terça-feira, 16 de dezembro de 2025

Lindbergh nega problemas pessoais com Motta, mas critica agenda da Câmara

Líder do PT diz que temas pautados no plenário de modo "meio errático" surpreenderam a base aliada

     Lindbergh Farias (Foto: Bruno Spada / Câmara dos Deputados)

O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ), negou ter qualquer problema pessoal com o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), mas fez duras críticas à forma como a agenda legislativa vem sendo conduzida. Segundo o parlamentar, divergências recentes estiveram relacionadas exclusivamente às pautas levadas ao plenário e à maneira como decisões foram tomadas, o que, na avaliação dele, gerou instabilidade política.

Lindbergh destacou que os embates com a presidência da Casa não dizem respeito a relações individuais, mas ao conteúdo e ao ritmo das votações. “Eu nunca tive problema, nunca tivemos problema pessoal. O problema de tudo foi a agenda que foi colocada aqui em curso, que não tem jeito. Com agenda como aquela, a gente teve que demarcar o campo e fazer disputa política”, afirmou.

O líder petista também criticou o que classificou como um comportamento “meio errático” na definição das pautas, apontando que a falta de previsibilidade contribuiu para momentos de tensão entre o Legislativo e o Executivo. Para ele, decisões tomadas sem articulação adequada acabaram surpreendendo o governo em votações estratégicas.

Entre os episódios citados, Lindbergh lembrou derrotas sofridas pelo Planalto, como a derrubada do decreto do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), a tramitação da chamada PEC da Blindagem, a aprovação da urgência do PL da Anistia e a perda de validade da medida provisória que tratava de alternativas ao aumento do IOF. Segundo ele, em alguns casos, o governo sequer teve tempo de se preparar para o resultado em plenário.

“A gente soube da votação do IOF no Twitter, às 11 horas da noite. Nós fomos para a votação e a votação foi anunciada com a maior derrota de todos os tempos. A gente não teve 100 votos, teve 98 votos. Mas eu posso dizer que ali começou a virada de jogo nossa aqui no Parlamento e também do governo na sociedade. Aquilo é o marco do início de uma recuperação”, declarou.

Na avaliação do deputado, os confrontos no Congresso tiveram papel relevante na recomposição da imagem do governo junto à sociedade. Ele considera que, a partir desses episódios, o Executivo iniciou um processo de fortalecimento político que pode refletir positivamente no cenário eleitoral. “O governo entra em 2026 mais forte”, avaliou.

Sobre a relação institucional com Hugo Motta, Lindbergh afirmou que o diálogo foi retomado após um período de tensão. No fim de novembro, o presidente da Câmara havia anunciado o rompimento das relações com o líder do PT, em meio a conflitos sobre a articulação de projetos considerados prioritários pelo governo. O parlamentar confirmou que novas conversas ocorreram recentemente, mas ponderou que o ambiente segue marcado por divergências políticas.

“Aqui a relação é política. É que teve muitos temas que surgiram e foi meio errático”, disse. Ao tratar de possíveis acordos para as eleições de 2026, especialmente na Paraíba, Lindbergh avaliou que o cenário ainda é incerto. Segundo ele, eventuais alianças, como para a disputa ao Senado, dependerão da atuação futura de Hugo Motta em projetos sensíveis, como o PL da Dosimetria e outras propostas de interesse do governo.

Fonte: Brasil 247

Alessandro Vieira vota para rejeitar PL da Dosimetria no Senado

O projeto “abre as portas das prisões”, disse o senador

     Alessandro Vieira (Foto: Marcos Oliveira/Ag. Senado)

O senador Alessandro Vieira (MDB-SE) apresentou voto pela rejeição do chamado Projeto da Dosimetria das penas aplicadas aos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023. A manifestação foi protocolada nesta terça-feira (16) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal, onde a proposta está em análise. As informações são do g1.

No documento, Vieira faz críticas diretas ao conteúdo do projeto e às consequências que ele pode gerar no sistema penal brasileiro.

Em seu voto, o senador afirma que a proposta cria uma contradição no discurso institucional do Parlamento. “O Senado Federal não pode incorrer na incoerência de endurecer o discurso contra o crime organizado com uma mão, prometendo rigor à sociedade, mas, com a outra, aprovar uma legislação que abre as portas das prisões sem qualquer razoabilidade”, escreveu Alessandro Vieira.

O parlamentar sustenta que o projeto não se limita aos casos específicos para os quais foi concebido e pode produzir efeitos amplos e indesejados. Segundo ele, a iniciativa acaba enfraquecendo o enfrentamento à criminalidade e pode incentivar outros condenados a buscar a redução de suas penas com base no mesmo precedente.

Vieira também destaca impactos estruturais da proposta sobre o ordenamento jurídico. Para o senador, a análise do texto evidencia que “as soluções legislativas adotadas geram preocupantes repercussões sistêmicas no ordenamento jurídico brasileiro, extrapolando consideravelmente o âmbito de aplicação originalmente pretendido, e criando insegurança jurídica que, em hipótese alguma, pode ser permitida”.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Moraes vota para condenar cinco réus e absolver delegado da PF em julgamento da trama golpista

Ministro detalha atuação do núcleo 2 e aponta uso indevido da máquina pública após as eleições de 2022

     Ministro Alexandre de Moraes (Foto: Antonio Augusto/STF)

O Supremo Tribunal Federal (STF) avançou no julgamento do chamado núcleo 2 da trama golpista investigada após as eleições de 2022, com o voto do ministro Alexandre de Moraes pela condenação de cinco dos seis réus acusados de integrar uma organização criminosa voltada à manutenção do ex-presidente Jair Bolsonaro no poder, mesmo após a derrota nas urnas. O magistrado também votou pela absolvição do delegado da Polícia Federal Fernando de Sousa Oliveira.

Segundo a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), os acusados atuaram de forma coordenada em ações de monitoramento e neutralização de autoridades públicas, além de participarem da elaboração de um decreto que previa a adoção de medidas excepcionais no país. A acusação também aponta tentativas de interferência no processo eleitoral, com foco em impedir a votação de eleitores, especialmente na região Nordeste.

O núcleo 2 é composto por seis réus: Fernando de Sousa Oliveira, delegado da Polícia Federal e ex-secretário-executivo da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal; Marcelo Costa Câmara, coronel da reserva e ex-assessor de Jair Bolsonaro; Filipe Garcia Martins Pereira, ex-assessor especial de Assuntos Internacionais; Marília Ferreira de Alencar, ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça; Mário Fernandes, general da reserva e ex-secretário-geral da Presidência; e Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal.

◍ Voto de Moraes

Antes de entrar no mérito das acusações, Alexandre de Moraes rejeitou questionamentos processuais levantados pelas defesas, como a alegação de incompetência do STF para julgar o caso e supostos prejuízos decorrentes do volume de provas reunidas. Em seguida, passou a examinar individualmente a conduta atribuída a cada réu.

“A organização criminosa planejava, desde meados de 2020, a sua manutenção do poder”, afirmou o ministro. Em outro trecho, acrescentou: “Uma sucessão de atos executórios, todos eles relacionados entre si, demonstra a forte atuação dessa organização criminosa. Tendo esses réus participado de pelo menos seis momentos importantes nessa tentativa de consumação da perpetuação de poder de um grupo político que se tornou uma verdadeira organização criminosa no país”.

Ao tratar da atuação do general da reserva Mário Fernandes, Moraes destacou a postura do réu diante do cenário político. “É impressionante como essa confusão mental, na mente do réu, faz com que se tente justificar uma atitude golpista, um atentado contra o Estado Democrático de Direito”, disse, ao apontar que o acusado se colocava como um “salvador da pátria” e difundia ataques ao sistema eleitoral.

◍ Atuação da Polícia Rodoviária Federal

O ministro também dedicou parte de seu voto à análise das operações da Polícia Rodoviária Federal no segundo turno das eleições de 2022. Segundo Moraes, houve desvio de finalidade e utilização da máquina estatal em benefício do grupo político investigado.

“Nós sabemos que não é normal, não é legal a utilização da Polícia Federal para produzir boletins de inteligência com base em votação para que a operação seja realizada pela Polícia Rodoviária Federal para obstruir só determinados eleitores tendentes a votar num candidato”, afirmou. Ele ainda rebateu o argumento de que as ações tinham como objetivo o combate ao crime organizado e à compra de votos. “Não é nem função da Polícia Rodoviária Federal”, ressaltou.

Em outro momento, o ministro foi enfático ao criticar a conduta institucional: “Então, claramente houve aqui um desvio de finalidade absolutamente ilícito para auxiliar um determinado grupo político que se transformou em organização criminosa para se manter no poder. Talvez, ministro Zanin, [esse seja] um dos momentos mais vexatórios da história de uma instituição respeitada como a Polícia Rodoviária Federal”.

◍ Posição de Cármen Lúcia e denúncia da PGR

Durante o julgamento, a ministra Cármen Lúcia também se manifestou, destacando o impacto das condutas sobre os valores profissionais e democráticos. “O golpe é isso, é golpear uma estrutura organizada posta numa Constituição”, afirmou. Em seguida, completou: “É muito melancólico a gente ver que as pessoas numa convivência social, num convivência política, não respeitam o Estado de Direito, que vem para impedir que a ânsia por cargos, a ânsia por poder”.

A ministra ainda enfatizou a importância da ética no serviço público. “É importante que não se desconsidere o que são os valores de dignidade profissional, de ética nas carreiras, e que é preciso que realmente se tenha um cuidado com isso. Porque, como eu já lembrei mais de uma vez, a democracia vive do princípio da confiança”.

De acordo com a PGR, o grupo foi responsável por gerir as principais iniciativas da organização criminosa, incluindo o uso das forças policiais para sustentar o ex-presidente no poder, a coordenação do monitoramento de autoridades, a interlocução com lideranças ligadas aos atos de 8 de janeiro de 2023 e a elaboração da chamada minuta do golpe. Os réus respondem por cinco crimes: golpe de Estado, abolição do Estado Democrático de Direito, dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado e organização criminosa.

Fonte: Brasil 247

Bolsonaristas temem que PL da Dosimetria fique para depois das eleições de 2026

Alterações articuladas no Senado podem fazer projeto voltar à Câmara e adiar decisão final

São Paulo (SP) - 14/12/2025 - Manifestantes ocupam a Avenida Paulista, na região central da capital paulista, para protestar contra o Congresso Nacional por causa da aprovação do Projeto de Lei (PL) da Dosimetria (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)

Lideranças ligadas ao bolsonarismo acompanham com apreensão as movimentações no Senado em torno do Projeto de Lei da Dosimetria. O receio é que as mudanças em discussão, conduzidas pelo relator da proposta, senador Esperidião Amin (PP-SC), acabem retardando a tramitação do texto e empurrem a conclusão do processo legislativo para depois das eleições de 2026, informa Igor Gadelha, do Metrópoles.

Segundo a avaliação desse grupo político, eventuais alterações de mérito feitas pelos senadores obrigariam o projeto a retornar à Câmara dos Deputados para uma nova rodada de análise. O cenário, na prática, comprometeria a expectativa de aprovação definitiva ainda no atual calendário legislativo.

Na segunda-feira (15), Esperidião Amin sinalizou que deve acolher uma emenda com o objetivo de deixar explícito no texto que os benefícios previstos no projeto se aplicam exclusivamente aos envolvidos nos atos de 8 de Janeiro. A negociação em torno dessa redação ocorre desde a votação da proposta na Câmara e reflete o temor de que, sem esse esclarecimento, o projeto possa ser interpretado de forma a alcançar também crimes comuns.

Para evitar um novo atraso, lideranças bolsonaristas no Senado passaram a atuar nos bastidores para convencer o relator a limitar eventuais ajustes às chamadas emendas de redação. Esse tipo de modificação altera a forma do texto, mas não seu conteúdo, e por isso dispensa uma nova apreciação pela Câmara dos Deputados. Até o momento, contudo, não há consenso sobre essa estratégia.

O PL da Dosimetria foi aprovado pela Câmara na madrugada de quarta-feira (10), após intensa articulação política liderada pelo deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). A proposta avançou depois de um longo processo de negociações, que envolveu diferentes alas do Congresso e agora enfrenta seu momento mais sensível no Senado.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Zezé di Camargo teria outros incômodos com o SBT e criou narrativa de cancelamento como pretexto para romper com a emissora

A crise entre Zezé Di Camargo e o SBT ganhou novos contornos

      Cantor Zezé Di Camargo (Foto: Reprodução / Instagram)

A crise entre Zezé Di Camargo e o SBT ganhou novos contornos nos bastidores e não se resume apenas às críticas políticas feitas pelo cantor à emissora. Apuração da coluna Fábia Oliveira, no Metrópoles, divulgada nesta segunda-feira (15), indica que a insatisfação do sertanejo estaria ligada também a problemas comerciais envolvendo o especial de Natal gravado para o canal.

O caso veio à tona após Zezé publicar, na madrugada de segunda-feira, um vídeo nas redes sociais com duras críticas ao SBT e às filhas de Silvio Santos, em reação ao convite feito ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a inauguração do SBT News. A declaração teve ampla repercussão e culminou no cancelamento do programa especial que iria ao ar nesta quarta-feira (17).

Segundo fontes ouvidas pela coluna, o principal estopim da revolta do artista teria sido o fracasso na venda das cotas de patrocínio do especial de Natal. Nos bastidores, o desempenho comercial do projeto ficou muito abaixo do esperado e gerou incômodo no cantor.

De acordo com as informações apuradas, a tabela cheia do especial girava em torno de R$ 400 mil por cota. Diante da dificuldade em atrair anunciantes, o SBT teria oferecido descontos agressivos, que chegaram a 90% do valor inicial. Ainda assim, as marcas não demonstraram interesse suficiente, e as negociações não avançaram.

O especial, intitulado Natal é Amor, estava programado para ir ao ar às 23h15 da próxima quarta-feira. No entanto, após a repercussão negativa do vídeo publicado por Zezé Di Camargo, a emissora decidiu cancelar a exibição.

Na gravação, o cantor criticou a direção do SBT e fez ataques diretos às herdeiras de Silvio Santos. Em um dos trechos mais polêmicos, Zezé afirmou que as filhas do fundador da emissora estariam “se prostituindo” politicamente e chegou a pedir publicamente que o especial fosse cancelado.

Diante da crise, o SBT se pronunciou oficialmente e confirmou a retirada da atração da grade. Em nota, a emissora declarou: “A Assessoria de Comunicação informa que, após avaliações internas, a cúpula do SBT decidiu por não exibir o Especial ‘Natal é Amor’, que estava programado para a próxima quarta-feira, às 23h00. A emissora divulgará em breve a atração que ocupará o horário.”

A soma entre a frustração comercial do projeto e a controvérsia política teria criado o ambiente para a ruptura pública entre Zezé Di Camargo e o SBT, transformando um impasse interno em um episódio de grande repercussão nas redes sociais e na mídia.

Fonte: Brasil 247

Deputado Antônio Doido é alvo de operação da PF e joga celulares pela janela

O deputado federal Antônio Doido. Foto: reprodução

Durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão no apartamento funcional do deputado federal Antônio Leocádio dos Santos (MDB-PA), conhecido como Antônio Doido, em operação deflagrada nesta terça-feira (16), a Polícia Federal encontrou celulares arremessados pela janela.

Os aparelhos foram localizados no gramado do prédio e registrados em vídeo pelos agentes, segundo a jornalista Andréia Sadi, da GloboNews. No imóvel, os policiais também apreenderam dinheiro em espécie.

Antônio Doido é um dos principais alvos da Operação Igapó, que apura a atuação de uma organização criminosa suspeita de corrupção, lavagem de dinheiro e desvio de recursos públicos. De acordo com a PF, o grupo desviava verbas de emendas parlamentares e recursos estaduais por meio de fraudes em processos licitatórios, utilizando o dinheiro para pagamento de vantagens indevidas e ocultação de patrimônio.

A investigação indica que os valores desviados eram movimentados por meio de um esquema estruturado, com uso de intermediários para dificultar o rastreamento da origem dos recursos. A tentativa de se desfazer dos celulares durante a ação é vista pelos investigadores como indício de obstrução das apurações, já que os aparelhos podem conter mensagens e registros relevantes para o inquérito.

Saques milionários

Policial militar Francisco Galhardo foi preso com R$ 5 milhões em dinheiro vivo em Castanhal (PA), às vésperas das eleições de 2024; valores teriam ligação com esquema investigado pela PGR – Foto: Reprodução

A Procuradoria-Geral da República passou a investigar Antônio Doido após a prisão de dois aliados próximos do deputado, flagrados com grandes quantias em dinheiro vivo em momentos estratégicos do calendário eleitoral.

Em outubro de 2024, o policial militar Francisco Galhardo foi preso ao sacar R$ 5 milhões em espécie em uma agência bancária em Castanhal, no Pará, dois dias antes do primeiro turno das eleições municipais em Ananindeua, cidade onde Doido disputava a prefeitura e acabou derrotado.

Em janeiro de 2025, outro episódio reforçou as suspeitas: Jacob Serruya Neto, então assessor do parlamentar, foi detido ao sacar R$ 1,1 milhão em dinheiro. Após a prisão, ele foi exonerado do cargo na Câmara dos Deputados.

Relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras apontam que Francisco Galhardo realizou ao menos 15 saques entre 2023 e 2024, somando R$ 48,8 milhões. Para a PGR, há indícios de que o dinheiro pertencia ao deputado e era movimentado por meio de um “complexo e sofisticado mecanismo de lavagem”.

Conversas obtidas pela Polícia Federal também indicam a participação direta de Antônio Doido na liberação de pagamentos. No dia em que os R$ 5 milhões foram apreendidos, mensagens mostram que o deputado teria ordenado a entrega de R$ 380 mil a um homem identificado como Geremias, encontrado pela polícia com o valor dentro de um carro estacionado nas proximidades da agência bancária.

Segundo o Ministério Público, os recursos desviados teriam origem em contratos públicos e teriam sido usados tanto para corromper agentes quanto para financiar campanhas eleitorais, com concentração de saques nos meses que antecederam as eleições.

Deputado federal pelo MDB, Antônio Leocádio dos Santos iniciou a carreira política como prefeito de São Miguel do Guamá, no Pará. Eleito para a Câmara em 2022 com 126.535 votos, declarou R$ 2,5 milhões em bens em 2024 e destinou R$ 37,8 milhões em emendas parlamentares naquele ano, principalmente para áreas de saúde e infraestrutura.

Fonte: DCM com informações da GloboNews

PL da Dosimetria incentiva novas tentativas de golpe, admite autor do projeto


      Deputado Marcelo Crivella, autor do PL da Dosimetria. Foto: reprodução

O deputado federal Marcelo Crivella (Republicanos-RJ) admitiu que o chamado PL da Dosimetria, que teve sua autoria, pode incentivar novos ataques às instituições ao reduzir as punições aplicáveis a crimes contra o Estado de Direito.

A declaração foi feita em vídeo divulgado pelo próprio Republicanos, partido do ex-prefeito do Rio de Janeiro e autor da proposta que deu origem ao projeto aprovado pela Câmara e que agora será analisado pelo Senado.

No material publicado nos canais oficiais da legenda, e resgatado por Paulo Motoryn, do Intercept Brasil, Crivella afirma que o cenário ideal, em sua avaliação, teria sido a aprovação de uma anistia específica para os envolvidos nos atos golpistas de 8 de Janeiro.

Diante da resistência a essa alternativa, segundo ele, construiu-se um caminho legislativo indireto: a alteração das regras de dosimetria das penas, com efeitos semelhantes ao perdão penal.

“O ideal teria sido a gente aprovar a anistia, porque se no futuro houver outras manifestações como aquela quebradeira toda, as penas serão essas que agora estão sendo modificadas. Não vai poder mais somar as penas todas e dar penas altíssimas. Então nesse aspecto, realmente, o projeto acaba, vamos dizer assim, de certa forma, incentivando essas manifestações”, admitiu Crivella.


Ao explicar o funcionamento do texto aprovado, Crivella reconhece que a nova lei impede a soma de penas para crimes cometidos dentro de um mesmo contexto, o que inviabiliza a aplicação de condenações elevadas como as impostas atualmente aos responsáveis pelos ataques às sedes dos Três Poderes.

Para o deputado, isso produz um impacto direto não apenas sobre condenações passadas, mas também sobre eventuais episódios futuros.

A fala expõe uma contradição central no discurso dos defensores do PL da Dosimetria. Publicamente, o projeto tem sido apresentado como uma alternativa mais moderada à anistia ampla, capaz de reduzir tensões políticas sem comprometer a ordem democrática.

Nos bastidores, porém, o próprio autor reconhece que a mudança na legislação cria um ambiente penal mais permissivo para ataques ao Estado.

A proposta será analisada nesta semana pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado, sob relatoria do senador Esperidião Amin (PP-SC).

Fonte: DCM

Contarato alerta para os riscos do PL da Dosimetria: “Presente de Natal para facções”


       Fabiano Contarato, senador pelo PT. Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

O senador Fabiano Contarato (PT-ES) criticou o projeto de lei conhecido como PL da Dosimetria e afirmou que a proposta representa um “presente de Natal para facções criminosas”. A declaração foi feita em referência ao texto que prevê mudanças no cálculo de penas e pode beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Com informações da Coluna Painel, da Folha de S.Paulo.

Segundo Contarato, a proposta reduz penas e altera regras de progressão de regime para determinados crimes, o que, na avaliação do senador, cria brechas que podem alcançar condenados por crimes violentos. O parlamentar afirmou que o texto gera preocupação no Senado por seus possíveis efeitos no sistema penal.

De acordo com técnicos ouvidos pela imprensa, o projeto abre espaço para progressão mais rápida de regime em casos que envolvem crimes como coação no curso do processo, incêndio doloso e resistência contra agentes públicos. Esses pontos têm sido citados como fatores centrais da resistência à proposta na Casa.

Em declaração, Contarato afirmou ser contrário a qualquer iniciativa que relativize os atos golpistas de oito de janeiro de 2023. “Sou absolutamente contra qualquer tentativa de relativizar um dos episódios mais graves da história da nossa democracia”, disse o senador.

Protesto contra o PL da Dosimetria na Avenida Paulista neste domingo (14). Foto: Zanone Fraissat/Folhapress

O parlamentar também declarou que os atos daquele dia configuraram uma tentativa organizada de ruptura institucional. Segundo ele, a responsabilização deve ocorrer nos termos da legislação vigente, sem alterações que possam reduzir punições.

Contarato classificou o projeto como “extremamente perigoso” e afirmou que, ao tentar beneficiar Bolsonaro, o texto acaba abrindo brechas que podem atingir criminosos considerados de alta periculosidade. Para o senador, esse efeito colateral é um dos principais problemas da proposta.

O PL da Dosimetria está previsto na pauta da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, com discussão marcada para esta quarta-feira (17). O texto enfrenta resistência entre senadores, inclusive dentro de partidos que compõem a base governista.

Contarato afirmou que pretende atuar para impedir o avanço do projeto no Senado. Segundo ele, a proposta representa um retrocesso na política criminal e deve ser barrada durante a tramitação legislativa.

Fonte: DCM

Flávio Bolsonaro tenta se descolar de Trump após queda das sanções contra o Brasil

Senador diz que associação com o presidente dos EUA pode não ser positiva para sua pré-candidatura e afirma que eleição de 2026 terá um Bolsonaro nas urnas

      Flávio Bolsonaro (Foto: Saulo Cruz/Agência Senado)

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou que não vê vantagem eleitoral em ter sua imagem associada à do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, após a decisão da Casa Branca de retirar sanções que atingiam o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. A declaração foi dada em entrevista ao canal LeoDias TV, em meio à reação negativa da militância bolsonarista à mudança de posição do governo norte-americano.

A entrevista foi publicada pelo jornal Estado de S. Paulo e ocorre em um contexto de desgaste de Trump junto a setores da direita brasileira, que esperavam uma postura mais agressiva do presidente dos Estados Unidos em relação às autoridades brasileiras.

Ao comentar a retirada das sanções e a não aplicação da Lei Magnitsky, Flávio negou que o episódio represente um enfraquecimento político da família Bolsonaro. Segundo ele, também não procede a avaliação de que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) teria influência direta sobre as decisões de Trump.

“As sanções que foram impostas ao Brasil e a Lei Magnitsky não foram manipulação do Eduardo. As empresas e os cidadãos americanos perseguidos pelo Moraes sempre foram os interesses do Trump. Acreditar que o Eduardo manipula o Trump, isso não dá. Não tem nada a ver com a minha candidatura. Nem sei se é bom ter Trump colado com a minha imagem”, afirmou o senador.

Eduardo Bolsonaro, que está nos Estados Unidos articulando ações junto à direita internacional, reagiu à retirada das sanções com uma nota de pesar publicada na rede social X. Na mensagem, ele afirmou que “Deus tenha misericórdia do povo brasileiro” e disse que o país teria perdido uma “janela de oportunidade” para enfrentar “seus próprios problemas estruturais”.

Na mesma noite, Alexandre de Moraes agradeceu publicamente ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo empenho do Palácio do Planalto em dialogar com a Casa Branca para reverter as punições. A decisão provocou uma enxurrada de críticas a Trump entre parlamentares e militantes bolsonaristas, que passaram a classificá-lo como “decepção” e a acusá-lo de abandonar Jair Bolsonaro.

Perfil moderado

Apesar do cenário de desgaste internacional, Flávio Bolsonaro reafirmou que não pretende retirar sua pré-candidatura e disse que a eleição presidencial de 2026 “terá um Bolsonaro nas urnas”. O senador afirmou ainda que pretende adotar um perfil mais moderado do que o de seu pai durante o governo Bolsonaro, apontando a comunicação como o principal problema da gestão entre 2019 e 2022.

“As pessoas vão ver um Bolsonaro mais centrado. Eles sempre cobraram muito isso: ‘ah, o Bolsonaro podia falar menos’. Eu não quero falar em versão melhorada, mas acredito que sou de um perfil de mais conversar, buscar o diálogo, conversar com a esquerda, me dou bem com todo mundo, nunca levo para o CPF de ninguém”, declarou.

Questionado sobre quem apoiaria caso não seja candidato, Flávio evitou citar nomes da direita que já se colocam no debate presidencial, como os governadores Tarcísio de Freitas, Ronaldo Caiado, Ratinho Júnior e Romeu Zema. “O único nome que está colocado é o meu. Tem que perguntar para eles se eles me apoiariam. Olha que problema bom: tem um monte de nomes bons que vão estar unidos contra o PT em 2026”, disse.

O senador também afirmou que, se pudesse escolher, teria uma mulher como vice em sua eventual chapa presidencial, avaliando que isso poderia ampliar seu diálogo com o eleitorado feminino, segmento no qual Jair Bolsonaro enfrentou maior resistência nas eleições de 2022, ao lado do eleitorado nordestino e de renda mais baixa.

Fonte: Brasil 247

Saiba quem é o desembargador suspeito de vazar informações ao crime organizado

Magistrado do TRF-2 foi alvo da Operação Unha e Carne 2, que apura vazamento de informações sigilosas ao Comando Vermelho

     Macário Júdice Neto (Foto: Divulgação)

A Polícia Federal prendeu nesta terça-feira o desembargador federal Macário Júdice Neto, integrante do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), em mais um desdobramento da Operação Unha e Carne 2. A investigação apura o repasse de informações sigilosas a integrantes do Comando Vermelho e atinge figuras do Judiciário e da política fluminense.

Macário é relator do processo que envolve o ex-deputado estadual Thiego Raimundo dos Santos, conhecido como TH Joias, apontado como aliado direto da facção criminosa.

Segundo as apurações da Polícia Federal, o magistrado teria atuado para favorecer interesses do grupo criminoso, o que motivou a nova fase da operação, deflagrada meses após a prisão do então presidente afastado da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Bacellar, investigado no mesmo esquema.

⊛ Histórico de afastamentos e acusações

A trajetória de Macário Júdice Neto na magistratura é marcada por uma longa sequência de afastamentos e disputas judiciais. Conforme revelou a coluna de Lauro Jardim, ele foi reintegrado ao Judiciário e promovido ao cargo de desembargador em 2023, após permanecer 17 anos afastado das funções. Desde 2005, o juiz enfrentava decisões que o mantinham fora do cargo, relacionadas a acusações de venda de sentenças quando atuava na Justiça Federal do Espírito Santo.

O primeiro afastamento foi determinado pelo próprio TRF-2, em novembro de 2005, no âmbito de uma ação penal que investigava sua suposta participação em um esquema associado à chamada máfia dos caça-níqueis. Em 2015, Macário foi absolvido nesse processo, mas continuou afastado devido à existência de um processo administrativo disciplinar (PAD) que tratava dos mesmos fatos.

⊛ Decisões do CNJ e retorno ao cargo

O PAD se arrastou por anos, com sucessivos recursos e disputas jurídicas, até chegar ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Em novembro de 2022, o órgão concluiu que o prazo para julgamento havia sido ultrapassado e determinou a reintegração do magistrado. Apesar disso, ainda pesava contra ele uma decisão de afastamento por improbidade administrativa, proferida pelo próprio TRF-2.

De acordo com informações publicadas no site da Universidade Federal do Espírito Santo, Macário Júdice Neto foi nomeado desembargador federal em maio de 2023. A indicação formal foi encaminhada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, já que o magistrado figurava como o primeiro nome da lista de antiguidade. A posse ocorreu em solenidade realizada no gabinete da Presidência do TRF-2.

⊛ Caso analisado pelo CNJ em 2015

A revista eletrônica Consultor Jurídico destacou que, em dezembro de 2015, o CNJ suspendeu uma decisão do TRF-2 que havia aplicado a pena de aposentadoria compulsória a Macário. O conselheiro Arnaldo Hossepian entendeu que a deliberação não respeitou o quórum exigido pela Constituição. Com isso, o magistrado permaneceu no quadro da magistratura.

A penalidade havia sido motivada por acusações de venda de decisões judiciais, mas o processo nunca transitou em julgado, o que impediu a aplicação definitiva da sanção.

⊛ Vínculo institucional da esposa

Outro ponto que ganhou destaque com a deflagração da operação envolve a esposa do desembargador, Flávia Júdice. Ela atuava até o mês passado no gabinete da diretoria-geral da Alerj, no mesmo período em que avançavam as investigações contra TH Joias e Rodrigo Bacellar.

Fonte: Brasil 247

PF faz novas buscas contra Rodrigo Bacellar no Rio

Operação Unha e Carne 2 mira deputado licenciado e apura vazamento de informações que teriam beneficiado o Comando Vermelho

      Rodrigo Bacellar (Foto: Alerj/Divulgação)

A Polícia Federal realizou, na manhã desta terça-feira (16), uma nova fase da Operação Unha e Carne, com foco em buscas contra o deputado estadual licenciado Rodrigo Bacellar (União Brasil), ex-presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). A ação aprofunda a apuração sobre o vazamento de informações sigilosas que teriam favorecido integrantes da facção criminosa Comando Vermelho e suas conexões com agentes públicos, informa o Metrópoles.

Ao todo, os agentes cumpriram um mandado de prisão e dez mandados de busca e apreensão, expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Além da capital fluminense, há diligências em endereços no Espírito Santo.

Rodrigo Bacellar volta ao centro das investigações após ter sido preso na primeira fase da Operação Unha e Carne. Na ocasião, ele acabou sendo solto por decisão do plenário da Alerj, passando a responder em liberdade, com o uso de tornozeleira eletrônica. Mesmo fora do cargo, o parlamentar licenciado permanece sob investigação da PF, que busca aprofundar o rastreamento de eventuais vínculos com o esquema criminoso apurado.

A operação também resultou na prisão do desembargador Macário Ramos Judice Neto, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2). Ele é o relator do processo envolvendo Thiaho Raimundo dos Santos, conhecido como TH Joias, apontado como ligado ao Comando Vermelho. Judice Neto foi detido e levado para a sede da Polícia Federal no Rio de Janeiro.

A trajetória do desembargador é marcada por controvérsias. Em 2005, ele foi afastado da magistratura por decisão do TRF-2, após denúncias do Ministério Público Federal relacionadas à suposta participação em um esquema de venda de sentenças no Espírito Santo. Após 17 anos afastado, Judice Neto retornou à carreira e foi promovido a desembargador em 2023.

Outro ponto levantado pela investigação envolve Flávia Judice, esposa do magistrado, que atuava no gabinete da diretoria-geral da Alerj até o início do mês passado, período em que a apuração contra o ex-deputado estadual já estava em andamento.

A nova ofensiva da Polícia Federal está alinhada às determinações do STF no julgamento da ADPF 635/RJ, conhecida como ADPF das Favelas. A decisão estabeleceu, entre outras medidas, que a PF conduzisse investigações sobre a atuação de grupos criminosos violentos no estado do Rio de Janeiro e suas possíveis ligações com agentes públicos, ampliando o alcance das apurações em curso.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Após ataque ao SBT, prefeitura cancela show com bolsonarista Zezé Di Camargo

 

Fredson Brito, prefeito de São José do Egito. Foto: reprodução

O prefeito de São José do Egito (PE), Fredson Brito (Republicanos), anunciou na última segunda-feira (15) o encerramento do contrato com o cantor Zezé Di Camargo, contratado para um show na cidade de cerca de 31 mil habitantes.

Segundo Brito, a decisão teve como objetivo preservar a imagem da cidade e evitar o envolvimento do município em controvérsias sem relação com o interesse coletivo.


No texto, o prefeito afirmou que não admite que São José do Egito seja associada a polêmicas decorrentes de questões individuais, independentemente de quem esteja envolvido, e destacou que o município não pode servir de palco para narrativas que não representem os valores da população local.

“Não aceito, em hipótese alguma, que São José do Egito seja colocado no centro de polêmicas decorrentes de questões individuais de quem quer que seja. Nossa cidade merece respeito e não será palco para especulações que não refletem os valores da nossa gente”, declarou.



A nota oficial de Fredson Brito:


Como prefeito e representante democraticamente eleito de São José do Egito, tenho o dever de zelar pela imagem, pela paz social e pelo bem-estar do nosso povo.

Não aceito, em hipótese alguma, que São José do Egito seja colocado no centro de polêmicas decorrentes de questões individuais de quem quer que seja — seja artista, profissional liberal ou qualquer pessoa, de qualquer área. Nossa cidade não pode e não será palco para especulações, rotulações ou narrativas que não representam os valores da nossa gente.

Por esse motivo, e com o único objetivo de proteger São José do Egito e sua população, tomei a decisão administrativa de encerrar o contrato com o cantor Zezé Di Camargo. De forma imediata, a Prefeitura realizou a contratação da banda Seu Desejo (Yara Tchê & Alessandro) que se apresentará na Festa de Reis de 2026, no dia 4 de janeiro, mantendo o brilho, a alegria e a grandeza do nosso evento. Temos o orgulho de anunciar que esta edição dessa festa centenária terá ampliado o investimento em artistas locais – será o maior da história. Estes que estão presentes desde o início e vão permanecer nos eventos do município nos próximos anos.

Vivemos um novo momento em São José do Egito. Um tempo de união, de esperança e de transformação. Nossa cidade está avançando, se reconstruindo e se afirmando como um lugar de cultura, de acolhimento e de orgulho para o Sertão, para Pernambuco e para o Brasil.

Aqui não é espaço para plantar discórdias nem para alimentar falsas especulações. São José do Egito merece respeito. Merece ser lembrada pela força do seu povo, pela sua cultura e pela sua história — e assim continuará sendo.

Seguiremos, de mãos dadas com o povo, trabalhando para fortalecer aquilo que nos une e para garantir que nossa cidade continue no caminho do desenvolvimento, da paz e da cultura produzida pelos nossos artistas que são orgulho da nossa gente.

Fredson Brito
Prefeito de São José do Egito

Fonte: DCM

VÍDEO: Esposa de Ramagem diz ter tido suas contas bancárias bloqueadas


       Rebeca Ramagem e o deputado federal Alexandre Ramagem. Foto: Reprodução

Rebeca Ramagem, esposa do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), afirmou em suas redes sociais nesta segunda-feira (15) que teve suas contas bancárias bloqueadas. A medida ocorre enquanto seu marido está foragido nos Estados Unidos, após ser condenado a 16 anos de prisão por participação em um esquema golpista. Ramagem fugiu para Miami em setembro deste ano, e a família seguiu para os Estados Unidos em seguida.

Em um vídeo postado nas redes sociais, Rebeca relatou ser servidora pública há 22 anos, sendo 12 como delegada de Polícia Civil em Roraima e atualmente como procuradora do Estado. Ela explicou que não responde a nenhum processo, mas foi surpreendida com o bloqueio de suas contas bancárias. “Sofri agora o absurdo de ter minhas contas bancárias bloqueadas”, disse ela, se dizendo injustiçada.

Rebeca atribuiu o bloqueio à decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, e qualificou o ato como “desumano e inconstitucional”. Ela afirmou que não há qualquer investigação contra ela e que vive em um cenário em que “direitos fundamentais deixam de existir”. A esposa de Ramagem considerou o bloqueio como mais um exemplo de abuso de poder por parte do STF.

A decisão de bloqueio de contas ocorreu no contexto da fuga de Ramagem, que está sendo investigado por sua participação na tentativa de golpe de Estado. O ministro Moraes também autorizou o pedido de extradição de Ramagem para os Estados Unidos, onde ele se encontra desde setembro, e determinou o envio dos documentos necessários ao Ministério da Justiça.

De acordo com a Polícia Federal, a suspeita é de que Ramagem tenha saído clandestinamente do Brasil pela Guiana e, de lá, viajado para Miami, onde está foragido. A PF também cumpre investigações sobre a possível ajuda recebida por Ramagem de outros envolvidos no processo.

Além da esposa de Ramagem, a Polícia Federal ainda investiga a rota de fuga utilizada por ele, com a colaboração de aliados, e os detalhes continuam sendo apurados pelas autoridades. A esposa de Ramagem, Rebeca, também foi impactada pela decisão que determinou o bloqueio de sua conta, o que ela considera injusto, dado o fato de não responder por nenhum processo até o momento.

Fonte: DCM