segunda-feira, 22 de setembro de 2025

Esquerda vê recado das ruas a Hugo Motta após manifestações


Ato na paulista contra PEC da Blindagem e 6×1. Imagem: reprodução

Líderes de esquerda avaliaram que as manifestações realizadas neste domingo (21) na Avenida Paulista e em outras capitais reforçam a pressão sobre o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). De acordo com o Painel, da Folha de S.Paulo, eles consideram que a dimensão dos atos cria um ambiente político favorável para que temas de interesse do governo avancem no Congresso já nesta semana.

“Queremos impor uma agenda que nos interessa, uma agenda popular, de interesse direto do povo”, afirmou o presidente do PT, Edinho Silva, ao destacar que as ruas enviaram um recado claro à Câmara. Para Guilherme Boulos (PSOL-SP), “é impossível Hugo Motta ver isso e não entender o que isso representa e o recado que isso manda”.

A leitura de governistas é que Motta, após aprovar a PEC da Blindagem em benefício do centrão e dar andamento à urgência da anistia para golpistas de 8 de janeiro, em aceno à base bolsonarista, não terá como deixar de atender também às pautas do governo.

Bandeira brasileira aberta durante ato contra anistia na Av. Paulista. Reprodução

Entre as prioridades da esquerda estão a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, a PEC da Segurança Pública e o fim da escala 6×1. Essas propostas foram citadas como urgentes para a base aliada e ganharam ainda mais peso diante da mobilização popular.

No ato da Paulista, Hugo Motta foi um dos principais alvos. Manifestantes exibiram cartazes e entoaram palavras de ordem chamando o presidente da Câmara de “inimigo do povo”. A percepção entre aliados do governo é de que, além da pressão institucional, a rejeição explícita nas ruas pode afetar pessoalmente a condução política de Motta.

Edinho Silva, presidente do PT, durante seu discurso no ato da Av. Paulista. Reprodução site PT.org

A expectativa é de que a agenda do governo ganhe espaço na Câmara ainda nesta semana. Governistas apostam que o desgaste de Motta diante da opinião pública, somado à dimensão das manifestações, pode mudar a correlação de forças em Brasília e abrir caminho para que projetos de interesse direto da população avancem.

Fonte: DCM com informações da Folha de S. Paulo

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