Bolsonaristas depredaram a praça dos Três Poderes durante os atos golpistas de 8 de janeiro (8/1) em Brasília
Imagem: 8.jan.2023-Sergio Lima/AFP
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, revogou a prisão domiciliar de duas mulheres condenadas por participação nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Iraci Nagoshi, de 72 anos, e Vildete Guardia, de 74, voltaram ao regime fechado após monitoramento indicar reiteradas violações das regras da prisão domiciliar — no caso de Iraci, mais de 900 descumprimentos apenas em 2025, segundo a Secretaria da Administração Penitenciária de São Paulo.
Entre as infrações, constam saídas não autorizadas de casa, ausência de sinal de GPS e desligamentos da tornozeleira eletrônica. Moraes já havia alertado Iraci sobre as consequências de novas violações, mas a idosa continuou frequentando atividades como musculação, pilates e hidroginástica. O filho de Iraci alegou que os dados apresentados são exagerados, enquanto o advogado da defesa atribuiu os problemas a falhas técnicas, argumento que não foi acolhido pelo STF.
Vildete Guardia, por sua vez, teve 20 registros de descumprimento desde que passou ao regime domiciliar por razões de saúde. No entanto, um novo laudo indicou que seu estado clínico era compatível com o sistema penitenciário. Diante das infrações e do parecer técnico, Moraes determinou seu retorno à prisão. Ambas estavam em liberdade monitorada após condenação por envolvimento na invasão dos prédios dos Três Poderes.
Durante julgamento no STF, Moraes rebateu críticas de que o tribunal estaria condenando “velhinhas com a Bíblia na mão”, afirmando que as imagens e provas comprovam envolvimento direto nos atos golpistas. Segundo ele, das 497 pessoas já julgadas pelo 8 de janeiro, apenas sete têm mais de 70 anos, desmentindo a narrativa de perseguição a idosos propagada por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Fonte: DCM
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