O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está em Nova York, onde nesta terça-feira, 23 de setembro, abrirá a Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU). Mesmo em viagem oficial, ele se manifestou neste domingo (21) sobre os protestos que tomaram diversas cidades do Brasil contra a PEC da Blindagem e o projeto de anistia.
Em publicação no X, Lula afirmou estar ao lado dos manifestantes que ocuparam ruas e avenidas em capitais como São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Brasília, Belo Horizonte, Teresina, Maceió e Natal. “Estou do lado do povo brasileiro. As manifestações de hoje demonstram que a população não quer a impunidade, nem a anistia. O Congresso Nacional deve se concentrar em medidas que tragam benefícios para o povo brasileiro”, escreveu.
As declarações do presidente foram feitas no mesmo dia em que a Avenida Paulista, em São Paulo, registrou a maior mobilização contra a PEC da Blindagem desde o início da tramitação da proposta. Segundo levantamento do Monitor do Debate Político da USP em parceria com a ONG More in Common, 42,4 mil pessoas participaram do ato.
A mobilização, que também ocorreu em várias capitais, reuniu artistas, parlamentares e movimentos sociais. Os atos foram marcados por músicas, discursos e faixas contrárias à anistia dos golpistas de 8 de janeiro e às tentativas de ampliar a blindagem de parlamentares.
A PEC da Blindagem, já aprovada na Câmara dos Deputados, é criticada por dificultar a abertura de processos judiciais contra parlamentares. Já o projeto de anistia pode reduzir ou perdoar penas de envolvidos nos ataques contra a democracia.
Para Lula, as manifestações mostram que a sociedade rejeita qualquer tentativa de impunidade. O presidente reforçou que o Congresso deve priorizar temas ligados à melhoria das condições de vida da população, em vez de projetos que favoreçam políticos investigados.
O posicionamento do presidente acontece às vésperas de seu discurso na ONU. Lula deve abordar temas como desigualdade social, meio ambiente, desenvolvimento sustentável e o fortalecimento da democracia.
A manifestação pública de apoio aos protestos amplia a pressão sobre o Congresso, que nesta semana deve dar continuidade às discussões sobre a anistia e a PEC da Blindagem.
Fonte: DCM
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