quarta-feira, 30 de julho de 2025

Trump aplica Lei Magnitsky contra Moraes e amplia crise diplomática entre EUA e Brasil

Ministro do STF é o primeiro brasileiro alvo da legislação dos EUA, que prevê bloqueio de bens e restrição a transações em dólar

    Alexandre de Moraes (Foto: Victor Piemonte/STF)

O governo dos Estados Unidos, presidido por Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira (30) novas sanções contra o Brasil, tendo como alvo direto o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, informa Marina Sanches, do UOL. As medidas foram adotadas com base na Lei Global Magnitsky, considerada uma das ferramentas mais duras da diplomacia norte-americana contra estrangeiros acusados de violar direitos humanos ou praticar atos de corrupção.

A decisão marca um momento inédito nas relações entre os dois países: é a primeira vez que uma autoridade brasileira é sancionada sob essa legislação. A aplicação da Lei Magnitsky pode levar ao congelamento de bens nos Estados Unidos, ao cancelamento de cartões de crédito emitidos por instituições financeiras americanas e ao bloqueio de qualquer transação feita em dólar que passe pelo sistema bancário dos EUA — o que afeta até operações indiretas realizadas por bancos brasileiros.

☆ Sanção planejada há meses - A sanção já vinha sendo elaborada há algum tempo e foi impulsionada por uma intensa campanha liderada pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e pelo comentarista político Paulo Figueiredo, ambos atuando em Washington desde a posse de Trump. A dupla alega perseguição política e censura contra Jair Bolsonaro e seus apoiadores no Brasil, atribuindo essas práticas ao STF e, em particular, a Moraes — que é relator da ação penal contra o ex-presidente, acusado de tentar abolir violentamente o Estado Democrático de Direito.

Fontes da administração Trump indicam que o presidente norte-americano teve participação direta na decisão. “O presidente Trump foi claro e o governo americano tem uma ampla gama de ferramentas que pode — e irá — usar para promover suas prioridades. Moraes e sua equipe apenas viram o início disso. Isso está longe de terminar”, afirmou um alto funcionário, sob condição de anonimato.

☆ Quarta ofensiva dos EUA contra o Brasil em três semanas - As sanções impostas a Alexandre de Moraes são o quarto movimento do governo Trump contra o Brasil em menos de um mês. Antes disso, foram anunciadas a restrição de vistos a oito ministros do STF e ao procurador-geral da República Paulo Gonet, o aumento de tarifas comerciais em 50% e a abertura de uma investigação sobre práticas comerciais brasileiras supostamente desleais.

No último dia 9, Donald Trump condicionou qualquer reaproximação diplomática ao fim do que chamou de “caça às bruxas” contra Jair Bolsonaro. O governo brasileiro tem rechaçado publicamente esse tipo de imposição e tratado as sanções como afronta à soberania nacional.

☆ Efeitos da Lei Magnitsky - Segundo o jurista Carlos Portugal Gouvêa, professor da USP e visitante em Harvard, o bloqueio de ativos nos EUA pode ser imediato, atingindo contas bancárias, ações e empresas ligadas ao nome do sancionado. Transferências internacionais em dólar — mesmo via bancos fora dos EUA — também podem ser interrompidas, dado que grande parte dessas operações passa por bancos norte-americanos.

Gouvêa explica ainda que as sanções não têm prazo de expiração. “Inicialmente, a Lei Magnitsky previa um limite de seis anos, mas ela se tornou permanente. Agora, o bloqueio de bens pode durar indefinidamente”, afirmou. Cartões de crédito emitidos por instituições americanas também estão sujeitos a cancelamento.

A legislação foi criada na administração de Barack Obama e ampliada em 2016 para permitir punições a qualquer indivíduo estrangeiro acusado de corrupção ou violação grave de direitos humanos. Desde então, vem sendo usada contra alvos da China, Venezuela, Rússia e agora, pela primeira vez, do Brasil.

☆ Ceticismo inicial e decisão política - Havia dúvidas no Departamento do Tesouro americano — mais especificamente no Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC) — sobre a consistência das acusações contra Moraes. A hesitação, contudo, foi superada e o formulário com a recomendação de sanção já circulava há dias entre autoridades da Casa Branca.

Um integrante do governo Trump relatou que o Itamaraty “minimizou as preocupações de Washington sobre o presidente Bolsonaro e a liberdade de expressão, em detrimento de seu governo e de seu povo”. A percepção no núcleo diplomático norte-americano, segundo ele, é de que o Brasil subestimou a disposição do novo governo dos EUA em agir com dureza.

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL

Polícia fez cerco para evitar nova fuga de Zambelli; foi “capturada”, diz embaixador do Brasil na Itália

Deputada foi localizada em Roma e detida em operação conjunta. Embaixador italiano afirma que versão da defesa "não tem base na realidade"

        Carla Zambelli (Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados)

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi capturada pela polícia italiana em Roma na tarde de terça-feira (29), após uma operação organizada em conjunto com as autoridades brasileiras. Apesar da defesa afirmar que ela se entregou voluntariamente, a versão é contestada por órgãos oficiais dos dois países.

As forças de segurança cercaram rapidamente o local onde Zambelli estava hospedada por temer uma nova tentativa de fuga. "Ninguém se entrega em casa", disse ao g1 um policial brasileiro que participou da operação. A deputada foi encontrada em seu apartamento em Roma, pintando e lavando o cabelo, de acordo com relato de seu advogado, Fábio Pagnozzi. Após pegar seus medicamentos, ela foi levada para a delegacia.

A versão da defesa é que a parlamentar buscava colaborar com as autoridades e se apresentou de forma espontânea. “Ela não tem intenção de fugir da Justiça, está disposta a cooperar”, disse Pagnozzi. No entanto, tanto a Polícia Federal brasileira quanto o Ministério da Justiça negam que tenha havido rendição voluntária.

A negativa foi reforçada publicamente pelo embaixador da Itália no Brasil, Renato Mosca, em entrevista à CNN: “Ela foi capturada conforme a solicitação da Interpol. Não houve gesto dela de se apresentar. Essa é uma questão importante de se esclarecer. Ela [Zambelli] constrói uma narrativa que não tem base na realidade.”

Zambelli estava na lista de procurados da Interpol desde junho, quando teve a prisão decretada no Brasil sob suspeita de envolvimento em ações antidemocráticas. Investigadores acreditam que ela possa tentar solicitar asilo político, mas tratam essa possibilidade como remota. Segundo interlocutores, a deputada esperava obter apoio de políticos da extrema direita internacional, mas foi considerada isolada até mesmo por seus advogados, que não viam chances reais de articulação internacional em seu favor.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

APUCARANA: Capacitação das Associações de Pais reforça transparência na gestão dos recursos em escolas e CMEIs

APMFs foram orientadas sobre a prestação de contas dos recursos repassados para pequenos reparos e situações emergenciais



A Prefeitura de Apucarana promoveu um treinamento com presidentes das Associações de Pais, Mestres e Funcionários (APMFs), reforçando o compromisso com a correta aplicação dos recursos públicos em escolas e CMEIs. A Autarquia Municipal de Educação repassa recursos para as APMFs, que precisam prestar contas sobre a aplicação. O dinheiro é destinado a pequenos reparos e situações emergenciais, dando agilidade no dia a dia da educação.

O prefeito Rodolfo Mota afirma que o treinamento é um compromisso com a transparência, responsabilidade e cuidado com os recursos públicos. “Os valores repassados agilizam soluções no dia a dia escolar. E quando a prestação de contas é feita com responsabilidade, cada centavo investido se transforma em mais segurança, conforto e qualidade para os alunos e educadores da rede municipal”, destacou Rodolfo Mota.

O encontro aconteceu na manhã desta quarta-feira (30), no Salão Nobre da Prefeitura. Marcelo Barros, responsável pelo Controle Interno do Município, afirma que normalmente a APMF é presidida por diretoras de escolas e CMEIs. Ele lembra que neste ano houve mudança na direção de boa parte dessas instituições e os novos gestores solicitaram esse treinamento.

Durante a capacitação, foram detalhados os procedimentos para prestar contas no SIT – Sistema Integrado de Transferências do Tribunal de Contas. A cada mês, as APMFs precisam apresentar documentos como orçamentos, notas fiscais, extratos bancários e comprovantes dos gastos feitos com os recursos repassados pelo município.

Barros explica que os valores variam conforme o plano de trabalho de cada uma das 36 escolas e dos 24 CMEIs. “Os recursos são utilizados para pequenas despesas emergenciais, como conserto de torneiras, troca de lâmpadas ou manutenção elétrica, entre outros”, exemplifica.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

Aliados de Hugo Motta descartam blindagem a Zambelli, que deve perder o mandato após prisão

Presidente da Câmara indicou que processo sobre a cassação da parlamentar do PL seguirá rito regimental e será analisado em agosto

     Hugo Motta (Foto: Marina Ramos/Câmara dos Deputados)

Lideranças próximas ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), indicam que a prisão da deputada bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP) não contará com qualquer tipo de blindagem institucional da Casa.

Segundo a coluna Radar, da revista Veja, interlocutores avaliam que Motta compreende a gravidade dos crimes atribuídos à parlamentar bolsonarista, condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e adulteração de documentos oficiais. Por isso, o presidente da Câmara não deve mover esforços para tentar protegê-la sob o argumento de prerrogativas parlamentares. Carla Zambelli foi detida na Itália na tarde desta terça-feira (29). Pouco mais de uma hora após a prisão da parlamentar ter sido confirmada, o deputado paraibano publicou mensagem em que esclareceu a posição da Câmara. “As providências que cabem à Câmara dos Deputados já estão sendo adotadas, por meio da representação que tramita na Comissão de Constituição e Justiça, em obediência ao regimento interno da Casa e à Constituição. Não cabe à Casa deliberar sobre a prisão – apenas sobre a perda de mandato”, escreveu Motta nas redes sociais.

Ainda conforme a reportagem, aliados do presidente da Câmara reforçam que não haverá iniciativas para adiar a análise da cassação da deputada, que deve ocorrer no mês de agosto, após o retorno das atividades parlamentares, atualmente em recesso. A sinalização é de que o processo seguirá o trâmite previsto, sem manobras para proteger a integrante da base bolsonarista.

Fonte: Brasil 247 com informações da coluna Radar, da revista Veja

Deputado que entregou Zambelli à polícia diz que recebeu ameaças de morte

 

O deputado italiano Angelo Bonelli, responsável por informar às autoridades italianas o paradeiro de Carla Zambelli. Foto: Reprodução

O deputado italiano Angelo Bonelli, da Aliança dos Verdes e Esquerda e colíder da Europa Verde, afirmou que tem recebido ameaças de morte após comunicar à polícia o paradeiro da deputada Carla Zambelli (PL-SP) em Roma. Foi Bonelli quem repassou às autoridades italianas o endereço em que a bolsonarista estava escondida.

“Tenho recebido mensagens de ameaça nas redes sociais, inclusive mensagens de morte, em relação a este caso”, afirmou em nota encaminhada ao DCM. “Agora caberá à Justiça italiana e depois ao governo decidir sobre a extradição de Zambelli.”

Segundo Bonelli, as informações sobre o paradeiro da parlamentar foram repassadas às autoridades na terça-feira (29). “Às 19h50, eu informei sobre o endereço de Zambelli à Polícia Nacional, representada pelo delegado de polícia de Roma. Às 21h, a Polícia Nacional identificou Carla Zambelli, que estava no endereço que eu havia fornecido: um apartamento no bairro Aurélio, em Roma”, relatou.
Carla Zambelli é presa em Roma após alerta de parlamentar italiano
Carla Zambelli, deputada bolsonarista que fugiu após ser condenada. Foto: Reprodução

Carla Zambelli foi condenada no Brasil a 10 anos de prisão por invadir o sistema do Tribunal Superior Eleitoral e emitir um falso mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes. Ela também responde a outro processo por ter perseguido um jornalista, armada, pelas ruas de São Paulo.

“Eu cumpri meu dever como cidadão, ao contrário daqueles que, usando a cidadania italiana, se declararam intocáveis, como a própria Carla Zambelli declarou em entrevista à CNN Brasil em 3 de junho”, afirmou Bonelli.

A expectativa é que, nesta quarta-feira (30), Zambelli se apresente a um juiz na Itália, que decidirá se ela aguardará o processo em liberdade, em prisão domiciliar ou presa. O advogado da deputada declarou que vai trabalhar para evitar a extradição.

Leia a íntegra da nota:

Bonelli (Aliança Verde e de Esquerda): “Preciso ser cidadão, agora que a Justiça e o Governo tomaram uma decisão.”

No caso de Carla Zambelli, eu descrevo o que aconteceu.

Ontem, às 18h40, eu recebi informações sobre o endereço de Carla Zambelli, com uma advertência da Interpol pendente contra ela. Às 19h50, eu informei, do endereço de Zambelli, à Polícia Nacional, representada pelo Delegado de Polícia de Roma.
Às 21h, a Polícia Nacional identificou Carla Zambelli, que estava no endereço que havia fornecido à Polícia: um apartamento no bairro Aurélio, em Roma.

Estes são os fatos. Como você sabe, Carla Zambelli foi condenada a 10 anos de prisão por hackear um sistema informático e emitir um mandado de prisão falso contra um juiz do Supremo Tribunal Federal. Ela também está sendo julgada por apontar uma arma contra um jornalista em São Paulo.

Eu cumpri meu dever como cidadão, ao contrário daqueles que, usando a cidadania italiana, se declararam intocáveis — como a própria Carla Zambelli declarou em entrevista à CNN Brasil em 3 de junho.

Carla Zambelli é uma importante expoente do partido de Jair Bolsonaro, ex-presidente brasileiro, contra quem o Judiciário brasileiro busca condenação por uma tentativa de golpe no país após as eleições de 2022.

Recentemente, tenho recebido mensagens de ameaça pelas redes sociais, inclusive mensagens de morte, em relação a este caso. Agora caberá à Justiça italiana decidir, e depois caberá ao Governo decidir sobre a extradição de Zambelli.

Fonte: DCM

Haddad confirma avanço no diálogo com os EUA sobre tarifas de 50%

Ministro disse que a conversa ocorrerá após retorno de Scott Bessent da Europa e destaca que negociações continuarão mesmo após entrada em vigor da medida

       Fernando Haddad e Scott Bessent (Foto: Diogo Zacarias / MF)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou que a equipe do secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, sinalizou disposição para dialogar com o Brasil sobre as tarifas de 50% impostas aos produtos brasileiros. Segundo Haddad, a conversa será possível após a volta de Bessent de compromissos na Europa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Apesar da previsão de que as novas tarifas entrem em vigor nesta sexta-feira (1), Haddad afirmou que o canal de comunicação com os Estados Unidos continua aberto. “Esta semana foi melhor e vamos avançar mais”, declarou o ministro, reforçando que o governo brasileiro está empenhado em buscar uma solução diplomática para o impasse tarifário.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está em visita ao Reino Unido nesta semana, onde firmou um novo acordo comercial com os britânicos. Durante a viagem, Trump também participou da inauguração de um campo de golfe em uma de suas propriedades na Escócia.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Estado de S. Paulo

"Se os EUA não quiserem comprar de nós, vamos atrás de quem queira", diz Lula em resposta a Trump

Presidente brasileiro ainda acenou para a China, principal concorrente comercial dos Estados Unidos: "temos uma relação comercial extraordinária”

          Xi Jinping e Lula durante reunião em Brasília - 20/11/2024 (Foto: Reuters)

Em entrevista publicada na madrugada desta quarta-feira (30) pelo jornal norte-americano The New York Times, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o Brasil buscará novos parceiros comerciais caso os Estados Unidos, sob a gestão do presidente Donald Trump, sigam com a imposição de tarifas contra produtos brasileiros. O presidente fez um aceno direto à China, principal parceira comercial do Brasil, ao declarar que não se curvará a pressões geopolíticas, informa o g1.

“Se os Estados Unidos não quiserem comprar algo de nós, nós vamos atrás de quem queira. Temos uma relação comercial extraordinária com a China”, declarou Lula, em resposta ao tarifaço norte-americano, que entra em vigor nesta sexta-feira (1º), com uma sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros.

Lula disse ainda que vem tentando contato com Donald Trump para discutir o tema, mas, segundo ele, sem sucesso até o momento. “Ninguém quer conversar”, resumiu o presidente brasileiro.

Lula rejeita alinhamento ideológico - O presidente brasileiro criticou a tentativa de enquadramento do Brasil na lógica de uma nova Guerra Fria entre os Estados Unidos e a China. Segundo ele, o país seguirá adotando uma postura pragmática na política internacional, pautada por interesses comerciais e não ideológicos.

“Se os Estados Unidos e a China quiserem uma Guerra Fria, não aceitaremos. Não tenho preferência. Tenho interesse em vender para quem quiser comprar de mim — para quem pagar mais”, afirmou. Lula também frisou que não vê motivos para antagonismo com o líder republicano. “Trump é uma questão para o povo americano lidar. Eles votaram nele. Fim da história”, disse ao jornal.

China sinaliza abertura a mais comércio com o Brasil - Em meio ao acirramento da tensão entre Brasília e Washington, o governo chinês indicou disposição para aprofundar os laços comerciais com o Brasil. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Guo Jiakun, declarou na segunda-feira (28) que o país asiático quer cooperar com o Brasil para “defender conjuntamente o sistema multilateral de comércio centrado na OMC [Organização Mundial do Comércio] e proteger a justiça e a equidade internacional”.

Questionado sobre a ampliação da abertura às exportações brasileiras, Jiakun afirmou que a China está disposta a “promover a cooperação com base em princípios de mercado”.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

PF investiga ligação de doadora de Tarcísio com lavagem de dinheiro do PCC

Pecuarista que doou R$ 500 mil à campanha do governador de SP é suspeita de movimentar R$ 1,4 bilhão em nome de esquema do tráfico internacional de drogas

Tarcísio de Freitas (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A Polícia Federal investiga a pecuarista Maribel Schmittz Golin, de 59 anos, uma das principais financiadoras da campanha eleitoral de Tarcísio de Freitas (Republicanos) ao governo de São Paulo em 2022, por suspeita de envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC). A informação foi revelada em reportagem publicada nesta quarta-feira (30) pela Folha de S.Paulo.

Maribel doou R$ 500 mil à campanha de Tarcísio, em duas transferências — R$ 100 mil em 26 de agosto de 2022 e R$ 400 mil em 6 de outubro do mesmo ano, segundo dados declarados à Justiça Eleitoral. Trata-se da sexta maior doação recebida pelo então candidato, que teve mais de 600 doadores. Em nota, a assessoria do governador afirmou que ele “não possui qualquer vínculo com a doadora citada” e que a campanha foi conduzida “com total respeito às leis eleitorais”.

O nome de Maribel surgiu nas investigações da Operação Mafiusi, deflagrada pela PF no fim de 2024 para desarticular um esquema de envio de cocaína pelo porto de Paranaguá (PR) para a Europa, em parceria entre o PCC e a máfia italiana ’Ndrangheta. A PF cita a pecuarista em ao menos quatro transações com Willian Barile Agati, apontado como integrante da facção criminosa. Barile foi preso em janeiro e denunciado à Justiça Federal no Paraná por tráfico de drogas, associação para o tráfico, obstrução da Justiça e organização criminosa.

Entre as transações suspeitas estão a venda de um apartamento por R$ 3 milhões em Santo André (SP), embora o imóvel tenha valor venal de apenas R$ 881 mil, e outro caso semelhante envolvendo um imóvel de R$ 106 mil registrado como vendido por R$ 250 mil. Há ainda três transferências entre quatro empresas de Maribel e Barile que, somadas, chegam a R$ 3,5 milhões.

O relatório da Polícia Federal afirma que “as transações comunicadas no RIF sugerem fortemente a ocorrência de lavagem de dinheiro clássica, relacionada a imóveis”. Segundo a investigação, Maribel possui quatro empresas, todas sem funcionários registrados, mas que movimentaram mais de R$ 1,4 bilhão entre 2020 e 2022 — fator que chamou a atenção dos investigadores.

Apesar da citação de Maribel como investigada, o nome de Tarcísio de Freitas e as doações eleitorais não aparecem no relatório da PF. O controle financeiro da campanha do governador foi realizado por seu cunhado, Maurício Pozzobon Martins, que chegou a ser indicado para cargo no Palácio dos Bandeirantes, mas teve o nome retirado após críticas por nepotismo. Atualmente, ele trabalha no gabinete do deputado estadual Danilo Campetti (Republicanos).

A Folha tentou contato com Maribel, que inicialmente afirmou que sua assessoria se manifestaria, mas não houve retorno. Por mensagens de WhatsApp, ela negou qualquer envolvimento com os crimes: “Não tenho nenhum tipo de envolvimento com isso”.

Outro trecho do relatório policial menciona a atuação de Joselito Golin, marido de Maribel, em parceria com Barile. Um colaborador da PF afirmou que Joselito “esquentava dinheiro dentro da igreja do pastor Valdemiro”, em referência à Igreja Mundial do Poder de Deus, liderada por Valdemiro Santiago. A reportagem procurou o pastor por meio de sua igreja, mas não obteve resposta.

Maribel e Joselito fazem parte do Grupo Golin, conglomerado do setor pecuário com atuação no Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste. O grupo ganhou notoriedade no passado ao adquirir as Fazendas Reunidas Boi Gordo, pouco antes da falência da empresa, que revelou um esquema de pirâmide financeira e causou prejuízos a milhares de investidores.

As investigações seguem em curso na PF do Paraná, na fase de inquérito, enquanto a Justiça analisa a denúncia contra Barile e outros suspeitos. A movimentação bilionária de recursos por parte de Maribel ainda está sob análise, mas os investigadores apontam forte indício de relação com o tráfico internacional de entorpecentes.

Fonte: Brasil 247 com reportagem publicada pela Folha de S. Paulo

Presidente da CBF e deputada federal são alvos de operação da PF contra compra de votos em Roraima

Ação investiga esquema nas eleições de 2024; Justiça bloqueia R$ 10 milhões e faz buscas na casa de Samir Xaud e na sede da CBF

     Samir Xaud (Foto: CBF/Divulgação)

O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Samir Xaud, e a deputada federal Helena da Asatur (MDB-RR) foram alvos de mandados de busca e apreensão cumpridos pela Polícia Federal (PF) na manhã desta quarta-feira (30), em uma operação que apura suspeitas de compra de votos nas eleições municipais de 2024 em Roraima. O empresário Renildo Lima, marido da deputada e sócio do grupo empresarial da família, também foi alvo da ação. As informações são do g1.

A Justiça determinou o bloqueio de R$ 10 milhões em bens dos investigados. Agentes da PF estiveram na residência de Xaud e também na sede da CBF, no Rio de Janeiro.

Batizada de Operação Caixa Preta, a ofensiva tem como foco o esclarecimento de possíveis crimes eleitorais cometidos pelo grupo político ligado ao MDB em Roraima. Além dos mandados contra Xaud, Helena e Renildo, outros sete mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em diferentes endereços.

As investigações começaram a partir da prisão de Renildo Lima em setembro de 2024, durante o primeiro turno das eleições municipais. Na ocasião, o empresário foi detido com R$ 500 mil em espécie, parte do valor escondido na cueca, conforme revelou a Polícia Federal.

Samir Xaud, atual presidente da CBF, é natural de Boa Vista e foi eleito em maio deste ano, aos 41 anos, sendo o mais jovem a ocupar o cargo na entidade. Médico de formação, essa é sua primeira experiência administrativa no futebol profissional. Ele é filho de Zeca Xaud, que comanda a Federação Roraimense de Futebol desde 1975.

Helena da Asatur, cujo nome de registro é Maria Helena Teixeira Lima, está em seu primeiro mandato como deputada federal e foi eleita em 2022 com 15.848 votos, sendo a única mulher a representar Roraima na Câmara. Nascida no Tocantins, cresceu em São João da Baliza, onde ajudou a eleger o afilhado de casamento como prefeito.

A deputada é também uma das principais empresárias do ramo de transportes em Roraima. Sua empresa, a Asatur, atua desde 2001 e opera principalmente no trajeto entre Boa Vista e Manaus, além de oferecer serviços de fretamento e locação de veículos. A empresa, avaliada em R$ 11,1 milhões, é dirigida por Renildo Lima e uma das filhas do casal. A família também é proprietária da Voare Táxi Aéreo, única empresa do tipo no estado.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Carla Zambelli é levada à penitenciária de Roma enquanto aguarda extradição para o Brasil

Deputada bolsonarista condenada a 10 anos de prisão no Brasil foi detida na Itália, onde se refugiava desde junho

      Carla Zambelli (Foto: Lula Marques/ EBC)

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos de prisão, foi transferida para a penitenciária de Rebibbia, em Roma, após sua prisão na última terça-feira (29). As informações são da agência Ansa.

Zambelli foi capturada em um apartamento no bairro de Aurelia, na capital italiana, depois de uma denúncia apresentada pelo deputado verde Angelo Bonelli. Desde o início de junho, a parlamentar bolsonarista estava foragida na Itália, país do qual possui cidadania, fugindo do cumprimento da pena imposta pelo STF. A condenação diz respeito ao episódio da invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), com a participação do hacker Walter Delgatti Neto.

O crime, segundo a decisão judicial, teve como objetivo comprometer a imagem do Poder Judiciário. Delgatti foi sentenciado a oito anos e três meses de prisão por sua participação no ataque cibernético.

Zambelli chegou a divulgar um vídeo antes da prisão, no qual afirmava estar “tranquila” e declarou: “Não vou voltar ao Brasil para cumprir pena. Se eu tiver que cumprir pena, vai ser aqui na Itália, que é um país justo e democrático”.

Segundo a reportagem, a extradição da parlamentar deve seguir trâmite regular junto à Justiça italiana, e a decisão final ficará a cargo do Ministério da Justiça do país europeu. Ainda não há prazo estabelecido para a conclusão do processo.

A prisão foi efetuada pelas autoridades italianas, que a conduziram à penitenciária de Rebibbia, um dos maiores complexos prisionais da Itália. O local enfrenta problemas de superlotação e já recebeu visitas do papa Francisco, que, em dezembro de 2024, abriu ali uma “porta santa” durante o Jubileu e, em março do mesmo ano, realizou o tradicional rito do lava-pés com detentas da unidade.

Fonte: Brasil 247 com informações da agência Ansa

Leilane Neubarth é hostilizada em loja: 'vocês da Globo são insuportáveis' (vídeo)

Jornalista foi alvo de ataques verbais enquanto fazia compras

     Leilane Neubarth (Foto: Reprodução/Instagram)

A jornalista Leilane Neubarth, de 66 anos, foi vítima de uma agressão verbal na terça-feira (29) enquanto fazia compras em uma loja. A informação, segundo a CNN Brasil, foi divulgada pela própria apresentadora do telejornal Conexão Globonews, exibido nas manhãs do canal de notícias da TV Globo, em vídeo publicado em seu perfil no Instagram.

Segundo Leilane, a gravação registra apenas o momento final do ataque. No vídeo, uma mulher aparece criticando duramente os jornalistas da emissora. “Vocês repórteres da Globo são insuportáveis, fazem um jornalismo de lixo. Eu posso dizer porque eu assistia à Rede Globo”, dispara a agressora. Em seguida, ironiza: “Vai botar jornal? Eu tô com cabelo bom hoje? Queria estar melhor, tô vindo do hospital, entendeu? Trabalho pra cacete, trabalho com gente pobre, muito pobre, que acredita nas bobagens que vocês falam. Jornalixo”.

Na legenda da publicação, Leilane explicou que não reagiu imediatamente à agressão por estar atônita com a situação. “Eu estava numa loja, tranquilamente fazendo compras, quando fui vítima de uma agressão gratuita”, relatou.

A jornalista afirmou que só decidiu filmar após perceber o tom de deboche da mulher. “Além de agressiva, ela foi extremamente debochada, parecendo se exibir na agressão. Por isso decidi postar aqui”, escreveu Leilane na rede social.

Leilane encerrou o texto com uma reflexão sobre respeito em tempos de intolerância: “Ninguém precisa gostar de ninguém. Mas acredito realmente que ‘o respeito é a luz que ilumina a escuridão da intolerância’”.

A publicação mobilizou colegas de profissão e personalidades da mídia, que prestaram solidariedade à jornalista. Nos comentários, nomes como Sandra Annenberg, Renata Ceribelli, Natuza Nery e Marcelo Cosme manifestaram apoio. A cantora Fafá de Belém também reagiu. A jornalista Flávia Oliveira escreveu: “Leilane, querida, não se deixe abater. Proteja-se dessa gente careta e covarde. Elas passarão”.
Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

“Eduardo Bolsonaro tem de ser cassado”, diz Estadão


O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Foto: Reprodução

Em editorial publicado nesta quarta-feira (30), o Estadão afirmou que o mandato do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) deve ser cassado por atuar deliberadamente para prejudicar o Brasil em nome dos interesses particulares de sua família. Para o jornal, a Câmara não pode repetir com o “bananinha” o erro cometido há 25 anos, ao deixar impune seu pai, Jair Bolsonaro:

Diante das barbaridades protagonizadas pelo então deputado federal Jair Bolsonaro, este jornal pediu a sua cassação em janeiro de 2000, classificando-o pelo que ele era – um dejeto da democracia, alguém desqualificado que se servia das mesmas liberdades democráticas que sempre desejou eliminar. Passados pouco mais de 25 anos, é preciso dizer o mesmo sobre seu filho Eduardo Bolsonaro. Por atuar deliberada e sistematicamente para prejudicar o Brasil, em nome dos interesses particulares de sua família, Eduardo Bolsonaro precisa ter cassado seu mandato de deputado federal. Trata-se da única reação cabível por parte de uma democracia digna do nome.

Eduardo já fez de tudo, mas não há afronta à democracia que não possa ser superada por outra maior. Não lhe pareceu suficiente, por exemplo, regozijar-se do lobby que fez junto ao governo dos EUA como forma de pressionar o Supremo Tribunal Federal (STF) a desistir dos processos contra seu pai, tornando-se responsável, em grande medida, pelo tarifaço convertido em chantagem explícita do presidente americano, Donald Trump, contra o Brasil e a favor de Jair Bolsonaro.

Também não lhe bastou arvorar-se em negociador diplomático e pedir sanções contra autoridades brasileiras, entre as quais os presidentes da Câmara e do Senado, o ministro do STF Alexandre de Moraes e o presidente Lula da Silva. Era preciso, como fez o pai durante as décadas que passou no Congresso, enxovalhar a instituição parlamentar que ele mesmo integra: nesta semana, o deputado admitiu na caradura que está sabotando o esforço da comitiva de senadores brasileiros que viajou aos EUA para tentar abrir algum canal de diálogo com o Congresso e o governo americanos a fim de evitar as tarifas impostas por Trump.

O que faz o embaixador nos EUA. E o caso Eduardo Bolsonaro - Nexo Jornal
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao lado de Eduardo e Jair Bolsonaro. Foto: Reprodução

Dias antes, reclamou dos governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e do Paraná, Ratinho Junior (PSD), por se pronunciarem sobre o tarifaço sem mencionar o que realmente importa para os Bolsonaros – a liberdade de Jair Bolsonaro. (…) Segundo a cartilha bolsonarista, qualquer ação que se afaste da defesa direta da impunidade para o ex-presidente e outros golpistas equivale a uma declaração de guerra.

Com o prazo expirado da licença que o deputado tirou para sabotar o Brasil em solo americano, e sem planos imediatos de retornar ao País, esperava-se que ele renunciasse ao mandato que os paulistas infelizmente lhe deram.

Nos últimos dias, difundiu-se na imprensa a possibilidade de a Câmara adotar o mesmo artifício usado no caso do deputado Chiquinho Brazão, réu pelo assassinato da vereadora carioca Marielle Franco: deixar que as faltas às sessões cumprissem a função da perda do mandato. Será um erro gravíssimo. A fim de cuidar da própria imagem, não bastará ao Legislativo federal recorrer a essa solução. Afinal, Eduardo Bolsonaro passou dos limites e merece não a inércia corporativista da Casa, mas uma punição dura, real e imediata.

Há 25 anos, quando poupou o então deputado Jair Bolsonaro, a Câmara escolheu desmoralizar-se. Que não repita esse erro agora com Eduardo Bolsonaro.

Fonte: DCM

CNN Brasil “entrevista” lobista ligado a Trump e pró-Bolsonaro que é sócio do CEO da emissora


“Entrevista” de lobista ligado a Trump na CNN Brasil: sócio do CEO da emissora – Foto: Reprodução

A CNN Brasil publicou nesta quarta-feira, 30 de julho, uma entrevista com Brian Ballard, advogado e lobista ligado ao presidente dos EUA Donald Trump. Apresentado como conselheiro experiente para negociações internacionais, Ballard recomendou ao governo brasileiro que “ligue diretamente” para Trump para tentar reverter a tarifa de 50% imposta às exportações brasileiras. Ainda defendeu Bolsonaro e alertou para o risco do Brasil “virar uma Cuba ou uma Venezuela”, mantra da extrema-direita.

A emissora, no entanto, omitiu do público uma informação essencial: Brian Ballard é dono da Ballard Partners, firma americana de lobby que firmou uma parceria com a Esfera Brasil — organização comandada pelo lobista João Camargo, presidente do conselho da CNN Brasil e dono de 30% da emissora.

João Camargo, presidente do conselho da CNN Brasil – Foto: Reprodução

Em resumo: a CNN deu holofotes, sem qualquer menção ao conflito de interesses, a um empresário que mantém relações comerciais e políticas diretas com seu principal executivo.

Defesa escancarada de Trump e Bolsonaro e justificativa para interferir no Brasil

Questionado sobre a carta enviada por Trump a Lula, uma chantagem explícita se transformou no tarifaço, Ballard afirmou: “Vou dizer que este presidente é muito sensível e solidário com líderes políticos que são processados por aqueles que assumem o poder posteriormente. Ele acredita que isso está acontecendo no Brasil.”

A declaração tenta justificar a intromissão de Trump em assuntos internos de outra nação com base na ideia de que o golpista Bolsonaro estaria sofrendo “perseguição política”. O processo, no entanto, tramita no Poder Judiciário do Brasil. A CNN não esclareceu esse ponto nem questionou a distorção.

“Em muitos aspectos, isso é muito semelhante ao que aconteceu nos EUA. E sei que este presidente está muito preocupado em ver processos políticos contra ex-líderes de um país”, disse Ballard.

Brian Ballard – Foto: Reprodução

CNN omite sociedade entre lobista americano e CEO da emissora

A Ballard Partners e a Esfera Brasil vão atuar juntas oferecendo serviços de lobby e relações governamentais. O próprio Brian Ballard declarou, no comunicado oficial da parceria, que o objetivo é “ampliar o acesso ao mercado e às instituições públicas” para seus clientes.

João Camargo, dono da Esfera, também é presidente do conselho da CNN Brasil.

A Esfera se apresenta como um “think tank”, mas atua como espaço de articulação entre empresários, políticos e autoridades. Seus eventos reúnem ministros, parlamentares, membros do Judiciário e executivos do alto escalão. Os encontros ocorrem em locais como restaurantes, resorts e embaixadas — inclusive no exterior. Jornalistas recebem jabá para cobrir os convescotes e produzem matérias laudatórias. A Folha de S.Paulo, por exemplo, fez uma reportagem vergonhosa de um encontro empresarial no Guarujá. No pé, a informação de que a repórter viajou de graça.

Camargo rejeita o rótulo de lobista, mas admite que promove reuniões entre interessados e autoridades públicas para tratar de temas como leis e regulação econômica. Ele foi vice-presidente da Vasp no governo Quércia, de São Paulo, e assessor particular de Zélia Cardoso de Mello na presidência de Fernando Collor, até cair em meio ao escândalo PC Farias.

João Camargo e seus irmãos adquiriram a rede de rádios Transamérica, que passou a integrar o amplo grupo de emissoras controlado pela família. O portfólio inclui participações e controle sobre rádios como Alpha FM, Rádio Disney, 89 FM, BandNews FM, Nativa FM e Band FM.

Os ativos são administrados pela gestora 89 Investimentos, comandada por João Pedro Funaro Camargo, filho de João. Além do setor de mídia, a 89 também atua no mercado imobiliário, com investimentos em prédios residenciais e galpões logísticos.

Fonte: DCM

A reação de Bolsonaro ao saber da prisão de Zambelli

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro e a deputada licenciada Carla Zambelli. Foto: Reprodução

Jair Bolsonaro foi informado da prisão de Carla Zambelli (PL-SP) logo após participar de uma motociata em Brasília, na terça-feira (29). Ao saber da notícia, o ex-presidente pediu detalhes ao líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), que o acompanhava no evento, conforme informações da colunista Bela Megale, do Globo.

Segundo Sóstenes, o advogado de Zambelli, Fábio Pagnozzi, disse que a deputada se entregou voluntariamente às autoridades italianas para solicitar “asilo político”. Bolsonaro, então, pediu que o parlamentar continuasse acompanhando o caso. O ex-presidente ainda classificou a prisão como “perseguição” e “maldade”, segundo o Metrópoles. “É muita perseguição e maldade com ela. Foi a frase dele”, relatou Sóstenes.

A versão apresentada pela defesa, no entanto, é diferente da divulgada oficialmente pelo Ministério da Justiça, pela Polícia Federal e pela Embaixada do Brasil na Itália. Zambelli era considerada foragida desde junho, após ser condenada a 10 anos de prisão por invadir o sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça e alterar documentos.

Em nota, o Ministério da Justiça afirmou que “autoridades italianas prenderam, na tarde desta terça-feira (29/7), em Roma, uma brasileira que se encontrava foragida no país”. A pasta destacou que a prisão ocorreu graças à cooperação entre a Polícia Federal, a Interpol e órgãos italianos, e que a deputada será submetida ao processo de extradição conforme as leis da Itália e os acordos internacionais assinados pelo Brasil.

Fonte: DCM

Bolsonarista Daniel Silveira chora ao STF por prisão domiciliar: “Risco de morte”

 

O ex-deputado federal Daniel Silveira – Foto: Reprodução
Daniel Silveira solicitou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a conversão de sua prisão em regime fechado para prisão domiciliar, alegando razões humanitárias. A defesa do ex-deputado federal bolsonarista afirma que, após uma cirurgia no joelho autorizada pelo STF, o sistema prisional não tem estrutura para garantir o tratamento adequado durante o período de recuperação, estimado entre seis e doze meses.

Segundo os advogados, o laudo médico entregue à Corte, assinado por Hewdy Lobo Ribeiro, recomenda sessões intensivas de fisioterapia e uso de equipamentos clínicos que não estão disponíveis na Colônia Agrícola Marco Aurélio de Mattos, em Magé (RJ), onde Silveira está preso. O documento alerta que a interrupção do tratamento pode causar “risco de morte”, além de complicações como trombose.

Daniel Silveira foi condenado em abril de 2022 a 8 anos e 9 meses de prisão por ameaças ao Estado Democrático de Direito e coação. Avançou para o regime semiaberto em outubro de 2024 e recebeu livramento condicional em dezembro do mesmo ano, mas teve o benefício revogado após descumprir medidas cautelares.

Fonte: DCM