Dayane de Jesus na academia Forma Fitness. Foto: Divulgação
A academia Forma Fitness, onde a jovem Dayane de Jesus, de 22 anos, morreu enquanto praticava exercícios físicos, apagou todas as postagens anteriores sobre o caso nas redes sociais. Neste sábado (24), a empresa divulgou uma nova nota oficial, alterando o tom adotado anteriormente e prestando condolências à família.
Na última quinta-feira (22), a academia havia anunciado a retomada das atividades e publicou um texto polêmico que gerou forte repercussão. Na postagem, a direção criticava publicamente clientes e funcionários que discordassem da condução do caso, sugerindo que deixassem o local: “Aos que trabalham como personal e discordam, cai fora… A empresa tem dono! Não gostou, é só sair…”, dizia o trecho que foi posteriormente deletado.
A reação causou indignação na família da vítima. Raphael D’Ávila, amigo próximo da mãe de Dayane, Rose de Jesus, contou que ela ficou revoltada ao ver a publicação e questionou: “Eles estão debochando da minha filha?”
Agenda será na comunidade Maila Sabrina, em Ortigueira, local onde 400 famílias camponesas lutam há 22 anos pela efetivação do assentamento
Vitória da luta pela terra. Foto: Juliana Barbosa / MST-PR
Por Setor de Comunicação e Cultura do MST PR Da Página do MST
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ministros confirmam agenda no Paraná no próximo dia 29 de maio, quinta-feira. A visita vai oficializar a criação do assentamento de mais de 400 famílias na comunidade Maila Sabrina, localizada no limite entre os municípios de Ortigueira e Faxinal, na região centro-sul dos Campos Gerais do estado. A visita estava marcada para o dia 30 de abril, e foi adiada após a viagem de Lula ao funeral do Papa Francisco.
A comunidade prepara uma grande festa para receber o presidente e celebrar a conquista, com churrasco comunitário e apresentação da Orquestra Popular Camponesa – formada por crianças, adolescentes e adultos integrantes do MST no estado. A atividade está prevista para iniciar às 9h e seguir ao longo da tarde.
A conquista das famílias camponesas do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) chega após 22 anos de luta pela Reforma Agrária. A área de 10.500 hectares era conhecida como fazenda Brasileira e, antes de ser ocupada, servia para a criação de búfalos e estava em estado de degradação ambiental intenso. Hoje é território de vida digna para mais de 1.600 pessoas, com grande diversidade de produção, com cultivo de grãos, hortaliças, verduras e frutas, pequenas criações de animais e também produção orgânica.
Foto: Francisco Proner
Quem expressa o sentimento coletivo é a companheira Jocelda Oliveira, da direção da comunidade:
"A palavra que define hoje é emoção […]. Graças à luta e à resistência da comunidade e do MST, nós vencemos e hoje nós conquistamos nossa grande vitória que é o assentamento”.
Comunidade camponesa consolidada"
O início de construção da comunidade foi com a ocupação de uma pequena parcela do latifúndio, em 2003, batizada de acampamento Che Guevara. Em 16 de julho de 2005, com a ampliação do número de famílias, a ocupação avançou para a sede central da área. Já em janeiro de 2006, por decisão coletiva, a comunidade passou a se chamar Maila Sabrina, em homenagem a uma criança Sem Terra que faleceu no acampamento vítima de doença crônica.
Imagem aérea da comunidade. Foto: Christian Marchiori da Silva
O trabalho coletivo e organizado das famílias acampadas transformou o território degradado em uma comunidade completa, com atendimento das necessidades e direitos da diversidade de pessoas moradoras.
A educação é garantida no próprio local, com a Escola Itinerante Caminhos do Saber, que atende 200 estudantes e emprega 20 funcionários. As crianças que antes percorriam 40 quilômetros diariamente para estudar, hoje têm acesso à educação de qualidade em sua própria comunidade. As estruturas de madeira, o jardim e toda a escola foram erguidas pela própria comunidade.
O trabalho em mutirão, a organização de recursos próprios e também com apoio das prefeituras de Ortigueira e Faxinal garantiram a construção de espaços comunitários amplos, para atender a demandas locais: salão e churrasqueira, quadra de esportes, Unidade Básica de Saúde (UBS), academia ao ar livre, campo de futebol, lanchonete, mercado e igrejas.
Camponesas e camponeses da comunidade Maila Sabrina na Vigília Lula Livre. Foto: Valmir Fernandes
A comunidade também fez parte do período de resistência na Vigília Lula Livre, em defesa da inocência do presidente. “Além de ser uma conquista do povo da comunidade, é uma vitória do MST, uma vitória da democracia que tirou o Lula da cadeia e colocou ele como presidente”, garante Jocelda. Nas eleições de 2022, a comunidade comemorou o fato de ter 100% dos votos para Lula na urna local.
Jocelda de Oliveira, no centro da imagem, faz parte da direção da comunidade. Foto: Juliana Barbosa / MST-PR
A comunidade Maila Sabrina também é conhecida na região pela organização das maiores cavalgadas do estado. Realizada anualmente no início de maio e batizada de Cavalgada do Trabalhador, a última edição reuniu mil cavaleiros e amazonas, a maior parte deles do próprio território do acampamento. O percurso é de cerca de 8 quilômetros e passa por dentro da comunidade.
Foto: Juliana BarbosaFoto: Juliana BarbosaCavalgadas da Trabalhadora e do Trabalhador mobilizam povo Sem Terra e comunidades vizinhas a celebrarem a data de luta da classe trabalhadora. Foto: Francisco Proner
Produção aliada à preservação ambiental: 21% a mais de floresta
No território, atualmente existe uma grande diversidade de produção de alimentos, com cultivo de grãos e hortaliças, verduras e frutas, e pequenas criações de animais (caprinos, bovinos, aves e suínos). A média anual de produção de frutas no acampamento é de cerca de 21 mil quilos; de grãos e cereais são produzidas 110 mil sacas, e mais toneladas de batata doce, moranga, quiabo e diversas verduras folhosas.
A fartura de produtividade na agricultura e da pecuária no acampamento, somada à organização e à solidariedade, garantiram várias ações de partilha de alimentos desde o início da pandemia da Covid-19, em 2020. A comunidade se somou à campanha nacional de solidariedade do MST, e partilhou centenas de toneladas de alimentos para comunidades urbanas da região e também de Curitiba. Para fortalecer as iniciativas, as famílias iniciaram uma horta comunitária de produção sem venenos, batizada de Centro de Produção Antônio Tavares.
A primeira doação foi em abril de 2020, com cerca de 14 toneladas de alimentos enviadas para comunidades da Cidade Industrial de Curitiba. Fotos: Lia Bianchini
Mudanças significativas ocorreram em função do trabalho desempenhado pelas famílias no território, como a substituição de áreas de pastagem degradadas por lavouras consolidadas e florestas. Isso é o que mostram dados obtidos junto ao Projeto MapBiomas no período de 2003 a 2023. No levantamento, é possível observar também a substituição da criação de bubalina extensiva, que levava ao esgotamento da biodiversidade e da saúde do solo, para o cultivo de múltiplas espécies de plantas com finalidades econômicas e de garantia à soberania alimentar.
Em relação à vegetação, antes da chegada da comunidade em 2003, cerca de 3 mil hectares eram destinados a florestas. Em 2023, o tamanho da área sobe para 4,5 mil hectares, um aumento de 21% da floresta nativa. O crescimento da área florestal garante a manutenção da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos, como o sequestro de carbono e o controle do ciclo hídrico, fundamentais para frear a crise climática.
Diálogo como caminho para solução de conflitos fundiários
O acordo para a criação do assentamento foi confirmado entre as partes no dia 27 de março deste ano, após dois anos de mediação feita pela Comissão de Soluções Fundiária do Tribunal de Justiça do Paraná. As negociações envolveram o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) estadual e federal, Ministério Público Federal e Estadual, Defensoria Pública, Superintendência de Diálogo e Interação Social (Sudis) e os proprietários da fazenda.
Para o presidente da Comissão do Tribunal de Justiça, o desembargador Fernando Antonio Prazeres, a solução foi “altamente positiva” e uma conquista de todos os órgãos envolvidos:
"É a prova de que se você estabelecer condições adequadas para um diálogo profícuo, você consegue estabelecer soluções sólidas e que atendem os interesses de todos os envolvidos. A ideia nossa é de continuar nessa linha de trabalho, criar um ambiente adequado para esse tipo de conversa, e incentivar que elas mesmas construam esses acordos”.
– Fernando Antonio Prazeres
O acordo confirmou a indenização dos proprietários e a extinção das ações possessórias. Com isso, não existe mais ameaça de despejo das famílias. Porém, mais de 7 mil famílias camponesas ainda vivem em acampamentos no Parará, em luta pela efetivação da Reforma Agrária.
Crianças brincam, estudam, plantam árvores e realizam trabalhos pedagógicos na escola. Fotos: Comunicação MST-PR
Questão fundiária e concentração da terra
Dados do Censo Agropecuário realizado pelo IBGE, de 2017, mostram que Ortigueira e Faxinal apresentam uma concentração fundiária considerável. As maiores áreas ocupadas pelos estabelecimentos rurais se concentram nos grupos com áreas maiores que 100 hectares, enquanto os estabelecimentos menores estão nos grupos com menos de 100 hectares.
Em Faxinal esses estabelecimentos representam 78,6% (422) do número total de 537 e ocupam 12,5% (aproximadamente 6 mil hectares) da área total, com cerca de 193 mil hectares. Em Ortigueira os estabelecimentos de até 100 hectares representam 88% (2.638) do número total (2.964) e ocupam 23,2 % (44.934 hectares) da área total, aproximadamente 48,5 mil hectares.
Foto: Leandro Taques
O cálculo do índice de Gini é outro recurso que ajuda a compreender a desigualdade fundiária, quanto mais perto do valor 1, maior é a desigualdade no campo. A média do índice de Gini nos municípios do Paraná é de 0,688, sendo a mais alta de 0,915 em Adrianópolis (mais desigual) e a mais baixa 0,397 em Paranapoema (menos desigual). Ortigueira e Faxinal tem o valor acima da média do estado, 0,77, no primeiro e 0,789 no segundo. Os dados fazem parte do estudo técnico intitulado Comunidade Maila Sabrina, território consolidado: indicadores e análise, produzido pelo projeto de Planejamento Territorial e Assessoria Popular, da Universidade Federal do Paraná (PLANTEAR).
O presidente confirmou que o governo vai anunciar um programa para disponibilizar gás de graça para 22 milhões de brasileiros
(Foto: Ricardo Stuckert / PR)
Durante o lançamento do Programa Solo Vivo, em Campo Verde (MT), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou empresas que atravessam o comércio de gás da Petrobras. Segundo Lula, esses atravessadores tentam alcançar grandes lucros na distribuição de gás, o que faz com que o produto chegue caro na casa dos consumidores.
“Botijão de gás é vendido pela Petrobras às empresas por 37 reais. Não tem explicação ele chegar a 120 reais. Alguém está ganhando muito dinheiro com isso. Comprei no primeiro mandato a Liquigás para regular o preço. Hoje 4 empresas controlam 90% da distribuição de gás, criticou.
Na sequência, o presidente anunciou que o governo federal vai implementar um programa que vai disponibilizar gás de graça para cerca de 22 milhões de brasileiros. “Agora nós vamos fazer com que o gás chegue bem mais barato para as famílias que estão no CadUnico. As pessoas que estão no CadUnico não vão precisar nem pagar. Vai ser aproximadamente 22 milhões de famílias beneficiadas. Isso vai ser anunciado nesse mês”, disse Lula.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reforçou, neste sábado (24), a necessidade de uma regulação das redes sociais no Brasil, destacando que o tema deve ser debatido com urgência no Congresso Nacional.
“É preciso que a gente discuta com o Congresso Nacional a responsabilidade de regular o uso das empresas, sabe, nesse país. Não é possível que tudo tenha controle, menos as empresas de aplicativos. É importante que a gente comece a cuidar do povo brasileiro com um pouco mais de carinho”, afirmou Lula durante evento em Campo Verde (MT).
O presidente criticou a “violência” e o “bullying” praticados no ambiente virtual e cobrou um debate sobre o assunto no Congresso. Ele citou, sem fornecer detalhes, o caso de uma criança que faleceu após ser perseguida na internet.
“Esses dias vi uma menina que se matou porque foi acusada, quase que torturada pelos amiguinhos pela internet. Não era pessoalmente, não. Era pela internet. Vocês sabem quantas ofensas vocês recebem. Vocês sabem quantas provocações vocês recebem”, declarou.
Apesar do apoio do governo à regulação, a medida enfrenta resistência no Congresso. O tema foi discutido no contexto do “PL das fake news”. A proposta foi aprovada no Senado, mas ainda encontra obstáculos entre deputados da oposição.
Em abril de 2024, o texto chegou a ser pautado na Câmara, com urgência aprovada, mas não houve consenso, devido a pressões das grandes empresas de tecnologia e da resistência dos opositores, o que resultou na suspensão da votação.
Durante o evento, Lula também falou sobre suas futuras viagens pelo Brasil, com o objetivo de divulgar as ações do governo e combater as fake news. “No mês que vem vou começar a andar esse país porque acho que chegou a hora de a gente assumir a responsabilidade de não permitir que a mentira, que a canalhice, que a fake news ganhem espaço e que a verdade seja soterrada nesse país”, afirmou.
Em Campo Verde (MT), Lula participou do lançamento do Programa Solo Vivo, que conta com um investimento de R$ 42,8 milhões, com o objetivo de recuperar áreas degradadas para a agricultura familiar.
Wagner Moura no filme “O Agente Secreto”. Foto: reprodução
O filme brasileiro “O Agente Secreto”, dirigido por Kleber Mendonça Filho, foi premiado como melhor filme neste sábado (24) pela Federação Internacional de Imprensa Cinematográfica (Fipresci), uma organização formada por críticos de cinema, no Festival de Cannes. O longa, que também concorre à Palma de Ouro, foi elogiado pela crítica internacional por sua narrativa épica e abordagem sobre o período da ditadura militar no Brasil.
Em publicação no Instagram, a Fipresci descreveu o filme como “uma obra com generosidade novelística e épica”, destacando sua capacidade de misturar humor, digressões e personagens marcantes para retratar “uma história rica, estranha e profundamente perturbadora de corrupção e opressão”.
A organização ainda ressaltou que a produção “cria suas próprias regras” e funciona como “um veículo de memória” do Brasil em 1977.
O Agente Secreto
Ambientado nos anos 1970, “O Agente Secreto” acompanha Marcelo, interpretado por Wagner Moura, um professor universitário que retorna a Recife para reencontrar seu filho caçula, mesmo sob os riscos impostos pelo regime militar. O filme estreou no festival com cerca de 15 minutos de aplausos, segundo relato da jornalista Jada Yuan, do Washington Post.
A crítica internacional tem destacado a atuação de Moura e a ousadia da produção. O The Guardian, descreveu o longa como “um filme de caráter” e “uma plataforma para uma produção cinematográfica emocionante e ousada”, além de classificar a obra como favorita para o principal prêmio em Cannes.
Esta é a terceira vez que Kleber Mendonça Filho concorre à Palma de Ouro. Seus trabalhos anteriores, “Bacurau” (2019) e “Aquarius” (2016), também foram aclamados no festival, com “Bacurau” conquistando o Prêmio do Júri.
“O Supremo foi, naturalmente, tomando gosto por arbitrar as disputas dentro do Legislativo”, afirmou Rebelo em vídeo publicado no Instagram. Em outra postagem, questionou: “Qual a função do Legislativo, se o Supremo legisla?”.
As declarações reforçam o tom do confronto que teve com Moraes durante seu depoimento como testemunha de defesa do almirante Almir Garnier, réu na ação sobre a suposta trama golpista.
Veja as publicações:
A discussão no STF
A discussão entre Rebelo e Moraes ocorreu quando o ex-ministro tentou interpretar linguisticamente uma pergunta do advogado de Garnier, Demóstenes Torres, sobre apoio a um suposto golpe. “Na língua portuguesa, precisamos colocar em consideração a força de expressão. Quando alguém diz ‘estou frito’ não significa que esteja dentro de uma frigideira”, ironizou Rebelo.
“O senhor estava na reunião quando o almirante Garnier disse essa expressão?”, questionou Moraes
“Não”, respondeu Rebelo.
“Então o senhor não tem condições de avaliar o uso da língua portuguesa naquele momento. Atenha-se aos fatos”, retrucou o ministro do STF.
“Em primeiro lugar, a minha apreciação da língua portuguesa é minha e eu não admito censura”, rebateu o neobolsonarista, numa clara provocação a Moraes, chamado de “censor” pelos golpistas.
“Se o senhor não se comportar, será preso por desacato”, avisou Moraes.
“Estou me comportando”, disse Rebelo.
“Então se comporte e responda à pergunta. Testemunha não pode atribuir valor à questão, mas tem liberdade para dar uma resposta tática”, finalizou o ministro.
Da esquerda ao bolsonarismo
Rebelo tem longa trajetória na política: foi presidente da Câmara (2005-2007), ministro da Defesa (2015-2016) e integrou o PCdoB por quatro décadas antes de se aproximar do bolsonarismo. Em 2023, assumiu a Secretaria de Relações Internacionais da Prefeitura de São Paulo, comandada por Ricardo Nunes (MDB), mas deixou o cargo para atuar na campanha de reeleição do prefeito.
Durante o depoimento, Rebelo defendeu Garnier, destacando seu “respeito às regras de disciplina” militares. “Os fuzileiros não discutem ordem nem questionam ordem. Por isso, sempre estão à disposição dos superiores”, afirmou.
Às vésperas de eleições parlamentares e para governos estaduais, Venezuela realiza seminário pela paz e contra o fascismo
Venezuela encerra campanha eleitoral (Foto: Prensa Latina )
Por Francisco Balsinha (*), de Caracas - Realizou-se nesta sexta-feira (23), no Teatro Bolívar, em Caracas, capital da República Bolivariana da Venezuela, o “Seminário Internacional Venezuela pela Paz e contra o fascismo”.
Assistiram a este evento mais de 300 pessoas vindas das mais diversas regiões do globo, que no próximo domingo se constituirão como observadores internacionais das eleições que decorrerão na Pátria de Bolívar.
Tomaram a palavra neste seminário, Rander Peña, membro da equipe de comando de Campanha Internacional VEN+25, Iván Gil, chanceler da República Bolivariana da Venezuela, a canadense Alison Bodine, coordenadora da organização “Fire This Time Movimiento por la Justicia Social/Campanã en Solidaridad con Venezuela”, Alicia Castro, ex- embaixadora da Argentina na Venezuela e o cubano José Villarroel, especialista em técnica eleitoral.
O primeiro interveniente no seminário, Rander Peña, deu a conhecer aos presentes que os observadores internacionais do próximo acto eleitoral na Venezuela são oriundos de 53 países, todos eles ligados a organizações sociais ou partidos políticos.
Peña fez também uma breve resenha sobre as eleições do passado dia 28 de Julho, que, tendo sido ganhas pelas forças bolivarianas, motivaram uma forte campanha internacional movida pelas forças de extrema direita venezuelana com o apoio dos EUA, mostrando que o fascismo só tem uma regra, que é a de não ter regras democráticas e que foram a coragem e a resiliência do povo venezuelano, do presidente Nicolás Maduro e demais políticos comprometidos com a democracia e a revolução que permitiram derrotar a tentativa de intentona fascista.
Peña sublinhou ainda a possibilidade que todos os observadores têm de, não só assistirem ao ato eleitoral do próximo domingo, como de averiguarem in loco o exercício da democracia venezuelana e de falarem com o Povo que se vai deslocar às urnas.
Seguidamente tomaram a palavra os outros intervenientes no seminário, tendo todos dado ênfase à acção do imperialismo contra a Venezuela bolivariana, assim como contra Cuba e contra o Povo da martirizada Palestina.
O Povo venezuelano votará no próximo domingo para eleger 185 deputados, 24 governadores e 260 legisladores.
Em carta aberta, ex-ministro exalta unidade partidária e defende renovação política no partido
(Foto: Lula Marques/ Agência Brasil)
Às vésperas das eleições internas do Partido dos Trabalhadores (PT), o ex-ministro José Dirceu divulgou neste sábado (25) uma carta aberta à militância petista, na qual oficializa apoio à candidatura de Edinho Silva à presidência da sigla. A eleição ocorrerá no dia 6 de julho por meio do Processo de Eleições Diretas (PED).
Dirceu afirma que o momento atual exige unidade: “O momento político exige de nós a luta pela unidade da CNB e do PT, na sua diversidade e no seu pluralismo, além da construção de uma maioria que vá além da CNB e assegure ao partido a governabilidade nos próximos quatro anos.”
Ao justificar o apoio a Edinho Silva, o ex-ministro traça um panorama da trajetória política do atual prefeito de Araraquara, mencionando desde seu passado como operário até sua experiência em governos e no Parlamento. “O apoio à candidatura do companheiro Edinho Silva, de início dentro da CNB e agora no PED, baseia-se na legitimidade e na sua experiência como vereador, deputado estadual, presidente duas vezes do PT paulista, quatro vezes prefeito e ministro de Estado no Governo da presidenta Dilma.”
Dirceu também menciona os adversários internos na disputa pela presidência do partido: “Essa unidade se expressa na participação de todas as correntes e tendências políticas na direção nacional e em sua executiva, e no reconhecimento das candidaturas, todas representativas e legítimas: o companheiro Rui Falcão [...], Romênio Pereira [...], e, por fim, Valter Pomar [...].”
Em um trecho mais crítico da carta, Dirceu afirma: “Temos a tarefa de praticamente reconstruir o PT depois de uma década de ataque frontal, de perseguição e mesmo tentativas de cassação de nosso registro, sem falar no golpe parlamentar-jurídico que sequestrou o mandato da nossa presidenta Dilma e da infame prisão do nosso companheiro Lula num processo ilegal, sumário e político, felizmente já anulado pelo Supremo Tribunal Federal.”
O ex-ministro defende uma frente mais ampla para enfrentar a extrema-direita, além de reformas estruturais. “A conjuntura e as condições que governamos exigem de nós a capacidade de fazer alianças mais amplas que a centro-esquerda, mas ao mesmo tempo criar as condições de mobilização popular, social e sindical para fazer avançar as reformas estruturais que o país reclama: a política, tributária e financeira.”
Ele também propõe mudanças internas no partido: “Nosso PT se autorreforme para retomar a capacidade de mobilização, recriando nossas sedes, nos emponderando nas redes, expandindo a formação política via EAD, ampliando e refazendo nossas relações com os movimentos sociais e nossas campanhas nacionais.”
No encerramento, Dirceu faz um apelo à participação da base: “Convido filiados e filiadas do PT, nossa brava e guerreira militância, a participar do PED, na construção das chapas, no debate político e votando no próximo dia 6 de julho. Vamos dar uma demonstração da força de nossa democracia interna e de nossa capacidade de unir o PT na diversidade e na pluralidade, para reeleger nosso presidente Lula em 2026 e dar continuidade ao nosso projeto político em defesa do Brasil democrático e popular.”
Brasileiro vence chinês Liang Jingkun e garante vaga inédita na decisão da chave de simples em Doha
Hugo Calderano, atleta de tênis de mesa (Foto: Reuters/Kim Hong-Ji)
Hugo Calderano alcançou neste sábado (24) um feito histórico para o esporte brasileiro. Ao derrotar o chinês Liang Jingkun, número 5 do ranking mundial, o brasileiro garantiu vaga na final do Campeonato Mundial de Tênis de Mesa em Doha, no Catar — algo jamais feito por um atleta de fora da Ásia ou da Europa na chave de simples masculina. As informações são do ge.
Com a vitória por 4 sets a 3 — parciais de 15/13, 11/7, 8/11, 11/8, 3/11, 7/11 e 11/9 —, Calderano, atual número 3 do mundo, também assegurou pelo menos a medalha de prata. Já havia garantido o bronze ao chegar à semifinal, pois o torneio não realiza disputa pelo terceiro lugar.
A partida foi um verdadeiro teste de resistência física e mental. Após abrir 3 sets a 1, Calderano viu o chinês reagir e empatar o jogo. No set decisivo, chegou a estar perdendo por 3 a 0, mas protagonizou uma virada espetacular ao marcar dez pontos seguidos. Liang ainda salvou seis match points, mas o brasileiro aproveitou a sétima chance para fechar a partida e celebrar o feito inédito.
Após o triunfo, Calderano falou sobre sua preparação mental e a importância da confiança durante os momentos decisivos:
“Joguei em meu melhor nível. Do início ao fim. Ele é muito forte, está melhor a cada ano. Estava perdendo por três a zero (no último set), mas sabia que venceria de alguma maneira. Fiz 10 pontos consecutivos e, quando ele fez um ponto, a mágica acabou, mas sabia que conseguiria vencer. Sempre tento me manter forte mentalmente. Não faço nada diferente para a força mental. Eu sou muito forte mentalmente. Talvez alguns resultados não tenham deixado isso muito claro, mas eu sou muito forte mentalmente. Só tenho a agradecer a todos, sinto o carinho de todos vocês. Obrigado a todos que torceram em casa e à minha família”, declarou.
Neste domingo (25), às 9h30 (horário de Brasília), Hugo Calderano disputará o título contra o chinês Wang Chuqin, atual número 2 do mundo. O histórico entre os dois é equilibrado, com vantagem para o chinês por 4 a 2. No entanto, Calderano venceu o confronto mais recente, na semifinal da Copa do Mundo, torneio que ele próprio venceu em abril ao derrotar o número 1 do mundo, Lin Shidong.