segunda-feira, 1 de dezembro de 2025

Apucarana participará do Fórum de Desenvolvimento Econômico do Norte do Paraná que vai reunir lideranças e autoridades

Evento será realizado no dia 9 de dezembro de 2025, em Londrina, na Sociedade Rural do Paraná, no período das 14 horas às 18h45


O Norte do Paraná se prepara para um dos mais importantes encontros regionais voltados à integração e ao planejamento estratégico: o Fórum de Desenvolvimento Econômico do Norte do Paraná, que será realizado no dia 9 de dezembro de 2025, na Sociedade Rural do Paraná, no Recinto José Garcia Molina. O evento acontecerá as 14 horas às 18h45. O credenciamento dos participantes será das 13h às 14h.

Com o objetivo de promover o diálogo, a cooperação e o alinhamento de políticas públicas entre os municípios da Região Metropolitana de Londrina — que inclui Londrina, Ibiporã, Cambé, Rolândia, Arapongas e Apucarana —, o evento busca fortalecer ações conjuntas voltadas à inovação, sustentabilidade e competitividade econômica.

A região concentra uma das maiores populações do interior do Brasil, com cerca de 1,3 milhão de habitantes, e destaca-se como um dos polos mais dinâmicos do estado do Paraná. Sua economia é diversificada e fortemente impulsionada pelos setores industrial, de serviços, agronegócio, tecnologia e educação, o que a coloca em posição estratégica para o desenvolvimento sustentável e integrado.

O Fórum de Desenvolvimento Econômico também terá um papel essencial no fomento à união das seis cidades da região metropolitana em torno de reivindicações conjuntas ao governo estadual e federal, com o objetivo de ampliar oportunidades de negócios, atrair investimentos e fortalecer a infraestrutura econômica regional. A iniciativa pretende demonstrar que, ao atender às demandas do Norte do Paraná, o Estado contribui diretamente para o fortalecimento de toda a economia paranaense. Além disso, o evento visa estimular a criação de parcerias público-privadas, fundamentais para o avanço de projetos estruturantes e sustentáveis.

O Fórum é uma realização do GCSM (Global Council for Sustainable Management), com participação especial do Fórum das Américas, em parceria com a Sociedade Rural do Paraná e a Associação Comercial e Industrial de Londrina (ACIL), SEBRAE e CEAL, dentre as entidades da sociedade civil organizada, e conta ainda com o apoio de outras instituições voltadas ao fomento regional.

O evento reunirá autoridades e lideranças de todo o Estado, incluindo o governador do Paraná, Ratinho Junior, ministros, senadores, secretários estaduais, deputados federais e estaduais, além de prefeitos, vereadores, empresários e presidentes de entidades de classe. Será um espaço de debate, troca de experiências e construção de estratégias conjuntas para fortalecer o desenvolvimento econômico do Norte paranaense.

Prefeitos enfatizam importância do Fórum

O prefeito de Londrina, Tiago Amaral, enfatizou a importância do Fórum de Desenvolvimento Econômico para os municípios, não só do G-6, mas de toda região. “Este Fórum reafirma o protagonismo do Norte do Paraná como um dos motores econômicos do Estado. É momento de somarmos forças, apresentarmos demandas conjuntas e abrirmos caminhos para novos investimentos, parcerias e políticas públicas que fortaleçam nossa região. O desenvolvimento do Norte do Paraná passa pela união das nossas cidades. Este Fórum é a oportunidade de alinharmos estratégias, fortalecermos agendas conjuntas e mostrarmos que, quando pensamos regionalmente, todos ganham: Londrina e Região Metropolitana”, destacou Amaral.

O prefeito de Apucarana, Rodolfo Mota (foto), enfatiza que a participação do município no Fórum de Desenvolvimento do Norte do Paraná é uma oportunidade estratégica para fortalecer a Região Metropolitana de Londrina e projetar as vocações econômicas da região. “O encontro reúne lideranças capazes de transformar o futuro das cidades, atraindo investidores e novas parcerias. O Fórum se torna uma vitrine de alto impacto para setores como a indústria do boné — em que Apucarana lidera como maior polo de confecções do Paraná e um dos maiores do Brasil — além dos segmentos metalmecânico e de biofertilizantes. O município também se destaca como referência educacional, ao abrigar quatro instituições de ensino superior, sendo duas privadas, uma estadual e uma federal. Na educação básica, Apucarana ostenta o maior IDEB do Paraná entre municípios de médio e grande porte, reforçando seu potencial de desenvolvimento”, salientou Rodolfo Mota.

Conrado Scheller, prefeito de Cambé e presidente da Associação dos Municípios do Médio Paranapanema (Amepar), afirma que cada município tem sua particularidade e a soma dessas forças fará a diferença. “Precisamos mostrar ao Brasil o que o Norte do Paraná é capaz de produzir e como podemos contribuir para um país mais forte. Já somos responsáveis por uma parcela significativa do desenvolvimento do Estado, que pode se tornar exemplo nacional. Queremos também demonstrar aos investidores que aplicar recursos no Norte do Paraná é seguro e estratégico. Mostrar nossa força conjunta é fundamental para atrair novos investimentos e consolidar o desenvolvimento regional”, ressaltou.

O prefeito de Arapongas, Rafael Cita, reitera que o Fórum é uma oportunidade para que as lideranças municipalistas possam fortalecer as discussões estratégicas que moldam o futuro do Norte do Paraná. “Todo gestor com olhos voltados para o futuro deve valorizar um evento que reúne líderes, especialistas e gestores públicos para alinhar políticas e promover soluções conjuntas para desafios regionais. Estar presente significa integrar-se a uma rede de cooperação que busca desenvolvimento econômico, inovação e sustentabilidade”, salientou.

O prefeito de Rolândia, Ailton Maistro, frisa que o Fórum será importante para a troca de experiências. “Com os vários gestores, lideranças políticas e empresários, vamos discutir os assuntos e o futuro. Eu já tenho feito isso no nosso município, como podemos melhorar, onde e como podemos buscar para fortalecer Rolândia ainda mais. O Fórum, com certeza, vai engrandecer e capacitar os municípios participantes e abrir as portas das cidades para novas empresas, políticos e empresários. Com essa união, toda a região ganha, não adianta o município querer puxar para o seu lado, precisamos promover esse fortalecimento conjunto, para melhorar para todos, em todos os aspectos”, afirmou.

O prefeito de Ibiporã, José Maria Ferreira, destaca que o espaço de debate será importante, pois o desenvolvimento da Região Metropolitana de Londrina deve ser construído com a união dos municípios. “O Fórum de Desenvolvimento Econômico é uma oportunidade essencial para fortalecermos nossa representatividade política, econômica e social. Estar presente é afirmar nossa voz e garantir que o Norte do Paraná siga avançando com força e protagonismo”, disse.

Marco para a integração regional

Com essa ampla mobilização, o Fórum se consolida como um marco para a integração regional e o fortalecimento de políticas públicas inovadoras, capazes de impulsionar o crescimento equilibrado e sustentável de uma das regiões mais promissoras do Paraná.

O Fórum de Desenvolvimento Econômico do Norte do Paraná é um evento fechado, somente para convidados diretamente relacionados com o objetivo do evento.

O Fórum tem o patrocínio das empresas: PADO, MSE, JET, Grande Londrina, Sanepar, Marcelo Diniz Sociedade de Advogados, Frezarin Eventos, Brandt, Consórcio Londrina Segura, A.Yoshii e Midiograf.

Fonte: Prefeitura de Apucarana com informações da Assessoria de Comunicação do Fórum de Desenvolvimento Econômico do Norte do Paraná.

Prefeitura de Apucarana realiza formatura de 1.280 crianças da Educação Infantil

Cerimônia reuniu famílias no Ginásio Lagoão e marcou a passagem dos estudantes para o Ensino Fundamental


A Prefeitura de Apucarana realizou, no sábado (29/11), a formatura dos 1.280 estudantes que concluíram a Educação Infantil na rede municipal de ensino. O Ginásio de Esportes Lagoão ficou lotado com familiares que acompanharam a entrega do primeiro certificado escolar às crianças.

A Educação Infantil é a etapa inicial da Educação Básica e tem como finalidade promover o desenvolvimento integral da criança até os seis anos de idade, considerando aspectos físicos, cognitivos, emocionais e sociais. O prefeito Rodolfo Mota afirmou que a cerimônia representa uma transição importante. “A formatura marca uma mudança. Agora, os estudantes seguirão para o primeiro ano, e temos o desafio de garantir que todos estejam alfabetizados até o final do segundo ano. Pelas apresentações, pelo juramento e pela leitura bíblica, observamos que estão bem encaminhados”, declarou.

A secretária municipal de Educação, professora Ana Paula do Carmo Donato, reconheceu o trabalho das equipes escolares. “A Educação Infantil começa nos CMEIs, onde os bebês iniciam a comunicação, dão os primeiros passos e começam a socializar. Em seguida, no Infantil 4 e 5, avançam no desenvolvimento da comunicação, da socialização e da coordenação motora fina e grossa. Esse processo exige planejamento e dedicação. Cada jogo e brincadeira envolve um trabalho pedagógico estruturado. Parabenizo todos os profissionais que contribuíram para esta etapa”, afirmou.

Durante o evento, o prefeito também informou que o Ginásio Lagoão será fechado para obras após o encerramento das formaturas da educação. “O investimento será de quase R$ 1,5 milhão para adequar a quadra às medidas oficiais e instalar assentos nas arquibancadas. O objetivo é oferecer mais conforto ao público. Na formatura do próximo ano, teremos uma arena de eventos renovada”, disse.

Presenças — Participaram da cerimônia a primeira-dama Karine Mota, o presidente da Câmara Municipal de Apucarana, Danylo Acioli, os vereadores Moisés Tavares, Gabriel Caldeira e Pablo da Segurança, a técnica do Núcleo Regional de Educação, Neucely Gonçalvez Vicente Ribeiro, além de secretários municipais.
A próxima solenidade de formatura será realizada nesta segunda-feira (1º/12), às 19 horas, também no Ginásio Lagoão, com os estudantes do 5º ano do Ensino Fundamental.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

Seis PMs denunciados por peculato e furto em chacina no Alemão e na Penha

MPRJ acusa agentes por desvios e manipulação de câmeras durante megaoperação de 28 de outubro

     Viaturas da Polícia Militar do Rio de Janeiro (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

A megaoperação realizada em 28 de outubro no Complexo do Alemão e na Penha, no Rio de Janeiro, continua gerando desdobramentos. Seis policiais militares do Batalhão de Choque foram denunciados por peculato e furto qualificado após terem suas ações registradas pelas câmeras operacionais portáteis durante a incursão.

As denúncias, apresentadas pela 1ª e 2ª Promotorias de Justiça junto à Auditoria Militar, tiveram como base imagens analisadas pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e pela Corregedoria da PM. Segundo o órgão, os policiais teriam se aproveitado do cenário da operação para subtrair um fuzil, desmontar partes de um veículo e tentar manipular as câmeras corporais, informa o jornal O Globo.

● Fuzil escondido em residência no Alemão

Na primeira denúncia, os 3º sargentos Marcos Vinicius Pereira Silva Vieira e Charles William Gomes dos Santos são acusados de peculato. As câmeras corporais registraram o momento em que um fuzil semelhante a um AK-47 foi retirado de uma casa onde cerca de 25 homens já haviam se rendido.

De acordo com o MPRJ, Silva Vieira afastou-se do grupo que fazia o registro oficial do material apreendido e, em seguida, encontrou o colega Charles Santos. As imagens mostram que ambos esconderam o armamento em uma mochila, sem incluí-lo na lista de apreensões da operação. Em áudio captado pela câmera, Silva Vieira afirma: "É o quê? É ruim de eu entregar esse daqui. Esse aqui vai ficar para a gente”, segundo vídeo exibido pelo Fantástico, da TV Globo. Ele também comenta: “Ninguém tem esse AK aqui, não".

Os dois sargentos chegam a discutir como ocultar o fuzil e cogitam desmontá-lo, mas acabam desistindo pela falta de ferramentas. “Fecha de qualquer jeito. Já é, vamos sair daqui”, diz Silva Vieira, conforme o material divulgado.

● Furto de peças de caminhonete na Vila Cruzeiro

A segunda denúncia aponta que, na Vila Cruzeiro, o subtenente Marcelo Luiz do Amaral, o sargento Eduardo de Oliveira Coutinho, um policial identificado como Machado e outro agente ainda não nomeado praticaram furto qualificado ao desmancharem partes de uma caminhonete Fiat Toro.

Segundo o MPRJ, Coutinho retirou o tampão do motor, um farol e as capas dos retrovisores. Amaral e outro PM teriam atuado para facilitar a ação, inclusive tentando impedir que as câmeras corporais registrassem o crime. Já o agente identificado como Machado estava no local, mas não reagiu para evitar a subtração.

● Tentativas de manipulação das câmeras corporais

Nos dois episódios, o Ministério Público destaca que houve tentativas deliberadas de obstrução das COPs. O Termo de Análise de Vídeo aponta momentos em que os policiais tentam desligar, cobrir ou alterar o ângulo das câmeras, medida que, segundo o órgão, buscava dificultar o controle da atividade policial e comprometer a produção de provas.

● Agente do Bope também é flagrado

As denúncias apresentadas agora somam-se a outras reveladas pelo Fantástico. Em uma das gravações, um policial do Bope, sem identificação na farda, conversa com o sargento Silva Vieira antes de recolher um radiotransmissor e a capa de um colete à prova de balas dentro da mesma casa onde ocorreram as rendições. “Vê se tem uma coisinha para levar”, diz o agente. O sargento responde: “Pega, pô.” O policial então completa: “O radinho também vou levar!”

Segundo o MPRJ, dois agentes já haviam sido denunciados por peculato nesse contexto. O órgão afirma que ainda analisa todas as gravações da megaoperação, considerada a mais letal da história do estado, com 122 mortos.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Alunos de escola cívico-militar entoam canto de violência: "entrar na favela e deixar corpo no chão" (vídeo)

Após a divulgação das imagens, Secretaria de Educação convoca direção do colégio para prestar esclarecimentos

       Alunos de colégio cívico-militar em Curitiba (Foto: Reprodução/X/@lazarorosa25)

A repercussão de um vídeo em que estudantes do Colégio Estadual Cívico-Militar João Turin, em Curitiba, aparecem marchando e entoando um canto associado ao Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), com apologia explícita à violência, levou o caso ao centro do debate educacional no estado. As imagens mostram alunos repetindo versos que não integram a proposta pedagógica da rede e rapidamente viralizaram nas redes sociais. O canto entoado inclui a frase: “Homem de preto, qual é sua missão? Entrar na favela e deixar corpo no chão".


A Secretaria de Estado da Educação (SEED) afirmou que a manifestação dos estudantes contraria os princípios do modelo cívico-militar. Em nota, enviada pela assessoria de imprensa ao portal Bem Paraná, declarou: “Os colégios cívico-militares têm se destacado em grandes projetos educacionais, como o Ganhando o Mundo e o Maratona Tech, torneio nacional de tecnologia no ensino que teve o Estado como grande campeão. Manifestações nessa linha não condizem com o compromisso do Paraná baseado em educação cidadã e transformadora”.

Crítica ao programa, a APP-Sindicato reforçou que episódios desse tipo não são pontuais. A presidente da entidade, Walkiria Mazeto, afirmou: “Absurdos como esse do vídeo não são casos isolados. Desde o início deste programa, temos recebido e denunciado ocorrências semelhantes e até piores em escolas que adotaram o modelo cívico-militar. É chocante ver que a escola pública esteja sendo usada para promover uma doutrinação ideológica extremista, que prega o ódio, a violência, o massacre e o extermínio de comunidades periféricas. Isso é muito grave e reforça a nossa luta contra a militarização da educação e a urgência do Poder Judiciário determinar o fim desse programa ilegal e inconstitucional”.

Fonte: Brasil 247

A paródia do Capital Inicial que voltou a viralizar após título do Flamengo


         Elenco e torcida do Flamengo comemorando o título da Libertadores. Foto: reprodução

A vitória do Flamengo na Libertadores 2025 consagrou novamente o canto “Em dezembro de 81”, adaptação da música “Primeiros erros”, do Capital Inicial, como um dos hinos oficiais da torcida rubro-negra. A paródia, que exalta o título mundial do clube sobre o Liverpool em 1981, ganhou força nas arquibancadas há mais de uma década e se consolidou de vez durante a campanha vitoriosa de 2019.

A origem da canção, porém, é completamente diferente do clima de euforia das arquibancadas. Kiko Zambianchi, autor da composição original e torcedor do Santos, criou a letra em um momento pessoal difícil. “A letra foi criada numa época em que eu tinha síndrome do pânico e não tinha diagnóstico ainda. Eu estava em São Paulo. Era um período de muita solidão”, relembrou o músico em entrevista ao “G1”, em 2023.

Zambianchi já afirmou em várias ocasiões que ficou surpreso ao saber que sua música havia sido incorporada pelos torcedores. Ele conta que soube da adaptação através do amigo Marcelo Serrado, que estava no estádio e se encantou ao ver “Primeiros erros” ganhar novos contornos no universo do futebol.

O grande impulso nacional da versão original veio com o Capital Inicial, que a incluiu no álbum “Acústico MTV” em 2000, recolocando-a no mapa do rock brasileiro. Anos antes, a música já havia ganhado uma nova leitura na voz de Simony, integrando a trilha da novela “Cara e Coroa” (1996).

Fonte: DCM

Fortuna real de Silvio Santos será medida por perícia independente, decide Justiça; entenda

A família de Silvio Santos. Foto: reprodução

Pouco mais de um ano após a morte de Silvio Santos (1920-2024), uma perícia independente foi determinada pela Justiça de São Paulo para apontar o valor real da fortuna deixada pelo apresentador. A ação é movida pela viúva, Iris Abravanel, e pelas seis filhas do comunicador contra o governo do estado. O perito, segundo Gabriel Vaquer, da Folha, já foi escolhido e pago pela família, e terá 60 dias para emitir seu laudo.

O processo, que corre em segredo de Justiça desde fevereiro, envolve um patrimônio total declarado de R$ 6,4 bilhões em bens, ações e dinheiro. As herdeiras buscam acesso a cerca de R$ 429 milhões que Silvio Santos mantinha em um paraíso fiscal nas Bahamas. O sigilo foi solicitado para proteger detalhes sobre o patrimônio.

Cerca de quatro meses após a morte do apresentador, a família entrou na Justiça para não pagar um imposto estadual sobre herança estimado em R$ 17 milhões. Elas argumentam que os valores bloqueados no exterior não devem seguir as leis brasileiras. O montante já foi pago, mas será devolvido em caso de vitória das Abravanel.

A assessoria do Grupo Silvio Santos afirmou que o empresário “sempre declarou de forma minuciosa seu patrimônio no Imposto de Renda”. Já o procurador Paulo Gonçalves da Costa Júnior, representando o estado, argumenta que os valores nas Bahamas eram de desconhecimento público, embora Silvio Santos fosse “notoriamente conhecido”.

Fonte: DCM com informações da Folha de S. Paulo

Moraes acelera julgamentos de golpistas do 8/1 após embates com Fux no STF


        O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Foto: Reprodução

O ministro Alexandre de Moraes retomou os julgamentos ligados aos atos golpistas do 8 de Janeiro e, mesmo com a saída de Luiz Fux da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), os embates entre ambos sobre o tema continuam, agora refletidos nos pedidos de vista que Fux segue apresentando no plenário. Com informações da Folha de S.Paulo.

Moraes havia interrompido o envio dos processos desde o início do segundo semestre, após Fux mudar sua posição sobre os ataques e passar a pedir vista em todos os julgamentos relacionados ao 8 de Janeiro — medida que dá mais tempo para analisar os casos, mas também paralisa o resultado.

Durante mais de um ano, Fux votou consistentemente pela condenação de invasores e acampados no QG do Exército em Brasília. Mas, ao pedir vista no caso da cabeleireira Débora Rodrigues, que pichou “perdeu, mané” na estátua “A Justiça” durante os ataques golpistas, em março, anunciou que revisaria sua posição.

Um mês depois, votou por punição mais branda — 1 ano e 6 meses em regime aberto por deterioração do patrimônio tombado — e, desde então, se tornou contraponto direto a Moraes.

Com a resistência, Moraes deixou processos na gaveta enquanto avançava na ação penal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros líderes da trama golpista. Mas, duas semanas após Fux deixar a Primeira Turma, em 22 de outubro, Moraes recolocou as ações na pauta.

Luiz Fux, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foto: reprodução


Retomada com 45 julgamentos

No último dia 14, Moraes pautou 45 julgamentos ligados ao 8 de Janeiro no plenário virtual e votou pela condenação de todos os réus. Ele já havia liberado recursos de outros 21 condenados em sessões virtuais de 24 e 31 de outubro, mas Fux também pediu vista e interrompeu o andamento de todos.

Um ministro ouvido sob reserva considerou o último pedido de vista particularmente mal recebido, já que Fux paralisou o julgamento no fim do prazo, após as 20h, quando o placar parcial era de 9 a 0.

Segundo pessoas próximas, Fux sustenta que seus pedidos fazem parte da rotina do tribunal e afirma dedicar mais tempo à leitura dos autos para julgar com zelo.

Mudança na Primeira Turma

A saída de Fux ocorreu após ele ficar isolado nos julgamentos e se envolver em discussões com Gilmar Mendes sobre seu voto pela absolvição de Bolsonaro. Embora tenha dito que gostaria de continuar participando dos casos do 8 de Janeiro, ele não formalizou o pedido.

Ele já integrou a Segunda Turma, deixando a Primeira com quatro ministros: Flávio Dino, Cármen Lúcia, Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin. A cadeira restante pode ser ocupada por Jorge Messias, indicado pelo presidente Lula (PT), caso seja aprovado pelo Senado.

Fonte: DCM

VÍDEO: Cármen Lúcia diz que estaria presa se golpe tivesse se concretizado


      A ministra Carmén Lúcia, do STF. Foto: Fellipe Sampaio/STF

A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), fez uma defesa firme da democracia durante participação na FliRui, a 1ª Festa Literária da Fundação Casa de Rui Barbosa, no Rio de Janeiro, no sábado (29). Em discurso, ela afirmou que, caso a tentativa de golpe no país tivesse sido bem-sucedida, estaria presa e impedida de exercer suas funções no STF.

“Outro dia alguém me perguntava por que julgar uma tentativa de golpe, se foi apenas tentativa. Meu filho, se tivessem dado golpe, eu estava na prisão, não poderia nem estar aqui julgando”, afirmou.

A fala ocorreu dias após o STF determinar o início da execução das penas do núcleo considerado crucial da trama golpista. Entre os condenados está o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que cumprirá 27 anos e 3 meses de detenção na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília.

Segundo a ministra, os planos do grupo incluíam a neutralização de ministros da Corte, algo documentado durante as investigações.

“Nesses julgamentos que estamos fazendo no curso deste ano, havia documentado em palavras, por exemplo, a tentativa de ‘neutralizar’ alguns ministros de Supremo. Portanto, estava em palavras, as ordens eram dadas em palavras. A mesma coisa é a sentença, ela vem em palavras. Nós nos comunicamos pela palavra. A palavra traduz a alma de uma pessoa”, disse.

Em sua fala, Cármen Lúcia alertou ainda para o risco permanente de retrocessos democráticos, afirmando que ditaduras são como “ervas daninhas”: “A erva daninha da ditadura é igualzinha, não precisa de cuidado. Ela toma conta, ela surge do nada. Pra gente fazer florescer uma democracia na vida da gente, no espaço da gente, é preciso construir todo dia, é preciso trabalhar todo dia”.

Para ela, a democracia exige esforço contínuo. “Por isso é que eu digo que democracia é uma experiência de vida que se escolhe, que se constrói, que se elabora. E a vida como a democracia se faz todo dia. A gente luta por ela, a gente faz com que ela prevaleça”, afirmou.

As condenações do núcleo golpista, que incluíram crimes como organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado, seguem gerando reações entre apoiadores do ex-presidente.

Desde a prisão preventiva decretada por Alexandre de Moraes, uma série de habeas corpus começou a ser enviada por simpatizantes de Bolsonaro ao STF.

Cármen Lúcia, porém, decidiu não analisar de imediato esses pedidos. Em despachos assinados na terça-feira (25), ela determinou que a defesa oficial do ex-presidente seja ouvida antes de qualquer deliberação. Segundo a ministra, pedidos feitos por pessoas que não integram a equipe jurídica constituída podem prejudicar a estratégia processual.

“A atuação da defesa técnica, validamente escolhida pelo paciente, deve ser resguardada contra iniciativas paralelas que possam comprometer sua estratégia processual”, registrou.

A ministra também ressaltou que há dúvida sobre a legitimidade dos impetrantes, já que não há prova de autorização de Bolsonaro. Ela ordenou que a defesa se manifeste em até 24 horas, e somente após essa verificação os pedidos seguirão para análise. O STF já rejeitou diversas ações semelhantes, apresentadas por apoiadores que não têm vínculo formal com o processo.

Fonte: Brasil 247

Apoio evangélico pode viabilizar aprovação de Messias para o STF

Senadores evangélicos podem se tornar decisivos na aprovação do indicado pelo presidente Lula, apesar da resistência de Alcolumbre

      Brasília (DF) - 08/05/2025 - O ministro Jorge Messias (AGU) (Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil)

Aliados do advogado-geral da União, Jorge Messias, avançam nas negociações para assegurar os votos necessários à sua aprovação no Senado e acreditam que um apoio silencioso poderá ser determinante nessa etapa. Segundo Malu Gaspar, do jornal O Globo, a disputa poderá ter forte influência da bancada evangélica.

Parlamentares próximos a Messias analisam que parte expressiva dos senadores evangélicos — inclusive figuras alinhadas ao bolsonarismo — tende a votar a favor do indicado, embora dificilmente admita essa posição publicamente. O voto secreto previsto para a sessão do dia 10 cria ambiente propício para dissidências longe do escrutínio de eleitores e da pressão do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).

Nos bastidores, líderes evangélicos afirmam que o clima é de cautela. Um integrante da Frente Parlamentar Evangélica resumiu a tensão ao dizer: “Os senadores não podem declarar apoio para o Messias para não se queimar com os seus eleitores bolsonaristas nem se indispor com Davi. A pressão está grande e ninguém quer sofrer represália do Alcolumbre".

Levantamento do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) mostra que a representação evangélica no Senado cresceu significativamente, passando de sete para 13 parlamentares entre 2018 e 2022. São justamente esses senadores que têm pautas estratégicas em disputa no Supremo Tribunal Federal (STF), como aborto, união homoafetiva, pesquisas com células-tronco e debates sobre “ideologia de gênero”. Um assessor próximo a Messias avalia que esse apoio pode ser decisivo: “Esse apoio pode fazer a diferença, porque nossa previsão é de um placar apertado.” Nos cálculos internos, aliados acreditam em algo entre 45 e 48 votos — Messias precisa de 41 para assumir a vaga no STF.

⊛ A disputa dos números e a reação de Alcolumbre

O grupo articulado por Davi Alcolumbre trabalha com uma projeção bem menos otimista para o indicado de Lula. Segundo essa ala, Messias teria hoje entre 28 e 31 votos firmes e dificuldade para conquistar parte da bancada evangélica, apesar da atuação da senadora Eliziane Gama (PSD-MA), uma de suas principais apoiadoras.

Entre os obstáculos está a resistência de setores conservadores que identificam Messias como um nome vinculado ao PT e ao presidente Lula, e não como representante de valores religiosos. Um senador bolsonarista sintetizou essa visão, afirmando: “Não convence esse aspecto de Messias ser evangélico, isso não vira voto para ele aqui, porque as condutas dele demonstram alinhamento ideológico político ao PT e ao Lula, não religioso".

⊛ A ofensiva de Mendonça e os novos cabos eleitorais

Um dos principais articuladores pró-Messias entre os evangélicos é o ministro do STF André Mendonça, indicado ao tribunal por Jair Bolsonaro (PL) em 2021. Tanto Mendonça quanto Messias chefiaram a Advocacia-Geral da União e enfrentaram resistências internas comandadas por Alcolumbre. Na época, o agora presidente do Senado adiou por mais de quatro meses a sabatina de Mendonça, trabalhando nos bastidores para tentar substituí-lo por Augusto Aras.

Para Messias, a estratégia de Alcolumbre mudou. O senador marcou a sabatina para o dia 10, concedendo pouco tempo para o indicado percorrer gabinetes e consolidar alianças. O Palácio do Planalto, por sua vez, ainda não enviou formalmente a indicação ao Senado, o que foi interpretado como uma tentativa de atrasar o processo — mas Alcolumbre já sinalizou que dará continuidade à votação, afirmando que a publicação no Diário Oficial legitima a realização da sabatina.

Além de Mendonça, o ministro Kassio Nunes Marques — também indicado por Bolsonaro e com forte interlocução no campo conservador — atua na busca de apoio para Messias. A aposta de líderes evangélicos é que sua chegada ao STF ajude a reforçar uma ala mais resistente ao avanço de pautas progressistas, principalmente em temas como descriminalização do aborto e participação de crianças em eventos do orgulho LGBTQIA+.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Preso, Bolsonaro será substituído na campanha de 2026 por boneco de papelão e IA

Tecnologia pode, por outro lado, gerar complicações jurídicas para o PL e candidatos

     Flávio Bolsonaro e totem de Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução/X/@FlavioBolsonaro)

A cúpula do PL tem buscado alternativas para enfrentar a próxima disputa eleitoral sem a presença física de Jair Bolsonaro (PL), preso desde agosto. As informações foram divulgadas pela Folha de São Paulo e apontam que dirigentes analisam desde o uso de bonecos em tamanho real até ferramentas de inteligência artificial para simular mensagens de apoio do líder político.

A ideia de recorrer à produção digital de conteúdos com a imagem e a voz do ex-presidente chegou ao presidente da sigla, Valdemar Costa Neto. Mas a proposta divide o partido: setores temem que o recurso abra espaço para que candidatos não autorizados explorem a figura de Bolsonaro de maneira indevida, além do risco de ataques de adversários que, mesmo diante da transparência sobre o uso de IA, poderiam classificar as peças como enganosas.

Professor da USP e pesquisador da área, Juliano Maranhão avalia que a técnica pode ser admitida, desde que siga as normas do TSE. Ele ressalta que é obrigatório indicar o uso da ferramenta e evitar qualquer conteúdo que induza o eleitor a acreditar que Bolsonaro esteja em liberdade. "Não poderia ser usada para enganar o eleitor. Pelo fato de estar preso, se passar a impressão contrária, aí poderia ser questionado se não estaria desinformando, passando uma percepção equivocada", afirmou.

Maranhão acrescenta que, caso candidatos não autorizados utilizem inteligência artificial para simular apoio de Bolsonaro, o PL pode acionar a Justiça Eleitoral para derrubar publicações que configurem desinformação.

Enquanto a sigla debate os limites da tecnologia, aliados têm recorrido a outros expedientes para manter a presença simbólica de Bolsonaro. Imagens de papelão e banners passaram a aparecer com frequência em eventos do PL desde sua prisão. Em uma vigília organizada em 22 de agosto pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), por exemplo, o parlamentar discursou e fez orações ao lado de uma réplica em tamanho real do pai. A mobilização, inclusive, foi citada nos fundamentos do pedido de prisão preventiva decretado horas depois.

Em meio às tentativas de preservar a influência do ex-presidente, apoiadores buscam novas formas de demonstrar lealdade. O vice-prefeito de São Paulo, coronel Mello Araújo (PL), publicou montagens digitais com Bolsonaro e disse ter feito isso por conta própria, como forma de endossar o aliado. Deputados ligados ao bolsonarismo também receberam, em grupos de WhatsApp, links para plataformas que permitem inserir a imagem do ex-presidente em fotografias pessoais.

A ausência física de Bolsonaro preocupa principalmente candidatos dependentes de sua presença nas redes e de forte apelo ideológico. Somente no primeiro semestre de 2024, ele percorreu mais de 20 cidades em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, principais colégios eleitorais do país — um movimento difícil de ser reproduzido pela militância.

Setores do PL avaliam que nomes como Michelle Bolsonaro e o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) terão menos disponibilidade para suprir esse espaço, já que ambos estarão concentrados em suas próprias campanhas em 2026 — ela ao Senado pelo Distrito Federal e ele na tentativa de reeleição. A expectativa é que, no segundo turno, ambos possam assumir papéis mais robustos em disputas estaduais e nacional.

Entre aliados, permanece a narrativa de que a prisão de Bolsonaro teria como objetivo fragilizar candidaturas da direita, tese repetida desde o início do ano. Em paralelo, lideranças do centrão pressionam o PL a definir, ainda em 2025, um nome capaz de herdar o espólio político do ex-presidente e iniciar uma campanha mais organizada para o Planalto.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Tarcísio intensifica articulações por anistia para não romper com bolsonarismo

Governador tenta avançar debate sobre perdão aos envolvidos no 8 de janeiro e nega pretensões eleitorais

Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas 31/10/2024 REUTERS/Adriano Machado (Foto: Adriano Machado)

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), tem ampliado sua atuação em defesa de uma anistia para todos os envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, inclusive Jair Bolsonaro (PL). A movimentação, relatada pelo jornal O Globo, ocorre em um momento político delicado e exige do governador esforço contínuo para equilibrar apoio à família Bolsonaro e diálogo institucional com diferentes atores de Brasília.

Tarcísio conduz esse processo com discrição para evitar qualquer ruído que possa ser interpretado como tentativa de ocupar o espaço político de Bolsonaro. Pessoas próximas ao governador dizem que ele tem reiterado, em encontros reservados, que sua posição se baseia em “lealdade e gratidão”.

Nos últimos dias, Tarcísio retomou ligações para parlamentares do Republicanos, como o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e buscou interlocução com o senador Ciro Nogueira (PP-PI) e com o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ). A percepção no Congresso é que ele tenta fazer a pauta avançar, mas sem assumir protagonismo explícito.

Ao mesmo tempo, o governador reforçou sinais de solidariedade à família Bolsonaro. Conversou com o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), dialogou com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e pediu autorização para visitar o ex-presidente na sede da Polícia Federal. Segundo aliados, essa aproximação buscou evitar desgastes num momento considerado sensível.

As articulações incluíram, ainda, conversas com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Tarcísio buscou avaliar alternativas jurídicas que pudessem amenizar a situação de Bolsonaro, incluindo um eventual retorno à prisão domiciliar. Mas, após a tentativa de rompimento da tornozeleira eletrônica, o ambiente na Corte segue pouco receptivo.

Em declarações públicas, Tarcísio tem enfatizado que não age guiado por cálculo eleitoral. “Vou trabalhar para que a anistia seja pautada, para que possa ser aprovada. Não estou preocupado com desgaste. Eu falo com frequência com o Flávio Bolsonaro, e ele sabe que pode contar comigo”, afirmou. E completou: “[A prisão do Bolsonaro] não muda nada. Não tenho ansiedade. Pode ser janeiro, fevereiro ou março. Vai dar tempo. A gente precisa é construir o projeto vitorioso”.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Senado deve votar PL Antifacção nesta semana e governo apela por "bom senso"

Relator no Senado, Alessandro Vieira deve se opor ao relatório de Guilherme Derrite na Câmara e recuperar parte da essência do projeto do governo

       Alessandro Vieira e Randolfe Rodrigues (Foto: Roque de Sá/Agência Senado)

O Senado se prepara para analisar nesta semana o Projeto de Lei 5.582/25, conhecido como PL Antifacção, em meio a uma intensa disputa entre o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a oposição sobre os rumos da segurança pública no país. Segundo o Metrópoles, a votação deve ocorrer na quarta-feira (3).

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), confirmou que o texto chegará ao plenário após passar pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A relatoria ficará a cargo do senador Alessandro Vieira (MDB-SE), ex-delegado e de perfil moderado, que deve apresentar um parecer diferente daquele aprovado na Câmara.

O projeto foi enviado pelo governo federal em 1º de novembro, como resposta à crise provocada pela chacina policial no Rio de Janeiro. A proposta original criava novas tipificações penais, aumentava penas relacionadas a facções criminosas e fortalecia medidas de sufocamento econômico dessas organizações.

Paralelamente, tramitava na Câmara uma iniciativa apoiada pela oposição que buscava equiparar facções a grupos terroristas. O texto tinha como relator o então secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite (PP-SP), que, após uma série de versões preliminares, ampliou o escopo do projeto e o transformou no chamado Marco Legal de Combate ao Crime Organizado.

A condução do tema gerou atrito entre o Planalto e o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). Embora tenha optado por dar andamento à proposta do governo, Motta manteve Derrite como relator, o que irritou setores governistas. Nas primeiras versões do texto, Derrite tentou restringir a atuação da Polícia Federal, enfraquecer mecanismos de rastreamento financeiro pelo Banco Central e pelo Fisco e inserir dispositivos que aproximavam condutas de facções da legislação antiterrorismo.

O texto aprovado na Câmara em 18 de novembro criou o tipo penal de “Domínio Social Estruturado”, endureceu penas e instituiu bancos nacional e estaduais de dados sobre organizações criminosas. O ponto de maior conflito com o governo ocorre na destinação dos bens apreendidos: quando a investigação é conduzida por órgãos estaduais, os valores vão para fundos estaduais; quando há participação da Polícia Federal, os recursos seguem para o Fundo Nacional de Segurança Pública. O Executivo afirma que essa divisão fragiliza o financiamento da PF.

No Senado, o governo tenta reverter o que considera distorções introduzidas pela Câmara e recuperar parte da proposta enviada originalmente. O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), afirmou que o diálogo com o relator é positivo e disse esperar a retomada do “bom senso” no texto final.

Alessandro Vieira, que também é relator da CPI do Crime Organizado, ainda não apresentou seu parecer. Com histórico de críticas a soluções consideradas meramente retóricas na segurança pública, o senador deverá definir nos próximos dias quais ajustes serão levados ao plenário.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Interesse pelo fundão eleitoral acelera definição do Orçamento de 2026

Parlamentares pressionam aprovação ainda em dezembro para assegurar o mesmo valor do fundo usado em 2024

       Congresso Nacional - 16/09/2024 (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

O Congresso Nacional intensifica as negociações para votar o Orçamento de 2026 antes do início do recesso parlamentar, previsto para 23 de dezembro. A movimentação ocorre em meio ao interesse direto de deputados e senadores que disputarão a reeleição e buscam assegurar o Fundo Especial de Financiamento de Campanha, relata o Metrópoles.

A tendência é que o montante destinado ao fundo eleitoral seja congelado no mesmo valor das eleições municipais de 2024: R$ 4,9 bilhões. Um dirigente partidário afirmou que a Comissão Mista de Orçamento (CMO) trabalha para manter o valor sem aumento real, apesar da instrução normativa aprovada pelo colegiado em 30 de setembro para ampliar a reserva destinada ao fundo.

● Pressa e cortes para viabilizar o fundo

A estratégia do Congresso é votar o Orçamento em 17 de dezembro. Para que o fundo eleitoral seja contemplado integralmente, o relator Isnaldo Bulhões (MDB-AL) propôs cortes em outras áreas previstas para 2026. Entre os ajustes estão uma redução de R$ 2,9 bilhões nas emendas de bancada e menos R$ 1 bilhão nas despesas discricionárias — aquelas cuja alocação depende de decisão do governo federal.

O avanço da votação do Orçamento também depende da conclusão da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que estabelece parâmetros para os gastos do ano seguinte e define o superávit necessário para manter as contas públicas equilibradas. Como 2026 será ano eleitoral, o governo busca uma margem fiscal que permita acomodar despesas obrigatórias após a aprovação da ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil.

● Debate sobre novas fontes de arrecadação

Para compensar a queda de receita gerada pela medida, o presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Renan Calheiros (MDB-AL), apresentou uma proposta que eleva a taxação aplicada a bets e fintechs. No caso das casas de apostas, a alíquota passaria de 12% para 24%, de forma escalonada entre 2026 e 2028. Já para as fintechs, a tributação subiria de 9% para 15%.

A expectativa de arrecadação é de R$ 4,98 bilhões em 2026, com potencial de atingir R$ 18,04 bilhões ao final de três anos. O texto, entretanto, permanece parado na CAE e deve ser votado nesta terça-feira (2).

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

VÍDEO – Câmeras das fardas flagram PMs furtando em megaoperação no Rio: “Pega, pô”


Câmeras corporais flagram ação ilegal de PMs durante megaoperação nos Complexos do Alemão e da Penha, no Rio, em outubro. Foto: Reprodução

Câmeras acopladas às fardas flagraram policiais militares cometendo furtos e ocultando armas durante a megaoperação nos Complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, em outubro, revelando uma série de ações ilegais registradas pelo próprio equipamento obrigatório. As imagens levaram a Corregedoria da PM a abrir investigação e prender os agentes envolvidos.

Os vídeos exibidos pelo Fantástico no último domingo (30/11) mostram o sargento Marcos Vinícius Ferreira Silva Vieira encontrando um fuzil AK-47 na cozinha de uma casa invadida por traficantes. Ele e o sargento Charles William Gomes dos Santos escondem a arma em uma mochila.

“Fodase, fecha de qualquer jeito”, diz um deles. O Ministério Público afirma que o ato configura peculato. “Eles foram denunciados por peculato”, afirmou a promotora Allana Poubel.

Além do fuzil, câmeras registraram policiais retirando peças de uma caminhonete na comunidade, como retrovisores e a tampa do motor, colocando-as dentro da viatura. “Aqui uma pecinha que eu preciso”, diz um agente em um dos vídeos.

PM do Bope também foi flagrado cometendo furtos

A Corregedoria também flagrou um policial do Bope selecionando itens para levar, como radiotransmissor e a capa de um colete à prova de balas. Um outro sargento da PM, Diogo da Silva Souza, é acusado de não entregar um fuzil encontrado após troca de tiros.

Diante dos objetos apreendidos sobre uma mesa, ele pergunta: “Vê se tem uma coisinha pra levar”. O sargento responde: “Pega, pô”. O agente do Bope, que estava sem identificação, diz que quer apenas o colete, mas no fim acaba escolhendo outro item: “O radinho também vou levar!”.

Segundo a promotora, “também é uma denúncia de furto, de peculato”, além de recusa de obediência por obstrução intencional das câmeras corporais.

Prisões

Foram presos o subtenente Marcelo Luiz do Amaral e os sargentos Eduardo de Oliveira Coutinho, Diogo da Silva Souza, Charles William Gomes dos Santos e Marcos Vinícius Ferreira Silva Vieira.

A defesa de Diogo alegou falta de fundamentação jurídica e disse que as imagens ainda precisam passar por perícia. Os demais não foram localizados.

A PM informou que todos responderão a processo administrativo disciplinar, paralelo às ações judiciais. As apurações seguem para verificar se outros agentes atuaram de forma ilegal.

“A imagem também vai servir para proteger o bom policial e expor o mau comportamento”, afirmou a porta-voz da corporação, Claudia Moraes.

Assista abaixo:

Fonte: DCM