segunda-feira, 15 de dezembro de 2025

Janja aponta misoginia em vídeo do bolsonarista Zezé Di Camargo contra comando do SBT

Primeira-dama reage a declaração do cantor, vê ataque às filhas de Silvio Santos e denuncia linguagem machista no debate político

      Janja Lula da Silva (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A primeira-dama Janja Lula da Silva criticou nesta segunda-feira (15) um vídeo divulgado pelo cantor Zezé di Camargo nas redes sociais, no qual ele questiona a postura do SBT após a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de integrantes do governo federal e do Supremo Tribunal Federal (STF) no lançamento do canal SBT News. Para Janja, a declaração extrapola o debate político e recorre a uma linguagem misógina que atinge diretamente mulheres em posições de liderança. As informações são do jornal O Estado de São Paulo.

◎ Reação da primeira-dama nas redes sociais

No vídeo, Zezé di Camargo afirma que o SBT estaria se “prostituindo” ao abrir espaço para autoridades no lançamento de seu novo telejornal. Embora não mencione diretamente Lula, o cantor critica a presença institucional no evento, o que motivou a resposta pública de Janja.

Para a primeira-dama, a escolha do termo carrega um significado que ultrapassa a crítica editorial e se dirige às filhas de Silvio Santos, que atualmente comandam a emissora. “Falar que as filhas de Silvio estão ‘prostituindo’ ao convidar e dar voz ao presidente e demais autoridades no evento do SBT News reflete todo o machismo e a misoginia presentes no pensamento e nas ações de homens que seguem desrespeitando a presença de mulheres em espaços de poder, alimentando discursos de ódio contra nós”, escreveu Janja nas redes sociais.

◎ Evento do SBT reuniu autoridades

O lançamento do SBT News ocorreu na última sexta-feira (12) e contou com a presença do presidente Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e de ministros como Fernando Haddad (Fazenda), Jorge Messias (AGU)e Ricardo Lewandowski (Justiça). Pelo Supremo Tribunal Federal, participaram os ministros Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (republicanos-SP), também esteve no evento.

◎ Pedido de cancelamento do especial de Natal

A repercussão aumentou após Zezé di Camargo solicitar publicamente que o SBT retire do ar seu especial de Natal, previsto para o próximo dia 17. Em vídeo publicado na madrugada desta segunda-feira 15), o cantor afirmou não querer associar sua imagem à linha adotada recentemente pela emissora. “Se vocês puderem fazer um favor para mim: tirem meu especial do ar. Não quero participar disso”, declarou.

O sertanejo também afirmou que a postura do canal não representa suas convicções pessoais. “Eu vi o que aconteceu no SBT nos últimos dias. Juro por Deus que isso não faz parte do meu pensamento”, disse. O especial já está gravado e conta com a participação de outros artistas.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Estado de S. Paulo

Mulher de Boulos anuncia pré-candidatura à Câmara

Advogada e dirigente do Psol defende reeleição de Lula e critica atuação do Congresso

Natália Szermeta Boulosaanuncia pré-candidatura à Câmara dos Deputados (Foto: Reprodução/Instagram - @guilhermeboulos.oficial)

Natália Szermeta Boulos anunciou nesta segunda-feira (15) sua pré-candidatura à Câmara dos Deputados nas eleições do próximo ano. Advogada, secretária de organização do Psol e militante histórica de movimentos sociais, ela entra na disputa em meio a um processo de reorganização do partido em São Paulo, após a saída de Guilherme Boulos da arena eleitoral direta para assumir a Secretaria-Geral da Presidência da República.

Segundo O Globo, estão em andamento as articulações internas da sigla e o acordo construído com movimentos sociais, como o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), para viabilizar a candidatura de Natalia ao Legislativo federal.

◍ Articulação com movimentos sociais

Em manifestação pública nas redes sociais, Natalia destacou o que considera serem os principais desafios do próximo ciclo político. “No próximo ano temos duas importantes tarefas: reeleger o presidente Lula e mudar o Congresso Nacional que hoje se comporta como inimigo do povo”, escreveu. A declaração sintetiza o tom político que deve marcar sua campanha e reforça o alinhamento com o governo federal.

Com mais de 20 anos de atuação militante, a pré-candidata também ressaltou sua trajetória vinculada à organização popular. “Eu tenho uma longa trajetória de luta, dediquei mais de 20 anos da minha vida construindo na ponta, com o pé no barro, o que eu acredito: a organização popular”, afirmou, ao anunciar a decisão de disputar uma vaga na Câmara dos Deputados.

Natalia deverá concorrer ao lado da deputada federal Ediane Maria (Psol-SP), que busca o segundo mandato e também foi indicada por movimentos sociais. A composição é vista internamente como uma forma de fortalecer candidaturas com identidade de base e forte conexão territorial.

◍ Estratégia do Psol em São Paulo

O lançamento da pré-candidatura ocorre em um momento sensível para o Psol. A legenda enfrenta os desafios impostos pela cláusula de barreira e trabalha para evitar a redução de sua bancada na Câmara nas eleições de 2026. Para isso, aposta em nomes com visibilidade pública e capacidade de mobilização, especialmente em São Paulo, principal colégio eleitoral do país.

Guilherme Boulos, que foi o deputado federal mais votado do estado em 2022 e o segundo mais votado do país, não estará na disputa. Em 2023, ele concorreu à Prefeitura de São Paulo, obteve 2,1 milhões de votos, mas foi derrotado por Ricardo Nunes (MDB). Sua atuação em defesa do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e em oposição a determinadas iniciativas do Congresso, como PEC da Blindagem, o levou ao ministério, afastando-o do pleito de 2026.

◍ Reorganização partidária após saída de Boulos

Com a ausência de Boulos, a deputada Erika Hilton (Psol-SP) desponta como principal aposta do partido para puxar votos em São Paulo. Primeira mulher trans eleita pelo estado para a Câmara, ela ganhou protagonismo nacional com pautas como o fim da escala 6x1. Ao mesmo tempo, o partido avalia a sucessão de nomes históricos, como Luiza Erundina, de 91 anos, e Ivan Valente, de 79, que lançará Juliano Medeiros como sucessor.

Dentro desse cenário, a candidatura de Natália Szermeta é vista como estratégica para preservar a identidade política do PSOL e manter o diálogo com setores ligados ao MTST, movimento que marcou o início da trajetória política de Guilherme Boulos. A expectativa interna é que essa base contribua para sustentar o desempenho eleitoral do partido em um pleito considerado decisivo para seu futuro institucional.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Sóstenes detona Hugo Motta: 'procrastinador de problemas'

Líder do PL diz que presidente da Casa acumula pautas e evita resolver impasses

      Hugo Motta e Sóstenes Cavalcante (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

O líder do PL (Partido Liberal) na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), fez críticas públicas à atuação do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB). Em conversa com jornalistas nesta segunda-feira (15), o parlamentar afirmou que a atual condução dos trabalhos legislativos contribui para o acúmulo de problemas e dificulta soluções objetivas.

Segundo Sóstenes, a forma de liderança adotada por Hugo Motta se baseia em adiar decisões, em vez de enfrentar cada questão de maneira direta. “Ele lidera empurrando o problema para frente. Ele é um procrastinador de problemas”, afirmou o deputado, de acordo com a CNN Brasil.

◍ Críticas à condução da pauta legislativa

De acordo com o líder do PL, o presidente da Câmara poderia resolver os temas em debate de forma gradual, mas prefere concentrar diversos assuntos na pauta para tentar solucioná-los simultaneamente. Na avaliação de Sóstenes, essa estratégia acaba ampliando conflitos internos e gera insatisfação entre os partidos.

O parlamentar citou como exemplo a semana anterior, quando Hugo Motta sinalizou que colocaria em votação o projeto de lei da Dosimetria, demanda do PL, além de pautas econômicas defendidas pelo PT (Partido dos Trabalhadores). Também indicou que daria andamento a processos de cassação de deputados, o que elevou a expectativa em torno das decisões da presidência da Casa.

◍ Processos de cassação ampliam tensão

Entre os temas mais sensíveis, Hugo Motta já havia demonstrado disposição para pautar o processo de cassação do deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ). Sóstenes criticou a iniciativa e afirmou que a decisão lhe causou “estranheza”. Para o líder do PL, o resultado da última semana foi negativo para o presidente da Câmara. Segundo ele, havia a expectativa de que o plenário cassasse os mandatos da deputada Carla Zambelli (PL-SP) e do deputado Glauber Braga (Psol-RJ), o que não ocorreu.

◍ Avaliação negativa da última semana

Na avaliação de Sóstenes Cavalcante, o desfecho das votações frustrou a estratégia do comando da Casa e evidenciou problemas na condução política. Procurado, o presidente da Câmara não comentou o caso.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Lula destaca mais de 500 mercados abertos: “quem pensa pequeno, nem sonha”

Em evento da ApexBrasil, presidente ressalta competitividade, cooperação política e avanço ambiental para consolidar presença no comércio internacional

Brasília (DF) - 15/12/2025 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (d) e o presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, participam da inauguração da nova sede da ApexBrasil e ato alusivo à abertura de 500 novos mercados para a exportação de produtos agropecuários (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) destacou nesta segunda-feira (15) a abertura de mais de 500 mercados internacionais para produtos brasileiros, ao discursar durante a cerimônia de celebração da marca e de inauguração da nova sede da ApexBrasil, em Brasília. Lula defendeu uma atuação coletiva do governo, do setor produtivo e da diplomacia para ampliar a inserção do país no comércio mundial.

Durante o evento, Lula comparou a política ao futebol para reforçar a ideia de trabalho em equipe. “O que sempre me incomodou no futebol é que às vezes você tem um jogador que dribla três ou quatro adversários, passa bola livre para marcar o gol, o cara marca o gol e, ao invés de agradecer ao cara que passou a bola, ele corre para a plateia”, afirmou. Para ele, o sucesso das políticas públicas não pode ser apropriado individualmente quando os resultados são positivos.

Ao abordar a condução política, o presidente afirmou que erros precisam ser assumidos, mas acertos devem ser compartilhados. “Mas quando as coisas dão certo, você não pode correr para o abraço sozinho”, disse. Segundo Lula, os avanços recentes do Brasil decorrem de um aprendizado acumulado ao longo de anos, que envolve tanto o governo quanto o setor empresarial, especialmente no que diz respeito às exigências ambientais, climáticas e de qualidade dos produtos exportados.

Lula também destacou a importância da postura brasileira no exterior e criticou a ideia de que outros países teriam obrigação de comprar produtos nacionais. “O que interessa é a qualidade daquilo que a gente está oferecendo, não só de preço, mas também de qualidade”, afirmou. Ele ressaltou que o país trabalha para superar um período de isolamento internacional, marcado pela redução de relações diplomáticas e comerciais.

O presidente mencionou ainda a necessidade de ampliar a presença técnica do Brasil no exterior, defendendo a atuação conjunta de adidos do Ministério da Agricultura, do Itamaraty, da Embrapa e de outros órgãos. Segundo ele, essa articulação é fundamental para promover os produtos brasileiros em diferentes mercados e fortalecer a estratégia de exportação.

Ao tratar da relação entre mercado interno e externo, Lula afirmou que o cenário ideal é aquele em que o país consegue atender sua própria demanda e, ao mesmo tempo, exportar o excedente. “Essa é a coisa mais perfeita que poderia acontecer”, disse, ao ressaltar que esse equilíbrio fortalece a economia e amplia o poder de negociação do Brasil.

O presidente também rebateu críticas recorrentes ao setor agropecuário, frequentemente acusado de exportar apenas commodities de baixo valor agregado. Ele destacou os investimentos em genética, tecnologia e inovação presentes na produção brasileira, citando exemplos como a carne, a soja e a liderança do país na transição energética.

Nesse contexto, Lula comparou a matriz energética brasileira com a de países ricos. Segundo ele, enquanto nações desenvolvidas projetam alcançar 40% de energia renovável em 2050, o Brasil já conta com 53% em 2025. Para o presidente, esse desempenho demonstra que o país não pode abrir mão de oportunidades estratégicas no cenário global.

Lula fez um apelo por uma mudança de mentalidade. “Chega do Brasil se apresentar como se fosse um coitadinho. ‘Não posso fazer porque vai gastar’. Quem pensa pequeno nem sonha. É preciso a gente pensar grande”, concluiu, ao defender uma postura mais ambiciosa e confiante do país no comércio internacional.

Fonte: Brasil 247

Lula critica derrubada de vetos ao licenciamento ambiental: 'quem perde é o agronegócio'

Ainda assim, o presidente agradeceu ao Congresso Nacional: “foi muito correto nesse tempo todo com o meu governo”

Brasília (DF) - 15/12/2025 – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa da inauguração da nova sede da ApexBrasil e ato alusivo à abertura de 500 novos mercados para a exportação de produtos agropecuários (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta segunda-feira (15) que a derrubada, pelo Congresso Nacional, de vetos presidenciais relacionados ao novo marco do licenciamento ambiental pode trazer prejuízos diretos ao setor produtivo, especialmente ao agronegócio exportador. A declaração foi feita durante cerimônia que marcou a abertura de mais de 500 mercados internacionais para produtos brasileiros e a inauguração da nova sede da ApexBrasil, em Brasília.

Em seu discurso no evento, Lula relacionou os resultados econômicos recentes do país à retomada de políticas públicas, ao fortalecimento do mercado de trabalho e ao respeito às normas ambientais. “Esse país está tendo hoje a maior massa salarial da sua história, o menor desemprego. É esse país que nós estamos construindo, as coisas estão dando certo, os mercados estão aparecendo”, afirmou o presidente, ao destacar que o crescimento está associado à qualificação da mão de obra e à atenção às questões climáticas.

Ao comentar a decisão do Congresso de derrubar seu veto sobre o licenciamento ambiental, Lula disse que não reagiu com irritação, mas fez um alerta direto ao setor empresarial. “Quando o Congresso Nacional derrubou meu veto, não pense que eu fiquei chateado. Eu não vou perder um milímetro. Quem vai perder são os empresários que exportam produtos agrícolas se estiverem cometendo bobagens de não respeitar a questão climática”, declarou.

Segundo o presidente, eventuais descumprimentos ambientais podem resultar em sanções comerciais internacionais. “Quando chegar uma denúncia da União Europeia ou quando o Xi Jinping disser que não quer comprar porque está cometendo tal delito na floresta, eles que vão perder”, disse Lula, ao enfatizar que a responsabilidade não deve recair apenas sobre o governo ou os órgãos de controle.

Apesar das críticas à derrubada do veto, Lula fez questão de agradecer ao Congresso Nacional pelo apoio dado ao governo ao longo do mandato. Ele lembrou que assumiu a Presidência com uma base parlamentar minoritária. “Quando eu cheguei à Presidência, eu tinha 70 deputados em 513 e nove senadores em 81. Quantos de vocês pensaram: ‘não dá para governar’?”, questionou.

O presidente afirmou que projetos considerados centrais para o país foram aprovados com apoio de diferentes partidos. “Nós não tivemos um projeto importante que não foi votado e aprovado, com a contribuição do Congresso, dos partidos, daqueles que votaram em mim e daqueles que votaram contra”, disse.

Lula concluiu destacando que divergências fazem parte do processo democrático, mas elogiou a postura do Legislativo nas pautas econômicas. “Na questão econômica, do benefício desse país, o Congresso foi muito correto nesse tempo todo com o meu governo”, afirmou, encerrando o discurso com uma avaliação positiva da relação institucional entre os Poderes.

Fonte: Brasil 247

Moraes aciona Ministério da Justiça para pedir extradição de Ramagem

Deputado foi condenado pelo STF e fugiu para os Estados Unidos

     Alexandre Ramagem (Foto: Fellipe Sampaio/STF)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou na tarde desta segunda-feira (15) o início formal do procedimento de extradição do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), atualmente residente nos Estados Unidos. A decisão estabelece que a Secretaria do Supremo providencie o envio da documentação necessária ao Ministério da Justiça, responsável por dar seguimento ao pedido no âmbito internacional. As informações são do UOL.

O parlamentar foi condenado a cumprir pena de 16 anos, 1 mês e 15 dias de prisão, em regime inicial fechado, no âmbito do processo da trama golpista. O processo criminal contra Ramagem já transitou em julgado no STF, não cabendo mais recursos.

◍ Decisão do STF abre procedimento formal

No despacho, Alexandre de Moraes afirma que estão preenchidos os requisitos legais para o início da extradição e que o parlamentar “se evadiu do distrito de culpa”, ao deixar o país após a conclusão definitiva do julgamento no Supremo. A confirmação de que Alexandre Ramagem vive em território estadunidense foi considerada elemento central para a adoção da medida.

◍ Condenação definitiva

Como o parlamentar já foi condenado de forma definitiva pelo Supremo Tribunal Federal, o ministro avaliou que a situação jurídica permite a adoção dos mecanismos previstos na legislação brasileira e nos acordos internacionais firmados pelo país.

◍ Cassação de mandato

Na quarta-feira (10), o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), notificou Alexandre Ramagem por meio de edital para que se manifeste no processo de cassação. O líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), afirmou nesta segunda-feira (15) que Ramagem pode optar por renunciar ao mandato desde que consiga asilo nos EUA.

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL

Ramagem condiciona renúncia a asilo nos EUA, diz líder do PL

Segundo Sóstenes Cavalcante, o deputado não renuncia nesta semana mesmo com a cassação na pauta do plenário prevista para esta semana

      Alexandre Ramagem (Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados)

O deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) só admite abrir mão do mandato caso consiga asilo político nos Estados Unidos. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (15) pelo líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ), em meio à expectativa de que o plenário da Casa analise ainda nesta semana o processo que pode resultar na perda do cargo do parlamentar. Segundo o líder do partido, a possibilidade de renúncia está descartada no curto prazo, mesmo que o processo de cassação seja incluído na pauta de votações. As informações são do G1.

◎ Condição imposta para a renúncia

De acordo com Sóstenes Cavalcante, Ramagem só considera deixar o mandato se houver êxito no pedido de asilo. “Espero que Hugo Motta possa rever e não paute a cassação nesta semana”, afirmou o líder do PL durante um almoço com jornalistas em Brasília. “Ramagem disse que considera renunciar no ano que vem caso seja bem sucedido no seu pedido de asilo político”, disse o parlamentar.

◎ Processo de cassação avança na Câmara

Na semana passada, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciou que o processo envolvendo a perda do mandato de Ramagem seria levado ao plenário ainda nesta semana. A movimentação ocorre após a condenação do parlamentar por tentativa de golpe, em um processo que já transitou em julgado.

◎ Estratégia do PL para adiar votação

Diante desse cenário, o PL tenta postergar a análise em plenário, defendendo que o caso seja encaminhado inicialmente à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A legenda avalia ter votos suficientes para barrar a cassação, repetindo a estratégia adotada na votação envolvendo a deputada Carla Zambelli (PL-SP). A bolsonarista, que está presa na Itália e aguarda uma decisão sobre sua extradição, renunciou ao mandato na Câmara dos Deputados no domingo (14).

◎ Risco de decisão do STF

Apesar da confiança em uma eventual vitória no Legislativo, lideranças do partido reconhecem que o Supremo Tribunal Federal pode invalidar a manutenção do mandato, justamente porque a condenação de Ramagem já não admite mais recursos.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Defesa de Bolsonaro pede cirurgia urgente e prisão domiciliar após novo exame

Advogados citam agravamento do quadro clínico e solicitam medida urgente ao STF

Jair Bolsonaro em sua casa em Brasília-DF, onde cumpria prisão domiciliar, enquanto aguardava a execução penal pela condenação por golpe de Estado - 29/09/2025 (Foto: REUTERS/Diego Herculano)

A defesa de Jair Bolsonaro (PL) apresentou nesta segunda-feira (15) um novo pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) solicitando autorização para a realização de uma cirurgia de urgência e a conversão da prisão imposta no âmbito da trama golpista em prisão domiciliar. Os advogados alegam que o estado de saúde do ex-mandatário se agravou nos últimos dias, exigindo intervenção imediata.

De acordo com o G1, o novo pedido foi protocolado após a realização de um exame médico no domingo (14), feito pela própria equipe de saúde de Bolsonaro na Superintendência da Polícia Federal (PF), local onde ele está detido. Segundo a defesa, o novo exame apontou que Bolsonaro está com duas hérnias inguinais e que o quadro demanda a necessidade urgente de uma cirurgia.

● Defesa aponta agravamento do quadro clínico

No documento encaminhado ao STF, a equipe jurídica afirma que houve evolução negativa do estado clínico do ex-mandatário desde a última manifestação apresentada ao tribunal. Segundo os advogados, novos exames de imagem e um relatório médico recente reforçam a necessidade de uma atuação imediata.

No pedido, a defesa afirma literalmente que “o estado de saúde do sentenciado é grave, complexo e progressivamente debilitado. Ocorre que, desde a última manifestação da defesa, houve evolução objetiva e comprovada do quadro clínico, agora amparada por exame de imagem recentemente realizado e por novo relatório médico conclusivo, que impõem atuação imediata”.

● Perícia da PF foi determinada por Moraes

Relator do caso, o ministro Alexandre de Moraes autorizou a realização do exame apresentado pela defesa e determinou que a Polícia Federal faça uma perícia médica oficial para avaliar a real necessidade do procedimento cirúrgico. Na decisão, Moraes destacou que exames anteriores apresentados pelos advogados haviam sido realizados há mais de três meses.

● Pedido inclui realização de ultrassom no local da custódia

Além da cirurgia, a defesa também solicitou autorização para a realização de um exame de ultrassom, argumentando que o procedimento poderia ser feito no próprio local de custódia, sem necessidade de estrutura hospitalar. No requerimento, os advogados afirmam que “trata-se de procedimento não invasivo, rápido, que não exige sedação ou estrutura hospitalar, podendo ser plenamente realizado in loco, garantindo, assim, que as imagens e laudos correspondentes sejam disponibilizados imediatamente à Polícia Federal para subsidiar a perícia já determinada por Vossa Excelência”.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Ramagem fugiu pela Guiana e usou passaporte diplomático para entrar nos EUA, diz PF

O deputado saiu clandestinamente pelo estado de Roraima, onde atuou como delegado

      Alexandre Ramagem (Foto: Agencia Brasil-EBC)

O deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) deixou o Brasil de maneira clandestina em setembro, atravessando a fronteira com a Guiana sem passar por qualquer posto de controle migratório. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (15) pelo diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, com base em investigações conduzidas pela corporação.

Ramagem teria cruzado a fronteira pelo estado de Roraima, fora dos canais oficiais de fiscalização. Já em território guianense, ele embarcou no Aeroporto Internacional Cheddi Jagan, em Georgetown, capital do país, com destino aos Estados Unidos. Para ingressar em solo norte-americano, o parlamentar utilizou um passaporte diplomático.

A saída do país ocorreu em um momento sensível do cenário político e jurídico brasileiro. Ramagem deixou o Brasil justamente no mês em que o Supremo Tribunal Federal analisava e julgava os integrantes do chamado núcleo crucial da trama golpista investigada pela Corte.

Além do deputado, o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros seis envolvidos no grupo foram condenados pela Primeira Turma do STF. Ramagem, que já atuou como delegado da Polícia Federal em Roraima, é apontado como um dos integrantes centrais das investigações relacionadas aos atos contra o Estado Democrático de Direito.

Além de detalhar o trajeto da fuga, a Polícia Federal passou a concentrar esforços para identificar pessoas que teriam dado suporte logístico e financeiro ao parlamentar. Segundo informações do blog da jornalista Julia Duailibi, no G1, os investigadores já reuniram elementos sobre indivíduos que teriam financiado e organizado a saída de Ramagem do país.

No último sábado (13), a PF prendeu em Manaus Celso Rodrigo de Mello, apontado como um dos envolvidos na operação de fuga. Ele é filho do garimpeiro de Roraima conhecido como Rodrigo Cataratas e, de acordo com a investigação, teria auxiliado diretamente Ramagem a deixar o Brasil.

A ordem de prisão foi expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. A defesa de Celso Rodrigo de Mello sustenta que ele é inocente. Essa foi a primeira prisão efetuada no âmbito das investigações relacionadas à fuga do deputado federal, que continuam em andamento sob coordenação da Polícia Federal.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Caso Master: diretor da PF confirma suspeito com foro e nega “prejuízo” da investigação sob o STF

Inquérito foi transferido à Corte após PF prender documento que citava deputado federal

      Andrei Rodrigues Foto: Andressa Anholete/Agência Senado (Foto: Andressa Anholete)

O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, afirmou nesta segunda-feira que o encaminhamento da investigação do chamado caso Master ao Supremo Tribunal Federal (STF) não trouxe prejuízos às apurações que investigam supostas irregularidades atribuídas ao banqueiro Daniel Vorcaro, controlador da instituição financeira. Segundo ele, a atuação da corporação segue normalmente, agora sob a supervisão do foro competente, após a identificação de indícios envolvendo autoridade com prerrogativa de foro.

De acordo com Andrei, a paralisação temporária ocorreu apenas para garantir a legalidade do procedimento e evitar riscos futuros à investigação.

“Não houve nenhum prejuízo na investigação, porque foi um lado temporal curtíssimo e agora já devidamente autorizado pelo foro competente. As investigações prosseguem, análise de material aprendido e tudo aquilo que nós temos que fazer”, afirmou o diretor-geral da PF.

Andrei explicou que a corporação adota um padrão rigoroso sempre que surgem indícios envolvendo autoridades com foro privilegiado. “De fato, temos tido uma cautela muito grande em todas as nossas investigações, até para evitar nulidades. A qualquer indício de investigado com prerrogativa de foro, suspendemos as investigações e enviamos ao foro competente. Neste caso, houve um achado que pode indicar a prerrogativa de foro. A partir de agora, todas as ações referentes a este caso precisam ser submetidas a esse foro, que é o Supremo”, completou.

Na semana passada, o ministro do STF Dias Toffoli determinou que apenas ele poderá autorizar novas medidas no âmbito do inquérito, como buscas, apreensões e quebras de sigilo, além de decretar sigilo máximo sobre os autos. A decisão foi motivada pela identificação de referência a pelo menos um deputado federal em documento apreendido pela Polícia Federal.

O material menciona o deputado José Carlos Bacelar Filho (PL-BA) em contexto relacionado a um “empreendimento imobiliário”. Procurado, o parlamentar afirmou que atuou na tentativa de estruturar um fundo para a construção de um projeto imobiliário em Porto Seguro, na Bahia, e que Daniel Vorcaro demonstrou interesse inicial, sem que o negócio fosse concretizado. “Estive várias vezes com ele sobre esse assunto. Ele é meu amigo e falou que tinha interesse. Mas o negócio não se concretizou, porque ele disse que estava tentando salvar o banco e que essa era a prioridade no momento”, declarou Bacelar.

O documento foi utilizado pela defesa de um diretor do Banco Master como argumento para deslocar a competência da investigação da Justiça Federal do Distrito Federal para o STF, pedido que acabou acolhido por Dias Toffoli.

Investigações sobre emendas parlamentares

Além do caso Master, Andrei Rodrigues comentou as apurações que envolvem suspeitas de desvios de recursos de emendas parlamentares, inclusive aquelas relacionadas ao chamado Orçamento Secreto. Ele ressaltou que a Polícia Federal atua sem criminalizar a atividade política, mas com foco na responsabilização de eventuais irregularidades.

“A atividade política não pode ser responsabilizada nem criminalizada, mas aqueles que desviarem vamos apresentar conclusões ao Poder Judiciário sem caça às bruxas, sem criminalização da política, mas com responsabilidade”, afirmou.

Na última sexta-feira, a PF deflagrou a operação “Transparência”, que apura supostas irregularidades na distribuição de emendas. Uma ex-assessora do ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) foi alvo de mandados de busca e apreensão. Lira não foi incluído entre os investigados nessa ação.

O diretor-geral destacou ainda que as investigações tiveram origem em denúncias feitas por parlamentares. Segundo ele, quatro deputados federais e um senador relataram à PF possíveis direcionamentos e execuções suspeitas de emendas de relator.

Andrei afirmou manter diálogo permanente com as lideranças do Congresso Nacional, mesmo diante das operações em curso. “Eu não tenho nenhuma preocupação em relação ao diálogo que tenho com o mundo político, porque tenho a convicção e a certeza daquilo que nós estamos fazendo na Polícia Federal com correção”, disse. Ao comentar reações e pressões vindas do Parlamento, completou: “Isso faz parte do jogo e quem não aguentar a pressão não vem ao jogo”.

Fonte: Brasil 247

Bolsonaro é alvo de processo do Exército e pode ter porte de arma revogado

O processo administrativo é conduzido pelo Serviço de Fiscalização de Produtos Controlados da 11ª Região Militar

        O ex-presidente Jair Bolsonaro em Brasília-DF - 14/09/2025 (Foto: REUTERS/Mateus Bonomi)

O Exército instaurou um processo administrativo que pode revogar o porte de arma do ex-presidente preso Jair Bolsonaro, condenado por liderar a tentativa de golpe após as eleições presidenciais de 2022.

De acordo com informações do site R7, divulgadas nesta segunda-feira (15), os demais militares condenados pela trama golpista são alvo do processo.

O processo administrativo é conduzido pelo Serviço de Fiscalização de Produtos Controlados da 11ª Região Militar.

Fonte: Brasil 247

Gleisi destaca liderança do Brasil em defesa da democracia e critica "anistia disfarçada para golpistas"

Ministra afirma que país virou referência mundial no enfrentamento ao autoritarismo e alerta para riscos de retrocessos institucionais

      Gleisi Hoffmann (Foto: Brito Junior/SRI-PR)

A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), afirmou nesta segunda-feira (15) que o Brasil se consolidou como uma referência global na defesa da democracia e no enfrentamento a projetos autoritários. Em publicação nas redes sociais, ela destacou a atuação das instituições brasileiras após a tentativa de golpe liderada por Jair Bolsonaro (PL) e criticou o chamado "PL da Dosimetria" que, segundo ela, representa uma “anistia disfarçada para os golpistas”.

Segundo Gleisi, o reconhecimento internacional ao papel do Brasil está diretamente ligado à responsabilização dos envolvidos nos ataques à ordem democrática. Para a ministra, esse protagonismo corre risco diante de iniciativas que buscam reduzir penas de condenados por crimes contra a democracia. “O Brasil não pode recuar. Sem anistia e sem perdão para os crimes contra a democracia”, escreveu.

Em entrevista à Folha que merece leitura atenta, o filosofo Jason Stanley, referência mundial em estudos sobre fascismo, coloca o Brasil na liderança da defesa da democracia no mundo.
Afirma que o país se destacou por ter condenado Bolsonaro e seus golpistas, numa prova da…— Gleisi Hoffmann (@gleisi) December 15, 2025

A manifestação de Gleisi faz referência a uma entrevista concedida pelo filósofo norte-americano Jason Stanley ao jornal Folha de São Paulo, na qual o intelectual aponta o Brasil como líder mundial na luta contra o fascismo contemporâneo. Stanley é um dos principais especialistas globais no tema e autor do livro Como Funciona o Fascismo.

Na entrevista, o filósofo traça um paralelo entre Jair Bolsonaro e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, destacando semelhanças no discurso e nas tentativas de contestação de resultados eleitorais após derrotas nas urnas. Apesar disso, ele ressalta que os desfechos nos dois países foram profundamente distintos. Enquanto Bolsonaro foi declarado inelegível, condenado por envolvimento na trama golpista e preso, Trump reconstruiu sua influência política e retornou à Casa Branca após vencer as eleições de 2024.

Para Stanley, a responsabilização de Bolsonaro representa uma exceção no cenário internacional do século 21, marcado pela ascensão de líderes autoritários. O filósofo, que deixou os Estados Unidos em março deste ano por temer um avanço fascista e se autoexilou no Canadá, afirma que o Brasil ocupa hoje uma posição central nessa resistência global.

“Eu acho que a luta contra o fascismo é uma luta global, e o Brasil está no centro dessa luta. O Brasil deu o exemplo e mandou seu líder autoritário, Jair Bolsonaro, para a cadeia por tentar permanecer no poder [após perder as eleições]. Apesar de enormes obstáculos, apesar da sua Suprema Corte ter sido alvo de sanções, o Brasil liderou a luta contra o fascismo. Suas instituições se mantiveram de pé. E o mundo agora quer entender como o Brasil fez isso, como derrotou esse inimigo. Todo mundo ama o Brasil neste momento e se pergunta: como vocês conseguiram? (...) Seus ministros [do Supremo Tribunal Federal] foram corajosos, suas instituições foram sólidas. (…) O povo não foi intimidado. Os juízes e os jornalistas não foram intimidados”, afirmou.

Ao ecoar essa avaliação, Gleisi Hoffmann reforça que a imagem positiva do Brasil no cenário internacional está diretamente associada à firmeza institucional diante de ataques à democracia. Para a ministra, qualquer tentativa de relativizar ou perdoar crimes cometidos contra o Estado democrático de direito ameaça não apenas a memória recente do país, mas também o papel que o Brasil passou a exercer como referência global no enfrentamento ao autoritarismo.

Fonte: Brasil 247

Otto Alencar diz que PL da Dosimetria “não tem a menor chance de passar na CCJ"

Presidente da CCJ afirma que o texto, sem ajustes, não tem como prosperar: “projeto pró-facção”

     Otto Alencar (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

Em meio a uma semana decisiva no Congresso Nacional, às vésperas do recesso parlamentar, o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Otto Alencar (PSD-BA), manifestou forte oposição ao projeto que altera critérios de dosimetria das penas e pode beneficiar aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro. O senador afirmou que se trata de um “projeto pró-facção” e classificou como “absurdo” o fato de uma proposta com esse teor estar em discussão no Parlamento. As informações são do g1.

O chamado PL da Dosimetria é resultado de um amplo acordão fechado no início da semana entre a Câmara, o Senado, setores do Supremo Tribunal Federal (STF) e aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro. A proposta foi aprovada no plenário da Câmara na última quarta-feira (10), com 291 votos favoráveis e 148 contrários, em uma votação considerada expressiva pela base articuladora do texto.

A proposta acabou sendo aceita por apoiadores de Bolsonaro após líderes do Centrão deixarem claro ao senador Flávio Bolsonaro que a anistia não avançaria. A alternativa colocada à mesa foi direta: “era pegar ou largar” a mudança nos critérios de dosimetria das penas. Diante do impasse, o grupo optou por seguir com o projeto.

A movimentação é vista por parlamentares como parte de uma estratégia do Centrão para reorganizar o cenário político e retirar a candidatura de Flávio Bolsonaro do centro das negociações. Agora, a expectativa se volta para o Senado, onde há dúvidas se a Casa conseguirá segurar a proposta ou se acabará chancelando o acordo costurado anteriormente.

O líder do governo no Senado, Randolfe Rodrigues (PT-AP), também ouvido pelo blog, indicou que a orientação da base governista é pedir vista da matéria na sessão marcada para esta quarta-feira (17). A estratégia busca ganhar tempo e empurrar a análise do projeto para o próximo ano, período eleitoral em que o ritmo das votações tende a ser mais lento.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Se você não faz isso ao nomear seu Wi-Fi, tome cuidado

Especialistas em segurança digital alertam que a escolha — ou a falta dela — pode comprometer tanto a privacidade quanto a proteção contra invasões

   Se você não faz isso ao nomear seu Wi-Fi, tome cuidado (Foto: Vlada Karpovich/Pexels)

Na tentativa de proteger a rede Wi-Fi de casa, muitos usuários se concentram apenas na senha e acabam ignorando um detalhe essencial: o nome da rede. Especialistas em segurança digital alertam que a escolha — ou a falta dela — pode comprometer tanto a privacidade quanto a proteção contra invasões. As informações são do jornal O Globo, que analisou práticas comuns e mitos em torno da segurança das redes domésticas.

O erro mais frequente, segundo a reportagem, é manter o nome padrão do Wi-Fi, também conhecido como SSID. Essa configuração, definida de fábrica, costuma incluir dados sobre o modelo do roteador ou o provedor de internet, o que pode facilitar a ação de invasores. Com essas informações, atacantes conseguem identificar vulnerabilidades específicas do equipamento ou até tentar senhas conhecidas associadas a determinados modelos.

Além disso, usar nomes que revelam dados pessoais — como sobrenomes, endereços ou referências diretas ao morador — também é desaconselhado. Esse tipo de identificação fornece pistas desnecessárias a terceiros e pode abrir espaço para tentativas de fraude, engenharia social ou acessos indevidos. A recomendação é optar por um nome genérico, sem relação com o proprietário, o endereço ou o provedor.

Outro ponto debatido é a prática de ocultar a rede Wi-Fi, fazendo com que o nome não apareça na lista de conexões disponíveis. Embora muitos acreditem que isso aumenta a segurança, especialistas divergem. Há quem considere a medida pouco eficaz, já que não elimina falhas estruturais da rede e pode causar queda de desempenho, criando apenas uma falsa sensação de proteção. Ainda assim, alguns provedores recomendam a ocultação em casos específicos, procedimento que deve ser feito nas configurações administrativas do roteador ou com auxílio da operadora.

A reportagem também reúne orientações práticas para melhorar o alcance e a qualidade do sinal Wi-Fi em casa sem a necessidade de comprar repetidores. Uma das principais recomendações é posicionar o roteador no centro da residência, preferencialmente em um local elevado e visível. Paredes grossas, janelas, espelhos, objetos metálicos e certos eletrodomésticos podem bloquear ou refletir o sinal, prejudicando a conexão.

Ambientes com muitos cômodos pequenos e diversas barreiras físicas tendem a dificultar a propagação do Wi-Fi. Objetos como telefones sem fio, lixeiras metálicas, aquários, vasos com água e dispositivos USB 3.0 próximos ao computador também podem interferir negativamente no sinal.

Em resumo, pequenas mudanças — como renomear a rede de forma neutra e posicionar corretamente o roteador — podem trazer ganhos relevantes em segurança e desempenho. Embora não substituam senhas fortes e protocolos atualizados de criptografia, essas medidas reduzem a exposição a riscos e ajudam a manter a rede doméstica mais protegida.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Ceia mais farta impulsiona consumo e anima varejo no Natal de 2025

Dólar em queda, emprego aquecido e preços moderados indicam maior crescimento das vendas natalinas em uma década

    Ceia mais farta impulsiona consumo e anima varejo no Natal de 2025 (Foto: Divulgação/Mapa)

A combinação entre mercado de trabalho aquecido, câmbio mais favorável e menor pressão inflacionária deve tornar a ceia de Natal de 2025 mais variada e sofisticada para os brasileiros. Com o dólar acumulando queda de 14% no ano e o país em pleno emprego, a renda disponível das famílias aumentou, estimulando o consumo e abrindo espaço para produtos de maior valor agregado nas prateleiras, informa o jornal O Globo.

A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) projeta um crescimento de 15% no consumo das famílias durante as festas de fim de ano. Se confirmado, será o maior avanço desde o início da série histórica, em 2015. O cenário contrasta com o de 2024, quando a alta do dólar e problemas climáticos encareceram alimentos típicos da data.

Além da expansão da renda, os preços da ceia tiveram comportamento mais benigno. Segundo a Abras, os itens tradicionais registraram reajuste médio de apenas 3,5% em relação ao ano passado, o menor percentual desde 2017. O vice-presidente da entidade, Márcio Milan, atribui o resultado à previsibilidade cambial e à antecipação das compras pelo varejo. “O que sentimos é que eles (os supermercados) anteciparam a compra dos produtos típicos da ceia de Natal, incluindo vinho e azeite. O governo retirou a taxa de importação, e isso fez o preço do azeite cair em média 18%”, afirmou.

A indústria alimentícia aproveitou o ambiente mais favorável para acelerar lançamentos. A BRF, dona das marcas Sadia e Perdigão, renovou entre 10% e 15% do portfólio natalino, apostando tanto em produtos premium quanto em opções práticas. Entre as novidades estão o chester semidesossado recheado com farofa, criado para celebrar os 45 anos do produto, e o empanado de chester pensado para preparo na air fryer. “Estamos otimistas com o Natal”, disse Luiz Franco, diretor de Marketing e Inovação da MBRF, ao destacar que o dólar mais comportado reduziu a pressão dos insumos.

No segmento de panetones, a diversificação foi a estratégia para alcançar diferentes públicos. A Bauducco lançou versões premium, tamanhos menores e novos sabores, como o Chocottone de pistache e produtos em parceria com a Fini. O diretor de Marketing da empresa, André Britto, explicou que o planejamento ajudou a conter custos. “Vimos um movimento antecipado de pedidos dos varejistas. Acreditamos em um portfólio democrático, partindo de um desembolso próximo de R$ 5, até opções maiores, para famílias, ou presentes mais premium”, afirmou.

O bom momento também se reflete no comércio especializado. No Cadeg, tradicional mercado municipal do Rio de Janeiro, a Empório Tuta do Bacalhau ampliou a oferta de cestas natalinas para empresas, com preços entre R$ 73,90 e R$ 228. O gerente Carlos Babo avalia que a economia favorece as vendas corporativas. “As empresas estão valorizando mais o funcionário”, disse. Segundo ele, os pedidos variam de cem a 200 cestas por venda, mesmo com o bacalhau importado da Noruega registrando reajuste de 7% a 10%.

Nas grandes redes, a antecipação das compras foi ainda mais intensa. O Supermercados Zona Sul iniciou as encomendas de panetones em maio e registrou aumento de 79% no volume em relação a 2024. Para Ricardo Bonuccelli, gestor comercial e de importação da rede, a inflação mais controlada estimula o consumo. “Com a inflação mais controlada, há uma tendência maior ao consumo. Mesmo com o aumento de preços, o percentual é menor que em 2024”, afirmou. Entre novembro e o início de dezembro, as vendas de importados cresceram 12,7%.

O azeite, item central da ceia e cada vez mais usado como presente, também se beneficiou do novo contexto. A decisão do governo de zerar o Imposto de Importação para azeites e outros alimentos essenciais, somada a uma safra internacional mais favorável, fez o produto retornar à faixa de R$ 35 a garrafa de 500 ml em muitos pontos de venda. Para Yasmin Roiter, gerente de marketing da Gallo Brasil, o consumidor está mais disposto a experimentar versões sofisticadas. “Percebemos um consumidor mais aberto a experimentar azeites premium em ocasiões especiais, sem deixar de buscar produtos versáteis e com bom custo-benefício para o dia a dia”, disse.

No atacarejo, o comportamento do consumidor revela equilíbrio entre preço e celebração. O diretor regional do Assaí, Moacir Sbardelotto, observou que parte das compras foi antecipada para a Black Friday. “O que vemos desde novembro é um consumidor que busca o custo-benefício: ele não deixa de celebrar, mas olha com cuidado para o preço de cada item. A ceia tende a ser completa, porém equilibrada”, afirmou.

Com preços mais estáveis, dólar em queda e renda em alta, o Natal de 2025 se desenha como um dos mais aquecidos da última década para o setor de alimentos, reforçando a expectativa de um fim de ano marcado por mesas mais fartas e maior diversidade de produtos.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo