de Deus, for necessário assumir uma candidatura política, estarei pronta para fazer o que Ele me pedir”.

✲ Críticas ao julgamento no STF

Michelle Bolsonaro atacou a decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), que no dia 11 de setembro condenou Jair Bolsonaro e outros sete aliados, considerados parte do “núcleo crucial” da tentativa de golpe. O julgamento terminou em 4 votos a 1, com Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin pela condenação, e Luiz Fux pela absolvição.

Na entrevista, Michelle classificou o processo como uma “farsa judicial” e sustentou que os envolvidos são inocentes: “As acusações forjadas contra meu marido foram uma tentativa de ocultar violações graves que ocorriam no Brasil, embora tenham acabado por expô-las”.

A ex-primeira-dama também acusou Moraes de violar princípios do devido processo legal ao atuar, segundo ela, de forma concentrada: “juiz, vítima, promotor e investigador”.

✲ Defesa da família e discurso de perseguição

Michelle destacou que sua prioridade segue sendo o cuidado com as filhas e com Jair Bolsonaro. “Para que esta perseguição e humilhação que nos são impostas como brasileiros conservadores não destruam a minha família nem as famílias de tantos outros injustamente alvos desta perseguição covarde”, afirmou.

Ela também sustentou que a postura do STF demonstra um sistema que ameaça direitos e liberdades: “A persistência do Supremo Tribunal Federal em manter essas irregularidades demonstra um sistema judicial que restringe indevidamente direitos e ameaça liberdades”.

✲ Contexto da condenação

A investigação da Polícia Federal revelou a existência de um plano denominado “Punhal Verde Amarelo”, que previa o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro Alexandre de Moraes. A conspiração, segundo as apurações, teria contado com a participação de generais do Exército e apoio do ex-presidente.

Michelle Bolsonaro, atualmente presidente nacional do PL Mulher, tenta consolidar-se como figura política diante da crise enfrentada por seu marido. Seu discurso em defesa dos conservadores e contra o STF indica que poderá se tornar a principal voz da direita nas eleições de 2026.

Fonte: Brasil 247

Alcolumbre manda arquivar PEC da Blindagem após protestos populares

Presidente do Senado argumentou que texto foi considerado inconstitucional pela CCJ e não deve ir a plenário, conforme regimento

      Davi Alcolumbre (Foto: Carlos Moura/Agência Senado)

Agência Brasil - O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), arquivou nesta quarta-feira (24) a proposta de emenda à Constituição que determinava que deputados e senadores só poderiam ser processados após autorização prévia da Câmara ou do Senado, a chamada PEC da Blindagem.

O arquivamento ocorre após a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) ter rejeitado, por unanimidade, o texto.

Como a comissão considerou o texto inconstitucional, Alcolumbre afirmou que a proposta não deve ser votada pelo plenário e determinou o arquivamento definitivo.

"Esta presidência, com amparo regimental claríssimo, determina o seu arquivamento sem deliberação de Plenário", disse Alcolumbre, conforme a Agência Senado.

Ele ainda elogiou a atuação do presidente da CCJ, senador Otto Alencar (PSD-BA), e do relator da proposta, senador Alessandro Vieira (MDB-SE).

PEC da Blindagem

A proposta previa uma mudança na Constituição para que os deputados e senadores não fossem processados criminalmente sem prévia licença da Câmara ou do Senado, respectivamente. A votação seria por meio de voto secreto dos parlamentares.

A PEC foi aprovada pela maioria da Câmara, a partir de uma articulação feita pela maioria dos líderes da Câmara com o apoio da oposição liderada pelo Partido Liberal (PL).

Defensores da medida dizem que a proposta é uma reação ao que chamam de abuso de poder do Supremo Tribunal Federal (STF) e que as medidas restabelecem prerrogativas originais previstas na Constituição de 1988, mas que foram alteradas posteriormente.

No último domingo (21), manifestações contrárias à proposta foram realizadas em todo o país.

Para especialistas e entidades que atuam no combate à corrupção, a PEC poderia barrar ações penais contra corrupção no uso de emendas parlamentares.

Fonte: Brasil 247 com informações da Agência Senado

Lula chama PEC da Blindagem de "vergonha nacional" e celebra derrota

Em coletiva, presidente disse que proposta era “desnecessária e provocativa” e defendeu que única forma de proteção a parlamentares é agir corretamente

      Lula em coletiva de imprensa na sede da ONU, em Nova York (Foto: Reprodução)

Em entrevista coletiva concedida nesta quarta-feira (24) na sede da ONU, em Nova York, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comemorou a derrota da PEC da Blindagem no Senado e fez críticas duras à proposta aprovada anteriormente pela Câmara dos Deputados.

“[A PEC da Blindagem é] desnecessária, provocativa e passou um sinal péssimo para a sociedade brasileira. O único jeito de ser protegido é não fazer a coisa errada. Aconteceu o destino que ela merece: desaparecer, porque foi uma vergonha nacional”, afirmou Lula, ao ser questionado sobre a emenda constitucional que buscava dificultar investigações contra parlamentares.

A PEC da Blindagem foi alvo de forte mobilização popular e derrubada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado hoje mais cedo. O texto aprovado na Câmara previa que deputados e senadores só poderiam ser investigados com aval prévio do Congresso.

Relação com Trump

Na mesma coletiva, Lula comentou ainda o rápido encontro que teve com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante a Assembleia Geral da ONU. O brasileiro disse ter ficado satisfeito com a aproximação e defendeu um diálogo construtivo entre os dois países.

“Tive uma satisfação de encontrar Trump. O que parecia impossível foi possível. Fiquei feliz quando ele disse que rolou uma química entre nós. Somos as duas maiores democracias do continente e temos muitos interesses compartilhados”, disse.

Lula reforçou que não vê motivo para conflitos com os EUA e que respeita Trump “independentemente da ideologia”, destacando a necessidade de cooperação em temas como paz mundial e comércio.

“Se um chefe de Estado foi eleito por seu povo, não quero saber ideologia. O que importa é que, sendo eleito, merece meu respeito”, concluiu.

A reunião oficial entre os dois presidentes ainda não tem data, mas ambos sinalizaram disposição para retomar o diálogo em breve.

Fonte: Brasil 247

Veto a celular leva 80% dos alunos a prestar mais atenção nas aulas

Pesquisa aponta impacto positivo da medida, mas alerta para desafios como tédio, ansiedade e bullying

      Celular nas escolas (Foto: Tânia Rêgo / Agência Brasil)

Mais de 80% dos estudantes brasileiros afirmam que passaram a prestar mais atenção nas aulas após a restrição ao uso de celulares em sala. Os dados fazem parte de uma pesquisa divulgada pela Agência Brasil, realizada pela Frente Parlamentar Mista da Educação em parceria com o Equidade.info, iniciativa ligada ao Lemann Center da Stanford Graduate School of Education.

O levantamento mostra que o impacto é mais perceptível nos primeiros anos do Ensino Fundamental I, onde 88% dos estudantes disseram estar mais concentrados. Já no Ensino Médio, o índice chega a 70%. Para os organizadores da pesquisa, os números comprovam que a lei sancionada em janeiro de 2025, que proíbe o uso de celulares em escolas, trouxe efeitos práticos para o ambiente de aprendizado.

✲ Redução do bullying virtual e desafios comportamentais

A pesquisa também revelou que 77% dos gestores e 65% dos professores perceberam queda no bullying virtual, fenômeno comum no ambiente escolar digitalizado. No entanto, apenas 41% dos alunos disseram sentir essa mudança, o que sugere subnotificação de casos ou dificuldade de percepção pelos próprios estudantes.

Apesar dos avanços, o estudo aponta efeitos colaterais: 44% dos alunos disseram sentir mais tédio nos intervalos e recreios, índice que sobe para 47% entre estudantes do Fundamental I. Além disso, 49% dos professores relataram aumento da ansiedade entre os jovens, especialmente pela ausência do celular como meio de interação.

✲ Diferenças regionais e percepções políticas

Regionalmente, o Nordeste apresentou o melhor resultado: 87% dos estudantes apontaram avanços na atenção e no ambiente escolar. No Centro-Oeste e no Sudeste, os índices foram menores, com 82% de avaliação positiva.

O presidente da Frente Parlamentar Mista da Educação, deputado Rafael Brito, destacou a importância da medida:

“Proteger nossos estudantes do uso do celular em sala de aula é garantir um ambiente mais saudável e focado no aprendizado. O resultado que vemos hoje é a confirmação de que a educação precisa ser prioridade, com políticas que cuidem do presente e preparem o futuro dos nossos jovens.”

Já a presidente do Equidade.info, Claudia Costin, alertou que ainda há obstáculos a enfrentar:

“Houve uma queda significativa no bullying virtual na visão dos gestores, mas é crucial ouvirmos os estudantes que ainda sentem o problema. Ou seja, a conclusão é que a restrição foi positiva, mas sozinha não basta: as escolas precisam criar alternativas de interação e estratégias específicas para cada idade.”

✲ Estratégias pedagógicas e futuro da lei

Para o coordenador do Equidade.info e docente da Stanford, Guilherme Lichand, os dados reforçam a necessidade de estratégias pedagógicas adaptadas:

“Os resultados confirmam que a regulação do uso de celulares trouxe ganhos importantes para o aprendizado. Mais do que limitar o uso do telefone celular, a lei abre espaço para repensarmos como a escola se conecta com os alunos. O próximo passo é garantir que a aplicação da lei seja efetiva em todas as etapas, respeitando as particularidades de cada contexto escolar.”

Segundo Lichand, a meta é transformar a restrição em política duradoura, unindo desempenho acadêmico e bem-estar estudantil.

✲ Metodologia da pesquisa

O estudo ouviu 2.840 alunos, 348 professores e 201 gestores em escolas públicas municipais, estaduais e privadas de todas as regiões do país, entre maio e julho de 2025.

Fonte: Brasil 247