sexta-feira, 27 de junho de 2025

Pesquisa inédita mostra os alimentos que mais envelhecem o cérebro


       Alimentos ultraprocessados

Um estudo publicado pela Monash University, na Austrália, revelou que o consumo elevado de alimentos ultraprocessados está associado ao envelhecimento biológico acelerado, inclusive do cérebro. A pesquisa, feita com mais de 4 mil adultos, identificou que esses produtos — como refrigerantes, biscoitos recheados, embutidos e pratos prontos congelados — provocam inflamações sistêmicas que afetam diretamente a saúde cerebral. Esse processo inflamatório pode comprometer funções cognitivas como atenção, memória e raciocínio ao longo do tempo.

Esses achados são reforçados por um estudo de 2022 publicado no Journal of Neurology, Neurosurgery & Psychiatry, que avaliou mais de 72 mil pessoas e descobriu que o alto consumo de ultraprocessados estava ligado a um risco 25% maior de demência. O efeito é atribuído à baixa densidade nutricional desses alimentos, rica em açúcares, gorduras saturadas e aditivos químicos que afetam o sistema nervoso central. Por outro lado, dietas baseadas em alimentos frescos e naturais demonstraram proteger o cérebro.

A chamada dieta MIND (sigla em inglês para “Intervenção Mediterrânea-DASH para Atraso Neurodegenerativo”) tem sido recomendada por pesquisadores por conter alimentos associados à preservação da cognição. Ela prioriza vegetais de folhas escuras, azeite de oliva, peixes ricos em ômega-3, frutas vermelhas, castanhas e cereais integrais. Estudos apontam que quem segue esse padrão alimentar apresenta melhor desempenho em testes de memória e menor risco de Alzheimer, mesmo com predisposição genética.

Para manter o cérebro jovem, especialistas recomendam evitar alimentos empacotados com muitos ingredientes artificiais e dar preferência a uma alimentação baseada em comida de verdade. Além da alimentação, praticar exercícios físicos, dormir bem e manter atividades intelectuais regulares compõem o conjunto de estratégias para desacelerar o envelhecimento cerebral. O impacto positivo é cumulativo e pode ser percebido mesmo por quem começa essas mudanças na meia-idade.

Fonte: DCM

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