terça-feira, 4 de novembro de 2025

TSE julga nesta terça caso que pode cassar Cláudio Castro e torná-lo inelegível


     O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL). Foto: Reprodução

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) começa nesta terça-feira (4) o julgamento que pode levar à cassação e à inelegibilidade do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL). O processo investiga o suposto uso da Fundação Ceperj e da Uerj para contratar cabos eleitorais durante as eleições de 2022. Com informações do Globo.

A sessão será aberta com a leitura do relatório pela ministra Isabel Gallotti, relatora do caso. Em seguida, serão ouvidas as sustentações orais da Procuradoria-Geral Eleitoral, responsável pela acusação, e das defesas. Após essa fase, Gallotti deve apresentar seu voto. A expectativa é de que o parecer da relatora seja detalhado e possivelmente desfavorável ao governador.

Gallotti já votou pela cassação do governador de Roraima, Antonio Denarium, em agosto, em um caso semelhante, interrompido por pedido de vista do ministro André Mendonça. No julgamento de Castro, há previsão de novo pedido de vista — desta vez, do ministro Antonio Carlos Ferreira —, o que deve adiar a decisão final por até dez dias.

☉ Possíveis consequências

Castro responde a duas ações por abuso de poder político e econômico. Ele foi absolvido pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro, mas o Ministério Público Eleitoral recorreu ao TSE.

Participam do julgamento, além de Gallotti e Antonio Carlos, os ministros Cármen Lúcia (presidente do TSE), Nunes Marques, André Mendonça, Floriano de Azevedo Marques e Estela Aranha.

Quem é Isabel Gallotti, a substituta de Benedito Gonçalves no TSE – CartaCapital
A ministra Isabel Gallotti. Foto: Reprodução
Caso seja cassado, o governador perde o mandato, e o cargo é assumido interinamente pelo presidente do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ), desembargador Ricardo Couto de Castro. A Constituição prevê novas eleições: diretas, se restarem mais de seis meses para o fim do mandato, ou indiretas, com voto dos deputados estaduais, se o prazo for menor.

☉ Defesa de Castro

Em nota, o governador afirmou que “reafirma total confiança na Justiça Eleitoral e destaca que o Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro já havia julgado improcedentes as acusações referentes às eleições de 2022, por ausência de provas”.

Castro declarou ainda que “todas as ações do governo seguiram dentro da legalidade, sem qualquer relação com a campanha eleitoral” e reiterou “respeito absoluto ao processo legal e à vontade soberana dos quase 5 milhões de eleitores fluminenses que o elegeram”.

Fonte: DCM com informações do jornal O Globo

CPMI do INSS prende presidente de confederação de pescadores por fraudes em descontos de aposentados

Comissão acusa presidente da CBPA, Abraão Lincoln, de mentir à CPMI e desviar milhões do INSS

Presidente da Confederação Brasileira dos Trabalhadores da Pesca e Aquicultura (CBPA), Abraão Lincoln Ferreira da Cruz é ´reso pela CPMI do INSS (Foto: Bruno Spada / Câmara dos Deputados)

O presidente da Confederação Brasileira dos Trabalhadores da Pesca e Aquicultura (CBPA), Abraão Lincoln Ferreira da Cruz, foi preso nesta terça-feira (4) após determinação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS. A decisão foi anunciada pelo relator da comissão, senador Carlos Viana (Podemos-MG), que o acusou de mentir em depoimento prestado à CPMI.

De acordo com o g1, Viana afirmou que o depoente, ouvido como testemunha, “fez afirmação falsa, negou ou calou a verdade”. Segundo o relator, Lincoln mentiu ao dizer que havia renunciado à presidência da Confederação Nacional dos Pescadores e Aquicultores (CNPA), quando, na verdade, havia sido afastado cautelarmente. Ele também negou conhecer Antônio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS”, mas acabou admitindo o vínculo em outras respostas.

⊛ Operação Sem Desconto e bloqueio de bens

A CBPA é uma das entidades investigadas pela Polícia Federal na Operação Sem Desconto, deflagrada em abril de 2025 para apurar descontos ilegais em benefícios do INSS entre 2019 e 2024. As apurações apontam que a confederação teria recebido R$ 221 milhões em descontos associativos, cerca de R$ 10 milhões mensais. Tanto a entidade quanto Lincoln tiveram bens bloqueados por determinação da Advocacia-Geral da União (AGU).

Lincoln compareceu à comissão amparado por um habeas corpus preventivo concedido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), garantindo-lhe o direito ao silêncio e à não autoincriminação. Ainda assim, o relator afirmou que o comportamento do presidente da CBPA “prejudicou a busca pela verdade” e apresentou contradições graves.

⊛ Contradições e repasses suspeitos

Segundo a CPMI, Lincoln omitiu detalhes sobre sua relação com Gabriel Negreiros, tesoureiro da CBPA, e sobre os poderes concedidos a Adelino Rodrigues Júnior, que tinha autorização para movimentar as contas da entidade. O relator afirmou que Adelino transferiu R$ 59 mil à esposa do procurador-geral do INSS, Virgílio Antônio, e R$ 430 mil em espécie para João Victor Fernandes.

A comissão também revelou que a CBPA passou de quatro registros em 2023 para 757 mil em 2025, com tentativas de incluir 40 mil pessoas já falecidas como filiadas. “A CBPA enganou quase 240 mil aposentados”, afirmou o senador Carlos Viana.

⊛ Sessão termina com prisão e discurso contundente

Durante a sessão, Lincoln preferiu permanecer em silêncio diante de perguntas sobre transferências de cerca de R$ 5 milhões ao deputado estadual Edson Cunha de Araújo (PSB-MA), vice-presidente da confederação.

Ao encerrar a reunião, Viana fez um pronunciamento forte e afirmou que “encerramos um ciclo de impunidade e começamos o tempo da verdade, em nome dos aposentados, das viúvas, dos órfãos e da esperança que ainda vive no coração do Brasil. O Brasil pode ter sido enganado por um tempo, mas nunca será calado para sempre”..

Na sequência, o presidente da CPMI anunciou a prisão. “Em nome dos aposentados, quase 240 mil que a CBPA enganou, senhor Abraão Lincoln da Cruz, o senhor está preso”, disse. Após o encerramento, Lincoln foi encaminhado à delegacia do Senado. Até a última atualização da reportagem, ele permanecia detido.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Moraes mantém prisão Braga Netto por risco de fuga e tentativa de obstrução


      O general da reserva Walter Braga Netto – Reprodução

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), decidiu nesta segunda-feira (3) manter a prisão preventiva do ex-ministro da Casa Civil e general da reserva Walter Braga Netto.

Ele está detido desde 14 de dezembro de 2024, acusado de obstruir as investigações sobre a tentativa de golpe de Estado que buscou impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A decisão segue válida enquanto o processo tramita no Supremo e ainda aguarda desfecho definitivo.

Na decisão, Moraes destacou que Braga Netto foi condenado a 26 anos e 6 meses de prisão na ação penal sobre a trama golpista, além do pagamento solidário de R$ 30 milhões pelos danos causados nos atos de 8 de janeiro de 2023.

Para o ministro, a condenação em regime severo e a gravidade das acusações aumentam o risco de fuga do militar. Ele citou outros casos relacionados aos eventos de 8 de janeiro em que condenados fugiram do país antes do cumprimento da pena.

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), olhando pra cima no canto direito de foto, sério
O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal) – Reprodução
Segundo o Supremo, a manutenção da prisão preventiva é necessária para assegurar a aplicação da lei penal, evitar interferência no andamento das ações penais e impedir novos episódios de obstrução. Moraes concluiu que medidas alternativas, como monitoramento eletrônico, são insuficientes para garantir o cumprimento da condenação e preservar o andamento processual.

Durante as investigações conduzidas pela Polícia Federal, Braga Netto foi apontado como um dos principais articuladores do plano para reverter o resultado eleitoral de 2022.

Os investigadores registraram tentativas do general de acessar informações sigilosas envolvendo a delação premiada do ex-ajudante de ordens Mauro Cid, considerado peça-chave nas apurações sobre a atuação de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro. O acesso aos dados poderia interferir na coleta de provas e no avanço do inquérito.

Após a prisão, advogados do general negaram que ele tenha tentado obstruir as investigações ou violado o sigilo judicial, afirmando que todas as ações de defesa ocorreram dentro da legalidade. Eles também argumentam que não há indícios concretos de fuga e que o militar sempre compareceu às convocações judiciais. A defesa prepara novos recursos para contestar a decisão do ministro e tentar revogar a prisão preventiva.

Fonte: DCM

segunda-feira, 3 de novembro de 2025

Governo Castro diz ao STF que uso da força pela polícia foi “proporcional” em chacina no Rio


       Governador do Rio, Claudio Castro. Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo

O governo do Rio de Janeiro enviou, nesta segunda-feira (3), ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, um documento em que defende a Operação Contenção, realizada em 28 de outubro nos Complexos da Penha e do Alemão. O texto afirma que a ação ocorreu “dentro dos parâmetros legais e constitucionais” e que houve “emprego proporcional da força” diante de suspeitos ligados ao Comando Vermelho. A operação deixou ao menos 121 mortos.

Assinado pelo governador Cláudio Castro, o documento aponta que o plano mobilizou 2.500 agentes das polícias Civil e Militar, com apoio do Ministério Público. O governo relata o cumprimento de 100 mandados de prisão e 145 de busca e apreensão, além da apreensão de armas, explosivos, drogas e veículos. Segundo Castro, o planejamento envolveu cerca de um ano de investigações e reuniões de equipes por dois meses.

“Foi planejada com controle judicial e acompanhamento ministerial, concentrando-se, preferencialmente, em áreas não residenciais, sem impacto sobre escolas, e com emprego proporcional da força”, diz a peça.

No texto, o governo afirma que houve apoio de outros estados, especialmente do Pará. A documentação enviada menciona que a operação concentrou ações em áreas não residenciais e não interferiu no funcionamento de escolas. O governo diz ainda que ambulâncias estavam presentes e que não houve uso de unidades de saúde como base operacional.

“A definição e a comprovação do grau de força adequado à operação decorreram de planejamento exaustivo diante da concreta possibilidade de confronto armado e da necessidade de restabelecimento da ordem pública”, diz o ofício

Corpos enfileirados em praça na Penha, zona norte do Rio – Eduardo Anizelli/Folhapress
O documento destaca que policiais atuaram com câmeras corporais e que corregedorias acompanharam o trabalho, junto ao Ministério Público. O governo relata falhas técnicas em parte do equipamento e informa que a empresa fornecedora foi comunicada sobre o problema. Um inquérito investiga a remoção de corpos antes da perícia.

A operação foi formalmente comunicada a órgãos competentes, com registros de início e encerramento. O governo informa que a cadeia de custódia e as perícias permanecem preservadas. Alexandre de Moraes determinou a documentação integral dos elementos da operação, conforme pedido da Defensoria Pública da União.

Moraes atua temporariamente na relatoria da ADPF das Favelas, que orienta a atuação policial em comunidades do Rio. Nesta segunda-feira (3), o ministro se reuniu com Castro e outras autoridades para ouvir explicações sobre a operação. O DCM, veículo de jornalismo progressista, segue acompanhando os desdobramentos.

Fonte: DCM



17 mortos em chacina no Rio não tinham antecedentes criminais, diz Polícia Civil


       Corpos enfileirados na Praça da Penha, no Rio. Foto: Betinho Casas Novas/g1

Originalmente publicado em Agência Brasil

A Polícia Civil do Rio de Janeiro divulgou no fim da noite deste domingo (2) o perfil com imagens de 115 das 117 pessoas mortas na Operação Contenção, realizada na última terça-feira (28/10) nos Complexos do Alemão e da Penha, na zona norte do Rio de Janeiro. O relatório foi feito pela Ouvidoria Geral da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro.De acordo com nota distribuída à imprensa, “mais de 95% dos identificados tinham ligação comprovada com o Comando Vermelho e 54% eram de fora do estado. Apenas dois laudos resultaram em perícias inconclusivas.”

A Polícia Civil descreve que 97 das pessoas mortas “apresentavam históricos criminais relevantes”. Entre os mortos, 59 tinham “mandados de prisão pendentes.”

O comunicado oficial admite que outras 17 “não apresentaram histórico criminal”, mas segundo as investigações posteriores, “12 apresentaram indícios de participação no tráfico em suas redes sociais.”

A lista nomina as pessoas mortas como “neutralizados” e assinala que 62 desses são de outros estados: “19 do Pará, 9 do Amazonas, 12 da Bahia, 4 do Ceará, 2 da Paraíba, 1 do Maranhão, 9 de Goiás, 1 de Mato Grosso, 3 do Espírito Santo, 1 de São Paulo e 1 do Distrito Federal.”

Doca

Relatório da Polícia diz que há no Rio de Janeiro “chefes de organizações criminosas de 11 estados da Federação, de quatro das cinco regiões do país.” O principal alvo da operação – Edgar Alves de Andrade, conhecido como “Doca”, líder do Comando Vermelho (CV) – segue em liberdade após seis dias da operação policial.

Nenhuma das pessoas mortas havia sido denunciada à Justiça pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro. A Ordem dos Advogados do Rio de Janeiro criou um observatório para acompanhar a apuração sobre o cumprimento da lei pelas policias Civil e Militar durante a Operação Contenção.

Fonte: DCM

Ministra do TSE indica voto pela cassação de Castro por abuso de poder econômico


          O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL-RJ). Foto: PABLO PORCIUNCULA/AFP



A ministra do Tribunal Superior Eleitoral Isabel Gallotti deve votar, nesta terça-feira (4), pela cassação do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, por abuso de poder econômico nas eleições de 2022. A ação foi pautada para julgamento após recurso do Ministério Público Eleitoral, que contesta decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Rio, que absolveu o governador em maio de 2024 por ausência de provas. Com informações da Mônica Bergamo, na Folha.

Autoridades que acompanham o caso afirmam que Gallotti deve considerar o conjunto probatório apresentado na investigação. Outros ministros avaliam a possibilidade de pedido de vista após o voto da relatora, o que pode adiar o desfecho. A condenação pode tornar Castro inelegível.

O presidente da Assembleia Legislativa do Rio, Rodrigo Bacellar, também será julgado no mesmo processo. As acusações tratam do suposto uso político de projetos executados pela Fundação Ceperj e pela Uerj. Relatórios apontam contratações em larga escala sem transparência.

Rodrigo Bacellar e Jair Bolsonaro. Foto: reprodução

O Ministério Público do Rio identificou saques em dinheiro vivo em agências bancárias, totalizando R$ 248 milhões, feitos por dezenas de milhares de pessoas ligadas aos projetos investigados. A apuração indica que parte desses recursos teria sido usada para fins eleitorais. As movimentações são alvo de inquérito.

O governador nega irregularidades. Em nota divulgada na semana passada, afirma que todas as ações seguiram dentro da legalidade e sem relação com a campanha eleitoral. O texto destaca respeito ao processo legal e à vontade dos eleitores. Castro cita a absolvição anterior pelo TRE do Rio.

Além de Gallotti, participam do julgamento a presidente do TSE, Cármen Lúcia, e os ministros André Mendonça, Kassio Nunes Marques, Antonio Carlos Ferreira, Floriano de Azevedo Marques e Estela Aranha. O DCM, veículo de jornalismo progressista, acompanha a sessão.

Fonte: DCM com informações da Folha de S. Paulo

Mauro Cid vai ao STF e inicia cumprimento de pena por trama golpista


Mauro Cid no momento em que chegou ao Supremo Tribunal Federal nesta segunda (3). Foto: Reprodução

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, compareceu ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda (3) para participar de uma audiência sobre o cumprimento de sua pena pela trama golpista. O militar chegou à sede da Corte por volta das 13h35 e foi informado das condições para executar a pena de dois anos de prisão em regime aberto.

Na audiência, a defesa de Cid pediu a extinção da punição, alegando que o período em que o ex-ajudante ficou preso preventivamente e o tempo em que usou tornozeleira eletrônica deveriam ser descontados da pena.

O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, havia determinado o início da execução da sentença na quinta (30), após o trânsito em julgado da ação penal, quando não há mais possibilidade de recursos.

Durante a sessão, Cid retirou a tornozeleira eletrônica que usava desde setembro de 2023, quando deixou a prisão preventiva após firmar acordo de colaboração premiada com a Polícia Federal. A reunião, que durou pouco mais de 30 minutos, marcou oficialmente o início do cumprimento da pena e serviu para esclarecer as condições impostas pela Justiça.

Veja o momento em que Cid chega ao STF:


O militar não falou com a imprensa após o encontro. Segundo o termo de audiência, sua defesa fez apenas dois pedidos: que Moraes analise o pedido de extinção da pena e esclareça as condições para um eventual retorno de Cid às atividades no Exército Brasileiro. O ministro informou que as solicitações seriam avaliadas posteriormente.

A sentença impôs uma série de restrições ao tenente-coronel. Entre elas, a proibição de deixar o estado onde vive, a obrigação de se recolher à noite e nos fins de semana, o comparecimento semanal à Justiça e a entrega do passaporte. Ele também ficou impedido de portar armas, de usar redes sociais e de se comunicar com outros condenados ou investigados da trama golpista.

A defesa argumentou que Cid já havia cumprido, na prática, o equivalente à pena determinada, considerando o tempo em prisão preventiva e as medidas cautelares impostas desde 2023. Ainda assim, o Supremo manteve o cumprimento da pena em regime aberto.

O Exército foi informado de que Mauro Cid poderia retornar às suas funções na terça (4), mas decidiu evitar constrangimentos internos. A Força determinou que ele tirasse 60 dias de férias acumuladas antes de qualquer decisão sobre sua reintegração.

Fonte: DCM

Moraes veta aliados de Castro em reunião sobre chacina


O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Foto: Domingos Peixoto/Agência O Globo

A reunião entre o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, nesta segunda (3), começou sob clima de tensão. O encontro teve como tema a megaoperação policial que deixou mais de 120 mortos nos complexos da Penha e do Alemão e foi marcado por um rigoroso controle da equipe do magistrado sobre quem poderia participar.

Segundo a coluna de Bela Megale no jornal O Globo, fontes do governo fluminense relataram que houve uma “varredura” nos nomes indicados por Castro para o encontro. Alguns secretários chegaram a ser vetados por determinação da equipe de Moraes. Uma integrante do grupo teria justificado que o ministro estava indo “para uma reunião de trabalho, e não um espetáculo”.

A assessoria do STF informou que apenas os nomes listados no despacho que convocou a audiência foram autorizados a participar. Integrantes da Corte afirmaram ainda que é comum que ministros aprovem previamente a lista de participantes de agendas oficiais.

Durante a reunião, realizada no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), Castro explicou que escolheu o local por ser o centro de monitoramento das operações policiais no estado. Estiveram presentes o secretário de Segurança Pública, Victor Santos, o coronel Marcelo de Menezes (PM), o delegado Felipe Curi (Polícia Civil) e o perito Waldyr Ramos.

Policiais em frente a barricada na Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha. Foto: Fabiano Rocha/Agência O Globo
Moraes é relator da ADPF das Favelas, que define diretrizes para ações policiais em comunidades do Rio. Ele determinou a preservação e documentação integral das provas da operação, o controle das perícias e a manutenção da cadeia de custódia, atendendo a pedido da Defensoria Pública da União.

Na semana passada, Moraes já havia exigido que o governo fluminense apresentasse relatórios detalhados sobre a ação, incluindo o número de mortos, feridos, agentes mobilizados e armamentos utilizados.

O ministro Gilmar Mendes também cobrou de Castro um plano concreto de reocupação dos territórios dominados por facções, afirmando que “enquanto as incursões forem pontuais, os resultados continuarão sendo parciais e insustentáveis”.

Fonte: DCM com informações do jornal O Globo

Caiado se descontrola, grita com apresentadora e a acusa de ‘proteger facções’ em entrevista


     Caiado: destemperado

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), deu vexame no programa UOL Mercado. Visivelmente alterado, ele perdeu o controle ao ser questionado pela jornalista Amanda Klein sobre a operação policial no Rio de Janeiro que deixou 121 mortos — a mais letal da história do país.

Gritando e interrompendo a apresentadora várias vezes, Caiado acusou a imprensa de “criminalizar a polícia”, chamou as críticas à operação de “proteção às facções” e chegou a espalhar fake news ao afirmar que o governo Lula estaria “entregando o Brasil para Maduro”.

Caiado iniciou sua fala defendendo o governador Cláudio Castro (PL) e a ação das polícias fluminenses, classificando-as como “exemplo de coragem”. A chacina deixou 121 mortos.

Segundo ele, as forças de segurança “devolveram o território ao povo carioca” e “enfrentaram o crime onde o Estado não chegava”. Quando Amanda Klein o questionou sobre o “sucesso” da operação, ele perdeu a linha. “Amanda, essa tese simplista de vocês quererem achar que o responsável é a polícia… o Brasil não aguenta mais essa proteção às facções. Vocês estão criminalizando os policiais”, disparou, exaltado.

Sem deixar a jornalista concluir suas perguntas, Caiado passou a gritar, acusando o governo federal de ser “complacente com o narcotráfico” e de “se ajoelhar diante do crime”. Disse ainda que “Lula entregou o país para o Comando Vermelho e para Maduro”. “Então, entregue logo para o Maduro. Que seja o governo Maduro no Brasil, porque isso aí não é governo”, berrou.

Amanda Klein manteve a calma e tentou retomar a entrevista, afirmando que ninguém no governo defende criminosos e que a questão central é o uso desproporcional da força. Caiado, no entanto, continuou sua cavalgada. “Você está sendo parcial, Amanda. Está criminalizando a polícia”, insistiu.

Fonte: DCM

Ancelotti convoca Seleção e traz novidades; veja a lista


         Carlo Ancelotti concede entrevista coletiva após convocação da Seleção. Foto: Reprodução

Carlo Ancelotti divulgou nesta segunda (3) a lista dos convocados da Seleção Brasileira para os amistosos contra Senegal e Tunísia, que acontecerão nos dias 15 e 18 de novembro, respectivamente, em Londres e Lille.

As principais novidades são o atacante Vitor Roque, do Palmeiras, e o lateral Luciano Juba, do Bahia. O volante Fabinho, do Al-Ittihad, também foi chamado pela primeira vez pelo técnico italiano.

Esses serão os últimos compromissos da Seleção em 2025 antes da convocação final para a Copa do Mundo. O Brasil enfrentará Senegal no Emirates Stadium e, três dias depois, encara a Tunísia na França. Em março, o time deve disputar amistosos contra França e Croácia. A lista definitiva para o Mundial será anunciada em maio do próximo ano.

O diretor da CBF, Rodrigo Caetano, confirmou que a Seleção iniciará a preparação para o Mundial na Granja Comary, em Teresópolis, e poderá disputar um amistoso no Brasil antes de embarcar. A Copa do Mundo de 2026 será realizada no México, Canadá e Estados Unidos, entre 11 de junho e 19 de julho, e contará com 48 seleções.

Veja a lista de convocados:

Goleiros:
Bento (Al-Nassr), 
Ederson (Fenerbahçe), 
Hugo Souza (Corinthians)

Defensores:
Alex Sandro (Flamengo), 
Danilo (Flamengo), 
Caio Henrique (Monaco), 
Militão (Real Madrid), 
Fabrício Bruno (Cruzeiro), 
Gabriel Magalhães (Arsenal), 
Luciano Juba (Bahia), 
Marquinhos (PSG), 
Paulo Henrique (Vasco), 
Wesley (Roma)

Meio-campistas:
Andrey Santos (Chelsea), 
Bruno Guimarães (Newcastle), 
Casemiro (Manchester United), 
Fabinho (Al-Ittihad), 
Paquetá (West Ham)

Atacantes:
Estevão (Chelsea), 
João Pedro (Chelsea), 
Luiz Henrique (Zenit), 
Matheus Cunha (Manchester United), 
Richarlison (Tottenham), 
Rodrygo (Real Madrid), 
Vini Jr (Real Madrid), 
Vitor Roque (Palmeiras)

Fonte: DCM

STF marca julgamento de Eduardo por articulação golpista nos EUA

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Foto: Reuters

O Supremo Tribunal Federal (STF) marcou para o dia 21 de novembro o início do julgamento da denúncia contra o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Ele é acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de atuar para pressionar a Corte por meio de articulações com autoridades dos Estados Unidos, pedindo sanções a ministros do tribunal. O caso será analisado pela Primeira Turma, em sessão virtual, com previsão de término em 1º de dezembro.

Segundo a PGR, Eduardo e o blogueiro Paulo Figueiredo tentaram atrapalhar o andamento das investigações sobre a trama golpista que levou à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro. A denúncia contra Figueiredo foi desmembrada e será julgada separadamente devido à dificuldade de sua intimação nos Estados Unidos, onde mora há cerca de dez anos.

O processo examinará inicialmente se há indícios suficientes para transformar a denúncia em ação penal. Caso o STF aceite a acusação, Eduardo passará a ser réu e o mérito do caso (uma eventual condenação ou absolvição) será analisado posteriormente.
Paulo Figueiredo e Eduardo Bolsonaro. Foto: Reprodução

O relator, ministro Alexandre de Moraes, determinou que a Defensoria Pública da União (DPU) representasse o deputado, já que ele não constituiu advogado. Em petição protocolada na sexta (31), o órgão pediu a rejeição da denúncia, afirmando que o parlamentar “não é autor das sanções” e que suas manifestações nos EUA se enquadram no “exercício legítimo da liberdade de expressão e do mandato parlamentar”.

A Procuradoria, no entanto, sustenta que Eduardo usou sua posição política e presença em Washington para tentar constranger ministros do STF, em especial Moraes. As ações ocorreram enquanto o tribunal julgava figuras ligadas aos atos golpistas de 8 de janeiro.

O blogueiro Paulo Figueiredo, aliado de Eduardo, também foi citado pela PGR como parte do mesmo esforço de pressão. Moraes determinou que ele seja intimado por meio de carta rogatória, um instrumento de cooperação internacional que envolve a diplomacia e o Judiciário americano, o que deve atrasar a tramitação do processo.

Fonte: DCM

PF amplia operação e inclui milícias em megainvestigação no Rio

A ação da Polícia Federal e da Receita mira o crime organizado e deve atingir também as milícias, segundo o deputado Lindbergh Farias

      Sede da PF em Brasília (DF) (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A Polícia Federal (PF) e a Receita Federal ampliaram o alcance da que já é considerada a maior operação de investigação da história do país, com foco no combate ao crime organizado no Rio de Janeiro. O líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias, afirmou que o trabalho das forças federais também atingirá as milícias que atuam no estado.

Em publicação nas redes sociais, Lindbergh destacou que a ação precisa ter caráter permanente: “Não adianta entrar só com a operação. Depois disso tem que ser uma operação definitiva, tem que tirar o tráfico e a milícia”, declarou.

O parlamentar enfatizou que o objetivo é atingir as estruturas financeiras e os líderes das organizações criminosas. “Sabe o que vai acontecer no Rio? Quando eu falei que a esperteza demais come o dono? Aqui vai ter uma operação de investigação da história desse país, com Polícia Federal e Receita Federal, e vão pegar tudo. Os cabeças do Comando Vermelho, do tráfico, não estão na favela. Estão nos prédios de luxo. Da milícia”, reforçou.

A ampliação da investigação ocorre após a megaoperação realizada nos complexos do Alemão e da Penha, que deixou 121 mortos, entre eles quatro policiais. Apesar do impacto da ação, o governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro, não mencionou as milícias ao comentar os resultados e ao justificar as medidas adotadas contra o crime organizado.

Lindbergh também criticou o governador por ter recebido o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, relator da ADPF que define regras para operações policiais em favelas, no Centro Integrado de Comando e Controle da Polícia Militar — e não no Palácio Guanabara, sede do governo estadual. “Que corajoso. Você está sentindo o rei da cocada preta, não é, Claudio Castro? Quer dizer que uma reunião começa e você diz: ‘Eu não vou recebê-lo no Palácio da Guanabara. Autoridade, quando vem ela, ela tem que entender: ou soma ou suma’. É assim mesmo que você vai tratar ministro do Supremo Tribunal Federal? Logo você?”, ironizou o deputado.

Durante o encontro com Moraes e outras autoridades da segurança pública, Claudio Castro justificou sua decisão afirmando que o local representa a “casa das polícias”. “Aqui nós queremos que seja feita toda a transparência e todo o processo de fiscalização. Não temos medo de órgão de controle algum. Estamos trabalhando com honestidade, com a verdade e com a seriedade. Qualquer autoridade que quiser vir, pode vir naquela lógica: ou soma conosco, ou some, porque a gente não precisa de gente para fazer politicagem”, respondeu o governador.

Fonte: Brasil 247

Plebiscito popular sobre isenção do IR e fim da escala 6x1 reúne mais de 2 milhões de votos

Iniciativa organizada por movimentos sociais e sindicatos teve 60% dos votos presenciais e será encaminhada ao Senado

      Mobilização contra a escala 6x1 (Foto: Letycia Bond/Ag. Brasil)

O plebiscito popular que discutiu a isenção do Imposto de Renda (IR) para salários de até R$ 5 mil e o fim da escala de trabalho 6x1 mobilizou mais de 2,12 milhões de pessoas em todo o Brasil. A informação foi divulgada pela comissão organizadora da consulta, que durou 103 dias, entre julho e outubro deste ano.

Urnas foram distribuídas em sindicatos, associações, sedes de partidos e movimentos populares em diferentes regiões do país. Além disso, os eleitores puderam participar de forma on-line. A votação teve 60% dos votos depositados presencialmente, o que, segundo os organizadores, reforça o envolvimento direto da população na campanha.

Os resultados do plebiscito serão entregues nesta semana ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), em audiência oficial. O encontro está previsto para coincidir com a votação, na Comissão de Assuntos Econômicos, do projeto que propõe a isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil. Antes dessa etapa, os representantes do movimento já haviam se reunido com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Os movimentos sociais envolvidos afirmam que a mobilização continuará após o encerramento da consulta popular. Segundo Igor Felippe Santos, integrante da comissão executiva nacional do plebiscito, o objetivo é manter a pressão sobre o Congresso Nacional em defesa de uma reforma tributária mais justa e de uma redução da jornada de trabalho.

“Depois do processo de votação do plebiscito, vamos continuar a luta e pressionar o Congresso Nacional para que as altas rendas paguem mais impostos e para reduzir a jornada de trabalho”, declarou Santos.

Fonte: Brasil 247

PT lidera ranking de relevância dos partidos nas redes sociais

Estudo da consultoria Nexus aponta o PT à frente do PL e do Novo em engajamento digital entre janeiro e julho de 2025

          PT lidera ranking de relevância dos partidos nas redes sociais (Foto: Alessandro Dantas)

O Partido dos Trabalhadores (PT) ocupa a primeira posição em um novo levantamento sobre a relevância dos partidos políticos brasileiros nas redes sociais, divulgado pela consultoria Nexus nesta segunda-feira (3). O estudo mostra que a sigla se destaca no ambiente digital, superando o Partido Liberal (PL) e o Novo, que aparecem na segunda e terceira colocação, respectivamente.

O ranking da Nexus levou em consideração quatro indicadores principais: frequência de postagens, número total de interações, volume de seguidores e eficiência — que mede a média de engajamento por publicação. As plataformas analisadas foram Instagram, Facebook, X (antigo Twitter), YouTube e TikTok, cobrindo o período de 1º de janeiro a 31 de julho de 2025. A partir desses parâmetros, a consultoria atribuiu pontuações que variam de zero a 100, representando o desempenho digital de cada legenda.

O CEO da Nexus, Marcelo Tokarski, explicou que o cenário das redes sociais reflete a polarização política do país. “Neste estudo, vemos que a disputa de espaço e narrativas das redes imita a disputa política que temos no Brasil hoje entre o PT, principal partido de esquerda e legenda do presidente da República, e a oposição bolsonarista, representada hoje pelo PL”, afirmou. Segundo ele, “os perfis destes dois partidos se descolam dos demais nas discussões políticas no ambiente digital”.

● Desempenho individual nas plataformas

Entre as cinco redes analisadas, o PT aparece na liderança em todas. O PL mantém o segundo lugar em três delas — TikTok, YouTube e Instagram. No Facebook, a vice-liderança é ocupada pelo PSOL, enquanto no X o destaque é o PCO, que aparece à frente das demais siglas no engajamento por postagem.Dos 29 partidos oficialmente registrados no país, apenas três — PMN, PRTB e PMB — ficaram de fora do levantamento, por não terem publicado nenhum conteúdo nas redes durante o período analisado.

● O 8 de Janeiro como tema dominante

A pesquisa também apontou que as postagens relacionadas aos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 dominaram o debate político nas redes. Segundo a Nexus, os conteúdos sobre o episódio concentraram os maiores índices de engajamento, especialmente quando tratavam das consequências legais e políticas dos ataques.O PT alcançou seus melhores resultados ao abordar o tema de forma crítica, enquanto o PL obteve alto volume de interações ao defender o perdão ou anistia aos envolvidos na tentativa de golpe. Essa diferença de abordagem, destaca o estudo, evidencia a polarização que ainda marca o cenário político brasileiro tanto nas ruas quanto no ambiente digital.

Fonte: Brasil 247