segunda-feira, 24 de novembro de 2025

Gastos de Eduardo na Câmara, sem trabalhar nos EUA, passam de R$ 1 milhão; entenda

Eduardo Bolsonaro em evento conservador nos EUA. Foto: Bloomberg

A permanência de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos desde fevereiro não impediu que seu gabinete na Câmara dos Deputados continuasse consumindo quase a totalidade da verba destinada ao pagamento de servidores. Desde que o deputado deixou o país, em 27 de fevereiro, os salários custaram cerca de R$ 1 milhão, segundo registros oficiais da Casa.

Mensalmente, segundo levantamento feito pelo Metrópoles, o gabinete vem utilizando pouco mais de R$ 132 mil, praticamente todo o limite de R$ 133 mil autorizado.

O núcleo de funcionários conta atualmente com nove servidores, cujos vencimentos variam entre R$ 7,5 mil e R$ 23,7 mil. O mais bem remunerado é Eduardo Nonato de Oliveira, considerado homem de confiança do parlamentar.

Outro nome de peso é o ex-agente da Abin, Telmo Broetto, ex-assessor de Jair Bolsonaro, que atua como secretário parlamentar. O filho dele, o veterinário Bernardo Broetto, também foi contratado na mesma função.

Enquanto o gabinete seguia funcionando, Eduardo permanecia nos Estados Unidos articulando iniciativas com o governo estadunidense contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e contra o governo brasileiro. Em 20 de março, o deputado pediu 120 dias de licença, período em que recebeu R$ 46 mil. Após o fim da licença não remunerada, em julho, voltou a receber salário integral, somando R$ 17 mil naquele mês.

A ausência prolongada rendeu consequências. Em agosto, Eduardo foi notificado por um débito de R$ 13,9 mil relativo a faltas não justificadas em votações. A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) incluiu o nome do deputado na Dívida Ativa da União após solicitação da Câmara.

Eduardo Bolsonaro com o sheikh Khaled bin Hamad Al-Khalifa, da família real do Bahrein. Foto: reprodução
Até agora, ele acumula 46 ausências injustificadas e, se atingir um terço das sessões sem justificativa, pode ser cassado. O PL tentou nomeá-lo líder da minoria, o que impediria o registro das faltas, mas o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), rejeitou o pedido após a manifestações nas ruas que também pediram o fim da PEC da Bandidagem.

Apesar do gabinete em funcionamento, a produtividade legislativa é mínima. Eduardo registrou apenas 11 votações nominais em 2024 e um discurso no plenário. Entre suas raras manifestações formais, enviou em setembro um requerimento alegando dificuldades para acessar o sistema InfoLeg nas sessões semipresenciais.

“Por algum motivo que ainda não foi esclarecido pela Presidência da Câmara dos Deputados, pela Secretaria-Geral da Mesa e pela Diretoria de Tecnologia, não tenho conseguido completar esta operação”, escreveu.

Ao mesmo tempo, segue altamente ativo nas redes sociais. Na quinta-feira (20/11), afirmou que a redução parcial das tarifas impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros não teria relação com a diplomacia brasileira, e sim com questões internas da gestão Donald Trump. Segundo ele, o recuo atende exclusivamente a interesses domésticos diante da inflação estadunidense.

Durante sua licença, o suplente Missionário José Olímpio (PL) assumiu a vaga, mas também teve atuação discreta. Dois servidores chegaram a ser registrados em seu gabinete — entre eles, Eduardo Nonato de Oliveira, que voltou ao gabinete original após o retorno do parlamentar.

Fonte: DCM

Trama golpista: prazo para Bolsonaro e demais réus recorrerem termina nesta segunda


          O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante julgamento no STF sobre a trama golpista. Foto: Reprodução

O prazo para que a defesa de Jair Bolsonaro e dos demais réus do Julgamento do Golpe apresentem novos recursos ao Supremo Tribunal Federal (STF) termina nesta segunda-feira (24). Esta é a última oportunidade para que eles protocolem novos embargos de declaração antes que o processo avance para a fase final e a condenação se torne definitiva.

Os embargos de declaração servem para pedir esclarecimentos sobre pontos específicos da sentença, mas raramente reduzem a pena. A Primeira Turma já rejeitou a primeira leva apresentada pelas defesas. Caso queiram insistir, podem registrar os chamados “segundos embargos” até o fim do dia.

As defesas também poderiam, em tese, apresentar embargos infringentes — um tipo de recurso que busca alterar o tempo de pena. No entanto, esse instrumento só é aceito quando o réu obtém ao menos dois votos pela absolvição, o que não ocorreu com nenhum dos condenados.

O processo contra Bolsonaro e outros seis réus está na etapa final de recursos. Quando não houver mais possibilidade de contestação, a condenação — que, em termos jurídicos, “transita em julgado” — se torna definitiva e passa automaticamente para a fase de execução da pena, etapa prevista para ocorrer nos próximos dias.

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). Foto: Reprodução

Prisão preventiva não está ligada ao julgamento

Bolsonaro foi preso no sábado (22), mas não devido à condenação no Julgamento do Golpe. A prisão preventiva foi decretada porque, segundo o ministro Alexandre de Moraes, ele descumpriu regras da prisão domiciliar, medida que cumpria por ter atrapalhado o andamento do próprio processo.

A Primeira Turma condenou Bolsonaro e outros sete réus a penas que variam entre 2 e 27 anos e 3 meses de prisão. O tenente-coronel Mauro Cid, que firmou delação premiada, já cumpre pena de dois anos em regime aberto.

Entre os outros condenados, há réus presos preventivamente, como o general Walter Braga Netto, detido desde dezembro de 2024, e o deputado Alexandre Ramagem, que teve ordem de prisão decretada no último domingo (16) após deixar o Brasil em setembro.

O caso teve início com investigações da Polícia Federal concluídas em novembro de 2024. A PGR apresentou denúncia em fevereiro, e a ação penal tramitou entre março e setembro deste ano.

Com a decisão que rejeitou os primeiros embargos publicada nesta semana, abriu-se novo prazo para as defesas apresentarem recursos — prazo que agora chega ao fim. Após isso, o processo seguirá para a execução das penas.

Fonte: DCM

Viagem de bolsonaristas a El Salvador custa quase R$ 100 mil à Câmara

Parlamentares receberam mais de R$ 10 mil em diárias

     Nikolas Ferreira (Foto: Reprodução/X/@nikolas_dm)

A ida de cinco deputados bolsonaristas a El Salvador, em novembro, consumiu quase R$ 100 mil dos cofres da Câmara dos Deputados. Os parlamentares viajaram ao país governado pelo ultradireitista Nayib Bukele para acompanhar um fórum de segurança e visitar presídios locais, apresentados por setores da direita brasileira como modelo de combate a facções criminosas. As informações foram divulgadas pela coluna de Igor Gadelha, do Metrópoles, e constam no Portal da Transparência da Câmara, que detalha gastos de diárias e passagens aéreas bancadas pelo Legislativo.

Segundo os registros oficiais, o grupo gastou ao menos R$ 91,8 mil, sendo R$ 53 mil referentes ao pagamento de diárias e R$ 38,7 mil em bilhetes aéreos. Entre os parlamentares que participaram da viagem está Nikolas Ferreira (PL-MG). Também integraram a comitiva os deputados Padovani (União-PR), Delegado Marcelo Freitas (União-MG), Coronel Assis (União-MT) e Delegado Fabio Costa (PP-AL). Todos receberam quatro diárias e meia, somando cerca de R$ 10 mil cada parlamentar.

As passagens de Nikolas Ferreira e de Padovani foram as mais caras. O bilhete do deputado mineiro chegou a R$ 14.737,72, enquanto o do paranaense custou R$ 10.981,51. As demais passagens, emitidas em classe econômica, variaram em torno de R$ 4 mil.

A seguir, os valores detalhados por parlamentar:

Nikolas Ferreira (PL-MG)
• Diárias: R$ 10.515,96
• Passagem: R$ 14.737,72

Padovani (União-PR)
• Diárias: R$ 10.650,78
• Passagem: R$ 10.981,51

Delegado Marcelo Freitas (União-MG)
• Diárias: R$ 10.631,52
• Passagem: R$ 4.174,20

Coronel Assis (União-MT)
• Diárias: R$ 10.631,52
• Passagem: R$ 4.024,99

Delegado Fabio Costa (PP-AL)
• Diárias: R$ 10.631,52
• Passagem: R$ 4.847,94

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles


Foragido vindo dos EUA é preso pela Polícia Federal ao desembarcar no Galeão

Suspeito tinha mandado de prisão preventiva por organização criminosa expedido pela Justiça do Rio Grande do Sul

     Aeroporto do Galeão (Foto: Divulgação)

A Polícia Federal prendeu, na manhã de sábado (22), um homem que desembarcava no Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), no Rio de Janeiro, após um voo comercial vindo de Miami, nos Estados Unidos. A informação foi divulgada pela CNN Brasil, que apurou que o preso era considerado foragido por envolvimento com organização criminosa.

De acordo com a PF, agentes que atuavam em uma fiscalização de rotina identificaram o passageiro durante o monitoramento de viajantes com mandados de prisão em aberto. Ao consultar os dados do suspeito, os policiais confirmaram que havia contra ele uma ordem de prisão preventiva expedida pela 1ª Vara Estadual de Processos e Julgamento dos Crimes de Organização Criminosa e Lavagem de Dinheiro do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul.

⊛ Abordagem ainda no desembarque

A ação ocorreu dentro da área de desembarque internacional do aeroporto, logo após o passageiro passar pelos órgãos de controle. Segundo os agentes envolvidos, não houve resistência no momento da abordagem. O homem foi detido e conduzido pela equipe federal para a formalização dos procedimentos legais.

Após o registro da prisão e checagem documental, o suspeito foi encaminhado ao sistema prisional do Rio de Janeiro, onde permanecerá à disposição da Justiça gaúcha, responsável pelo processo.

⊛ Fiscalização ampliada em áreas de fronteira

A PF destacou que operações de identificação de foragidos em aeroportos internacionais fazem parte das rotinas de segurança e controle migratório, especialmente em voos que chegam do exterior. A estratégia busca localizar pessoas procuradas que tentam retornar ao país sem cumprir determinações judiciais.

As autoridades não divulgaram detalhes sobre o suposto esquema criminoso ao qual o detido estaria vinculado, tampouco sua identidade, preservada por causa da legislação vigente. Também não há informações, por enquanto, sobre eventual colaboração dele com investigações em andamento.

O caso segue sob responsabilidade da Justiça estadual do Rio Grande do Sul.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Sem sarro exagerado: PT orienta militância a reagir à prisão de Bolsonaro com moderação

Mensagem em grupos de WhatsApp pede abordagem sem “sarro demais”, destaque para crimes atribuídos ao ex-mandatário e evita associação ao presidente Lula

Manifestantes celebram prisão de Bolsonaro em Brasília-DF - 22/11/2025 (Foto: REUTERS/Mateus Bonomi)

Circulam em grupos de WhatsApp ligados ao PT orientações internas sobre como a militância e influenciadores devem tratar nas redes sociais a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
As informações foram publicadas pelo jornal O Globo.

Os conteúdos destacam que o tema deve ser abordado “sem tirar sarro demais” e, principalmente, sem associar a prisão ao presidente Lula. Segundo a orientação, a comunicação deve ressaltar que se trata de uma decisão das autoridades judiciais e de “a Justiça sendo feita”, rebatendo discursos de vitimização difundidos por apoiadores do ex-mandatário.

◎ Orientações sobre tom, foco e temas a reforçar

Nas mensagens encaminhadas aos grupos, administrados por militantes e influenciadores alinhados ao PT, é solicitado que as publicações destaquem “todos os crimes” atribuídos a Bolsonaro, retomando episódios marcantes de sua atuação pública. Entre os temas citados estão:

  •  Conduta durante a pandemia de Covid-19
  •  Apoio ao tarifaço anunciado pelos Estados Unidos sobre produtos americanos
  •  Acusações de que manteria “relações com milicianos” no Rio de Janeiro
  •  Conteúdos que retomam trechos do julgamento da trama golpista
  •  Imagens da tornozeleira eletrônica usada por Bolsonaro, que teria sido violada com “o ferro quente”

Há também a indicação de vídeos explicativos sobre o motivo da prisão e cards que reforçam mensagens como “bandido bom é bandido preso” e “remédio para golpista é cadeia”.

A orientação central, no entanto, é explícita: evitar a produção de memes envolvendo o presidente Lula. “A mensagem orienta os integrantes do grupo a não cair na tentação de tirar sarro demais para não contribuir com a vitimização de Bolsonaro”, diz o texto compartilhado. Também enfatiza-se que “essa é uma decisão das autoridades e órgãos da justiça brasileira”.

◎ Estratégia de comunicação ampliada

O grupo de WhatsApp que reúne militantes e influenciadores foi criado em julho, como parte de uma iniciativa do PT para divulgar a campanha pela taxação dos super-ricos. Desde então, passou a ser utilizado como espaço de coordenação comunicacional em momentos considerados estratégicos — como a reação à campanha pela soberania nacional, em resposta ao atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e, mais recentemente, no debate legislativo do PL Antifacção, aprovado na semana anterior.

A diretriz de “aproveitar o momento” para relembrar episódios envolvendo Bolsonaro também está expressa nas mensagens internas. Um dos textos afirma que o ex-presidente “não é vítima”, mas “culpado por muitos crimes que marcaram a história recente do Brasil”, mencionando o número de mortes na pandemia, casos de corrupção, rachadinhas e o alegado plano para matar o presidente Lula, o vice Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes.

◎ Reações de parlamentares da esquerda

A prisão de Bolsonaro também provocou manifestações de parlamentares de partidos de esquerda.
O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), escreveu no X que o dia seria “um grande dia”, fazendo referência à frase usada pelo próprio Bolsonaro em 2019, após a renúncia do então deputado Jean Wyllys (PSOL).

A líder do PSOL na Câmara, Talíria Petrone (RJ), afirmou que “hoje o alarme tocou diferente” e que a notícia “iluminou a manhã”.
A postagem foi replicada pelo perfil oficial do PT.

A deputada Jandira Feghali (PCdoB) declarou que a prisão “reafirma que ninguém está acima da lei” e que a democracia exige “responsabilidade, respeito às instituições e consequência para quem atentou contra elas”.

Já o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) afirmou que “ainda existem duras batalhas pela frente”, citando a necessidade de responsabilizar “os financiadores golpistas e oficiais cúmplices da tentativa de fechamento de regime”.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

STF deve manter por unanimidade a prisão de Bolsonaro nesta segunda

O ex-presidente Jair Bolsonaro em prisão domiciliar. Foto: reprodução

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal deve confirmar, por unanimidade, nesta segunda-feira (24), a decisão do ministro Alexandre de Moraes que determinou a prisão preventiva de Jair Bolsonaro (PL). Os ministros terão das 8h às 20h para votar em sessão virtual extraordinária.

O ex-presidente está detido na Superintendência da PF em Brasília desde sábado (22), e a prisão foi mantida em audiência de custódia realizada no domingo (23).

Além de Moraes, integram a Primeira Turma Flávio Dino, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin. O ministro Luiz Fux, que participou do julgamento da trama golpista, não votará porque migrou para a Segunda Turma.

Moraes ordenou a prisão de Bolsonaro após avaliar risco de fuga, citando a vigília convocada por Flávio Bolsonaro na porta do condomínio do pai e a tentativa do ex-presidente de violar a tornozeleira eletrônica, ato admitido por ele à Secretaria de Administração Penitenciária.

Na audiência de custódia, Bolsonaro atribuiu a violação à “paranoia” e “alucinação” causadas por medicação. A defesa afirmou que, apesar de ter danificado o equipamento, ele não o retirou e não pretendia fugir. Os advogados pediram nova prisão domiciliar humanitária e enviaram laudos médicos indicando que o ex-presidente apresentou “confusão mental” na primeira noite na PF. Moraes ainda analisará o pedido.

A Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal). Foto: Reprodução
A decisão da Primeira Turma não altera o cronograma da ação da trama golpista, que está em fase final. Condenado a 27 anos e 3 meses, Bolsonaro teve os primeiros embargos rejeitados, e o prazo para os chamados “embargos dos embargos” termina nesta segunda-feira.

Com base na jurisprudência, Moraes pode considerar o recurso protelatório e declarar o trânsito em julgado já a partir de terça-feira (25), transformando a prisão preventiva em definitiva.

Há juristas que defendem aguardar o prazo dos embargos infringentes, que se encerram na sexta-feira (28). Contudo, o mecanismo exige dois votos divergentes, e Bolsonaro teve apenas um — o que não impede a defesa de tentar apresentá-lo, amparada pelo regimento interno do STF.

Além de Bolsonaro, o general Braga Netto também está preso preventivamente e passaria ao cumprimento definitivo da pena com o trânsito em julgado. Outros réus do núcleo da trama golpista seguem em situações distintas: Alexandre Ramagem, que deixou o país e está na Flórida; Almir Garnier; Anderson Torres; Augusto Heleno; Paulo Sérgio Nogueira; e Mauro Cid, que não recorreu e já cumpre a pena.

Fonte: DCM

domingo, 23 de novembro de 2025

Evangélico e “comuna”: quem é o religioso que se infiltrou na vigília bolsonarista

Ismael Lopes. Foto: reprodução

A aparição do evangélico Ismael Lopes, de 34 anos, na vigília convocada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) colocou em evidência uma figura pouco conhecida do grande público, mas já ativa nos bastidores da articulação progressista dentro do universo religioso. Militante de esquerda e “comuna”, com presença constante nas redes sociais e participação em espaços institucionais do governo federal, Ismael foi o protagonista de uma confusão e agredido por bolsonaristas na noite de sábado (22).

Morador de Brasília, ele é conhecido como “Irmão Isma” no Instagram, rede em que acumula 35 mil seguidores e se apresenta como integrante do Conselho de Participação Social da Presidência da República.

Também é membro da Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito, movimento que tem histórico de diálogo com o governo Lula (PT) e que organiza eventos com a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, em diferentes estados. O rapaz já representou o coletivo em ao menos uma reunião do conselho, em dezembro de 2024.

Apesar da projeção crescente, Ismael não é pastor. Sua atuação é abertamente progressista, com forte crítica ao bolsonarismo e defesa de pautas associadas à esquerda.



Em seu Facebook, escolheu como imagem de capa uma ilustração vermelha com os rostos de pensadores comunistas, como Karl Marx, Vladimir Lênin, Joseph Stálin e Mao Tsé-Tung. Nas redes, usa o espaço para comentar política, discutir desigualdade e confrontar autoridades.

Em agosto, por exemplo, esteve em reunião com o então ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo, pasta responsável por articular o governo com movimentos sociais.

Ismael ganhou destaque recente ao criticar a megaoperação policial no Rio de Janeiro que deixou 122 mortes nos complexos da Penha e do Alemão. À época, chamou o governador Cláudio Castro de “assassino de Cristo”. Em outra publicação, defendeu que o “amor ao próximo só é possível com o ódio de classe”.

Ele escreveu: “Acreditamos que esse amor, como prática cristã, deve ser direcionado à todas e todos indiscriminadamente. Porém, como é possível amar e coadunar com um sistema que explora o trabalho e rouba a riqueza produzida pela trabalhadora e trabalhador? Deus ama a todos, mas o evangelho é para os pobres (Lucas 4:18) e para os ricos o arrependimento e o abandono de sua posição de explorador ou a danação, como canta Maria no magnificat (Lucas: 46 ao 56)”.


A decisão de discursar na vigília bolsonarista, segundo ele, não foi articulada pela Frente de Evangélicos, mas foi comunicada previamente a lideranças do movimento. Para subir ao palco, Ismael se apresentou como representante de um movimento evangélico com presença em 19 estados. Seu discurso, no entanto, rompeu completamente com o clima do evento.

Ao ler o versículo “quem cava covas por elas será engolido”, Ismael afirmou que Jair Bolsonaro deveria ser condenado pelas ações durante a pandemia de Covid-19, que resultaram na morte de 700 mil pessoas.

Imediatamente após as falas, ele foi perseguido e agredido por simpatizantes do ex-presidente, recebendo socos e pontapés. A Polícia Militar interveio com spray de pimenta e o escoltou até um carro de aplicativo. Uma das mangas de sua camisa ficou rasgada. Aos policiais, admitiu que sabia dos riscos e que seu ato foi “consciente”.

O senador Flávio Bolsonaro (PL), organizador da vigília, pediu aos presentes que não agredissem o rapaz, mas foi ignorado.

Fonte: DCM

Após flagra com celular na visita a Bolsonaro, Nikolas ataca a Globo no X: “Patéticos”


    Nikolas Ferreira e Jair Bolsonaro durante a visita domiciliar. Fotomontagem: Reprodução

Em postagem no X, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) afirmou neste domingo (23) que não foi avisado sobre a proibição de usar celular durante a visita a Jair Bolsonaro (PL). No entanto, imagens divulgadas pelo “Jornal Nacional”, da TV Globo, mostram o parlamentar utilizando o aparelho na casa do ex-presidente, que havia sido preso no sábado (22). A gravação foi feita poucas horas antes de o sistema registrar, às 00h07, a tentativa de dano à tornozeleira eletrônica usada para monitoramento.

O despacho que estabelecia as regras da prisão domiciliar era público e determinava, por ordem do ministro Alexandre de Moraes, a proibição de aparelhos eletrônicos a qualquer visitante. Mesmo assim, Nikolas alegou desconhecimento da medida e afirmou que “não houve comunicação prévia de qualquer restrição ao uso de celular”. A norma, porém, estava expressamente descrita no documento que vigorava durante todo o período da prisão domiciliar.

Além de negar a infração, Nikolas atacou a Rede Globo, dizendo que a emissora “utilizou um drone para invadir um ambiente privado, filmando sem autorização um ex-Presidente da República e um parlamentar”, classificando o registro como “violação grave de privacidade”. Nas imagens, ele aparece conversando com Bolsonaro enquanto manipula o celular com naturalidade, em claro descumprimento da ordem judicial.

O deputado ainda afirmou que “em momento algum tive qualquer intenção de descumprir decisão judicial”, tentando afastar a possibilidade de infração. A visita antecedeu a detecção de avarias na tornozeleira de Bolsonaro, que apresentou queimaduras e sinais de manipulação. Policiais penais descartaram queda acidental. Ao ser questionado, o ex-presidente afirmou que usou um ferro de solda “por curiosidade”.

A sequência de fatos reforçou a avaliação do STF sobre risco de fuga, levando à decretação da prisão preventiva de Bolsonaro. Nikolas encerrou sua nota atacando novamente a emissora, afirmando que o episódio “revela mais sobre a conduta invasiva da emissora do que sobre quem foi filmado clandestinamente” e concluiu com: “vão precisar de uma narrativa mais forte. Tentem na próxima, patéticos”.

O caso ganha ainda mais relevância porque Nikolas já havia sido citado pelo STF em agosto, quando uma videochamada feita durante um ato político foi interpretada pela Corte como tentativa de Bolsonaro de pressionar o Judiciário, contribuindo para a imposição da prisão domiciliar.

Veja o post:

Fonte: DCM

Líder do PT aciona STF contra Jair, Flávio e Eduardo Bolsonaro por tentativa de fuga


       O deputado federal (PT-RJ) Lindbergh Farias, e Jair Bolsonaro. Fotomontagem: Reprodução

O líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias, enviou ao ministro Alexandre de Moraes uma representação em que pede a ampliação das investigações envolvendo Jair Bolsonaro e seus filhos Flávio e Eduardo.

O pedido está ligado ao episódio em que o ex-presidente tentou danificar a tornozeleira eletrônica que usava por ordem do Supremo.

O documento afirma que Bolsonaro utilizou um ferro de solda para tentar comprometer o equipamento dentro de sua casa, nos dias 21 e 22 de novembro. O texto destaca que o instrumento não seria algo comum na residência e requer a apuração sobre quem o teria fornecido.

O ex-presidente admitiu o uso da ferramenta, e o derretimento da carcaça da tornozeleira aparece em vídeo. Na audiência de custódia, Bolsonaro mencionou um surto causado por medicamentos e alegou não querer fugir. A representação contesta a versão, defendendo que o ato foi intencional.

Flávio Bolsonaro durante vigília.
O pedido também menciona a convocação de uma vigília feita pelo senador Flávio Bolsonaro para a porta do condomínio onde o pai estava em prisão domiciliar. A presença de apoiadores teria provocado confusão e hostilidades, entre elas a agressão a um pastor que foi ao local para orar. O texto sustenta que a movimentação poderia ter ajudado a criar dificuldades para a fiscalização de agentes públicos.

Outro ponto citado é uma declaração do deputado Eduardo Bolsonaro, feita após o episódio, em que defendeu que investigados do 8 de janeiro deveriam fugir de penas que considerasse injustas. Para o PT, a manifestação reforça a necessidade de investigar possível incentivo à desobediência de decisões judiciais.

A representação solicita apreensão imediata do ferro de solda, análise de imagens do condomínio, identificação de visitantes e aprofundamento das diligências pela Polícia Federal. O deputado pede que a investigação seja tratada de forma conectada ao Inquérito 4.995, que trata da articulação golpista investigada pelo STF.

Fonte: DCM

Erika Hilton aciona STF e acusa Nikolas Ferreira de descumprir ordem judicial


O encontro ocorreu na sexta-feira (21), poucas horas antes da tentativa de violação da tornozeleira eletrônica que levou à prisão preventiva de Bolsonaro

      Erika Hilton (Foto: ViniLoures / Agência Câmara)

A deputada federal Erika Hilton (PT-SP) protocolou uma notícia-crime no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), após imagens exibidas pelo “Jornal Nacional”, da TV Globo, mostrarem o parlamentar utilizando um celular durante visita ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O encontro ocorreu na sexta-feira (21), poucas horas antes da tentativa de violação da tornozeleira eletrônica que levou à prisão preventiva do ex-presidente no sábado (22).

As imagens registradas por drone mostram Nikolas conversando com Bolsonaro na área externa da residência onde o ex-presidente cumpria prisão domiciliar, usando seu celular de forma aparente e contínua. A conduta contraria determinação do ministro Alexandre de Moraes, que havia proibido visitantes de utilizarem aparelhos de comunicação durante o período de monitoramento.

Em manifestação pública, Erika Hilton afirmou: “Acabo de enviar ao ministro Alexandre de Moraes uma notícia-crime contra Nikolas Ferreira. Segundo imagens de drone da Globo, o deputado usou celular junto com Bolsonaro durante visita ao ex-presidente, atual presidiário, na VÉSPERA da tentar de arrancar a tornozeleira eletrônica e da decretação da sua prisão preventiva por risco concreto de fuga.”

A parlamentar sustenta que o ato pode indicar envolvimento ou incentivo a uma tentativa de evasão. Na mesma declaração, destacou: “A conduta descumpre ordem judicial e aponta para possível instigação ou auxílio ao plano de evasão. Por isso, também solicitei a busca e apreensão do celular de Nikolas, para impedir destruição de provas e garantir rigor na investigação.”

Erika Hilton ainda criticou a postura do deputado mineiro, afirmando: “As medidas da Justiça não podem ser descumpridas por interesses politiqueiros desse projeto autoritário fantasiado de parlamentar.”

Segundo o Jornal Nacional, a visita de Nikolas Ferreira ocorreu horas antes de o sistema de monitoramento detectar a violação da tornozeleira às 00h07 de sábado (22). O alerta acionou a equipe responsável pela segurança e escolta do ex-presidente no condomínio em que ele estava.

O episódio se soma a um histórico recente envolvendo o parlamentar. Em agosto, durante um ato da extrema-direita, Nikolas realizou uma videochamada com Bolsonaro, gesto que, segundo Moraes, configurou tentativa de coagir o Judiciário e interferir no cumprimento das medidas impostas ao ex-presidente — episódio que contribuiu para a determinação da prisão domiciliar.

Com a notícia-crime apresentada, caberá ao ministro Alexandre de Moraes avaliar a abertura de investigação e decidir sobre o pedido de apreensão do celular do deputado. Até o momento, não houve manifestação pública de Nikolas Ferreira sobre o caso.


Fonte: Brasil 247

Mulher de Ramagem se manifesta nos EUA após prisão preventiva decretada pelo STF

Alexandre Ramagem, a esposa Renata e a família ao chegar aos Estados Unidos. Fotomontagem: Reprodução/Redes sociais

A delegada Rebeca Ramagem comentou pela primeira vez, já nos Estados Unidos, a viagem feita por ela com o marido Alexandre Ramagem e as filhas. A família desembarcou no país há cerca de uma semana, após o parlamentar deixar o Brasil sem comunicar as autoridades competentes.

A manifestação ocorre após o ministro Alexandre de Moraes decretar a prisão preventiva do deputado, condenado pelo Supremo Tribunal Federal a 16 anos e um mês por envolvimento na trama golpista. Imagens publicadas nas redes sociais mostraram o reencontro da família no aeroporto americano.

Nas publicações, Rebeca afirmou que a mudança foi motivada pelo que chama de “perseguição política desumana”. Segundo ela, a decisão de seguir para o exterior teve como foco a proteção das filhas e a manutenção da unidade familiar em meio às investigações que atingem o marido.

Ela relatou que já não vê no Brasil a garantia de uma justiça imparcial e disse considerar a família vítima de lawfare. Mesmo assim, afirmou que todos estão dispostos a reconstruir a trajetória em outro país e iniciar uma nova fase.

A delegada também mencionou a possibilidade de retornar ao Brasil no futuro. Declarou que espera voltar a um ambiente onde divergências políticas não sejam tratadas como crime e onde a liberdade de expressão seja preservada.

Rebeca destacou ainda que, mesmo fora do país, pretende continuar defendendo os valores que acredita. Para ela, a mudança não interrompe o engajamento político da família, especialmente no que diz respeito ao Rio de Janeiro.

Alexandre Ramagem, que está licenciado do mandato para tratamento de saúde, encontra-se em Miami. A Polícia Federal apura como ocorreu sua saída do Brasil e investiga se ele deixou o território nacional por via terrestre a partir de Roraima.

Na decisão que resultou na prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro, Moraes também citou Ramagem, Eduardo Bolsonaro e Carla Zambelli. Segundo o ministro, todos teriam recorrido à fuga para evitar a aplicação da lei penal. Eduardo permanece nos Estados Unidos em autoexílio e Zambelli segue detida na Itália à espera de extradição.

Fonte: DCM

VÍDEO: Nikolas desrespeita STF e usa celular na casa de Bolsonaro antes da prisão


      Nikolas usando celular durante visita a Bolsonaro. Foto: reprodução

Imagens exibidas pelo “Jornal Nacional”, da TV Globo, mostram que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), preso no último sábado (22), recebeu o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), que desrespeitou as regras da visita poucas horas antes de tentar violar a tornozeleira eletrônica usada para monitorá-lo.

As gravações mostram que o parlamentar utilizou o celular na área externa da residência, contrariando decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que havia proibido o uso de aparelhos de comunicação por visitantes do ex-presidente durante a prisão domiciliar.

Nas imagens, é possível ver Bolsonaro e o deputado conversando na área externa da casa na sexta-feira (21). Durante o diálogo, Nikolas usa tranquilamente o seu celular.

Vale lembrar que o parlamentar, com seu celular, também foi fundamental para a determinação de prisão domiciliar do ex-presidente em agosto. Na ocasião, durante um ato da extrema-direita, Nikolas fez uma videochamada com Bolsonaro, em um claro objetivo de coagir o Judiciário e obstruir a Justiça, segundo o ministro.

A visita ocorreu antes da violação da tornozeleira, detectada pelo sistema de monitoramento às 00h07 do sábado. O equipamento acionou imediatamente a equipe de policiais penais responsáveis pela escolta do ex-presidente no condomínio onde ele cumpria prisão domiciliar.


O relatório da Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal confirma o dano ao equipamento. A policial penal Rita Gaio relatou que, ao verificar a tornozeleira, encontrou “sinais claros e importantes de avaria” e “marcas de queimadura em toda sua circunferência, no local de encaixe/fechamento do case”.

Ao ser questionado sobre o que havia ocorrido, Bolsonaro admitiu: “meti ferro quente aí (no case da tornozeleira). Curiosidade. (…) Ferro de solda”. Ele acrescentou: “não rompi a pulseira, não. Está tranquilo aí”.

O relatório também registra que a informação inicial passada pela equipe de escolta era de que o ex-presidente teria batido o dispositivo na escada, hipótese descartada pela análise técnica. A tornozeleira danificada foi substituída por outro equipamento, e o dispositivo avariado foi encaminhado para perícia.

Outra parte crucial da investigação envolve o contexto político do episódio. De acordo com o STF, o ex-presidente tentava fugir durante a confusão provocada pela vigília convocada por Flávio Bolsonaro (PL-RJ), marcada para este sábado em frente ao condomínio onde o pai vivia.

Moraes afirmou que a convocação indicava a possível utilização de apoiadores para obstruir as medidas de fiscalização impostas pela prisão domiciliar.

Bolsonaro foi preso preventivamente após Moraes apontar “elevado risco de fuga” e registrar que, às 00h08, houve tentativa de rompimento deliberado da tornozeleira. Na decisão, o ministro escreveu: “A informação constata a intenção do condenado de romper a tornozeleira eletrônica para garantir êxito em sua fuga, facilitada pela confusão causada pela manifestação convocada por seu filho”.

O ministro também mencionou que a estratégia era compatível com o “modus operandi da organização criminosa liderada pelo referido réu”, que, segundo a decisão, historicamente se apoia em mobilizações populares para pressionar instituições e buscar vantagens pessoais.

A vigília convocada por Flávio Bolsonaro foi apresentada como um ato religioso pela “saúde” do ex-presidente e pela “liberdade do Brasil”, mas foi interpretada pela PF e pelo Supremo como um risco à ordem pública.

Fonte: DCM

Exame em Bolsonaro constata bom estado de saúde e contradiz defesa

Advogados solicitaram novamente, neste domingo (23), o benefício da "prisão domiciliar humanitária" a Bolsonaro

      Jair Bolsonaro - 18/07/2025 (Foto: REUTERS/Mateus Bonomi)

O ex-presidente Jair Bolsonaro passou por um exame de corpo de delito após ser preso e apresentou um bom estado de saúde, sem soluços, de acordo com o site R7.

Ainda segundo a reportagem, o ex-presidente realizou o exame, que é padrão, para atestar sua saúde física e mental antes de ser preso.

Os advogados de Bolsonaro alegam que o ex-mandatário estaria com a saúde debilitada para tentar converter sua pena em prisão domiciliar. A defesa solicitou novamente, neste domingo (23), o benefício da "prisão domiciliar humanitária" a Bolsonaro.

Bolsonaro foi preso em caráter preventivo no sábado (22) após violar sua tornozeleira eletrônica. Ele foi condenado a mais de 27 anos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no caso da trama golpista.

Fonte: Brasil 247 com informações do portal R7