George Washington pede absolvição ao STF alegando que bomba não tinha capacidade de explosão segundo laudo pericial: “crime impossível”
Acusado de instalar um artefato explosivo em um caminhão-tanque estacionado próximo ao Aeroporto Internacional de Brasília, em dezembro de 2022, George Washington de Oliveira Sousa busca no Supremo Tribunal Federal (STF) a absolvição das acusações que pesam contra ele. A defesa sustenta que o episódio se enquadra na tese de “crime impossível”, pois o dispositivo seria incapaz de provocar explosão. As informações são da coluna do jornalista Paulo Cappelli, do Metrópoles.
No documento encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes, relator do processo, os advogados afirmam que o artefato descrito na denúncia — composto por emulsão explosiva, fios, iniciador e garrafas plásticas — não possuía condições técnicas de detonar.
⊛ Artefato "ineficaz"
A defesa cita trecho do laudo que apontou “ineficácia para acionamento/ativação da carga explosiva”, reforçando que não haveria risco concreto e, por consequência, não se configuraria tentativa de crime. O argumento central é que a incapacidade funcional do dispositivo tornaria impossível qualquer resultado danoso.
⊛ Defesa nega alvo no aeroporto
Os advogados sustentam ainda que George Washington não pretendia atingir o aeroporto. Segundo a petição, ele teria considerado derrubar um poste de iluminação pública, mas acabou desistindo. Para a defesa, não houve intenção de atacar instalações aeroportuárias nem de atentar contra a aviação civil.
⊛ Contestação das acusações mais graves
Ainda de acordo com a reportagem, a peça da defesa também rejeita imputações de tentativa de golpe de Estado ou de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Os advogados argumentam que não existe qualquer elemento que indique participação do réu em articulações com esse objetivo. Para eles, a narrativa da denúncia “é dissociada da realidade fática” e não demonstra formação de associação criminosa entre os investigados.
⊛ Armas registradas e pedido de restituição
Quanto às armas apreendidas na residência do acusado, a defesa afirma que todas estavam legalmente registradas e solicita sua restituição. Paralelamente, pede que eventuais imputações relacionadas ao artefato explosivo sejam desclassificadas para tipos penais menos graves, como posse ou transporte.
⊛ Pedidos de oitiva e novos esclarecimentos
A defesa arrolou delegados, um agente de polícia e o motorista do caminhão-tanque como testemunhas. Também solicitou a oitiva do perito responsável pelo laudo técnico, buscando reforçar — de forma presencial — que o artefato não apresentava condições reais de explosão.
Fonte: Brasil 247
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