sexta-feira, 30 de maio de 2025

PIB cresce 1,4% no primeiro trimestre de 2025, diz IBGE

O principal motor desse crescimento foi o setor agropecuário, que avançou expressivos 12,2% no período

Lula (Foto: Ricardo Stuckert/PR | Paulo Whitaker/Reuters)

Dados divulgados nesta quinta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que a economia brasileira registrou alta de 1,4% no Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre de 2025 em relação ao trimestre imediatamente anterior, já considerando os ajustes sazonais. O principal motor desse crescimento foi o setor agropecuário, que avançou expressivos 12,2% no período. Ainda conforme o IBGE, o setor de serviços também contribuiu positivamente, com leve crescimento de 0,3%, enquanto a indústria manteve-se praticamente estável, com retração marginal de 0,1%. Na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, o PIB cresceu 2,9%, com avanço da agropecuária (10,2%), da indústria (2,4%) e dos serviços (2,1%).

O valor total do PIB no período chegou a R$ 3,0 trilhões, sendo R$ 2,6 trilhões correspondentes ao Valor Adicionado a preços básicos e R$ 431,1 bilhões relativos aos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios. A taxa de investimento subiu para 17,8% do PIB, superando os 16,7% registrados no mesmo trimestre do ano anterior. A poupança também avançou, atingindo 16,3% ante 15,5% no primeiro trimestre de 2024.

O destaque absoluto ficou com a agropecuária, favorecida por boa produtividade e pela safra robusta de lavouras como soja (13,3%), milho (11,8%), arroz (12,2%) e fumo (25,2%), conforme apontado pelo Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) do IBGE.

Na indústria, o segmento da construção civil manteve trajetória positiva com crescimento de 3,4%, acumulando seis trimestres seguidos de expansão. A indústria de transformação avançou 2,8%, impulsionada por setores como máquinas e equipamentos, metalurgia, químicos e farmacêuticos.

A produção de eletricidade, água e serviços de saneamento subiu 1,6%, puxada pelo consumo residencial. Já as indústrias extrativas ficaram praticamente estáveis (0,2%). No setor de serviços, todos os segmentos apresentaram expansão, com destaque para informação e comunicação (6,9%), atividades imobiliárias (2,8%) e comércio (2,1%).

A Despesa de Consumo das Famílias aumentou 2,6% no primeiro trimestre, influenciada pela elevação da massa salarial real e maior disponibilidade de crédito, apesar do cenário de juros elevados. O consumo do governo também avançou (1,1%). A Formação Bruta de Capital Fixo cresceu 9,1% na comparação com o mesmo período do ano anterior, impulsionada pela construção, importação de plataformas de petróleo, produção de bens de capital e desenvolvimento de softwares. Esse foi o quinto trimestre seguido de crescimento no indicador.

As exportações de bens e serviços subiram 1,2%, puxadas por veículos automotores, produtos agropecuários, papel e celulose e derivados de petróleo. As importações cresceram 14%, com destaque para equipamentos de transporte, produtos químicos, máquinas e bens de capital.

Nos quatro trimestres encerrados em março de 2025, a economia brasileira registrou avanço de 3,5%, resultado do crescimento de 3,2% do Valor Adicionado e de 5,2% nos Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios.

Entre as atividades industriais, destacaram-se construção (4,6%), indústria de transformação (4,0%) e fornecimento de eletricidade e saneamento (2,4%). As indústrias extrativas, por outro lado, recuaram 0,8%.

O setor de serviços manteve desempenho positivo em todos os segmentos, com destaque para informação e comunicação (6,6%), outras atividades de serviços (4,6%) e comércio (3,6%). O consumo das famílias teve alta de 4,2%, o do governo cresceu 1,2% e os investimentos subiram 8,8%. No comércio exterior, as exportações cresceram 1,8% e as importações, 15,6%.

Fonte: Brasil 247

Ciro Nogueira alega que Bolsonaro não tentou impedir transição de governo após derrota em 2022

Ex-ministro da Casa Civil afirmou ao STF que Bolsonaro permitiu a transição para o governo Lula "da melhor forma"

                     Ciro Nogueira e Jair Bolsonaro (Foto: Reuters/Ueslei Marcelino)

Em depoimento prestado ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira (30), o senador Ciro Nogueira (PP-PI) afirmou que Jair Bolsonaro (PL) não tentou obstruir o processo de transição de governo após sua derrota para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições presidenciais de 2022, relata o jornal O Globo.

Ciro Nogueira, que comandou o Ministério da Casa Civil durante o governo Bolsonaro e foi o responsável pela interlocução da equipe com o novo governo eleito, negou qualquer iniciativa do ex-presidente no sentido de tumultuar ou inviabilizar o trabalho de transição. “O presidente, em minuto nenhum, quis obstaculizar qualquer tipo de situação para que a gente pudesse fazer a transição da melhor forma”, declarou o senador ao STF.

A oitiva de Nogueira ocorre no contexto da ação penal que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado por parte de Jair Bolsonaro e ex-integrantes de seu governo. Ciro Nogueira prestou depoimento como testemunha de defesa de Bolsonaro e dos ex-ministros Anderson Torres (Justiça) e Paulo Sérgio Nogueira (Defesa).

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Dino diz que não cabe ao Judiciário redesenhar sistema tributário

Ministro citou postagem de Hugo Motta sobre alíquotas do IOF

Flávio Dino (Foto: Rosinei Coutinho/STF)


Agência Brasil - O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse nesta quinta-feira (29) que não compete ao Judiciário redesenhar o sistema tributário nacional.

A declaração do ministro foi feita durante o julgamento no qual a Corte começou a julgar a constitucionalidade da incidência da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) sobre remessas de recursos ao exterior. O julgamento envolve cerca de R$ 20 bilhões em arrecadação.

Durante sua manifestação, o ministro citou a postagem feita hoje nas redes sociais pelo presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, para criticar a decisão do governo de aumentar as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

Em seguida, o Dino defendeu uma reforma no sistema tributário, mas ponderou que a medida não pode ser feita pelo Judiciário.

"É preciso redesenhar o sistema tributário pátrio e isso não compete do Poder Judiciário. Compete ao Congresso Nacional e ao governo", afirmou.

Ao votar pela manutenção da legislação que prevê a incidência da Cide sobre as remessas, o ministro também defendeu a segurança jurídica em matéria tributária.

"Se não há uma inconstitucionalidade aberta, eu tendo à segurança jurídica, à previsibilidade, evitar intervenções, porque isso conspira contra a contra a segurança jurídica", completou.

Durante o julgamento, o relator do caso, ministro Luiz Fux, votou pela manutenção da cobrança da Cide e Flávio Dino acompanhou o relator.

Em seguida, o julgamento foi suspenso e será retomado na próxima semana.

Fonte: Brasil 24'7 com Agência Brasil

Juízes federais defendem Alexandre de Moraes e criticam pressão dos EUA

Ajufe repudia possível sanção americana ao ministro do STF, classificando-a como ameaça à soberania nacional

Alexandre de Moraes (Foto: Fellipe Sampaio/STF)

A Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) manifestou solidariedade ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), diante da possibilidade de sanções por parte do governo dos Estados Unidos. A entidade classificou a medida como uma "pressão ilegítima e inaceitável" que representa um "atentado à soberania nacional e à autonomia dos Poderes da República" .

A reação da Ajufe ocorre após o anúncio do secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, de restrições de visto a autoridades estrangeiras acusadas de censurar cidadãos dos EUA. Embora não tenham sido mencionados nomes específicos, aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro sugerem que Moraes seria um dos alvos .

Em nota, a associação expressou "profunda preocupação e absoluta repulsa" diante das tentativas de coagir ministros do STF e o Judiciário. A Ajufe também destacou relatos de grupos criminosos que planejavam investigar e até assassinar ministros da Suprema Corte e outras autoridades, representando uma ameaça direta à integridade dessas pessoas e à estabilidade democrática .

A entidade reafirmou seu apoio à atuação firme e independente do STF, essencial na defesa da democracia, da Constituição e dos direitos fundamentais. "Ataques, sejam de origem externa ou interna, não intimidarão o Judiciário nem ameaçarão a ordem constitucional", afirmou a Ajufe, acrescentando que a magistratura federal seguirá vigilante na proteção da justiça e da soberania nacional .

A possível inclusão de Moraes nas sanções dos EUA ocorre no contexto de críticas às suas decisões relacionadas à suspensão de plataformas digitais no Brasil, como o X (antigo Twitter), por descumprimento de ordens judiciais . A situação evidencia tensões entre o Judiciário brasileiro e setores do governo norte-americano, levantando debates sobre soberania e interferência internacional.

Eventuais sanções contra membros do Judiciário brasileiro por parte da administração do presidente dos EUA, Donald Trump, poderiam desestabilizar a relação bilateral entre os dois países, já tensionada desde a eleição do republicano, segundo a análise do jornal.

Moraes é relator do inquérito da trama golpista no STF. A Corte tornou réu Jair Bolsonaro, aliado de Trump, por liderar a tentativa de golpe após a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Fonte: Brasil 247

Gleisi defende reforma do IR para trazer “justiça fiscal”

A ministra defendeu a necessidade de mobilizar a opinião pública em torno da proposta

            Gleisi Hoffmann (Foto: Gil Ferreira/SRI)

A ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, defendeu a proposta do governo federal de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, durante entrevista ao programa Conversa com Bial, exibido na quarta-feira (28). Gleisi reforçou a importância da medida dentro de uma agenda de justiça fiscal.

“Mandamos ao Congresso. Isenta até R$ 5 mil e tributa quem ganha acima de R$ 50 mil. São só 141 mil pessoas. Isso é justiça fiscal. A efetiva tributação precisa garantir que quem ganha muito pague ao menos 10% do que recebe”, explicou Gleisi.

A ministra também criticou a elite econômica. “141 mil pessoas ganham acima de R$ 50 mil e não pagam nada. Isso é obsceno num país com 70% da população ganhando até dois salários mínimos”.

Sobre a tramitação da proposta no Congresso, ela reconheceu que haverá tentativas de mudanças, mas ressaltou a necessidade de mobilização da opinião pública: “Pode, e vai tentar. Mas essa é uma matéria que precisa de disputa, não só mediação. Se tiver acordo, precisa ser benéfico ao país e ao povo. Precisamos mobilizar a opinião pública.”

✱ Comunicação - Apesar de ocupar papel estratégico na articulação política, Gleisi criticou a estratégia de comunicação da atual gestão, especialmente no ambiente digital. “Estamos há oito anos nos defendendo e esquecemos de disputar narrativas. Precisamos ser mais ofensivos”, declarou. Ela apontou que a oposição digital tem dominado as redes com vídeos bem produzidos e que o governo precisa aprimorar sua atuação para reconquistar a opinião pública.

Sobre o episódio do recuo na mudança do IOF, Gleisi admitiu falha na comunicação: “A mudança era pequena, mas afetava fundos e remessas. A arrecadação seria baixa. Não valia o custo político.”

✱ Eleições 2026 - Ao falar sobre a sucessão presidencial, Gleisi reafirmou que Lula é o único nome capaz de derrotar a extrema-direita nas eleições de 2026. “Temos quadros como Haddad e Camilo Santana, mas ainda não são lideranças consolidadas. Lula tem capilaridade. Se a extrema-direita voltar, será um retrocesso. Lula é necessário.”

Ela também falou sobre a atuação da primeira-dama Janja da Silva, que atua sem cargo formal, mas com agenda pública e transparência.

Questionada sobre uma declaração do presidente Lula, que disse que ela é “bonita para articulação política”, Gleisi respondeu com humor e firmeza: “Foi uma escorregada. Ele queria dizer que sou forte. O que importa são os gestos. Ele apoiou Dilma, me apoiou no PT, nomeou ministras e juízas. Tem compromisso real com as mulheres.”

Fonte: Brasil 247

Lula anuncia R$ 844 milhões para o Porto de Itajaí: “É o ano da colheita e estamos colhendo investimentos”

Lula celebra retomada de operações e promete transformar unidade em referência nacional com ampliação da infraestrutura portuária

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou, nesta quinta-feira (29/5), da cerimônia de retomada das operações do Porto de Itajaí (SC). (Foto: Agência Gov)

Durante cerimônia realizada nesta quinta-feira (29), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou um investimento histórico de R$ 844 milhões para o Porto de Itajaí (SC), marcando a retomada oficial das operações da unidade portuária, agora sob gestão federal desde janeiro deste ano, informa a Agência Gov. O evento celebrou não apenas a reativação do terminal, mas também o início de uma nova etapa de modernização e ampliação de sua capacidade logística e operacional.

“Este é o ano da colheita e eu estou aqui colhendo o desenvolvimento de Itajaí, de Navegantes, colhendo os investimentos em Santa Catarina, e não será a última vez que eu venho aqui”, afirmou o presidente, arrancando aplausos do público. “A gente tem muita coisa para fazer para esse país e para esse estado”, completou.

Os investimentos anunciados visam ampliar a competitividade do porto catarinense, com foco na dragagem do canal para navios de maior porte, na melhoria da segurança e no fortalecimento da infraestrutura. Além disso, o governo federal anunciou a criação de uma nova Companhia Docas, que ficará responsável pela gestão direta da unidade.

“O que nós queremos para o Brasil é exatamente isso: elevar o padrão de vida do povo brasileiro”, discursou Lula. “Nestes dois anos, a indústria brasileira voltou a crescer, porque uma nação é composta de indústria, de agricultura, de transporte marítimo, de criação de animais, mas, sobretudo, pela qualidade de vida do povo que habita aquela nação.”

Durante sua fala, o presidente também exaltou as qualidades da cidade e da população local: “Um povo maravilhoso, águas maravilhosas, praias maravilhosas, gente bonita e educada. Eu tenho certeza que vocês vão ter orgulho de um dia ter colocado o pé aqui e ter assumido investir nesse porto”.

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, reforçou o compromisso com a reestruturação de Itajaí e revelou que o projeto de federalização foi uma determinação direta de Lula. “Faremos o maior volume de investimentos da história do porto. E vamos fazer o canal que vai elevar a dragagem de 13,5 metros para 16 metros, para que a gente possa receber navios ainda maiores e possa aumentar a competitividade”, afirmou.

Já o secretário nacional de Portos, Alex Sandro D’Avila, explicou que a criação da Companhia Docas será essencial para dar mais agilidade e autonomia à administração do porto. “Uma nova companhia federal vinculada diretamente ao Ministério de Portos e Aeroportos, totalmente independente, para poder dar o devido encaminhamento e retomar o Porto de Itajaí ao lugar de destaque que lhe é merecido”, disse.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também esteve presente e comentou os resultados da política econômica. “A inflação está caindo e o emprego está na máxima histórica, porque as oportunidades de emprego estão aparecendo. Isso acontece porque tem empresa investindo, tem comando presidencial, tem conversa com investidores, com empresários, para a gente gerar oportunidades neste país”, resumiu.

Um dos anúncios mais relevantes foi feito pela presidente da Petrobras, Magda Chambriard. A estatal contratará 52 novas embarcações até 2026, com um aporte de R$ 29 bilhões, o que deverá gerar cerca de 50 mil empregos diretos e indiretos. “Nosso programa de renovação e ampliação de frota de embarcações é um marco para a retomada dessa indústria. E Santa Catarina tem muito a ver com isso, muito a contribuir com esse nosso plano”, afirmou Chambriard, destacando o apoio da atual gestão para fortalecer a indústria naval.

A reativação do Porto de Itajaí tem um forte simbolismo para a região e para o governo federal. Em 2006, no primeiro mandato de Lula, houve investimento para a reforma dos molhes. Em 2008, no segundo mandato, o governo ajudou a reconstruir o porto após enchentes. Agora, em 2025, o ciclo se renova com a terceira intervenção decisiva da Presidência da República.

O superintendente do porto, João Paulo Tavares, destacou os avanços recentes e o novo momento vivido por Itajaí. “O volume de cargas também só aumenta: mais de um milhão de toneladas ao mês. É Itajaí pulsando novamente, com um porto mais competitivo, gerando cada vez mais renda e emprego para nossa cidade. Ainda este ano, vamos faturar mais de R$ 180 milhões”, afirmou. “Nada disso existiria sem o presidente Lula, que salvou o Porto de Itajaí pela terceira vez.”

Principais investimentos previstos no projeto de reestruturação do Porto de Itajaí:

▸ Dragagem do canal do Rio Itajaí-Açu (16 m): R$ 90 milhões
▸ Retirada do casco do navio Pallas: R$ 23 milhões
▸ Readequação do molhe de Navegantes: R$ 64 milhões
▸ Obras na bacia de evolução: R$ 68 milhões
▸ Adensamento da área do RAC: R$ 45 milhões
▸ Requalificação elétrica e de iluminação: R$ 20 milhões
▸ Contenção da margem do canal: R$ 67 milhões
▸ Novo scanner de raio X: R$ 12 milhões
▸ Píer para navios de cruzeiro: R$ 300 milhões
▸ Sistema VTMIS (tráfego naval): R$ 65 milhões
▸ Sistema SmartPorto (segurança e inteligência artificial): R$ 30 milhões
▸ Monitoramento rodoviário e agendamento: R$ 30 milhões
▸ Modernização dos gates e integração com a Receita Federal: R$ 30 milhões

Com esse conjunto de medidas, o governo federal projeta transformar o Porto de Itajaí em um novo polo logístico de relevância nacional, gerando emprego, renda e desenvolvimento para Santa Catarina e para o Brasil.

Fonte: Brasil 247 com informações da Agência Gov

Crise na base aliada pressiona governo Lula e fortalece bloco de centro-direita

Siglas que controlam 11 ministérios se aproximam de Bolsonaro e defendem entrega de cargos, revelando insatisfação crescente com o Planalto

Lula - 24/05/2025 - Campo Verde - MT (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

A relação entre o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os partidos da base aliada atravessa seu momento mais crítico desde o início do terceiro mandato. Segundo reportagem publicada pelo jornal O Globo nesta quinta-feira (30), lideranças de cinco siglas com representação na Esplanada — PP, União Brasil, PSD, MDB e Republicanos — vêm aumentando a pressão sobre o Planalto, demonstrando apoio crescente a um projeto político alternativo para 2026, com viés de centro-direita.

O movimento, que já se traduz em sucessivas derrotas da agenda do governo no Congresso, é impulsionado por discursos públicos em defesa da devolução dos ministérios ocupados. Juntas, essas siglas indicaram titulares para 11 pastas. Em entrevista ao Globo, o vice-presidente do União Brasil e ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, afirmou com clareza: “Não faz sentido o partido ocupar cargos porque não estará com Lula em 2026”.

A crise também é visível no campo legislativo. Na semana passada, parlamentares desses partidos deram apoio à instalação de uma CPI para investigar irregularidades nos descontos em aposentadorias pagos pelo INSS, medida considerada prejudicial à imagem do governo. Além disso, houve forte resistência à proposta de aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), inclusive por parte de deputados da base, como Pedro Lucas Fernandes (União-MA), líder do partido na Câmara.

Outro episódio revelador da erosão da aliança foi a votação que suspendeu a ação penal contra o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), investigado por participação na tentativa de golpe de Estado. Partidos da base contribuíram com 63% dos votos favoráveis à suspensão do processo. Da mesma forma, 143 deputados de legendas com ministérios assinaram pedido de urgência para o projeto que anistia os envolvidos nos ataques de 8 de janeiro de 2023.

A aproximação de lideranças partidárias com o bolsonarismo tem sido explícita. Ciro Nogueira (PP), Antônio Rueda (União) e Gilberto Kassab (PSD) participaram recentemente da filiação do secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, ao PP — evento que contou com a presença de Jair Bolsonaro e do governador paulista, Tarcísio de Freitas. “Com certeza, esse encontro sinaliza a disposição das siglas de estarem juntas em 2026”, avaliou Nogueira.

Lideranças do Republicanos também adotam o mesmo tom. O deputado Lafayette Andrada (MG) disse que “cerca de 90% dos deputados foram com o Bolsonaro (em 2022)” e minimizou a escolha de Silvio Costa Filho para o Ministério dos Portos e Aeroportos, afirmando que “foi muito mais um agradecimento a ele, Silvio, do que ao partido”. Marcos Pereira, presidente da legenda, declarou que o Republicanos “estará em um campo de centro-direita em 2026”.

No PSD, o afastamento é evidenciado pelo comportamento de parte da bancada e pelas movimentações de Kassab, atual secretário de Governo de Tarcísio. Embora já tenha sido próximo de Lula, Kassab hoje mantém diálogo com Bolsonaro e tem feito análises pessimistas sobre o governo. Segundo o deputado Ismael dos Santos (PSD-SC), “dos três ministérios do PSD, só um funciona. Energia, para nós, no Parlamento, tem pouca validade”.

O MDB ainda hesita em fechar posição, mas figuras importantes da sigla, como o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, já defenderam publicamente o retorno de Bolsonaro à elegibilidade. O ex-presidente Michel Temer, por sua vez, tem procurado articular uma aliança entre governadores de diferentes partidos, com foco em um programa comum para 2026. “Não estou preocupado com pessoas, me preocupo com a falta de projeto, com a falta de programa”, afirmou Temer ao jornal.

Entre os nomes que se movimentam para disputar o Planalto, destacam-se os governadores Ronaldo Caiado (União-GO), Romeu Zema (Novo-MG), Ratinho Júnior (PSD-PR) e Eduardo Leite (PSD-RS). A possibilidade de uma frente de centro-direita amplia o isolamento do governo no Congresso, que segue negociando apoio a cada projeto, mas sem consolidar uma base coesa.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Eduardo Bolsonaro admite disputar a Presidência “se for missão dada pelo pai”

Em entrevista à Veja, deputado diz que Jair Bolsonaro ainda é o “candidato natural” e defende resgate do “espírito de 2018” para 2026

Deputado Eduardo Bolsonaro - 24/02/2024 (Foto: REUTERS/Elizabeth Frantz)

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) admitiu, pela primeira vez de forma explícita, que pode disputar a Presidência da República em 2026, desde que essa seja uma missão delegada por seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro. A declaração foi dada em entrevista à revista Veja e marca a entrada formal do parlamentar no debate sucessório da direita brasileira, que busca uma liderança viável diante da inelegibilidade de Jair Bolsonaro até 2030.

“Obviamente, se for uma missão dada pelo meu pai, vou cumprir. Inclusive meu nome já figurou em algumas pesquisas, né? Fiquei feliz”, afirmou Eduardo. “Mas eu acho que, numa democracia normal, quem deveria ser o candidato é o Jair Bolsonaro, que inclusive lidera diversas pesquisas”.

Eduardo Bolsonaro é investigado por suas articulações com o então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em um episódio que envolveu suposta tentativa de retaliação a autoridades brasileiras, como o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Apesar disso, o deputado busca se posicionar como liderança política nacional e enfatiza a necessidade de retomar a mobilização que elegeu seu pai em 2018: “Temos que resgatar o espírito de 2018, sem cometer os erros de 2022”, disse.

Com o campo bolsonarista em busca de um novo nome para 2026, outras alternativas vêm sendo ventiladas. Entre elas, destacam-se a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Questionado sobre esses nomes, Eduardo foi diplomático, mas reafirmou que a decisão final será do pai. “Tarcísio é um excelente gestor. Mas ele tem dito que o objetivo dele é a reeleição ao governo de São Paulo. Foi um excelente ministro da Infraestrutura”, afirmou.

Sobre Michelle Bolsonaro, que apresenta bom desempenho em pesquisas eleitorais, Eduardo destacou sua capacidade de comunicação com o público evangélico e feminino. “A rejeição à Michelle é muito baixa. O discurso dela é muito próximo das mulheres e dos evangélicos. Mas é o Jair Bolsonaro, na verdade, quem vai decidir”, frisou. E concluiu: “Acredito que há uma chance, que há uma luz no fim do túnel pra gente corrigir a democracia brasileira e conseguir colocá-lo como candidato”.

Apesar da inelegibilidade imposta pelo Tribunal Superior Eleitoral por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação, Jair Bolsonaro ainda não descarta seu próprio retorno à disputa. “Eu não posso bater o martelo agora”, disse o ex-presidente, também em entrevista recente. Ao comentar os nomes de Michelle e Eduardo, afirmou: “A Michelle não pediu para entrar nas pesquisas, botaram o nome dela e ela tem aparecido na frente do Lula. [...] O outro é o Eduardo, que está nos Estados Unidos, que aparece em pesquisas por aí também, perdendo para o Lula, mas aparece. Tem muito tempo até lá”.

A movimentação no entorno do clã Bolsonaro indica uma tentativa de manter viva a liderança do ex-presidente no espectro da direita e preparar o terreno para a eleição de 2026, seja com Eduardo, Michelle, Tarcísio ou com ele próprio, caso consiga reverter sua situação jurídica.

Fonte: Brasil 247

PF marca data de depoimento de líder do PT em inquérito contra Eduardo Bolsonaro

Lindbergh Farias será ouvido na segunda-feira, no âmbito do inquérito que investiga a atuação do deputado federal contra as instituições brasileiras.

Lindbergh Farias (Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados)

A Polícia Federal marcou para a próxima segunda-feira (2), às 15h, o depoimento do líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, no âmbito da investigação que apura a atuação do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos. A apuração busca esclarecer se o parlamentar tem articulado ações junto a políticos estadunidenses com o objetivo de minar instituições brasileiras. As informações são da CNN Brasil.

A iniciativa de convocar Lindbergh partiu de sua própria representação criminal, na qual ele acusa Eduardo Bolsonaro de buscar apoio de aliados do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para impor sanções diplomáticas contra autoridades do Brasil. Um dos alvos declarados pelo filho de Jair Bolsonaro (PL) seria o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), alvo frequente de críticas da extrema direita.

Segundo o líder petista, há publicações em redes sociais que comprovam a tentativa de Eduardo de influenciar o governo norte-americano. “Nada contra um pai ajudar um filho, mas não com Pix de brasileiros que estão sendo enganados por esse discurso deles”, afirmou Lindbergh à CNN, ao comentar a campanha de arrecadação de recursos promovida pela família Bolsonaro para financiar sua estadia nos EUA.

Jair Bolsonaro também foi intimado e o seu depoimento está agendado para a quinta-feira (5). Os investigadores suspeitam que ele esteja bancando financeiramente a permanência de Eduardo em solo americano, como parte da estratégia para reforçar sua atuação internacional.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

PF deflagra 9ª fase da Operação Sisamnes e investiga vazamento de dados sigilosos

Nova etapa apura acesso antecipado a operações da PF e possíveis privilégios ilegais concedidos a investigado preso

             Fachada do Prédio da Polícia Federal em Brasília (Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)

A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira (30) a 9ª fase da Operação Sisamnes, que tem como foco aprofundar as apurações sobre o vazamento e a venda de informações sigilosas de investigações em curso. A ação, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), inclui o cumprimento de três mandados de busca e apreensão em Palmas (TO), além da imposição de medidas cautelares que impedem dois investigados de deixarem o país ou manterem contato entre si. Ambos tiveram seus passaportes recolhidos.

As investigações revelam que os alvos teriam tido acesso antecipado a detalhes de operações policiais da própria PF, o que comprometeu a eficácia de medidas judiciais. Além disso, a nova etapa busca apurar se um dos presos no âmbito da Sisamnes tem recebido benefícios indevidos enquanto cumpre detenção.

◆ Conexões com corrupção e milícia clandestina - A 9ª fase ocorre na esteira de outras revelações graves feitas nas fases anteriores. Na quinta-feira (29), a PF avançou na 8ª fase da mesma operação, centrada em crimes de corrupção e lavagem de dinheiro no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT). Um magistrado teria recebido altas quantias em propina para conceder decisões judiciais favoráveis. Segundo a corporação, um sofisticado esquema de lavagem de dinheiro foi montado para disfarçar os pagamentos. As medidas autorizadas pelo STF incluíram busca e apreensão, afastamento do juiz Ivan Lúcio Amarante, bloqueio de até R$ 30 milhões em bens, além da retenção do passaporte do investigado.

Um dia antes, na quarta-feira (28), a PF havia revelado um núcleo ainda mais inquietante. Investigadores encontraram indícios de que militares da ativa e da reserva fundaram uma empresa clandestina com o nome de “Comando C4: Caça Comunistas, Corruptos e Criminosos”. A fachada, formalmente registrada como empresa de segurança, seria usada para práticas ilegais, incluindo espionagem e assassinatos por contrato.

Uma das provas recolhidas foi uma tabela manuscrita com valores supostamente destinados à vigilância — ou execução — de figuras públicas. Os preços variavam conforme o alvo: R$ 250 mil para ministros do Judiciário, R$ 150 mil para senadores, R$ 100 mil para deputados e R$ 50 mil para cidadãos comuns. A PF ainda não descartou a hipótese de que os valores envolvessem também execuções.

◆ Coronel da reserva voltou a ser alvo - Entre os alvos dessa fase anterior está o coronel da reserva do Exército Etevaldo Caçadini de Vargas, que já se encontrava preso por decisão da Justiça estadual mato-grossense. Agora, ele foi novamente detido, desta vez por ordem do STF, após a descoberta da tabela em sua residência. Sua defesa nega envolvimento e afirma que seu nome teria sido citado sob tortura por um dos executores do assassinato do advogado Roberto Zampieri, ocorrido em dezembro de 2023, em Cuiabá.

Além de Caçadini, outras quatro pessoas também foram alvo de mandados de prisão. As ações incluem monitoramento eletrônico e novas diligências autorizadas pelo ministro Cristiano Zanin, do STF.

◆ Celular de advogado morto expôs articulações no Judiciário - O caso do advogado Zampieri se tornou um ponto-chave nas investigações. Após seu homicídio, o celular apreendido pela PF revelou provas de corrupção que envolvem até desembargadores e assessores ligados ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). Os dados foram compartilhados com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Em documento enviado ao STF, a Polícia Federal apontou registros manuscritos com referências a autoridades, incluindo parlamentares do Congresso e ministros do próprio Supremo. A corporação descreve o grupo “Comando C4” como uma organização criminosa de perfil político e empresarial voltada à prática de crimes graves.

O avanço das investigações tem exposto conexões preocupantes entre agentes públicos, integrantes do Judiciário e forças de segurança, em um cenário que combina corrupção sistêmica com motivações ideológicas e violência.

Fonte: Brasil 247

Moraes vira alvo do Departamento de Justiça dos EUA por bloqueio de conta no Rumble

Contudo, não está claro se os EUA já tomaram ou planejam tomar alguma ação contra Moraes, segundo o The New York Times

          STF é iluminado com as cores da Bandeira Nacional (Foto: Fellipe Sampaio/STF)

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos enviou uma carta ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), neste mês, repreendendo-o por ordenar à plataforma de vídeos Rumble, dos EUA, que bloqueasse as contas de um usuário específico, segundo cópia do documento obtida pelo The New York Times, conforme divulgou o jornal nesta quinta-feira (29). A reportagem, contudo, não menciona o usuário.

O Departamento de Justiça disse que Moraes pode aplicar leis no Brasil, mas não pode ordenar que empresas tomem ações específicas nos EUA, de acordo com a reportagem, que informa ainda que "Moraes preferiu não comentar".

"Não está claro se os EUA já tomaram ou planejam tomar alguma ação contra Moraes", destaca ainda a reportagem.

Eventuais sanções contra membros do Judiciário brasileiro por parte da administração do presidente dos EUA, Donald Trump, poderiam desestabilizar a relação bilateral entre os dois países, já tensionada desde a eleição do republicano, segundo a análise do jornal.

Moraes é relator do inquérito da trama golpista no STF. A Corte tornou réu Jair Bolsonaro, aliado de Trump, por liderar a tentativa de golpe após a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal  New York Times

Em depoimento no STF, Tarcísio confirma encontro com Bolsonaro e nega ter discutido golpe

Governador de São Paulo diz que visitou o ex-mandatário após eleições por consideração pessoal, mas nega qualquer conversa sobre ruptura institucional

                  Tarcísio Freitas e Bolsonaro (Foto: Clauber Cleber Caetano/PR)

Em depoimento prestado nesta sexta-feira (30) ao Supremo Tribunal Federal (STF), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), atuou como testemunha de defesa dte Jair Bolsonaro (PL), no processo que apura a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Segundo o UOL, Tarcísio confirmou ter se reunido com Bolsonaro em diferentes ocasiões entre novembro e dezembro de 2022, depois do segundo turno das eleições. No entanto, negou veementemente que os encontros tenham tratado de temas relacionados a uma ruptura institucional. “Toda vez que ia a Brasília, eu visitava o Bolsonaro, pela consideração que eu tinha, a relação que eu tinha [com ele]”, declarou. E acrescentou: “passava para transmitir minha solidariedade, meu abraço, meu respeito”.

As reuniões mencionadas pelo governador não aparecem na denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), tampouco na investigação que corre no STF. O depoimento foi breve e restrito a questionamentos feitos exclusivamente pelos advogados de defesa de Bolsonaro. Tarcísio reiterou que jamais houve qualquer menção ou discussão sobre golpe de Estado com o ex-mandatário: “Jamais tocou neste assunto, jamais mencionou qualquer tentativa de ruptura”, afirmou. Segundo ele, ainda de acordo com a reportagem, esse tipo de conversa também nunca ocorreu durante sua gestão à frente do Ministério da Infraestrutura.

A estratégia da defesa de Bolsonaro tem sido pautada em depoimentos de testemunhas que negam a existência de tratativas golpistas. Na véspera, outras testemunhas também reafirmaram que o ex-presidente apenas contestava a lisura das eleições de 2022, sem propor atos ilegais.

Tarcísio de Freitas integrou o governo Bolsonaro até março de 2022, quando deixou o ministério para disputar o governo de São Paulo. Por isso, ele não participou de eventos centrais que constam na denúncia da PGR, como a reunião ministerial de julho de 2022 ou encontros com os comandantes das Forças Armadas, nos quais, segundo relatos de ex-comandantes da Aeronáutica e do Exército, Bolsonaro teria apresentado minuta de decreto visando se manter no poder após a derrota para Luiz Inácio Lula da Silva.

Apesar de seu afastamento dos principais episódios investigados, Tarcísio mantém forte ligação com o bolsonarismo. Ele foi eleito governador com apoio explícito de Bolsonaro e é atualmente considerado um dos principais nomes da direita brasileira, sendo cotado para disputar a presidência da República em 2026, já que o ex-mandatário está inelegível.

Ao todo, 44 testemunhas já foram ouvidas pelo Supremo, sendo duas por meio de declarações escritas. Diversos depoimentos foram dispensados pelas defesas. A previsão é que as audiências sejam encerradas na próxima semana. Os depoimentos têm sido conduzidos pelo ministro Alexandre de Moraes. Ministros da Primeira Turma do STF, onde o processo tramita, também participaram de algumas sessões.

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL

Correios iniciam atendimento a vítimas de descontos indevidos no INSS em mais de 5 mil agências

Parceria entre Previdência e Correios busca apoiar aposentados e pensionistas afetados por fraudes; devolução de valores já está em andamento

       (Foto: Marcello Casal Jr/ABr - 22.07.2008)

A partir desta sexta-feira (30), aposentados e pensionistas que identificaram descontos não autorizados em seus benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) poderão buscar atendimento presencial em 5.033 agências dos Correios espalhadas pelo país. Segundo informações do g1, as unidades estão distribuídas em mais de 66% dos municípios brasileiros, oferecendo um canal alternativo e mais acessível para os segurados que enfrentam dificuldades com os meios digitais.

A ação, resultado de uma parceria entre o Ministério da Previdência Social e os Correios, ocorre em resposta ao recente escândalo de descontos associativos indevidos registrados nas folhas de pagamento do mês de abril. Embora a devolução dos valores já tenha começado, o objetivo do atendimento presencial é ampliar o suporte e facilitar o processo de contestação, principalmente entre os beneficiários mais idosos ou com menor familiaridade com tecnologia.

O atendimento será gratuito e exclusivo nas agências dos Correios, sem envolvimento dos postos do INSS. Nas unidades participantes, os segurados poderão: 

• Verificar se houve descontos não autorizados
• Solicitar contestação de cobranças
• Confirmar autorizações previamente concedidas
• Acompanhar o andamento das contestações
• Avaliar e contestar documentos apresentados por associações
• Receber orientações impressas sobre o uso de canais digitais

Para ser atendido, basta apresentar um documento oficial com foto. Caso o titular do benefício não possa comparecer, um representante legal poderá ser atendido mediante procuração autenticada — com acesso restrito apenas à consulta de dados.

Embora o atendimento nas agências seja uma alternativa válida, o governo reforça que não há necessidade de correria: os descontos já foram suspensos e os valores estão sendo devolvidos automaticamente. "Como a folha de abril já havia sido processada, os valores foram retidos e não chegaram às entidades", informou a Previdência.

A plataforma usada pelos Correios é independente da base de dados do INSS, o que, segundo o governo, garante maior segurança no tratamento das informações. Além disso, haverá ações itinerantes para atender localidades mais remotas.
Ressarcimento automático em andamento

Desde segunda-feira (26), o governo iniciou a devolução dos R$ 292 milhões cobrados indevidamente. Os valores estão sendo creditados diretamente nas contas dos segurados junto com o pagamento mensal de seus benefícios, conforme o calendário habitual.

Veja abaixo o cronograma de ressarcimento para quem ganha até um salário mínimo:
1    26 de maio
2    27 de maio
3    28 de maio
4    29 de maio
   30 de maio
6      2 de junho
7      3 de junho
8      4 de junho
9      5 de junho
0      6 de junho

Já para quem recebe acima do piso nacional, o calendário é o seguinte:

Final do benefício

 Data de pagamento

1 e 6

2 de junho

2 e 7

3 de junho

3 e 8

4 de junho

4 e 9

5 de junho

5 e 0

6 de junho


Alerta para golpes

O governo faz um alerta importante: ninguém está autorizado a visitar a residência dos beneficiários em nome do INSS ou dos Correios. Em caso de dúvidas, os únicos canais seguros são:

  •  Aplicativo Meu INSS
  •  Site: meu.inss.gov.br
  •  Central telefônica 135
  •  Agências dos Correios participantes

A lista completa das agências envolvidas na ação pode ser consultada no g1. O atendimento presencial é uma tentativa de ampliar o acesso à justiça social e à reparação para milhões de aposentados e pensionistas brasileiros afetados pela fraude.

Fonte: Brasil 247

quinta-feira, 29 de maio de 2025

Lula relembra 580 cartas trocadas com Janja durante a prisão: “Mais do que um presente”


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a primeira-dama Janja. Foto: Ricardo Stuckert/PR

Durante discurso no Paraná, nesta quinta-feira (29), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recordou o tempo em que esteve preso na carceragem da Polícia Federal, em Curitiba, e trocava cartas diariamente com a primeira-dama, Janja Lula da Silva.

“Eu e Janja escrevemos 580 cartas durante os 580 dias que fiquei preso. O [Luiz Carlos] Rocha levava a minha de manhã e o Maneco [advogado de Lula na época] me trazia a dela à tarde. Gente, vocês não têm noção do que é receber uma carta. Vocês já receberam carta de amor? Vale mais do que um presente”, contou Lula durante seu discurso.

O presidente falou sobre a ansiedade provocada pela espera das cartas. “Eles sabem a ansiedade que eu ficava. O Maneco conversava comigo dois minutos e falava ‘e minha carta?’. O dia que ele falava ‘hoje não tem carta’, eu entrava em depressão. A depressão passava porque no dia seguinte eu recebia duas. Eu nunca pensei na minha vida que fosse tão bom escrever carta. De noite, você sozinho numa cela, pensando na amada, e você escrevendo pra ela”, acrescentou.

A troca de cartas e as visitas frequentes de Janja ajudaram a fortalecer a relação do casal durante o período que Lula ficou preso, entre abril de 2018 e novembro de 2019. Em 2022, os dois oficializaram a união em uma cerimônia para 220 convidados, em São Paulo.

O momento foi registrado durante a agenda do presidente no Paraná, onde anunciou a criação do Assentamento Maila Sabrina, que deve beneficiar cerca de 450 famílias e integra o programa Terra da Gente, voltado à reforma agrária.

Fonte: DCM