quinta-feira, 25 de setembro de 2025

Senado pode sepultar 'PL da Dosimetria', temem líderes do Centrão

Projeto pode ter o mesmo fim da PEC da Blindagem, ampliando desgaste entre Câmara e Senado

     Paulinho da Força (Foto: José Cruz/Agência Brasil )

O projeto de lei da chamada “Dosimetria”, que reduz penas para condenados por tentativa de golpe no país, já preocupa líderes da Câmara dos Deputados, que temem que ele tenha o mesmo destino da PEC da Blindagem, rejeitada por unanimidade no Senado. A avaliação édo que a proposta pode ser barrada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e arquivada em plenário, repetindo o desgaste político recente.

De acordo com informações do g1, a tensão reacende o clima de distanciamento entre Senado e Câmara, que parecia superado após a eleição de Davi Alcolumbre (União-AP) e Hugo Motta (Republicanos-PB) para a presidência das Casas. No primeiro semestre, ambos anunciaram uma convivência harmônica, mas as pautas polêmicas abraçadas pela Câmara no segundo semestre afastaram os senadores.

☆ Reunião cancelada aumenta tensão

Uma reunião que estava marcada para esta quarta-feira (24), na residência oficial da Câmara, seria o palco de uma tentativa de conciliação entre Alcolumbre, Motta, o relator do projeto Paulinho da Força (Solidariedade-SP) e líderes partidários. O objetivo era costurar um acordo que viabilizasse a aprovação nas duas Casas. No entanto, o encontro foi cancelado, ampliando a incerteza sobre o futuro da proposta.

Esse impasse também respinga na pauta econômica. Hugo Motta terá de decidir qual projeto colocar em votação: o relatado por Paulinho da Força ou aquele defendido por seu aliado político, Arthur Lira (PP-AL).

Além da resistência no Senado, a Câmara enfrenta divisões internas. Após uma reunião sem consenso com a bancada do PT, Paulinho da Força revelou que parte dos deputados defende que a proposta de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil só seja analisada depois da votação da “Dosimetria”.

Caso essa ordem seja mantida, avaliam analistas políticos, a Câmara corre o risco de repetir erros recentes: priorizar um projeto visto como voltado a interesses de um grupo político restrito, em detrimento de uma medida com impacto direto para milhões de brasileiros. O episódio reforça a percepção de que, assim como na PEC da Blindagem, a Casa pode mais uma vez “virar as costas para a sociedade”.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Centrão se 'descola' de Tarcísio e articula candidatura presidencial de Ratinho Jr.

Diante de desgaste político com Tarcísio, lideranças do Centrão já começam articulação em torno do governador do Paraná

      O governador do Paraná, Ratinho Jr (Foto: Aen/Divulgação)

O governador do Paraná, Ratinho Jr. (PSD), passou a ser considerado pelo Centrão como um nome alternativo ao de Tarcísio de Freitas (Republicanos), atual governador de São Paulo, na disputa presidencial de 2026. A movimentação foi relatada pela colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo.

O presidente do PSD, Gilberto Kassab, reuniu empresários, médicos e políticos em um jantar em São Paulo nesta semana. O encontro serviu para testar a viabilidade de Ratinho Jr. como opção competitiva. Participantes descreveram o clima como de “descolamento” gradual da candidatura de Tarcísio e de incentivo à do governador paranaense.

☆ Apoio no Centrão e cenário eleitoral

Lideranças do PP e do União Brasil, que também integram a base de apoio de Tarcísio, afirmaram que, caso a candidatura do governador paulista se inviabilize, Ratinho Jr. surge como alternativa capaz de unificar a oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Pesquisas recentes reforçam esse movimento. Levantamento do Datafolha mostra que ambos têm desempenho semelhante em um eventual segundo turno contra Lula: o petista teria 45% contra 41% de Tarcísio, e 45% contra 40% de Ratinho.

☆ Dificuldades de Tarcísio no tabuleiro político

Nos últimos meses, Tarcísio acumulou desgastes políticos. Ele entrou em atrito com o Supremo Tribunal Federal ao participar de manifestação pela anistia do ex-presidente Jair Bolsonaro e ao chamar o ministro Alexandre de Moraes de “tirano”. Além disso, sua defesa considerada tímida em favor de Bolsonaro tem desagradado parte do eleitorado bolsonarista.

O cenário complica-se ainda mais com a postura do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). O parlamentar já declarou a interlocutores que pretende disputar a Presidência em 2026 “com ou sem o apoio do pai”, podendo enfrentar Tarcísio diretamente nas urnas.

☆ Cálculos para 2026

Apesar de já ter dito publicamente — e reafirmado nos bastidores — que não pretende disputar o Planalto, Tarcísio segue formalmente no páreo, já que o prazo de desincompatibilização se encerra apenas em março de 2026. Até lá, sua candidatura permanece viável.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Ipespe: brasileiros reprovam Câmara e Senado; STF ganha apoio após condenar Bolsonaro

Pesquisa mostra 70% de desaprovação à Câmara, 59% ao Senado e melhora da imagem do STF

            Congresso Nacional - 16/09/2024 (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

A pesquisa Pulso Brasil/Ipespe, divulgada nesta quinta-feira (25), analisou a percepção dos brasileiros sobre os três Poderes da República. O levantamento mostrou queda acentuada na aprovação da Câmara dos Deputados e do Senado, enquanto o Supremo Tribunal Federal (STF) registrou melhora em sua imagem diante da opinião pública.

Segundo a reportagem da CNN Brasil, o índice de desaprovação à Câmara atingiu 70%, sete pontos percentuais acima do registrado em julho, quando era de 63%. Apenas 18% afirmaram aprovar a atuação dos deputados federais, contra 24% na pesquisa anterior. Outros 12% não souberam ou preferiram não responder.

★ Senado também enfrenta rejeição

No Senado Federal, a desaprovação alcançou 59%, uma leve oscilação negativa em relação a julho, quando era de 61%. Já a aprovação subiu um ponto percentual, passando de 25% para 26%. Ainda assim, o resultado mostra maioria de avaliações negativas sobre a Casa legislativa. Cerca de 15% dos entrevistados não souberam opinar.

★ STF melhora após julgamento de Bolsonaro

O Supremo Tribunal Federal registrou avanço em sua avaliação pública após o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outros condenados pela tentativa de golpe de Estado. O índice de desaprovação caiu de 49% em julho para 44% em setembro, enquanto a aprovação passou de 43% para 46%. Apesar da diferença numérica, os dados ainda indicam empate técnico dentro da margem de erro. Outros 10% não responderam.

★ Avaliação do governo Lula

Além dos Poderes, o Ipespe também mediu a percepção da gestão federal. O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é aprovado por 50% dos brasileiros e desaprovado por 48%. Esse resultado mostra uma vantagem numérica para o Palácio do Planalto, com ligeira melhora na avaliação positiva.

★ Metodologia da pesquisa

O levantamento ouviu 2.500 pessoas com 16 anos ou mais, em todas as regiões do país, entre os dias 19 e 22 de setembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, com nível de confiança de 95,45%.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

CPMI do INSS aprova pedido de prisão preventiva e quebra de sigilos de Nelson Wilians

Parlamentares apontam elo entre o advogado e esquema de fraudes envolvendo o INSS

      Nelson Wilians (Foto: Saulo Cruz/Agência Senado)

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) aprovou nesta quinta-feira (25) requerimentos que autorizam a quebra dos sigilos bancário e fiscal do advogado Nelson Wilians, em períodos distintos entre 2019 e 2025. O colegiado também decidiu enviar ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido de prisão preventiva contra o advogado, informa o g1.

A Polícia Federal e a Procuradoria-Geral da República (PGR) já haviam solicitado no início de setembro a prisão de Wilians. O pedido, no entanto, foi rejeitado pelo ministro do STF André Mendonça, que entendeu haver elementos para medidas cautelares contra outros investigados, mas não para a detenção do advogado.

★ Investigações apontam elo financeiro

A Polícia Federal trata Nelson Wilians como peça central em um esquema de desvios que teria beneficiado aposentados e pensionistas do INSS. Segundo os investigadores, ele seria utilizado pelo empresário Maurício Camisotti para movimentar e ocultar valores ilícitos.

“As comunicações do COAF apresentam, de forma clara e objetiva, que Maurício Camisotti possui Nelson Wilians como meio para auferimento de recursos ilícitos”, destacou a PF em relatório encaminhado ao Supremo Tribunal Federal.

O vínculo entre os dois também foi citado em outras diligências, que identificaram uma rede de transações financeiras envolvendo entidades suspeitas de fraudes previdenciárias. Camisotti e Antônio Carlos Camilo Antunes chegaram a ser presos preventivamente com autorização de Mendonça.

★ Depoimento de Nelson Wilians à CPMI

Em sessão da CPMI, Nelson Wilians negou envolvimento em qualquer irregularidade e afirmou que conhece Camisotti, mas não mantém relações com o “Careca do INSS”, apontado como operador do esquema.

“Eu não conheço o careca do INSS”, declarou o advogado durante seu depoimento. Ele também frisou que não teve participação nos desvios e defendeu a operação da Polícia Federal, da qual foi alvo.

★ Desdobramentos no Supremo

Ao analisar anteriormente o caso, André Mendonça afirmou que havia elementos suficientes para manter a prisão de Camisotti e Antunes, mas não de Wilians.

Com os novos requerimentos aprovados pela CPMI e o pedido de prisão encaminhado ao STF, o futuro jurídico de Nelson Wilians segue em aberto, agora com maior pressão política e investigativa sobre seu papel no esquema de fraudes previdenciárias.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Motta desmente Paulinho da Força e diz que votação do IR não está condicionada à anistia

Presidente da Câmara garante que análise da isenção do IR ocorrerá na data prevista e nega vínculo com projeto que beneficia Bolsonaro

     Hugo Motta (Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados)

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta quinta-feira (25) que a votação do projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda ocorrerá na próxima quarta-feira (1º), como já estava previsto, sem qualquer relação com outras pautas em discussão no Congresso.

Segundo destacou o jornal Folha de S.Paulo, a declaração foi uma resposta direta ao relator da proposta, Paulinho da Força (Solidariedade-SP), que havia sugerido na véspera (24) que a análise da matéria poderia ser afetada caso não houvesse acordo para votar o projeto que reduz penas de condenados por crimes de golpismo, medida que alcançaria o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e os réus do 8 de Janeiro.

☆ Declarações de Hugo Motta

No plenário da Câmara, Motta foi enfático ao descartar a vinculação entre os dois temas. “Entendemos que a matéria [do IR] está madura. Já anunciamos a pauta para a próxima quarta-feira, independentemente de qualquer outra matéria. Não há vinculação da matéria do Imposto de Renda com qualquer outra. Essa associação foi feita de maneira incorreta”, afirmou.

A fala do presidente da Câmara reforça a prioridade do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em avançar com a proposta de ajuste no Imposto de Renda, considerada central na agenda econômica.

☆ Contexto político

O projeto de anistia, apontado por Paulinho da Força como possível entrave, tem provocado divisões na base parlamentar. Enquanto setores mais conservadores pressionam por sua aprovação, parte da oposição e aliados críticos ao bolsonarismo resistem em apoiar medidas que beneficiem diretamente condenados pelos atos de 8 de janeiro.

Já a ampliação da isenção do IR é vista como medida de impacto direto para a população e, por isso, ganha prioridade na pauta legislativa, com potencial para consolidar apoio popular ao governo.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Moraes libera perfis de Carla Zambelli nas redes sociais

Deputada, que está presa em Roma, terá perfis reativados, mas multa de R$ 20 mil será aplicada em caso de novos ataques às instituições

Carla Zambelli e Alexandre de Moraes (Foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputados | Carlos Moura/SCO/STF)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu suspender o bloqueio dos perfis da deputada federal bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP) nas redes sociais. A medida havia sido imposta como parte das investigações sobre ataques às instituições democráticas. De acordo com o g1, Moraes avaliou que, no momento atual do processo, não há necessidade de manter a suspensão completa das contas. No despacho, destacou que “devem ser excluídas apenas as postagens ilícitas que motivaram a decisão judicial”.

☆ Multa diária e advertência de Moraes

A liberação veio acompanhada de restrições. Caso Zambelli volte a divulgar conteúdos com discursos de ódio ou que atentem contra o Estado Democrático de Direito, será aplicada uma multa de R$ 20 mil por dia. A penalidade tem caráter imediato e visa coibir reincidência.

☆ Condenação e fuga para a Itália

Carla Zambelli foi condenada pelo STF por invadir os sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Antes de a sentença se tornar definitiva, deixou o Brasil e fugiu para a Itália. Por isso, passou a figurar na lista de difusão vermelha da Interpol.

☆ Prisão em Roma e processo de extradição

Em julho, a parlamentar foi presa nos arredores de Roma. Atualmente, ela está detida na penitenciária feminina de Rebibbia, aguardando decisão sobre o processo de extradição solicitado pelo governo brasileiro.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

PF apreende 14 carros de luxo do “Careca do INSS” avaliados em R$ 6,3 milhões


PF afirma que o Careca do INSS é o principal responsável pelo esquema de desvio de recursos de aposentados e pensionistas. Foto: Reprodução

A Polícia Federal apreendeu 14 veículos de luxo avaliados em R$ 6,3 milhões em operações contra fraudes no INSS. Os bens, registrados em nome de Antônio Carlos Camilo Antunes, o Careca do INSS, ou de empresas ligadas a ele, foram confiscados em três fases da Operação Sem Desconto. Os valores foram calculados a partir da Tabela Fipe, que define preços médios de mercado.

Na primeira etapa, em 23 de abril, foram levados oito veículos, entre eles um Porsche Taycan Turbo S, avaliado em R$ 770,2 mil, e um Audi RS5, de R$ 463,7 mil. Na mesma ocasião, três motocicletas de alto desempenho, como uma BMW S 1000 RR e uma Suzuki Hayabusa, também foram incluídas na lista.

Em 20 de maio, a PF apreendeu outros cinco carros, incluindo um Porsche 911 Carrera GTS, avaliado em R$ 1,2 milhão, além de uma BMW M3 Competition e um Porsche Panamera 4S híbrido. Na terceira fase, em 12 de setembro, quando Antunes foi preso, a PF apreendeu um Porsche Cayenne S Coupe de R$ 932,7 mil.

Um detalhe chamou a atenção: o BMW X1 apreendido em abril havia pertencido à esposa do ministro do TCU, Jhonatan de Jesus, que alegou já ter vendido o carro em março, por meio de terceiros, sem contato direto com Antunes.

Fonte: DCM

Eduardo chama senadores de “serviçais” após derrota da PEC da Blindagem na CCJ


      O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) – Reprodução

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) reagiu nesta quarta-feira (24) à derrota da PEC da Blindagem no Senado. Em publicação nas redes sociais, ele chamou os senadores que rejeitaram o texto de “serviçais” e afirmou que a proposta representava mecanismos de proteção contra o que classificou como “um Judiciário corrupto e aparelhado”.

A Proposta de Emenda à Constituição nº 3 de 2021 foi rejeitada por unanimidade pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, em votação de 26 a 0. O relator, senador Alessandro Vieira (MDB-SE), apontou que a matéria era inconstitucional e ressaltou que a sociedade brasileira exige o fim da impunidade.

No relatório, Vieira destacou que a PEC não poderia ser confundida com prerrogativas parlamentares legítimas, mas sim como um instrumento que ampliaria a proteção de quem comete crimes. “A sociedade brasileira grita em sentido oposto, almeja o fim da impunidade”, afirmou.



Após a votação, o presidente da CCJ, senador Otto Alencar (PSD-BA), anunciou que havia acordo com Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) para arquivar a proposta. Pelo regimento interno, matérias rejeitadas de forma unânime pela comissão não podem ser levadas ao plenário.

Eduardo Bolsonaro criticou a decisão, afirmando que os senadores estavam “complacentes dos tiranos” e “desconectados do povo”. Para ele, a rejeição manteve o que chamou de “poderes ilimitados da burocracia não eleita”.

O arquivamento da PEC ocorreu dois dias depois de protestos em todas as capitais do país contra a medida e contra a possibilidade de anistia a envolvidos nos atos de 8 de janeiro. Segundo monitoramento da USP, mais de 80 mil pessoas participaram das manifestações em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Fonte: DCM

Nova operação mira esquema bilionário do PCC em combustíveis e jogos de azar em SP

 

Ministério Público de SP e Polícia Militar realizam a Operação Spare na manhã desta quinta-feira (25). Foto: Reprodução/PMSP


O Ministério Público de São Paulo (MP-SP), a Polícia Militar e a Receita Federal deflagraram nesta quinta-feira (25) a Operação Spare, que tem como alvo um esquema do Primeiro Comando da Capital (PCC) nos setores de combustíveis e jogos de azar.

A ação é um desdobramento da Operação Carbono Oculto, que revelou movimentações do crime organizado dentro do mercado financeiro da Faria Lima.

Foram cumpridos 25 mandados de busca e apreensão em seis cidades: São Paulo (19), Santo André (2), Barueri, Bertioga, Campos do Jordão e Osasco.

As investigações apontam como líder do esquema de combustíveis adulterados o empresário Flávio Silvério Siqueira, conhecido como Flavinho, suspeito há anos de lavar dinheiro do PCC por meio de postos de combustíveis e empresas associadas a ele.

Segundo o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), as buscas ocorreram em endereços ligados a Flávio Siqueira e à empresa BK Bank.

O empresário Flávio Silvério Siqueira, conhecido como Flavinho, é o principal alvo da Operação Spare desta quinta-feira (25). — Foto: Reprodução/TV Globo
O empresário Flávio Silvério Siqueira, conhecido como Flavinho, é o principal alvo da Operação Spare desta quinta-feira (25). Foto: Reprodução/TV Globo

✲ Esquema bilionário em postos de combustíveis

A Receita Federal identificou pelo menos 267 postos de combustíveis ainda ativos, que movimentaram mais de R$ 4,5 bilhões entre 2020 e 2024, mas recolheram apenas R$ 4,5 milhões em tributos federais — cerca de 0,1% do total movimentado, percentual muito inferior à média do setor.

Também foram encontradas administradoras de postos que registraram movimentações de R$ 540 milhões no mesmo período. Além dos postos, o grupo utilizava imobiliárias, motéis e lojas de franquia como instrumentos para lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio.

O MP informou que a ação deveria ter acontecido junto com a Carbono Oculto, mas a Justiça de 1º grau indeferiu inicialmente as medidas cautelares pedidas pelos promotores. Foi necessário recorrer ao Tribunal de Justiça de São Paulo para conseguir autorização.

✲ Relembre a Operação Carbono Oculto

A megaoperação foi a junção de três investigações, com alvos em São Paulo, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná, Rio de Janeiro e Santa Catarina. Mais de 350 pessoas físicas e jurídicas foram investigadas por crimes como adulteração de combustíveis, fraudes fiscais, estelionato, crimes ambientais e lavagem de dinheiro.

De acordo com a Polícia Federal, o esquema usava fundos de investimentos controlados pelo PCC, avaliados em R$ 30 bilhões, para ocultar patrimônio ilícito. Transações de compra e venda de imóveis e títulos eram realizadas entre empresas do mesmo grupo, aproveitando brechas da regulação financeira por meio de fintechs.

Na ocasião, foram emitidos 14 mandados de prisão e 42 de busca e apreensão em três estados. Bens e valores de 41 pessoas físicas e 255 jurídicas foram bloqueados, somando mais de R$ 1 bilhão em patrimônio.

Fonte: DCM

STF ganha aprovação após condenação de Bolsonaro e Câmara se desgasta com PEC da Blindagem


O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante julgamento no STF sobre a trama golpista. Foto: Reprodução

A pesquisa Pulso Brasil-Ipespe, divulgada nesta terça-feira (23), mostra que a aprovação ao Supremo Tribunal Federal (STF) subiu de 43% para 46% após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outros envolvidos na trama golpista. Já a desaprovação caiu de 49% para 45% em comparação com o levantamento de julho.

Em contrapartida, a Câmara dos Deputados registrou queda de imagem. A desaprovação saltou de 63% para 70%, enquanto a aprovação caiu de 24% para 18%.

Segundo o cientista político Antonio Lavareda, que coordena a pesquisa, a PEC da Blindagem e o motim realizado por bolsonaristas após a condenação de Bolsonaro provocaram um “desgaste significativo” na avaliação da Casa.

✲ Desgaste da Câmara após PEC da Blindagem

O levantamento aponta que, mesmo entre os eleitores de Bolsonaro, 59% desaprovam a atuação da Câmara, contra 24% que aprovam. Entre os entrevistados que se declaram de direita, os índices são semelhantes: 58% desaprovam e 28% aprovam. Já no eleitorado de Lula, a rejeição chega a 77%, enquanto apenas 16% aprovam a atuação dos deputados.

Entre os eleitores de Bolsonaro, 93% desaprovam o STF e apenas 2% aprovam. Já entre os que apoiam Lula, 87% aprovam a atuação da Corte, enquanto 6% desaprovam.

Parlamentares de extrema-direita comemorando a urgência na votação da anistia e a PEC da Blindagem. Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

✲ Senado mantém estabilidade

O Senado apresentou leve melhora: a aprovação oscilou de 25% para 26%, e a desaprovação caiu de 61% para 59%, dentro da margem de erro.

✲ Opinião sobre anistia

A pesquisa também questionou os brasileiros sobre uma possível anistia. Do total, 46% se dizem contra qualquer proposta, 28% apoiam uma anistia geral que inclua Jair Bolsonaro e 18% são favoráveis a uma anistia parcial, com redução de pena apenas para os condenados que participaram do ataque de 8 de janeiro.

O levantamento entrevistou 2.500 pessoas em todo o país entre os dias 19 e 22 de setembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Fonte: DCM

Aprovação de Lula chega a 50% e ultrapassa desaprovação, diz pesquisa Ipespe


    O presidente Lula (PT). Foto: Reprodução

A nova pesquisa Pulso Brasil-Ipespe, realizada entre 19 e 22 de setembro, mostra que a aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) subiu de 43% para 50%, enquanto a desaprovação caiu de 51% para 48%.

Segundo o levantamento, a aprovação é ampla entre os eleitores de esquerda, chegando a 95%. Entre os que se identificam como de centro, 49% aprovam a gestão de Lula, superando os 45% que desaprovam. Já no eleitorado de direita, o cenário é oposto: 88% desaprovam e apenas 10% aprovam.

Na análise por classes sociais, o governo tem melhor avaliação entre os pobres (52%) e a classe média (51%). Entre os mais ricos, a desaprovação chega a 84%.

✲ STF ganha apoio após julgamento de Bolsonaro

A pesquisa também aponta que a aprovação do Supremo Tribunal Federal (STF) cresceu de 43% para 46% após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outros envolvidos na trama golpista. A desaprovação caiu de 49% para 45% em relação ao levantamento anterior.

Entre os eleitores de Bolsonaro, 93% desaprovam a Corte e apenas 2% aprovam. Já entre os que apoiam Lula, a aprovação chega a 87%, enquanto 6% desaprovam.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante julgamento no STF sobre a trama golpista. Foto: Reprodução

✲ Câmara tem desgaste com PEC da Blindagem

Em contrapartida, a Câmara dos Deputados registrou piora em sua imagem. A desaprovação subiu de 63% para 70%, enquanto a aprovação caiu de 24% para 18%.

De acordo com o cientista político Antonio Lavareda, que coordena a pesquisa, a PEC da Blindagem e o motim realizado por bolsonaristas após a condenação de Bolsonaro provocaram um “desgaste significativo” na imagem da Casa.

Mesmo entre eleitores de Bolsonaro, a avaliação negativa da Câmara atinge 59%, contra 24% de aprovação. Entre os de direita, os índices são semelhantes: 58% desaprovam e 28% aprovam. Já entre os eleitores de Lula, a rejeição chega a 77%, enquanto apenas 16% aprovam a atuação dos deputados.

✲ Senado mantém estabilidade

O Senado apresentou uma leve melhora: a aprovação oscilou de 25% para 26%, e a desaprovação caiu de 61% para 59%, variação dentro da margem de erro.

A pesquisa contou 2.500 entrevistados e a margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.

Fonte: DCM

Deputados bolsonaristas acusam Alcolumbre de traição e prometem “troco”; entenda


            Os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre, e da Câmara, Hugo Motta. Foto: Reprodução

Deputados bolsonaristas da Câmara estão em clima de revolta e acusam o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), de “traição” após o arquivamento da PEC da Blindagem e o avanço, na Comissão de Assuntos Econômicos, de uma proposta paralela de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, conforme informações da colunista Vera Magalhães, do Globo.

Segundo caciques da Casa comandada por Hugo Motta (Republicanos-PB), havia um acordo político que previa aprovar a PEC da Blindagem junto a uma versão mais “light” da anistia para condenados do 8 de Janeiro. Deputados afirmam que a ideia de substituir a anistia ampla por mudanças nas penas partiu do próprio Alcolumbre e que a Câmara seguiu essa linha.

Agora, diante da movimentação no Senado, aliados de Motta sustentam que apenas a Câmara pode propor projetos que renunciem receitas e aumentem gastos, como o da isenção de IR. Por isso, cobram do governo que desautorize o texto relatado por Renan Calheiros (MDB-AL) e reafirme a validade da proposta relatada por Arthur Lira (PP-AL).

Nos bastidores, os aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro interpretam a postura de Alcolumbre como sinal de que ele recebeu garantias do governo de que não haverá investigações contra senadores. Diante disso, prometem dar o “troco” em matérias vindas da Casa vizinha.

PEC da Blindagem arquivada

Na última terça-feira (24), a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado rejeitou por unanimidade a PEC da Blindagem, que previa dar ao Congresso o poder de suspender processos contra parlamentares. Foram 26 votos contrários e nenhum favorável, o que resultou no arquivamento definitivo, já que o regimento do Senado não permite recurso em casos de rejeição unânime.

Na Câmara, a proposta havia sido aprovada em dois turnos com apoio do centrão e do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, mas enfrentou forte rejeição no Senado, além de protestos em todo o país no último domingo (21).

Fonte: DCM com informações do jornal O Globo

“Falando muito”: a insatisfação de Bolsonaro com o filho Eduardo

 

Eduardo e Jair Bolsonaro. Foto: Reprodução
Jair Bolsonaro (PL) tem demonstrado incômodo com a postura pública de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e pediu a aliados que transmitam um recado ao filho. O ex-presidente avalia que o “Bananinha” está “falando muito” e que suas manifestações acabam prejudicando ainda mais sua situação política, conforme informações da colunista Bela Megale, do Globo.

Em prisão domiciliar e proibido de manter contato direto com Eduardo, Bolsonaro pediu que um aliado viaje aos Estados Unidos para conversar pessoalmente com o deputado federal. A missão seria tentar moderar o tom das falas do filho.

Essa não foi a primeira tentativa de frear Eduardo. Algumas semanas atrás, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) já havia conversado com o irmão a pedido do pai, alertando sobre a “forma de comunicação” que vinha adotando.

Instituto Vladimir Herzog repudia declaração de Eduardo Bolsonaro - Instituto Vladimir Herzog
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Foto: Reprodução

Irritação com o tom de ameaças

Parlamentares do PL relataram que Bolsonaro está incomodado principalmente com o excesso de exposição de Eduardo e com o tom ameaçador de algumas declarações. O deputado tem feito críticas duras a parlamentares, membros do Judiciário e até a aliados do pai, como o presidente do partido, Valdemar Costa Neto.

Apesar das pressões, Eduardo Bolsonaro já deu sinais de que não pretende se submeter integralmente à orientação do pai.

O parlamentar tem indicado que pretende disputar a Presidência da República mesmo sem o apoio de Jair Bolsonaro. Ele cogita, inclusive, enfrentar um nome lançado pelo próprio ex-presidente, caso Bolsonaro decida apoiar Tarcísio de Freitas em 2026.

Fonte: DCM com informações do jornal O Globo

Janones explica por que Trump se encantou com Lula na ONU

Deputado afirma que presidente dos EUA foi conquistado assim como ele pelo carisma de Lula

     André Janones (Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados)

O deputado federal André Janones (Avante-MG) compartilhou em seu perfil no X (antigo Twitter) um relato pessoal sobre como foi “seduzido” pela presença magnética de Luiz Inácio Lula da Silva — e usou essa narrativa para sugerir que nem Donald Trump resistiu ao mesmo encanto. A postagem original é do próprio perfil de Janones.

Essa narrativa ecoa declarações recentes de Lula em Nova York. Durante coletiva de imprensa na sede da ONU, o presidente afirmou: “Acho que pintou uma química mesmo”. Ele ainda completou: “Foi uma surpresa boa” ao comentar o breve encontro com Trump às margens da sessão plenária da Assembleia Geral.

Janones explica que, ao se aproximar de Lula como pré-candidato à presidência, tentou manter uma postura dura por influência do cenário político, mas acabou rendido rapidamente:

“Quando fui conhecer Lula, tentei ser durão, afinal, apesar dele ter sido desde sempre minha inspiração e referência na política, eu estava como pré candidato a presidência e, portanto, deveria manter a pose. Todos me avisaram: é inútil, ninguém resiste ao poder de sedução dele.”

Mesmo com essa tentativa de distanciamento, Janones admite que não resistiu:

“Eu disse que comigo seria diferente. Duas semanas depois de conhecê-lo eu estava no debate da TV Bandeirantes, saindo no tapa com o Ricardo Salles por ter xingado o presidente durante o debate!”

E ele faz a comparação com o presidente dos Estados Unidos:

“Hoje fiquei um pouco mais aliviado, se nem o Trump resistiu, acho que tô perdoado!”

Para Janones, o que torna Lula tão influente é sua combinação de simplicidade, generosidade e empatia:

“Para entender nosso Lulindo de uma vez por todas: ele é desses caras que divide a merenda com os coleguinhas. Meus caros, é muito difícil não ser seduzido por Lula, mas confesso, essa foi a sedução mais rápida da história.”

A química entre Lula e Trump também de fora

O episódio em que Lula reconhece uma “química” entre ele e Trump não é isolado nas peças de discurso sobre a diplomacia brasileira. As declarações feitas na ONU reforçam a narrativa de que, apesar das diferenças políticas e dos impasses globais, o encontro entre os dois atraiu atenção justamente por essa proximidade inesperada.

Lula chegou a sugerir que essa “química” poderia servir de inspiração para mediações com outros líderes mundiais:

“Quem sabe nossa química (com Trump) não possa ser levada a Putin e Zelensky”, disse, apontando para potenciais papéis de interlocução do Brasil nas tensões globais.

Assim, ao reinterpretar sua própria experiência com Lula, Janones reforça uma narrativa de que até líderes poderosos podem ser impactados pelo carisma e pela presença política que o presidente brasileiro projeta — uma narrativa agora corroborada, segundo ele, pelo fato de Trump também haver sido “seduzido”.
Fonte: Brasil 247