Ao todo, PF e CGU identificaram 31 entidades suspeitas de cobrar mensalidade associativa sem autorização, afetando milhares de beneficiários do INSS
A operação, da Polícia Federal (PF) e da Controladoria Geral da União (CGU), sobre um golpe que pode chegar a R$ 6,3 bilhões, envolvendo o desconto de mensalidades associativas de aposentados e pensionistas do INSS sem a devida autorização, já identificou 11 entidades de classe como alvo, destaca o UOL.
Essas mensalidades, que eram descontadas diretamente do benefício mensal dos aposentados e pensionistas, eram oferecidas por meio de Acordos de Cooperação Técnica entre associações e o INSS. Esses acordos permitiam o débito nos proventos dos beneficiários, em troca de serviços como assistência jurídica e médico-hospitalar. Para autorizar o desconto, os aposentados precisavam assinar eletronicamente no aplicativo Meu INSS, utilizando biometria.
A CGU iniciou sua investigação após detectar fraudes em 1.374 descontos entre 2016 e maio de 2024. Entre abril e julho do ano passado, a CGU entrevistou 1.273 beneficiários, buscando confirmar se os descontos haviam sido autorizados. Os resultados foram alarmantes: apenas 52 pessoas afirmaram estar filiadas a alguma entidade, e 31 confirmaram ter autorizado o desconto. Com isso, a CGU concluiu que cerca de 98% dos descontos podem ter sido indevidos. Esse relatório embasou a ação da Polícia Federal, que agora investiga as entidades envolvidas.