segunda-feira, 21 de julho de 2025

Barroso, presidente do STF, se torna o novo alvo preferencial do bolsonarismo

Bolsonaristas intensificam campanha nos Estados Unidos contra ministros do Supremo e celebram possíveis sanções com apoio do presidente Donald Trump

Luís Roberto Barroso (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Bolsonaristas ampliaram seus ataques ao Supremo Tribunal Federal, colocando o presidente da corte, Luís Roberto Barroso, como novo alvo prioritário. A movimentação foi revelada em reportagem da Folha de S.Paulo e ocorre após o governo dos Estados Unidos, sob comando do presidente Donald Trump, revogar vistos de ministros do STF e seus familiares. A investida ganhou força após novas operações da Polícia Federal contra Jair Bolsonaro e decisões judiciais que atingiram diretamente o ex-presidente.

A ofensiva é liderada nos Estados Unidos pelo deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e pelo comentarista Paulo Figueiredo, neto do último presidente da ditadura militar, João Figueiredo. Em suas redes sociais, Eduardo comemorou abertamente as sanções aplicadas, além de prometer mais ações vindas do governo Trump. “Glória a Deus pela arrogância de meus adversários, ela liberou o caminho para que nós pudéssemos trabalhar sem obstáculos”, escreveu na sexta-feira (18), completando: “E anotem: ESTE É SÓ O COMEÇO!”.

★ Eduardo Bolsonaro celebra retaliações contra ministros do Supremo

As manifestações de Eduardo Bolsonaro surgiram após uma semana marcada pela intensificação da ofensiva contra o STF. Na sexta-feira, a Polícia Federal cumpriu mandados de busca na casa de Jair Bolsonaro, e o ministro Alexandre de Moraes determinou o uso de tornozeleira eletrônica contra o ex-presidente. Coincidentemente, no mesmo dia, o governo dos Estados Unidos anunciou a revogação de vistos de ministros da Suprema Corte, o que foi tratado como vitória pessoal por Eduardo Bolsonaro. “Quem diria que o fritador de hambúrguer seria recebido [no Departamento de Estado dos EUA] e a embaixadora do Brasil não?”, provocou em publicação no sábado (19), fazendo referência à tentativa frustrada de ser indicado embaixador em Washington.

Eduardo ainda insinuou que novas medidas podem ser aplicadas: “Ainda há muito por vir”, afirmou. Em outra publicação, ironizou a decisão judicial contra Bolsonaro, dizendo: “Sem sinal de GPS funcionariam as tornozeleiras eletrônicas?”, referindo-se à possibilidade de sanções tecnológicas que possam impactar o funcionamento de satélites.

Em entrevista à CNN Brasil, o deputado licenciado foi mais direto: “Espero que Deus ilumine a cabeça das autoridades brasileiras, principalmente da elite econômica, que tem muito poder, para que façam pressão nas pessoas corretas, notoriamente Alexandre de Moraes, e a gente consiga mudar esse cenário atual”, declarou. E finalizou: “Dos Estados Unidos, não falo em nome de ninguém, mas posso garantir: não haverá recuo. Se tudo der errado, pelo menos, nós estaremos vingados”.

★ STF desmente fake news sobre filha de Barroso

Barroso tornou-se também alvo de fake news, com a circulação de informações falsas sobre sua filha. Postagens nas redes afirmavam que Luna van Brussel Barroso moraria nos Estados Unidos e poderia ser deportada. O Supremo Tribunal Federal emitiu nota oficial desmentindo: “É falsa a informação publicada em blogs e redes sociais sobre a filha do ministro presidente do STF, Luís Roberto Barroso, estudar e advogar nos Estados Unidos. Também é mentira que ela será deportada. A única filha de Barroso mora no Brasil”.

Durante o mês, Barroso esteve em Miami em viagem particular, cuja entrada foi monitorada pelas autoridades americanas, segundo fontes ouvidas pela reportagem. Nem o ministro nem o STF comentaram oficialmente as revogações de visto determinadas pelo governo norte-americano.

★ Paulo Figueiredo cita Lei Magnitsky e prevê mais retaliações

Paulo Figueiredo, que apareceu ao lado de Eduardo em frente ao Departamento de Estado, também indicou que novas sanções podem ser anunciadas. “É bastante seguro afirmar que esse é só o começo. As coisas que eu tenho ouvido são assustadoras”, disse em vídeo nas redes. Ele ainda mencionou a possibilidade de uso da Lei Magnitsky, legislação que permite punições unilaterais a estrangeiros acusados de corrupção ou de violar direitos humanos, como base jurídica para futuras ações contra ministros brasileiros.

Apesar da retórica agressiva, Figueiredo se distanciou dos ataques a familiares. “Quero deixar claro aqui que reprovo a postagem de fotos dos filhos do Barroso”, afirmou. Mas reconheceu que “infelizmente, terão sim seus vistos cassados, mas não por culpa deles”.

★ Críticas à direita e ameaça de novas punições

A mobilização nos Estados Unidos não se limitou ao STF. Eduardo e Figueiredo também atacaram lideranças da direita brasileira, criticando a falta de apoio explícito a Bolsonaro. Foram alvos o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o senador Hamilton Mourão, o deputado Nikolas Ferreira e outros governadores conservadores. Paulo Figueiredo ainda sugeriu que os presidentes da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre, poderiam ser sancionados em breve, segundo ele, poupados momentaneamente por intervenção direta de Eduardo Bolsonaro. “Todos terão a oportunidade de fazer a coisa certa e uma última chance de escolher o lado do Brasil ou o lado do Alexandre. Com a escolha, virão as consequências”, afirmou.

★ Departamento de Estado não confirma detalhes das sanções

O governo americano, por meio do Departamento de Estado, não se manifestou sobre o alcance das sanções. Não há confirmação sobre deportações de familiares, nem lista oficial dos atingidos. Relatos provenientes de aliados bolsonaristas indicam que apenas três ministros do Supremo teriam sido poupados: Kássio Nunes Marques, André Mendonça e Luiz Fux. Esses nomes constariam em relatórios entregues por bolsonaristas às autoridades dos Estados Unidos.

Até mesmo o ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, foi citado em documentos como aliado de Alexandre de Moraes e possível alvo de futuras sanções.

A escalada promovida pelo bolsonarismo indica uma estratégia coordenada para internacionalizar a pressão contra o Supremo Tribunal Federal, tendo como aliado o governo do presidente Donald Trump.

Fonte: Brasil 247 com reportagem da Folha de S. Paulo

Lula lamenta morte de Preta Gil: “extremamente querida e admirada”


Presidente prestou solidariedade a Gilberto Gil e à família da artista, destacando seu talento, generosidade e força durante o tratamento contra o câncer

     Preta Gil (Foto: Reprodução/Instagram)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva usou as redes sociais na noite deste domingo (20) para manifestar pesar pela morte da cantora e empresária Preta Gil, vítima de câncer aos 50 anos. A informação foi publicada originalmente no perfil oficial do presidente na plataforma X (antigo Twitter).

“Estou profundamente triste em saber que Preta Gil nos deixou nesta noite de domingo”, escreveu o presidente em sua conta. Na mensagem, Lula exaltou a trajetória da artista, destacando sua força e seu otimismo mesmo durante os períodos mais duros de sua luta contra a doença. “Preta seguiu espalhando a alegria de viver mesmo nos momentos mais difíceis de seu tratamento”, declarou.

O presidente também fez questão de lembrar o carinho do público e o legado cultural deixado pela artista. “Preta era uma pessoa extremamente querida e admirada pelo público e pelas pessoas que tiveram a felicidade de conviver com ela. Os palcos e os carnavais que ela tanto animou sentirão sua falta.”

Lula relatou ainda ter ligado pessoalmente para o músico Gilberto Gil e sua esposa, Flora Gil, pais de Preta, com o objetivo de prestar condolências. “Assim que soube da triste notícia, liguei para o companheiro Gilberto Gil e para Flora para confortá-los nesse momento de dor.”

O presidente finalizou a nota com uma homenagem à família da cantora. “À toda a família de Preta, Sandra, o filho Francisco e à neta Sol de Maria, quero deixar um abraço amigo e carinhoso. Que o amor que Preta compartilhou em sua vida siga acalentando os seus corações – e os corações de todas as pessoas que tanto a admiravam.”

Fonte: Brasil 247

Lula participa hoje de cúpula no Chile em defesa da democracia

Diante da ofensiva de Trump contra o Brasil, o encontro no Chile adquire um caráter ainda mais estratégico para o governo Lula

     Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participa nesta segunda-feira (21), em Santiago, no Chile, de uma cúpula internacional que reúne líderes progressistas da América Latina e da Europa para debater a defesa da democracia, o combate à desinformação e a redução das desigualdades sociais. O encontro conta com a presença de Gabriel Boric (Chile), Pedro Sánchez (Espanha), Gustavo Petro (Colômbia) e Yamandú Orsi (Uruguai), e representa um esforço conjunto de países comprometidos com o multilateralismo e a justiça social.

A reunião dá continuidade à iniciativa "Em DEfesa da Democracia", lançada recentemente, e tem como eixos principais o fortalecimento das instituições democráticas, o enfrentamento das fake news e a regulação das tecnologias emergentes. Além dos compromissos diplomáticos, a agenda também inclui um almoço oficial na chancelaria chilena e um encontro com representantes da sociedade civil organizada.

O evento acontece em meio à crescente tensão diplomática entre o Brasil e os Estados Unidos. No dia 9 de julho, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou tarifas de 50% sobre produtos brasileiros exportados para o mercado norte-americano. Trata-se da taxa mais alta entre mais de 20 países atingidos pelas novas barreiras comerciais, que passam a vigorar a partir de 1º de agosto.

A decisão de Trump repercutiu de forma contundente em Brasília. Em pronunciamento em rede nacional na última quinta-feira (17), Lula condenou as medidas adotadas por Washington e classificou a decisão como "chantagem inaceitável". O presidente brasileiro também aproveitou a ocasião para criticar duramente setores políticos internos que, segundo ele, apoiam as imposições unilaterais da Casa Branca: “Traidores da pátria não vacilam em aplaudir quem agride o Brasil”, declarou.

A expectativa é que o tema das tarifas comerciais impostas por Trump ganhe espaço nos bastidores e nas falas oficiais da cúpula em Santiago. A reação coordenada dos países participantes poderá influenciar futuras negociações multilaterais, sobretudo no campo da diplomacia econômica e da governança global.

Além disso, os líderes pretendem elaborar propostas que serão levadas para o próximo grande encontro do grupo, previsto para acontecer durante a Assembleia Geral das Nações Unidas, em setembro, em Nova York. O objetivo é apresentar uma frente ampla de resistência às ameaças autoritárias e às políticas unilaterais que comprometem a ordem internacional baseada na cooperação entre os povos.

Com o acirramento da retórica antibrasileira por parte do governo norte-americano e os ataques ao Supremo Tribunal Federal por figuras próximas a Trump, o encontro no Chile adquire um caráter ainda mais estratégico para o governo Lula. O Brasil busca reafirmar sua posição em favor do diálogo, da paz e da soberania dos países do Sul Global.

A presença de lideranças como Boric, Petro e Sánchez reforça o alinhamento entre os governos progressistas da região, que enxergam a defesa da democracia não apenas como um princípio institucional, mas como uma agenda concreta de enfrentamento às desigualdades e de promoção dos direitos sociais. Nesse contexto, o evento em Santiago se projeta como um importante fórum de articulação política em meio a um cenário internacional marcado por tensões comerciais, polarização ideológica e desafios globais compartilhados.

Fonte: Brasil 247

Quaest: Trabalho do Congresso é reprovado por mais da metade dos brasileiros

 

Parlamentares no plenário do Congresso Nacional. Foto: Pedro França/Agência Senado

A mais recente pesquisa Genial/Quaest revela o baixo prestígio do Congresso Nacional. O levantamento perguntou: “Você aprova ou desaprova o trabalho que o Congresso Nacional vem fazendo?” A maioria dos brasileiros (51%) declarou desaprovar, enquanto 42% aprovam o desempenho dos parlamentares. Outros 7% não souberam ou preferiram não responder.

A desaprovação é mais acentuada entre os homens (55%), pessoas com ensino superior completo (59%) e quem possui renda familiar superior a cinco salários mínimos (60%).

Entre aqueles com renda de até dois salários mínimos, o cenário se inverte: 47% aprovam o Congresso, superando os 44% que desaprovam.

Davi Alcolumbre, presidente do Senado, e Hugo Motta, da Câmara dos Deputados. Foto: reprodução

O dado mostra um recorte relevante de percepção sobre o Legislativo conforme escolaridade, gênero e renda.

O resultado confirma a avaliação persistente de descrédito do Parlamento, especialmente entre as camadas mais instruídas e de maior poder aquisitivo. A pesquisa amplia o diagnóstico sobre o desafio de reconectar o Congresso com a população, sobretudo diante das sucessivas crises políticas que o país atravessa.

A pesquisa foi realizada presencialmente com 2.004 entrevistados em todo o país entre os dias 10 e 14 de julho.

Fonte: DCM

Desconto do IPI: os 3 carros mais vantajosos para comprar agora


      Hyundai HB20 Comfort – Foto: Reprodução

O programa “Carro Sustentável”, do Governo Federal, zerou a alíquota do IPI para veículos com critérios técnicos e ambientais específicos, o que reduziu os preços de modelos de entrada com motor 1.0. Algumas montadoras aplicaram descontos extras, ampliando os benefícios. Três modelos se destacam: o Volkswagen Polo Track, agora vendido por R$ 84.445; o Hyundai HB20 Comfort, por R$ 83.990; e o Fiat Argo Drive, por R$ 86.990.

O Polo Track teve corte de R$ 11.345 e vem com direção elétrica, ar-condicionado, vidros dianteiros elétricos, airbags frontais e laterais e motor 1.0 MPI de 84 cv. O HB20 Comfort ficou R$ 11.980 mais barato e é o único da lista com seis airbags de série, além de oferecer central multimídia, sensor crepuscular e motor 1.0 de até 80 cv. Já o Argo Drive, com redução de R$ 8 mil, traz multimídia de 7″, controles de tração e estabilidade e motor 1.0 Firefly de até 75 cv.

A isenção do IPI representa cerca de 5,27% do valor do veículo, mas pode variar conforme a política de cada montadora. Para se enquadrar, o carro precisa ter até 115 cv, bom desempenho energético, itens de segurança e índice mínimo de reciclabilidade. Os três modelos atendem às exigências e estão entre os mais acessíveis com o novo incentivo.

Fonte: DCM

Carros mais vendidos em junho: veja os líderes por estado

Volkswagen T-Cross – Foto: Reprodução

O ranking de carros mais vendidos em junho revelou diferenças marcantes entre os estados brasileiros. Embora o Volkswagen Polo tenha sido o modelo com mais emplacamentos no país, ele liderou apenas em São Paulo e Alagoas. Já a Fiat Strada ficou no topo em 13 estados, especialmente no Norte e Nordeste, consolidando-se como a picape mais procurada do país. Modelos como Hyundai HB20, Honda HR-V e VW T-Cross também apareceram com força em mercados regionais específicos.

No Sul, o comportamento foi distinto. No Paraná, o Renault Kwid ficou à frente do Polo e da Strada. No Rio Grande do Sul, o VW T-Cross foi o mais vendido, enquanto em Santa Catarina o Jeep Compass liderou. No Sudeste, o destaque foi o HR-V no Rio de Janeiro e o domínio do HB20 em Minas Gerais. Já no Centro-Oeste, o GWM Haval H6 surpreendeu ao liderar no Distrito Federal, enquanto a Hilux e a Strada seguiram fortes em Goiás e Mato Grosso. No Norte, as picapes dominaram, mas o Amapá teve o elétrico BYD Dolphin Mini entre os mais vendidos.

O levantamento também mostra o crescimento pontual dos veículos elétricos e o impacto das vendas para locadoras, que explicam o alto volume de modelos como HB20 e Argo em estados como Minas Gerais. A presença de SUVs compactos e a preferência por picapes em áreas rurais seguem como tendências regionais.

Fonte: DCM

Os quatro crimes que colocam Eduardo Bolsonaro na mira do STF

 

Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Foto: Reprodução

Eduardo Bolsonaro (PL-SP) é investigado no Supremo Tribunal Federal (STF) por sua atuação nos Estados Unidos, onde está desde março pressionando o governo de Donald Trump por sanções contra autoridades brasileiras.

Segundo o “bananinha”, a iniciativa busca pressionar o Judiciário brasileiro por anistia aos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro, o que inclui seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), réu por tentativa de golpe.

O inquérito foi aberto em maio, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que aponta possíveis crimes cometidos por Eduardo no exterior: coação no curso do processo, obstrução de investigação de infração penal que envolva organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e atentado à soberania.

A representação afirma que a “tentativa de submeter o funcionamento do STF ao crivo de outro Estado caracteriza atentado à soberania nacional”. No último sábado (19), o ministro Alexandre de Moraes afirmou que Eduardo “intensificou as condutas ilícitas” após medidas cautelares contra seu pai.

Cartão corporativo bancou ida ao casamento de Eduardo Bolsonaro
Eduardo e Jair Bolsonaro. Foto: Reprodução

A atuação internacional do filho do ex-capitão coincide com as sanções impostas pelos EUA a Moraes e a outros ministros do STF, além de uma tarifa extra sobre produtos brasileiros. Especialistas ouvidos pela Folha de S.Paulo avaliam que o comportamento pode não apenas configurar crimes, mas também justificar pedido de cassação por descumprir o dever parlamentar de defender o interesse público e a soberania nacional.

Veja a seguir os quatro crimes citados no inquérito contra Eduardo Bolsonaro:

1. Coação no curso do processo

O artigo 344 do Código Penal trata da coação de autoridades ou partes envolvidas em processos judiciais, administrativos ou policiais por meio de violência ou grave ameaça. A PGR afirma que o filho “03” de Bolsonaro promove sanções contra autoridades ligadas ao julgamento de seu pai.

Especialistas, no entanto, avaliam que o enquadramento é difícil, já que o artigo trata de ameaças diretas, como destaca Thiago Bottino, da FGV. A pena prevista é de 1 a 4 anos de prisão e multa.

2. Obstrução de investigação de organização criminosa

A Lei nº 12.850/2013 pune com reclusão de 3 a 8 anos quem impedir ou dificultar a investigação de organização criminosa. Segundo a PGR, Eduardo tenta barrar a apuração dos ataques de 8 de janeiro ao condicionar o fim das sanções dos EUA à concessão de anistia aos golpistas. A pena pode ser somada a outras sanções previstas.

3. Abolição violenta do Estado Democrático de Direito

O artigo 359-L do Código Penal prevê pena de 4 a 8 anos de prisão para quem tenta, com violência ou grave ameaça, abolir o Estado democrático ou restringir o exercício dos poderes. Há divergências sobre o enquadramento.

Parte dos especialistas considera que não há violência, mas outros, como Marcelo Crespo (ESPM) e Davi Tangerino (Uerj), veem possibilidade de responsabilização. Tangerino afirma que há uma “invasão do Estado democrático” quando Eduardo condiciona as sanções à interferência do presidente Lula (PT) sobre o Legislativo e o Judiciário.

4. Atentado à soberania

Esse crime está no artigo 359-I do Código Penal e trata de negociações com governos estrangeiros com o objetivo de provocar atos de guerra contra o país. A pena é de 3 a 8 anos de reclusão. Para juristas, é o tipo penal mais difícil de aplicar no caso, por exigir ações com características militares.

Crespo destaca que tanto esse quanto o crime de abolição do Estado democrático são recentes na legislação, o que amplia o desafio do Judiciário para avaliar condutas como a de Eduardo Bolsonaro.

Fonte: DCM com informações da Folha de S. Paulo

Moraes veta contato de Bolsonaro com 191 pessoas; veja quem está na lista

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) – Foto: Reprodução

Jair Bolsonaro (PL), por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, está proibido de se comunicar com 191 pessoas.

A decisão, tomada no âmbito de investigações sobre a tentativa de golpe de Estado, também veta qualquer contato com essas pessoas “por intermédio de terceiros” e com “quaisquer autoridades estrangeiras”. A lista de restrições inclui desde aliados políticos até embaixadores.

A medida cautelar foi imposta na sexta-feira (18), junto com a obrigatoriedade do uso de tornozeleira eletrônica. Bolsonaro não pode sair de casa entre 19h e 6h durante a semana, e está impedido de circular em fins de semana e feriados. Ele também deve manter uma distância mínima de 200 metros de qualquer embaixada e está proibido de usar redes sociais, direta ou indiretamente.

Entre os nomes listados estão Eduardo Bolsonaro, Mauro Cid, Braga Netto, Ramagem e outros aliados próximos do ex-presidente, todos investigados em diferentes ações penais e inquéritos relacionados à tentativa de subverter o Estado Democrático de Direito.

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro – Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Ao todo, as restrições envolvem os alvos das ações penais 2.668, 2.693, 2.694, 2.695, do inquérito 4.995 e da petição 12.100.

A justificativa para as restrições incluiu o risco de fuga por parte do ex-chefe de Estado. O levantamento foi feito pelo Metrópoles.

Ação Penal 2668

  • Alexandre Ramagem
  • Almir Garnier
  • Anderson Torres
  • Augusto Heleno
  • Mauro Cid
  • Paulo Sérgio Nogueira
  • Walter Braga Netto

Ação Penal 2693

  • Fernando de Sousa Oliveira
  • Filipe Garcia Martins Pereira
  • Marcelo Costa Câmara
  • Marília Ferreira de Alencar
  • Mário Fernandes
  • Silvinei Vasques

Ação Penal 2694

  • Ailton Gonçalves Moraes Barros
  • Angelo Martins Denicoli
  • Carlos César Moretzsohn Rocha
  • Giancarlo Gomes Rodrigues
  • Guilherme Marques Almeida
  • Marcelo Araújo Bormevet
  • Reginaldo Vieira de Abreu

Ação Penal 2695

  • Antonio Clesio Ferreira

Inquérito 4995

  • Eduardo Bolsonaro

Petição 12100

  • Ailton Gonçalves Moraes Barros
  • Alexandre Castilho Bitencourt Da Silva
  • Alexandre Rodrigues Ramagem
  • Almir Garnier Santos
  • Amauri Feres Saad
  • Anderson Gustavo Torres
  • Anderson Lima De Moura
  • Angelo Martins Denicoli
  • Augusto Heleno Ribeiro Pereira
  • Bernardo Romao Correa Netto
  • Carlos Cesar Moretzsohn Rocha
  • Carlos Giovani Delevati Pasini
  • Cleverson Ney Magalhães
  • Estevam Cals Theophilo Gaspar De Oliveira
  • Fabrício Moreira De Bastos
  • Filipe Garcia Martins
  • Fernando Cerimedo
  • Giancarlo Gomes Rodrigues
  • Guilherme Marques De Almeida
  • Hélio Ferreira Lima
  • Jair Messias Bolsonaro
  • José Eduardo De Oliveira E Silva
  • Laércio Vergilio
  • Marcelo Bormevet
  • Marcelo Costa Câmara
  • Mario Fernandes
  • Mauro Cesar Barbosa Cid
  • Nilton Diniz Rodrigues
  • Paulo Renato De Oliveira Figueiredo Filho
  • Paulo Sérgio Nogueira De Oliveira
  • Rafael Martins De Oliveira
  • Ronald Ferreira De Araujo Junior
  • Sergio Ricardo Cavalieri De Medeiros

Embaixadores

  • Brasília tem 132 representações diplomáticas
Fonte: DCM

domingo, 20 de julho de 2025

Flávio Bolsonaro diz que Brasil está na “mesma prateleira da Venezuela” e ataca Lula: “Escória”

Flávio Bolsonaro. Foto: reprodução


 Em publicação no X, feita neste domingo (20), o senador Flávio Bolsonaro (PL) fez novos ataques ao país e ao presidente Lula (PT), dizendo que esperava que o mandatário já tivesse resolvido as questões envolvendo o tarifaço do presidente dos EUA, Donald Trump. Ele disse que o Brasil vai “parar na mesma prateleira da Venezuela quando o assunto é falta de democracia”.

Além disso, fez uma referência às medidas cautelares impostas ao seu pai, Jair Bolsonaro. Falou que “quem é perseguido injustamente entra para a História, os perseguidores entram para a escória!”.

“Estou em viagem programada com minha família desde o ano passado, durante o recesso parlamentar de julho e férias escolares de minhas filhas. Falo com meu pai e lideranças aliadas todos os dias. Mas a propagação de mentiras se alastra rápido quando é contra Bolsonaro. Dia 1º/Ago estarei de volta a Brasília, esperando que Lula já tenha resolvido a taxa de 50% sobre o Brasil, que foi parar na mesma prateleira da Venezuela quando o assunto é falta de democracia. Quem é perseguido injustamente entra para a História, os perseguidores entram para a escória!”, publicou o senador.

Um milhão de famílias deixam o Bolsa Família em julho após aumento de renda, diz governo


    Cartão do bolsa família. Imagem: reprodução

Cerca de 1 milhão de famílias deixarão o Bolsa Família em julho após aumento de renda, segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social. Desse total, 536 mil atingiram o prazo máximo de 24 meses da Regra de Proteção — que permite que beneficiários continuem recebendo 50% do valor do benefício após ultrapassar a renda de entrada no programa, entre R$ 218 e meio salário mínimo por pessoa.

Outras 385 mil famílias também saíram do programa por ultrapassarem a renda limite da Regra de Proteção, chegando a mais de R$ 759 per capita. Já as que voltarem à situação de pobreza após esse desligamento têm direito a prioridade no retorno ao Bolsa Família, por meio da regra do Retorno Garantido.

A saída em massa foi possível graças à modernização do Cadastro Único, que agora cruza automaticamente informações com outras bases do governo. Desde 2023, aproximadamente 8,6 milhões de famílias deixaram o programa social. Em contrapartida, dados do MDS indicam que, no mesmo período, 24,4 milhões de pessoas saíram da insegurança alimentar grave.

Com novas regras em vigor a partir de julho, famílias com renda entre R$ 218 e R$ 706 por pessoa podem permanecer por até 12 meses no programa, recebendo metade do benefício. A medida, alinhada à linha internacional de pobreza, busca oferecer transição segura à medida que a economia e o mercado formal de trabalho se recuperam.

Fonte: DCM

Apoio à política migratória de Trump cai e acende alerta para eleições de 2026


Donald Trump, presidente dos EUA. Foto: Sarah Meyssonnier/POOL/AFP


Pesquisas divulgadas neste domingo (20) apontam queda significativa no apoio dos americanos à política migratória do presidente Donald Trump, uma de suas principais bandeiras eleitorais.

Levantamento da CNN em parceria com a SSRS revela que 55% dos entrevistados acreditam que o republicano foi longe demais nas deportações de imigrantes, com um salto de dez pontos percentuais em relação a fevereiro, pouco após sua posse no segundo mandato. O crescimento da rejeição é mais expressivo entre eleitores democratas (de 75% para 90%), mas também atinge parte da base republicana: 15% desaprovam as ações.

A construção de novos centros de detenção e o aumento de orçamento para o ICE (agência de imigração dos EUA), previstos na chamada “Lei Grande e Bonita”, aprovada no Congresso, também enfrentam resistência popular: 57% são contra as prisões e 53% rejeitam mais verbas para a agência. Outra proposta controversa, o fim da cidadania por nascimento, é rejeitada por 59% dos entrevistados. A medida foi suspensa por decisão judicial, após Trump assinar uma ordem executiva em fevereiro.

A desaprovação às abordagens do governo se estende a outros aspectos da política migratória. Segundo a pesquisa, 59% são contra a prisão de imigrantes que não tenham antecedentes criminais e apenas 46% acreditam que o país está mais seguro após as medidas adotadas por Trump. A ameaça de deportar opositores políticos também sofre rejeição: 71% são contrários à ideia. Ao mesmo tempo, 43% apoiam a retirada da cidadania de pessoas condenadas por crimes específicos.

Outro levantamento, da CBS News, mostra que 52% da população acreditam que o número de deportações está acima do esperado e 56% avaliam que o governo prioriza expulsar pessoas que não representam riscos. A forma como os centros de detenção são utilizados é reprovada por 58%, e 64% acreditam que latinos são mais visados em ações migratórias do que outras minorias.

Os dados, divulgados no dia em que o segundo mandato de Trump completa seis meses, acendem um alerta para o Partido Republicano às vésperas das eleições de meio de mandato, em 2026. Apesar disso, o presidente minimizou as críticas em sua rede social Truth Social, afirmando que “há um ano, o país estava morto” e agora seria “o mais respeitado do mundo”. No entanto, o agregador RealClearPolling mostra que a taxa de desaprovação de Trump está em 52,1%, frente a 45,5% de aprovação, sem reversão desde março.

Fonte: DCM

Preta Gil morre aos 50 anos durante tratamento contra câncer nos EUA


  Preta Gil em hospital dos EUA durante tratamento de câncer


Preta Gil morreu neste domingo (20), aos 50 anos, durante o tratamento de um câncer nos Estados Unidos. A cantora vinha lutando contra a doença desde janeiro de 2023, quando foi diagnosticada com um câncer colorretal. O quadro era inicialmente considerado localizado, mas a evolução foi agressiva.

Após meses de quimioterapia, internações e uma cirurgia de grande porte que durou mais de 20 horas, ela chegou a anunciar remissão do tumor. No entanto, em agosto de 2024, Preta revelou que a doença havia voltado, dessa vez com metástases em linfonodos, no ureter e no peritônio. A recidiva marcou o início de uma nova fase de combate, que incluiu tratamentos experimentais e acompanhamento intensivo fora do país.

Durante o período de tratamento nos EUA, Preta manteve uma rotina de cuidados médicos e dividia com os fãs momentos de otimismo. Ela chegou a usar uma bomba portátil para quimioterapia, manteve-se ativa nas redes sociais e participou de eventos com amigos e familiares sempre que o estado de saúde permitia. Mesmo diante das limitações físicas e dos efeitos colaterais do tratamento, a artista demonstrava esperança e disposição para enfrentar a doença.

Em dezembro de 2024, ela viajou para os Estados Unidos em busca de abordagens inovadoras e mais recursos terapêuticos. Nos últimos meses, passou por novas internações e enfrentou complicações sérias. Na quarta-feira anterior à sua morte, Preta foi submetida a uma sessão de quimioterapia, sentiu-se mal e exames indicaram que o câncer havia se espalhado novamente, de forma mais severa.

Preta Gil morreu em casa, cercada por familiares e amigos que se deslocaram para os EUA ao saber da piora repentina. Carolina Dieckmann, uma de suas amigas mais próximas, conseguiu interromper compromissos profissionais para acompanhá-la nos últimos dias. O filho da cantora, Francisco, também estava com ela.

Fontes ligadas à família revelaram que o pai de Preta, o cantor Gilberto Gil, sofreu um pico de pressão arterial ao receber a notícia da morte da filha. A família confirmou o falecimento por meio da assessoria e informou que divulgará um comunicado oficial em breve. Ainda não há informações sobre a realização do velório ou repatriação do corpo, mas há expectativa de que a despedida aconteça em solo americano. A morte de Preta Gil gerou comoção em todo o país e inúmeras homenagens foram publicadas por artistas, políticos e fãs que celebraram sua trajetória como símbolo de força, irreverência e afeto.

Fonte: DCM

Nem Trump salvou: atos pró-Bolsonaro fracassam e viram piada nas redes

 

Manifestação em Brasília. Foto: Reprodução
Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) realizaram atos neste domingo (20) em Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro e Blumenau, em resposta à operação da Polícia Federal que impôs medidas restritivas ao ex-mandatário, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica. De novo passaram vergonha.

Apesar da convocação feita por parlamentares aliados e ex-integrantes do governo, os protestos tiveram baixa adesão e ficaram muito aquém do esperado pelos organizadores.

Na capital federal, a concentração começou às 9h em frente ao Banco Central, com estimativa inicial da Polícia Militar do DF de cerca de 150 pessoas. A deputada federal Bia Kicis (PL-DF) e a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) participaram do ato. A vice-governadora Celina Leão (Progressistas) também marcou presença. Manifestantes vestiam roupas nas cores verde e amarela e carregavam faixas em defesa da “liberdade de expressão” e contra o STF.

A manifestação foi batizada de “Brasília vai caminhar, pela Liberdade, pela Democracia e pela Verdade” e foi organizada nas redes sociais por Bia Kicis e pelo ex-desembargador Sebastião Coelho. Durante o discurso, Kicis criticou o recesso parlamentar e pediu que os deputados “retornem ao trabalho” diante da crise envolvendo Bolsonaro. Impedido pelas medidas cautelares de deixar sua residência aos fins de semana, o ex-presidente não compareceu.


Além de Brasília, pequenos grupos de manifestantes se reuniram em frente ao MASP, na Avenida Paulista, em São Paulo, na orla de Copacabana, no Rio de Janeiro, e em Blumenau (SC). Nas três cidades, a adesão foi igualmente modesta, com registros de poucas dezenas de participantes. Não houve bloqueios de vias nem ocorrências registradas pela polícia.

As manifestações ocorrem dois dias após Bolsonaro ser alvo de uma nova operação da Polícia Federal, autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, no âmbito do inquérito que apura tentativa de obstrução à Justiça e uso de redes para ataques às instituições. O ex-presidente foi proibido de utilizar redes sociais e impedido de manter contato com o filho, Eduardo Bolsonaro, que está nos Estados Unidos.


Com a ausência de Bolsonaro e a baixa mobilização popular, os atos expõem a fragilidade do apoio popular ao ex-presidente neste momento delicado. O distanciamento de setores do Centrão e a insatisfação do agronegócio com o tarifaço de Trump também contribuem para o isolamento político do ex-mandatário, cuja permanência como liderança da direita em 2026 passou a ser questionada até por aliados.

Fonte: DCM

Moraes revoga prisão domiciliar de idosas do 8/1 após mais de mil violações

Bolsonaristas depredaram a praça dos Três Poderes durante os atos golpistas de 8 de janeiro (8/1) em Brasília
Imagem: 8.jan.2023-Sergio Lima/AFP

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, revogou a prisão domiciliar de duas mulheres condenadas por participação nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Iraci Nagoshi, de 72 anos, e Vildete Guardia, de 74, voltaram ao regime fechado após monitoramento indicar reiteradas violações das regras da prisão domiciliar — no caso de Iraci, mais de 900 descumprimentos apenas em 2025, segundo a Secretaria da Administração Penitenciária de São Paulo.

Entre as infrações, constam saídas não autorizadas de casa, ausência de sinal de GPS e desligamentos da tornozeleira eletrônica. Moraes já havia alertado Iraci sobre as consequências de novas violações, mas a idosa continuou frequentando atividades como musculação, pilates e hidroginástica. O filho de Iraci alegou que os dados apresentados são exagerados, enquanto o advogado da defesa atribuiu os problemas a falhas técnicas, argumento que não foi acolhido pelo STF.

Vildete Guardia, por sua vez, teve 20 registros de descumprimento desde que passou ao regime domiciliar por razões de saúde. No entanto, um novo laudo indicou que seu estado clínico era compatível com o sistema penitenciário. Diante das infrações e do parecer técnico, Moraes determinou seu retorno à prisão. Ambas estavam em liberdade monitorada após condenação por envolvimento na invasão dos prédios dos Três Poderes.

Durante julgamento no STF, Moraes rebateu críticas de que o tribunal estaria condenando “velhinhas com a Bíblia na mão”, afirmando que as imagens e provas comprovam envolvimento direto nos atos golpistas. Segundo ele, das 497 pessoas já julgadas pelo 8 de janeiro, apenas sete têm mais de 70 anos, desmentindo a narrativa de perseguição a idosos propagada por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Fonte: DCM