Um escândalo de quase R$ 60 milhões envolve a Associação Mato-grossense de Cultura (AMC), presidida pelo músico Marcos Levi de Barros. Nos últimos quatro anos, a entidade do Mato Grosso recebeu vultosas quantias por meio de emendas parlamentares, sendo R$ 12 milhões repassados apenas pelo deputado estadual Elizeu Nascimento (PL), mesmo partido do ex-presidente Jair Bolsonaro cuja ladainha é condenar os investimentos em Cultura por meio da Lei Rouanet.
A AMC não possui site, placa, sede visível nem presta contas públicas de forma transparente. O orçamento da associação saltou de R$ 195 mil em 2021 para mais de R$ 32 milhões em 2023, uma alta de 16.000%, chamando atenção dos bastidores políticos e gerando suspeitas de favorecimento.
No cerne das denúncias, Levi de Barros aparece acompanhado de Eliel Tenório que é assessor da AMC e, ao mesmo tempo, servidor comissionado na Assembleia Legislativa, lotado no bloco político do deputado Elizeu Nascimento — o principal repassador de verbas para a entidade. A sobreposição de funções alimenta denúncias de tráfico de influência.
A AMC organizou eventos culturais de critério duvidoso, como o Festival do Lambari e a Festa da Banana, sem controle social ou transparência. Diante da omissão de órgãos como o Ministério Público e o TCE, cresce a percepção de que a associação serve como fachada para distribuição de verbas públicas entre aliados políticos.
Fonte: DCM
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